sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Até que Palestina seja livre!


O Fórum Social Mundial Palestina começou com a força da solidariedade dos povos. Até amanhã, estamos construindo momentos de intercâmbios, depoimentos, articulações e estratégias para fortalecer a luta em defesa da Palestina livre e soberana.
Estamos aqui pra denunciar que as ações do Estado de Israel são ilegais. Que hoje os palestinos estão em 2% de seus territórios originais. Que o conflito não tem nenhum equilíbrio e mas se trata de uma ocupação violenta. De um lado, está um povo que luta e resiste há décadas e conta com a solidariedade internacional de quem também luta contra o anti-imperialismo. Do outro lado, está um Estado, que tem do seu lado a conivência e o financiamento de outros Estados poderosos como os Estados Unidos e que opera a ocupação violenta de um território e a opressão de um povo que gera muito lucro para alguns setores econômicos, como a indústria armamentista. O maior número de refugiados do planeta é formado por palestinos e palestinas.
Vale dizer, ainda, que o FSM Palestina Livre sofreu muito boicote aqui em Porto Alegre. Não se fala sobre o Fórum na imprensa e houve pressão sobre os poderes públicos para que não apoiassem sua realização, que gerou, inclusive, a retirada de apoios que já estavam acordados. Um exemplo é o Ministério Público, que estava emprestando salas para as atividades do Fórum e retirou o apoio. O que não é mera coincidência é que a G4S (mais infos logo aí embaixo) presta serviços de segurança para o este órgão.
Mas não recuamos e estamos aqui! E esse post é pra socializar um pouco o que estamos fazendo nesses dias.
Luta e resistência das mulheres palestinas foi a atividade organizada pela MMM na quinta feira, em conjunto com as mulheres da Via Campesina, FDIM, Kairós, CUT, UBM, entre outras e pudemos conhecer as companheiras da UPWC, que participam da MMM na Palestina. Mais de 200 pessoas participaram deste momento e foram em seguida para uma grande marcha, com cerca de 10 mil pessoas, em defesa da Palestina Livre.
Desde várias partes da Palestina, escutamos as histórias de sofrimento das mulheres, mas nos reconhecemos na resistência.
Ouvir o depoimento de quem sofre no cotidiano uma vida cerceada por um Estado genocida desmonta qualquer imagem construída pela grande imprensa sobre o que se passa naquela região.
Desde a UPWC, Khitam nos contou que há dois anos trabalham para a realização deste FSM. A luta palestina não pode ser vista como uma luta isolada, mas sim como uma luta de todos e todas que lutam pela liberdade e contra o imperialismo. E, como mulheres palestinas, elas não consideram que sua luta está dissociada da luta do povo palestino.
“Nossa liberdade só pode vir junto com a liberdade de nosso povo”.
Nossa companheira de Gaza disse que é mais fácil vir para o Brasil que ir para Jerusalém e, aqui, encontrou com muitas companheiras que não via há muitos anos, por conta das restrições de deslocamento que a população têm. Ela foi muito enfática ao dizer o inimigo comum é a ocupação israelense, e que a mídia está muito acostumada a falar do número de mortes e das estatísticas, mas oculta todo o sofrimento humano por trás de cada número.
“Queremos proteção pras mulheres palestinas e avanços para as mulheres em todo o mundo!”
Cada mulher que morreu tem uma história. E muitas outras permaneceram vivas, e contam histórias de violência e destruição de suas casas. Gaza, que atualmente é uma faixa menor que a cidade de São Bernardo, sofre com o muro da segregação, com a violência e com o bloqueio.
O número de presos e presas palestinas só aumenta, e as prisões violam as legislações internacionais, inclusive porque são transportados para presídios em território israelense. Além disso, a maioria dos casos de detenção é feita sem julgamento. E todas as visitas são gravadas pelo serviço de inteligência israelense. Vale dizer que a principal empresa que presta serviços de segurança e inteligência para Israel, inclusive nos presídios, é a G4S, que está entrando no Brasil, prestando serviços de inteligência para bancos, mas também opera a implantação do Plano Nacional de Banda Larga, no norte do nosso país.
As palestinas expuseram os mecanismos utilizados por Israel para expulsar o povo palestino de seus territórios, que passam pela economia, pela política e até por obstáculos para o casamento, instituídos por um processo de documentação.
Há poucas semanas, foi instituído o salário mínimo na palestina ocupada, no valor de 400 dólares. No território israelense, o valor é de 1000 dólares. Para ir estudar ou trabalhar, as mulheres tem que passar pelos chamados check points, onde são constantemente assediadas. Para viver, as mulheres resistem a cada dia.

