quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Plenária Estadual da MMM RS

16 de dezembro de 2017
Local: Rua Lima e Silva, 818 - Sindipetro - Porto Alegre




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segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Legalizar o Estupro: desumanizar as mulheres

ARTIGO da companheira Vanessa para seção Duas Visões do Jornal  Zero Hora - publicado em 24/11/2017

Ser contra a PEC 181 é ser à favor da vida, diz socióloga 


Vanessa Gil, doutoranda em Educação na Unisinos e militante da Marcha Mundial das Mulheres, entende que a proposta quer "dar título de pai a estupradores"


Dezoito homens contra uma mulher. Esse foi o placar da votação da PEC 181, que prevê a retirada do direito ao aborto legal em caso de estupro no Brasil. É doloroso ser mulher e ter de escrever este artigo, porque trato de um direito que poderá ser negado a mim, visto que qualquer mulher pode ser vítima de estupro e ter uma gravidez decorrente desse crime. O estuprador, esse ser horrendo, ele não é um monstro, ele nem sempre é um homem que surge do nada numa rua escura como se imagina na maioria das vezes. Ele é o pai, o vizinho, o primo, o cara da rua onde moramos. Ele é o motorista do aplicativo, o amigo que deu carona. Raramente é um desconhecido. Segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 70% dos estupros são cometidos por parentes, namorados ou amigos/conhecidos da vítima. Ele é um criminoso, mas um criminoso próximo, o que explica a subnotificação dos casos. Apenas 10% (Ipea) chegam à polícia. Unindo os casos de estupro com as mortes por violência doméstica, rapidamente cai a ficha das razões para não denunciar. Ela é uma vítima e o inimigo dorme ao lado.

A vida de quem 
está sendo defendida, 
quando negamos 
o direito 
de interromper 
uma gravidez 
em decorrência 
de um estupro?
 
O que aqueles 18 homens pretendem é dar título de pai a estupradores e destruir ainda mais a vida dessas mulheres. A vida de quem está sendo defendida, quando negamos o direito de interromper uma gravidez em decorrência de um estupro? A vida da menina de 12 anos que engravidou do pai? Salvaremos a vida dela fazendo com que largue a escola por vergonha do crime do qual foi vítima? Salvaremos a vida dela obrigando a passar nove meses carregando um feto de um criminoso no ventre? Lembrando a ela todos os dias os momentos horríveis que viveu? E se ela tiver 18 anos? Ou vinte e cinco? Ou a idade de quem está lendo esse artigo? Imagine você sendo agarrada, arrastada, suas roupas rasgadas, um homem te penetrando enquanto você tenta gritar. E, depois de nove meses, pense em como lidar com tudo isso. Não me parece justo tirar das mulheres o direito de escolha.


Sempre vale lembrar que aborto não é, nunca foi, nunca será obrigatório em nenhum caso. Ele é uma possibilidade para quem não deseja carregar a marca do estupro para o resto da vida. E negar isso às mulheres não é negar a todas as mulheres. É negar às pobres. As ricas buscam procedimentos e medicamentos fora do país, ou marcam uma consulta com seu ginecologista. Sim, no ginecologista, pois a interrupção da gravidez, em geral, até a décima segunda semana, é um procedimento simples e seguro se feito de forma adequada. O que esses 18 senhores, representando o fundamentalismo religioso e o conservadorismo, estão fazendo é legalizar a morte de mulheres pobres, que buscarão agulhas de crochê ou lugares insalubres para tentar diminuir a dor da violência que já sofreram. É cruel, perverso. E nessas horas, torço para que o Deus deles exista mesmo, pois seria reconfortante saber que um dia haverá um julgamento para quem negou esse direito à mulher vítima de estupro. Ser contra a PEC 181 é ser à favor da vida, da vida das mulheres.

sábado, 25 de novembro de 2017

25 de novembro: todas nas ruas para acabar com a violência!