“Mas, como mulheres, nós vamos continuar indo trabalhar e estudar, apesar das ocupações econômicas, políticas e territoriais”.
Ser militante, neste contexto, é um processo que altera profundamente a vida de cada uma dessas mulheres. A repressão, a prisão e até a tortura estão no horizonte de quem decide resistir a essa ocupação violenta e lutar pela palestina livre.
“A nossa memória coletiva serve para fortalecer a luta contra a ocupação israelense”.
Além de haver organizações de mulheres que há muitos anos constroem a resistência, outras expressões vão sendo criadas a partir de uma nova geração que entra na política. As jovens palestinas constituem uma geração política que nasceu e cresceu na palestina ocupada. Isso, por um lado, coloca dificuldades para imaginar que pode ser diferente. Mas por outro lado, abre espaço para a produção de novas estratégias de ação, muito marcadas pelo internacionalismo.
Somos todas palestinas!
Nós afirmamos que estaremos em marcha até que todas sejamos livres! E levamos a sério este lema.
“Não seremos livres enquanto a Palestina não for livre”
Por isso, ao longo destes dias, estamos aprendendo com a história de cada uma e cada um que vive, resite e luta na Palestina, mas, além disso, estamos debatendo e construindo estratégias concretas de resistência, como o BDS (Boicote, Desinvestimento e Sanções).
Wilhelmina, nossa companheira da África do Sul, nos inspira e dá confiança de que a organização e luta pode sim, acabar com a ocupação israelense.
“Na África do Sul, nos diziam que não era possível por um fim no Apartheid, e nós conseguimos. A Palestina vai ser livre!”
As mulheres entendem de sofrimento, mas entendem muito mais de resistência. Soninha, da MMM de São Paulo, sintetizou nossa motivação:
“Vamos juntas derrubar o muro do apartheid na Palestina, e vamos juntas derrubar o imperialismo, o capitalismo racista e patriarcal!”
Comunicação livre e militante!
Estamos neste FSM articuladas com coletivos de comunicação, em uma convergência de comunicação dos movimentos, para que as nossas vozes se façam ouvidas.
Para vídeos, fotos e notícias sobre tudo que se passa no FSM Palestina Livre:

http://www.youtube.com/watch?v=QYsVqftDpZM&feature=share
 
Rádio Mundo Real: http://www.radiomundoreal.fm/pt
Coletivo Catarse: http://www.coletivocatarse.com.br
Ciranda: www.ciranda.net
Fotos, no nosso flickr: http://www.flickr.com/photos/marchamulheres
FONTE: MMM

Mulheres Livres! Povos Soberanos!



segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Violência contra mulher: uma realidade caxiense [parte 2]


Você se lembra dessas notícias que chocaram a comunidade caxiense no primeiro semestre deste ano? Ou será que já esqueceu?

  • Companheiro ateia fogo à mulher em Caxias: Após briga com o parceiro, mulher teve o corpo queimado” (15/04/2012)
  • “Em Caxias, homem mata a ex-mulher e o filho, depois se suicida” (15/04/2012)
  • “Grávida assassinada: Autônomo deixou jovem pedindo socorro” ( 17/04/2012)
  • “Agressões e ameaças contra mulheres continuam em alta em Caxias do Sul: Somente neste ano, 1.072 mulheres pediram proteção judicial contra agressores” (19/05/2012)

Em agosto deste ano, quando comemorávamos seis anos da vigência da Lei Maria da Penha, militantes da Marcha Mundial das Mulheres escreveram um texto lamentando e atentando a população quanto aos altos índices de violência contra a mulher no município de Caxias. Passados mais de três meses, é momento para mais uma reflexão, afinal dia 25 de novembro foi o Dia Latinoamericano e Caribenho de Combate à Violência Contra a Mulher.


As notícias de violência doméstica contra a mulher continuam ocupando as páginas dos jornais da cidade. Esta semana mesmo, felizmente, uma mulher sobreviveu à tentativa de homicídio por parte do ex-marido que disparou cinco tiros contra ela. E quantas outras violências são ocultadas e não viram manchetes? Infelizmente, essa realidade de violência faz parte da vida de muitas mulheres.

Cerca de dez mulheres vão todos os dias à Delegacia da Mulher registrar ocorrência de agressão e/ou ameaça por parte de seus companheiros, maridos e/ou namorados. Ao final do mês, são totalizas um aproximado de trezentas queixas registradas.

E o poder público, qual a resposta diante da situação? No último texto publicado pela Marcha Mundial das Mulheres de Caxias, criticávamos o atendimento da Delegacia para as Mulheres, que abursadamente recebia as vítimas mediante agendamento de horário devido ao baixíssimo número de efetivo policial destinado para o espaço. Pois é, agora a situação parece estar um pouco pior. A grande maioria das vítimas de violência doméstica e familiar necessita dos serviços da Defensoria Pública. A própria Lei Maria da Penha prevê em seu Art. 28: É garantido a toda mulher em situação de violência doméstica e familiar o acesso aos serviços de Defensoria Pública ou de Assistência Judiciária Gratuita, nos termos da lei, em sede policial e judicial, mediante atendimento específico e humanizado.”

Porém, atualmente, a Defensoria Pública caxiense não conta com um/a Defensor/a para acompanhar os processos regidos pela Lei Maria da Penha do início ao fim. A Defensoria destinou um Defensor de outro município para acompanhar esses processos, mas este vem a Caxias apenas uma vez por semana prestar os atendimentos, o que se mostra insuficiente. Assim, nas audiências, as mulheres que não possuem condições de pagar por um/a advogado/a ficam desassistidas, descumprindo-se totalmente a Lei.
Por esta razão, nós mulheres da Marcha Mundial das Mulheres fomos à rua, protestar e chamar a atenção da sociedade e poder público para os altos índices de violência contra a mulher em Caxias do Sul e para a necessidade de ampliação de políticas públicas visando à conscientização, prevenção e punição dos agressores.
Afinal, o machismo mata, e mata todos os dias. E viver sem violência é um direito de todas as mulheres!

Marcha Mundial das Mulheres/Caxias do Sul

ATENÇÃO: Circular Fórum Social Mundial Palestina Livre

Estamos na reta final para o FSMPL (Fórum Social Mundial Palestina Livre) em Porto Alegre/ RS e, assim como em momentos anteriores, necessitamos estar organizadas para que nossa estadia seja o mais tranquila possível. Ainda que no programa tenham atividades importantes sobre outros temas, a orientação é que centremos nossa atenção e participação nas que são voltadas para a Palestina, foco desse Fórum.

Nós, militantes da Marcha Mundial, ficaremos alojadas na escola Técnica Estadual Parobé - Centro Estadual de Referência em Educação Profissional. Os custos de nossa estadia estão sendo assumidos pela Marcha Mundial Nacional.

A escola é bem próxima ao centro, onde ocorrerão as atividades do Fórum, portanto não teremos gastos com deslocamento.
 
Por estar em período de aulas do ano letivo, a escola estará em funcionamento normal, portanto, ficaremos numa área reservada nas salas do pavilhão 9.
Estaremos em (+-) 100 mulheres e teremos a disposição 4 chuveiros além de uma cozinha que utilizaremos para pequenos lanches, além do café da manhã. Poderemos entrar na escola a partir do dia 28/11/2012 e ficaremos até o dia 01/12/2012.
 
 
FIQUE ATENTA PARA AS ORIENTAÇÕES A SEGUIR:
 
Leia com atenção! Não passe os olhos apenas
 
Traga seu colchonete e objetos de uso pessoal. Em Porto Alegre pode esfriar durante a noite, então, traga uma coberta. Lençol, coberta, toalha, caneca, são utensílios de responsabilidade de cada uma, não haverá disponível para distribuição.

Alimentação. A MMM garantirá o café da manhã das companheiras que ficarão alojadas na escola, por isso, traga sua caneca. As demais refeições serão de responsabilidade individual.
 
Segurança. Como de costume, pedimos para que a companheiras não levem objetos de valor para o FSMPL. Câmaras fotográficas, celulares e carteiras devem acompanhá-las durante o dia, NUNCA serem deixadas no alojamento.
 
O alojamento é para as mulheres. Como dito anteriormente, a Marcha está arcando com os custos para nosso alojamento. Para a garantia de maior conforto e liberdade, o alojamento da MMM é destinado para as mulheres, sendo assim, companheiros do sexo masculino, deverão buscar outros lugares para se alojar.
 
Saúde e Cuidados. Em Porto Alegre há possibilidade de variação de temperatura. Em geral faz calor durante o dia e a noite esfria, então, traga roupas leves e confortáveis para o dia e um agasalho para noite. Para evitar qualquer transtorno, pedimos as compas que fazem uso de medicações especiais, que levem seus medicamentos e os utilizem como de costume. (ex. hipertensão, diabetes, cardíacos, etc). Traga protetor solar. Se possível, leve repelente, pois a região é próxima do rio e pode haver insetos.
 