Somos as herdeiras de Dandara e das irmãs Mirabal”
 A data 25 de novembro, escolhida em 1981 no I Encontro Feminista Latino-Americano e do Caribe, presta homenagem às irmãs Mirabal, vítimas do feminicídio e do autoritarismo. Elas foram encarceradas, estupradas e assassinadas a mando da ditadura da República Dominicana nos anos 1960. Em nome da memória coletiva, o dia marca as lutas pelo fim da violência contra as mulheres.
Neste momento, vivemos uma ruptura democrática no Brasil e a ofensiva do capitalismo patriarcal e racista para impor o projeto neoliberal por toda América Latina. Para impedir que usurpem nossas riquezas, nossas terras e nossos direitos, temos que nos inspirar nas lutadoras que nos antecederam, e manter viva a resistência.
Em 2017, estamos ruas para denunciar que a violência contra as mulheres tem aumentado e que isso é consequência da ofensiva conservadora que, através das medidas dos golpistas, tenta impor mais controle às nossas vidas e nossos corpos.
A reforma trabalhista, ao retroceder à condições laborais similares ao início do século passado, e o congelamento dos investimentos com educação e saúde sobrecarregam e precarizam ainda mais o cotidiano das mulheres. Propostas como a reforma da previdência e a PEC 181, que pretende proibir o aborto inclusive nos casos de estupro e risco de vida da mãe, demonstram como o avanço do neoliberalismo está conectado com o conservadorismo e a imposição violenta do patriarcado sobre a vida das mulheres.
O acirramento do patriarcado em nosso país é perceptível pelo grau de violência à que milhões de mulheres estão submetidas cotidianamente. Em 2016, o Ministério da Saúde registrou um aumento de 124% do numero de casos de estupro coletivo nos últimos anos. Atualmente ocorrem 10 casos de estupros coletivos por dia, a maioria praticada contra meninas crianças e adolescentes. O estupro é um crime subnotificado e se estima que apenas 10% dos casos são denunciados.
A violência não é um fenômeno isolado do sistema de dominação/exploração patriarcal, classista e racista que subordina as mulheres. Se nos depararmos com os dados do Atlas da Violência de 2017, perceberemos que as opressões tendem a indicidir conjuntas, afetando as mulheres negras de forma mais acentuada. Enquanto a mortalidade de mulheres não negras teve uma redução de 7,4% entre 2005 e 2015, atingindo 3,1 mortes para cada 100 mil mulheres não negras, a mortalidade de mulheres negras observou um aumento de 22% no mesmo período, chegando à taxa de 5,2 mortes para cada 100 mil mulheres negras. Os dados indicam ainda que, além da taxa de mortalidade de mulheres negras ter crescido, aumentou também a proporção de mulheres negras entre o total de mulheres vítimas de mortes por agressão, passando de 54,8% em 2005 para 65,3% em 2015. Em outras palavras, 65,3% das mulheres assassinadas no Brasil no último ano eram negras, evidenciando que a combinação entre desigualdade de gênero e racismo é extremamente perversa e configura variável fundamental para compreendermos a violência contra as mulheres no Brasil.
Portanto, neste 25 de novembro denunciamos:
  • O desmonte das politicas públicas que aprofunda a desigualdade entre homens e mulheres e brancas e negras.
  • A violência do capital e do golpismo, que piora as condições de vida das mulheres, especialmente as mulheres negras, com a eliminação de empregos, baixos salários, trabalhos precariizados e terceirizados, minando a autonomia econômica das mulheres, que é fundamental para construir uma vida sem violência.
  • A violência e o preconceito contra as pessoas LGBT.
  • A misoginia, ou seja, as atitudes de ódio contra às mulheres, disseminadas nos meios de comunicação e na internet.
  • Os ataques às politicas de educação, através de projetos conservadores, racistas e misóginos como o Escola sem Partido, e a ideologia de gênero.
  • O Projeto de Emenda Constitucional 181 (apelidada PEC Cavalo de Troia), que ataca diretamente a autodeterminação e soberania das mulheres de tomarem decisões sobre seu corpo. A PEC 181, ao retirar o direito ao aborto inclusive nos casos em que é legal, ameniza o crime de estupro e pune as mulheres que forem violentadas a prosseguir com a gestação.
Neste 25 de novembro queremos ecoar nossas vozes contra o golpe! Fora Temer! Não somos culpadas pela violência que sofremos e não há desculpa que a justifique! Como as companheiras argentinas dizemos: “Nenhuma a menos, viva nos queremos!”
Nossa luta contra a violência é todo dia! Lutamos por um mundo com igualdade, justiça e liberdade para todas as mulheres.
Seguiremos em Marcha até que todas sejamos livres!