Organização. Nos dividiremos em equipes de trabalho para a manutenção da limpeza e organização do local. Teremos pulseira identificadoras para acesso a escola
 
Urgências. A MMM estará com um celular (claro) para caso de alguma necessidade durante o FSMPL. Leve isso anotado com você! (51) 94571749
 
Endereço da escola: Técnica Estadual Parobé - Centro Estadual de Referência em Educação Profissional - Avenida Loureiro da Silva, 945 - Centro - Porto Alegre/RS CEP 90010-420 - Tel.: (51) 3221-6953 http://www.cteparobe.com.br
 
Obs. 1.Programa do FSMPL (sujeito a alteração). 2. Mapa do território do FSM Palestina Livre em POA

Marcha Mundial das Mulheres

domingo, 25 de novembro de 2012

17ª Marcha dos Sem ocorre na quinta-feira, dia 29 de Novembro

Concentração séra a partir das 15h
 
 
A 17ª Marcha dos Sem acontecerá no dia 29 de novembro, a partir das 15h. A tradicional caminhada sairá da Praça Otávio Rocha e seguirá pelas principais ruas do centro de Porto Alegre até a chegada à Usina do Gasômetro.

Durante o trajeto, os participantes da Marcha dos Sem irão se somar a Marcha de abertura do Fórum Social Mundial Palestina Livre e juntos irão até o final da caminhada, quando acontecerá um ato show.
Este ano, o evento tem como eixo principal a luta pelo fim de todos os muros que geram desigualdades, injustiças, racismo, machismo e destruição do meio ambiente. Estes muros que impedem reformas estruturais e rupturas indispensáveis ao crescimento e ao desenvolvimento do Brasil e ao atendimento de reivindicações históricas do movimento democrático e popular, como a reforma agrária, a reforma urbana, a reforma política, direitos sociais, trabalhistas e previdenciários, acesso à educação e a proteção do meio ambiente.
A Marcha dos Sem é organizada anualmente pela Coordenação dos Movimentos Sociais do Rio Grande do Sul (CMS-RS), desde 1996, tendo como principal objetivo unir os movimentos sociais para lutar por um Estado indutor do desenvolvimento econômico e social, sustentável e que promova a justiça social.
Com caráter reivindicatório, a Marcha também é aponta alternativas de desenvolvimento às instituições públicas e privadas. Desde sua criação da Marcha, são defendidos sete eixos principais: emprego, salário, saúde, educação, reforma agrária, política agrícola e moradia, questões básicas para a sobrevivência digna do ser humano.
Programação
15h – Concentração na Praça Otávio Rocha
16h – Início da 17ª Marcha dos Sem
17h – Encontro com o FSM Palestina Livre, no Glênio Peres
18h – Ato show no Gasômetro
Serviço
O que: 17ª Marcha dos Sem
Quando: Quinta-feira, 29 de novembro, a partir das 15h
Onde: na praça Otávio Rocha
 
Fonte: CUT-RS

sábado, 24 de novembro de 2012

25 de novembro - DIA LATINO AMERICANO E CARIBENHO DE LUTA CONTRA A VIOLÊNCIA À MULHER



Estamos vivendo num período de incremento da violência contra a mulher, são centenas de casos e não há papel suficiente para listar tantos!

BASTA! Vamos encher nossos peitos de coragem e gritar alto em defesa de todas!

Em Porto Alegre, estaremos nos arcos do parque Farroupilha, com o conjunto dos movimentos, e em nome de todas as mulheres que dizer BASTA!
BASTA DE VIOLẼNCIA CONTRA AS MULHERES
BASTA DE MACHISMO, DE RACISMO E LESBOFOBIA!

a partir das 10h, vista sua camiseta e vamos levar nossa batucada, nossa alegria e irreverência.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Fórum Social Mundial Palestina Livre

por Vanessa Gil *

Por: Vanessa Gil*
Entre os dias 28 de novembro e 1 de dezembro de 2012, em Porto Alegre, será realizado o Fórum Social Mundial Palestina Livre. A Marcha Mundial de Mulheres integra o comitê nacional e local de organização do evento. Mas qual a ligação do movimento feminista com o que ocorre na Palestina?
A luta do povo palestino se inicia em 1948, quando a ONU concede mais da metade do território palestino para a criação do Estado de Israel. Isso atendia aos interesses não só do movimento sionista, como aos interesses econômicos da Inglaterra. Não é a toa que Israel tem servido como principal aliado dos interesses imperialistas na região.
Entretanto, o movimentos sionista não se conteve em ver o seu país consolidado e passou a ocupar as terras que haviam sido deixadas para os palestinos/as, mesmo que esses/as tivessem uma população muito maior.
Desde então, as palestinas e palestinos têm sido expulsos de suas casas e sofrem as mais cruéis formas de violência por parte do exército de Israel. Um exemplo disso foi o massacre no campo de refugiados de Sabra e Chatila, que deixou mais de 3 mil palestinos/as mortos/as, e que completou trinta anos em setembro. Na noite de 16 de setembro de 1982, os militares israelenses liberaram o caminho para que Milícia Libanesa Falangista Cristã entrasse no campo em Beirute e massacrassem os/as alojados/as. Crianças, idosos/as e homens foram mortos, enquanto as mulheres eram estupradas.

Pela desmilitarização e liberdade para as mulheres


Nós da Marcha Mundial das Mulheres compreendemos que em guerras e territórios militarizados as mulheres são as mais afetadas. É delas a responsabilidade de cuidar das crianças, dos idosos/as e dos/as doentes. O vídeo acima demonstra o sofrimento das mulheres que sobreviveram e que ficaram sem os pais, maridos, filhos e filhas. Seu direito de ir e vir torna-se nulo diante dos incontáveis toques de recolher impostos por Israel e pelo perigo de depara-se com um soldado israelense. A ideologia imperialista, patriarcal, racista e militar de Israel impede a liberdade e destrói a vida das mulheres palestinas.

Pelo fim de todos os muros


A ideologia do Estado de Israel tenta confundir anti-sionismo com anti-semitismo, tentando transformar os processos de resistência de um povo que vive sob ocupação militar em terrorismo. Utilizando-se do pretexto da “segurança” contra o terror, Israel construiu o denominado Muro do Apartheid na  Palestina ocupada. Esse muro está planejado para possuir 700 km de extensão. Além de constituir uma grave violação dos direitos humanos e do direito internacional, o muro incorpora assentamentos sionistas ilegais, fontes de água, separa comunidades, crianças de suas escolas, trabalhadores/as de seus locais de trabalho, ou seja segrega uma população por completo. Denunciamos o caráter imperialista, racista e violento desse muro. Lutamos pelo fim do muro do Apartheid na Cisjordânia da mesma forma como lutaríamos contra o genocídio judeu na segunda Guerra, como lutaríamos pelo fim do Apartheid na Africa do Sul, nos EUA… E como lutamos pelo fim dos muros do machismo, do patriarcado, da misoginia.
Por tudo isso, convocamos a todas e todos para estarem em Porto Alegre, no FSMPL. Vamos juntas e juntos apoiar um mundo livre de opressões, repleto de possibilidades, liberdades e responsabilidades coletivas. Vem conosco mudar o mundo para mudar a vida das mulheres para mudar o mundo!
*Vanessa Gil é cientista social e militante da Marcha Mundial das Mulheres.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Carta de Solidariedade com o Povo de Gaza



Há vários dias, o exército israelense intensificou bombardeios e incursões no território palestino de Gaza, causando a morte de vários civis palestinos, incluindo crianças. A Marcha Mundial das Mulheres condena esses assassinatos chamados "seletivos" e os ataques à população sitiada de Gaza. A Marcha Mundial das Mulheres faz um chamado à comunidade internacional para exercer pressão pelo fim desta onda de violência criminosa, e para que Israel interrompa o bloqueio à Faixa de Gaza. Um novo passo foi dado pelo governo israelense, assassinando Jabbari Ahmad, chefe da ala militar do Hamas.

O Estado de Israel anunciou oficialmente a retomada de suas operações militares em Gaza, causando, novamente, mortes e destruição por bombardeios ao povo de Gaza, submetido a um bloqueio ilegal e desumano desde 2007. Isto conduz a réplicas que também afetam civis israelenses. Nós lamentamos todas as mortes de civis, mas consideramos que o Estado de Israel é o responsável por interromper o cessar-fogo e iniciar a agressão. Não nos esquecemos dos massacres perpetrados pelo exército israelense durante a operação "Chumbo Fundido” de 2008-2009, que matou cerca de 1.500 palestinos e palestinas enquanto as mesmas desculpas foram apresentadas pelo governo israelense para justificar aquele ataque assassino.

Era, como as agressões atuais, véspera de eleições em Israel. E, como em 2008, os ataques do Exército israelense continuaram apesar de um cessar-fogo conseguido por intermediação egípcia, e respeitado pelos palestinos até o assassinato do líder do Hamas. Benyamin Netanyahu, que anunciou a aliança de seu partido com o líder de extrema-direita Avigdor Lieberman, utiliza este ataque à Faixa de Gaza com objetivos eleitorais. Seu governo também está trabalhando metodicamente para atacar a demanda palestina frente à ONU. Ele afirmou sua vontade de derrubar a Autoridade Palestina, inclusive liquidando sua direção, se a Palestina se tornar membro das Nações Unidas (ONU).