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

As Irmãs Mirabal e o Dia da não Violência contra a Mulher

 por Mara L. Baraúna

As Irmãs Mirabal, filhas de Mercedes Camilo Reyes e Enrique Mirabal, comerciante e proprietário de terras, foram covardemente assassinadas pela ditadura de Rafael Leónidas Trujillo de Molina, o Generalíssimo Presidente que governou com extrema violência a República Dominicana de 1930 a 1961.

Patria Mercedes Mirabal, Bélgica Adela Mirabal, Minerva Argentina Miraba e Antonia María Teresa Mirabal, conhecidas como Irmãs Mirabal, ou ainda, Las Mariposas, nasceram em Ojo de Agua, na província de Salcedo, no norte do país.

De uma família importante daquela região, seu pai havia sido prefeito da cidade de Ojo de Agua, no início da ditadura Trujillo. Minerva foi a primeira irmã a se envolver com o movimento contra Trujillo, sendo influenciada por seu tio e um amigo de colégio, cuja família tinha sido presa e executada por membros do exército de Trujillo.

Depois de terminar o colegial, ela foi para a faculdade de direito e trabalhou com Pericles Franco Ornes, o fundador do Partido Socialista Popular e um adversário de Trujillo. Isso a levou a ser presa e torturada em várias ocasiões.


Minerva foi presa pela primeira vez em 1949, depois que recusou os avanços sexuais de Trujillo e, junto com sua mãe, foi colocado sob prisão domiciliar na capital e torturada pelo regime. Seu pai ficou preso na Fortaleza Ozama, até que sua família usou suas conexões para libertá-los. Eles foram presos novamente dois anos depois, e este regime de terror finalmente causou a deterioração da saúde de seu pai, causando sua morte em 1953.

Minerva foi acompanhada em sua luta contra o governo de Trujillo pelas irmãs Maria Teresa e Patria. Influenciada pelos movimentos de libertação na América Latina, elas criaram com seus maridos o Movimento 14 de Junho. Teve esse nome após o dia em que os dominicanos exilados tentaram derrubar o governo de Trujillo e foram derrotados pelo exército.

Dentro deste movimento, as irmãs foram chamados de "Las Mariposas" (as borboletas), a partir do nome clandestino de Minerva.

O movimento enfrentou a repressão e a maioria de seus membros foi preso pelo regime de Trujillo, incluindo as irmãs Mirabal e seus maridos, no final da década de 1950. Isso gerou crescente sentimento antigoverno que obrigou Trujillo a libertar as mulheres da prisão de La Cuarenta em fevereiro de 1960.

Seus maridos foram mantidos presos e as irmãs foram levadas de volta para La Cuarenta em 18 de março e condenadas a 3 anos de prisão.
No entanto, as irmãs estavam em liberdade condicional em 18 de agosto de 1960, como resultado da condenação de ações de Trujillo, pela Organização dos Estados Americanos.

Logo depois, em 25 de novembro de 1960, as irmãs foram assassinadas na volta de uma visita a seus maridos na prisão. Vítimas de uma emboscada, foram levadas para um canavial e apunhaladas e estranguladas até a morte, junto com o motorista que conduzia o veículo em que estavam. Trujillo acreditou que havia eliminado um grande problema, mas a morte das irmãs Mirabal causou uma grande comoção no país e levou o povo dominicano a se somar na luta pelos ideais democráticos das Mariposas. O assassinato das irmãs levou a protestos em massa e contribuiu para a queda do regime de Trujill em 1961.

Em 1995, a escritora dominicana Julia Álvarez publicou o livro No Tempo das Borboletas, baseada na vida de Las Mariposas, e que em 2001 se tornou um filme.

 A sua história é também recordada no livro A Festa do Bode, do peruano Mario Vargas Llosa.

No Primeiro Encontro Feminista Latino-Americano e Caribenho de 1981, realizado em Bogotá, Colômbia, a data do assassinato das irmãs Patria Mercedes Mirabal (27 de fevereiro de 1924 — 25 de novembro de 1960), Minerva Argentina Mirabal (12 de março de 1926 — 25 de novembro de 1960) e Antonia María Teresa Mirabal (15 de outubro de 1936 — 25 de novembro de 1960) foi proposta pelas feministas para ser o dia Latino-Americano e Caribenho de luta contra a violência à mulher.