Para preservar as possibilidades de paz, a comunidade internacional precisa por um fim à impunidade de Israel. Isto passa por sanções, e não por recompensas à ocupação, como fazem, regularmente, a União Europeia, os EUA e seus aliados. Seguiremos aprofundando nossa solidariedade ao povo palestino, durante o Fórum Social Palestina Livre, que será realizado em Porto Alegre de 28 de novembro a 1 de dezembro, e no dia 10 de dezembro, durante nossas 24 horas de ação feminista.

Há vários dias, o exército israelense intensificou bombardeios e incursões no território palestino de Gaza, causando a morte de vários civis palestinos, incluindo crianças. A Marcha Mundial das Mulheres condena esses assassinatos chamados "seletivos" e os ataques à população sitiada de Gaza. A Marcha Mundial das Mulheres faz um chamado à comunidade internacional para exercer pressão pelo fim desta onda de violência criminosa, e para que Israel interrompa o bloqueio à Faixa de Gaza. Um novo passo foi dado pelo governo israelense, assassinando Jabbari Ahmad, chefe da ala militar do Hamas. O Estado de Israel anunciou oficialmente a retomada de suas operações militares em Gaza, causando, novamente, mortes e destruição por bombardeios ao povo de Gaza, submetido a um bloqueio ilegal e desumano desde 2007. Isto conduz a réplicas que também afetam civis israelenses. Nós lamentamos todas as mortes de civis, mas consideramos que o Estado de Israel é o responsável por interromper o cessar-fogo e iniciar a agressão. Não nos esquecemos dos massacres perpetrados pelo exército israelense durante a operação "Chumbo Fundido” de 2008-2009, que matou cerca de 1.500 palestinos e palestinas enquanto as mesmas desculpas foram apresentadas pelo governo israelense para justificar aquele ataque assassino. Era, como as agressões atuais, véspera de eleições em Israel. E, como em 2008, os ataques do Exército israelense continuaram apesar de um cessar-fogo conseguido por intermediação egípcia, e respeitado pelos palestinos até o assassinato do líder do Hamas. Benyamin Netanyahu, que anunciou a aliança de seu partido com o líder de extrema-direita Avigdor Lieberman, utiliza este ataque à Faixa de Gaza com objetivos eleitorais. Seu governo também está trabalhando metodicamente para atacar a demanda palestina frente à ONU. Ele afirmou sua vontade de derrubar a Autoridade Palestina, inclusive liquidando sua direção, se a Palestina se tornar membro das Nações Unidas (ONU). Para preservar as possibilidades de paz, a comunidade internacional precisa por um fim à impunidade de Israel. Isto passa por sanções, e não por recompensas à ocupação, como fazem, regularmente, a União Europeia, os EUA e seus aliados. Seguiremos aprofundando nossa solidariedade ao povo palestino, durante o Fórum Social Palestina Livre, que será realizado em Porto Alegre de 28 de novembro a 1 de dezembro, e no dia 10 de dezembro, durante nossas 24 horas de ação feminista. Comitê Internacional da Marcha Mundial das Mulheres


sexta-feira, 16 de novembro de 2012

6ª Marcha Estadual Zumbi dos Palmares é nesta terça-feira, em Porto Alegre

A 6ª Marcha Estadual Zumbi dos Palmares Contra o Racismo e pela Vida, ocorre nesta terça-feira, dia 20, a partir das 17h, no Largo Glênio Peres, em Porto Alegre. A caminhada faz parte das celebrações do Mês da Consciência Negra e consiste na atividade mais tradicional do Movimento Negro Gaúcho.

"Vamos às ruas mais uma vez para deixar claro que ainda há muito o quê conquistar rumo ao fim do racismo e de todas as formas de discriminação dos negros e negras no Brasil. No caso dos bancos, o Mapa da Diversidade deixou evidente que as instituições financeiras excluem os trabalhadores negros e negras de seus processos seletivos e mantêm apenas pessoas de cor branca no atendimento, com raras exceções. Basta entrar em um banco privado para comprovar isso. Precisamos continuar lutando pelo fim desta discriminação e por igualdade de oportunidades em todos os espaços da sociedade, criando mecanismos de inclusão nesse setor", salienta a diretora da Fetrafi-RS, Isis Garcia Marques.

 
Sindicato dos bancários e bancárias promovem atividades no dia 20 e mostra de cinema pela Semana da Consciência Negra   PDF Imprimir E-mail
Neste dia 20 de novembro, os brasileiros lembram os 317 anos da morte de Zumbi de Palmares e realizam diversas atividades pela Semana Estadual da Consciência Negra. O SindBancários, sempre comprometido com a luta pela igualdade em nossa sociedade e nos locais de trabalho, promove uma programação especial que se inicia na data em que um dos principais representantes da resistência negra à escravidão morreu.

A programação tem início às 15h da terça, dia 20, com a mostra A Consciência Negra no Cinema, que segue até o dia 25 em três sessões diárias – 17h e 19h –, todas com entrada franca. No mesmo dia, às 16h30, os bancários fazem uma caminhada pelo Centro de Porto Alegre acompanhados pelo grupo Afro Tchê.

O percurso inicia na frente da DG, na Praça da Alfândega, e segue até o Largo Glênio Perez onde, às 17h, acontece a 6ª Marcha Estadual Zumbi dos Palmares Contra o Racismo e pela Vida. Mais tarde, na Casa dos Bancários, acontece um jantar temático, às 19h. Os presentes poderão apreciar comidas e bebidas típicas da Costa do Marfim – o Nhamankudji, um suco a base de gengibre, limão, abacaxi e laranja, o N’gatêtro nin Akó, um frango ao molho de amendoim. De sobremesa, será servido um quindão de aipim.


Mês da Consciência Negra
Em 1971 foi revelada à população a data do assassinato de Zumbi, um dos ícones da República dos Palmares. Passados sete anos, ativistas negros reunidos em congresso do Movimento Negro Unificado contra a Discriminação Racial cunharam o dia 20 de novembro como o Dia da Consciência Negra.

História
Zumbi dos Palmares nasceu no estado de Alagoas no ano de 1655. Foi um dos principais representantes da resistência negra à escravidão na época do Brasil Colonial.

Foi líder do Quilombo dos Palmares, comunidade livre formada por escravos fugitivos das fazendas. O Quilombo dos Palmares estava localizado na região da Serra da Barriga, que, atualmente, faz parte do município de União dos Palmares (Alagoas).

Na época em que Zumbi era líder, o Quilombo dos Palmares alcançou uma população de aproximadamente 30 mil habitantes. Nos quilombos, os negros viviam livres, de acordo com sua cultura, produzindo tudo o que precisavam para viver.

Embora tenha nascido livre, ele foi capturado quando tinha por volta de sete anos de idade. Entregue a um padre católico, recebeu o batismo e ganhou o nome de Francisco. Aprendeu a língua portuguesa e a religião católica, chegando a ajudar o padre na celebração da missa. Porém, aos 15 anos de idade, voltou para viver no quilombo.

Zumbi é considerado um dos grandes líderes de nossa história. Símbolo da resistência e luta contra a escravidão, lutou pela liberdade de culto, religião e prática da cultura africana no Brasil Colonial. O dia de sua morte, 20 de novembro, é lembrado e comemorado em todo o território nacional como o Dia da Consciência Negra.
 

Fonte: Imprensa/SindBancários com Sindjus/ Imprensa CUT

sábado, 10 de novembro de 2012

De recortadores e recortados

por Esther Vivas

Nos recortaram acima de nossas possibilidades. E ainda podem nos recortar mais. De fato, nos recortarão até deixar-nos em roupas íntimas ou nus. A avareza não tem limites. Assim é o capitalismo: buscar benefícios sem cessar. Assim tem demonstrado o governo do PP e, em seu momento, o governo do Psoe. O dogma neoliberal, a ditadura dos mercados se impõem. E os Orçamentos 2013, que são debatidos nessa semana, apontam nessa direção.

O mundo divide-se entre recortadores e recortados, ou entre os de cima e os de baixo; ou seja, 1% versus 99%. Uns poucos mandam; aos demais, supõe-se, toca obedecer. Os primeiros se beneficiam com a crise, apesar de tê-la criado; os segundos, pagamos seus pratos rotos.

Recortaram tanto que custa fazer o inventário. Saúde, educação, direitos trabalhistas, ajudas públicas diversas etc., etc. Podemos ver tudo isso detalhadamente...

Saúde em venda. Sofremos uma contrarreforma sanitária que nos fez retroceder três décadas. Acabou-se a atenção sanitária universal; reduzem-se as prestações sanitárias básicas; privatiza-se o serviço público de saúde. Duas grandes medidas. A primeira, o copagamento farmacêutico, ou seja, o "repagamento”, voltar a pagar aquilo que já pagamos mediante impostos. Os mais prejudicados? Os pensionistas, rendas baixa e enfermos crônicos. Ser idoso e estar doente é um luxo ao alcance de somente algumas pessoas. Segunda medida, expulsar do sistema sanitário às pessoas imigrantes sem documentos. Em palavras da Ministra da Saúde, Ana Mato, porque "trazem a seus familiares para a Espanha sem direito a utilizar o sistema de saúde”. Mentira. Vários relatórios demonstram que as pessoas imigrantes gastam menos em saúde do que as autôctones. Conclusão: não só enfrentamos medidas profundamente regressivas, mas absolutamente racistas e xenófobas.

SOS Educação. Aumenta a jornada de trabalho dos professores; recortam seu salário e multiplicam, em 20%, o número de alunos por sala de aula. Milhares de professores são demitidos. Incrementaram o valor da matrícula dos universitários em 50% e os critérios para obter bolsas de estudo ficaram mais rígidos. Na Catalunia e em Madri, pedem aos pais e mães uns 3 euros para que suas filhas/os possam levar o tupper al cole. E para culminar: pagar mais pelos livros de texto e pelo material escolar. Sem vergonhas.

E onde estão meus direitos trabalhistas? Graças à ultima reforma trabalhista, demitir está mais barato; os EREs são facilitados e, se isso é possível, se precarizam ainda mais. Pagar para trabalhar? Logo deixará de ser um sonho de empresários, se nada muda, para converter-se em realidade. Ou que os estagiários trabalhem de graça. E o salário desemprego, faltaria. Os desempregados, que se danem, como nos recordava a deputada Andrea Fabra.

As ajudas públicas, parece, sumiram. A Lei de Dependência? Se nasceu fraquinha, agora está na UTI: ajudas às pessoas dependentes 15% menos, como mínimo; dependentes moderados, só entrarão no sistema em 2015; as pessoas cuidadoras perdem o pagamento à Seguridade Social, que até agora era assumido pelo Estado. E o orçamento para serviços sociais? 14% a menos. O de igualdade? 25% menos. E, uma vez mais, os recortes se sustentam sobre o trabalho invisível das mulheres. À medida em que se recorta o Estado de Bem Estar, há toda uma série de trabalhos não valorizados; porém, imprescindíveis, que acabam recaindo sobre nossas costas.

E o que acontece com a solidariedade com os países do Sul? Com àqueles com quem os nossos governos e multinacionais expoliaram, endividaram e levaram à pobreza? A crise não chora os que passam fome na outra ponta do planeta. Isso é refletido pelos orçamentos públicos: 65% menos em cooperação para o desenvolvimento. Primeiro, o nosso. Ou não.

Enquanto nos aumentam o IVA, sobem as tareifas elétricas, o preço do transporte público... Que posso dizer?

A realidade, porém, deveria ser outra porque não somos recortáveis. Nem eu, nem tu, nem ela/ele. Os únicos que deveriam ser recortados são os banqueiros e políticos que hipotecaram nossas contas na época do boom imobiliário e que continuam fazendo negócio com nossas vidas e nosso futuro. Eles, sim, devem ser recortados... e muito. Sem esquecer, claro, a Casa Real.

Nem recortes e nem recortados. Estamos fartos de tanta tesoura cortando ao revés!


*Original em espanhol publicado en Público, 24/10/2012. Tradução: Adital.
+info: http://esthervivas.com/portugues/



sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Ganhadora da Lomo Rifa Feminista - Diana Mini

Lomo Rifa Feminista
Foi uma ação entre amigas(os) da Marcha Mundial das Mulheres-RS
Prêmio: Câmera Fotográfica Diana Mini com Flash**

a ganhadora é a  Marcela Ribeiro, da Bahia, com o número 516.
 (enviaremos a câmera para seu endereço, por sedex)
 

**Uma câmera analógica criada em 1982 na URSS comunista, que foram produzidas pela empresa LOMO, para que fossem máquinas baratas pequenas e fáceis de usar para que as famílias documentassem amplamente o estilo de vida soviético.
Um jeito divertido e diferente de fotografar ao acaso, de forma imprevisível. A Lomografia não é uma fotografia encenada, produzida; é uma fotografia do quotidiano.
A pequena Diana Mini usa filme fotográfico de 35mm para te dar adoráveis fotos quadradas e em meio frame. O Kit inclui o Diana F+ Flash e um livro. Além disso, há 12 diferentes filtros coloridos para utilizar na Diana F+ Flash.