A Fundación Hermanas Mirabal, fundada em 12 de novembro de 1992 com o objetivo de imortalizar Las Mariposas, cria a Casa Museo Hermanas Mirabal em 8 de dezembro de 1994. O Museo Hermanas Mirabal, mantido e gerido pela irmã sobrevivente, Dede, está localizado na cidade de Conuco, Província da República Dominicana Salcedo. Esta é a casa onde as irmãs Mirabal viveram seus últimos 10 meses, e mantém intacta a decoração e pertences das irmãs antes de seu assassinato.

 Em 17 de dezembro de 1999, a Assembleia Geral das Nações Unidas declarou que 25 de novembro é o Dia Internacional da não Violência contra a Mulher, em homenagem ao sacrifício de Las Mariposas.

 A província onde as irmãs nasceram, Ojo de Agua, foi rebatizada de Hermanas Mirabal em homenagem a essas três mulheres, que dedicaram grande parte de suas vidas, desde muito jovens, a lutar pela liberdade política de seu país.




 Uma das heroínas da democracia e da liberdade Dominicana, Bélgica Adela Mirabal (29 de fevereiro de 1925 - 01 de fevereiro de 2014), conhecida como Dede, única sobrevivente das irmãs Mirabal. Dede se encarregou dos seis filhos de suas irmãs assassinadas e também foi responsável pela preservação da memória da família.




Fonte: http://jornalggn.com.br/noticia/as-irmas-mirabal-e-o-dia-da-nao-violencia-contra-a-mulher-por-mara-l-barauna
Mara L. Baraúna é jornalista.

terça-feira, 21 de novembro de 2017

Levantamento online - Corpo e sexualidade das mulheres

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As lutas por autonomia e liberdade são centrais para o feminismo. Este levantamento sobre as vivências e as experiências relativas ao corpo e a sexualidade das mulheres é parte do esforço de reflexões que a SOF tem feito nestes tempos em que resistimos a tentativas de mais controle sobre nossos corpos e nossas vidas. A partir dessas contribuições queremos reunir elementos para nossa reflexão coletiva e para a luta feminista. O objetivo é avançar nas agendas coletivas a partir das vivências e resistências do cotidiano das mulheres, particularmente das jovens.

O questionário leva entre 10 e 20 minutos. 

Participe através do link: https://goo.gl/Zcq9yD

sábado, 18 de novembro de 2017

Batucada feminista afinada na luta pela América Latina


Convergencia de Comunicación de los Movimientos Sociales
Desde o ato que abriu o Encontro em Montevidéu, dia 16, às 10h, a batucada feminista da Marcha Mundial das Mulheres anima e demarca a força feminista na Jornada Continental pela Democracia e Contra o Neoliberalismo.
O segundo dia do Encontro Montevidéu da Jornada começou com a intervenção da batucada feminista da Marcha. Cantando “Mulheres querem a terra, mulheres querem ser igual, mulheres querem o feminismo e o socialismo internacioal”, cerca de 120 militantes da MMM do Brasil e de outros países da América Latina e Estados Unidos fizeram ecoar a luta feminista antissistêmica, socialista e internacionalista por todo espaço.
Após a apresentação, batuqueiras do Brasil e Estados Unidos participaram de um programa especial sobre a batucada. No programa, transmitido durante a Jornada em parceria com a Rádio Mundial, as batuqueiras explicaram como se originou e como se organiza a batucada. Lidiane Samara, da MMM RN – Brasil, falou que “a batucada é um instrumento de luta que nos permite dialogar diretamente com a sociedade com força e irreverência”.
Ao que Cindy Wiesner, da Grassroots Global Justice e Marcha dos Estados Unidos afirma que é impossível não querer cantar, batucar e ir à luta junto. “A batucada inspira! Uma meta para nós é fazer uma boa batucada feminista nos Estados Unidos para atrair mais mulheres para o feminismo”.
E Camila Paula, da MMM RN – Brasil, completa: “nós falamos línguas diferentes, mas falamos sobre um mesmo feminismo que nos faz seguir em marcha até que todas sejamos livres”.
Ao final do dia, por volta das 19h, a batucada se unirá às mulheres uruguaias em um ato de enfrentamento à violência contra as mulheres. Na luta, a batucada segue em sintonia com toda América Latina!

quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Marcha Mundial das Mulheres na Jornada Continental pela Democracia e contra o Neoliberalismo


*Por Camila Paula e Isadora Mendes
De amanhã (16) até o dia 18 de novembro, a Marcha Mundial das Mulheres, diversos movimentos sociais, sindicatos, articulações e organizações populares, feministas e ecologistas da América Latina estarão reunidos em Montevidéu, no Uruguai, no encontro da “Jornada Continental pela Democracia e contra o Neoliberalismo”. Delegações da MMM de todo o Brasil, cerca de 240 mulheres, somarão a força feminista junto às mais de 2 mil pessoas que estarão no encontro para debater e construir, conjuntamente, estratégias de enfrentamento ao avanço neoliberal e conservador sobre nossos direitos e territórios.
No Brasil, a MMM, em conjunto com movimentos sociais e entidades, organizou plenárias e atividades diversas em preparação para o encontro no Uruguai, num processo de mobilização e discussões sobre quais as implicações diretas na vida das mulheres do avanço do projeto neoliberal em governos antidemocráticos, que retira cada vez mais direitos e a autonomia do povo.
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O encontro em Montevidéu tem como objetivo o compartilhamento de visões e experiências de luta e resistência nos países da América Latina. A jornada é um processo em construção, e o encontro em Montevidéu será um momento para somar as vozes e ampliar o protagonismo dos povos das Américas.
No encontro, o feminismo e a luta ecológica são transversais aos 4 eixos principais de discussão: a integração da luta, a luta pela democracia e soberania dos povos, o combate ao poder das transnacionais e a luta contra o livre comércio.
A programação inicia amanhã pela manhã, com um ato público pelas ruas da capital uruguaia, e conta também com painéis e oficinas abordando os temas dos 4 eixos. A batucada da MMM abrirá o segundo dia da programação com uma intervenção feminista e irreverente. Ao final do encontro, no dia 18, será apresentado o plano de ação, resultado do acúmulo das discussões de todos os dias do encontro.
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Nalu Faria, MMM – SP, afirma que com a jornada “buscamos construir uma agenda de lutas que mobilize o conjunto dos movimentos sociais de toda a América e do Caribe na tentativa de uma unidade e que a partir dela possamos construir, de fato, um outro modelo, uma outra sociedade, e que nela impere o bem estar de todas e todos e não os ganhos do mercado e o lucro do capital”.
“Alerta, alerta, alerta que camina
La lucha feminista por América Latina”
*Camila Paula e Isadora Mendes são do Coletivo de Comunicadoras da Marcha Mundial das Mulheres

terça-feira, 14 de novembro de 2017

Jornada Continental pela Democracia e contra o Neoliberalismo

II INFORME PARA A DELEGAÇÃO DA MMM-RS

Montevidéu, 16 a 18 de novembro de 2017

Companheiras marchantes, faltam apenas 2 dias para a Jornada continental e precisamos reforçar algumas informações:

LOCAL DO EVENTO :  Os debates acontecerão no Parque Batle https://en.wikipedia.org/wiki/Parque_Batlle
Para saber mais do evento: http://jornadacontinental.org/

As marchantes do RS estarão saindo em vários ônibus (federações, sindicatos), mas temos 3 ônibus especialmente onde sairão o maior número de marchantes, então fique atenta aos horários e não se atrase:

·         Ônibus da Assurgs – marchantes da UFRGS
Saída prevista será as 20:00h do dia 14 de novembro
Local: Colégio Júlio de Castilhos – João Pessoa
As coordenadoras do Ônibus serão a Luci Jorge 051 96982666 e a Andreia
     Ônibus da MMM Porto Alegre, Metropolitana, Região Sul (com Amigos da Terra)
* Responsável pelo ônibus Cintia Barenho. Telefone (51) 981623307
– saída dia 15 de novembro às 7:30 (saída prevista para as 8h). Chegar cedo para conferencia da documentação.
Local: Estacionamento em frente a Rodoviária de Porto Alegre.
Parada em Pelotas por volta das 10:30h – local: rua ao lado da rodoviária
     MMM Caxias com a Fetee
*Responsável pelo ônibus Tatiane Baggio. Telefone (54) 999177243
Saída prevista 14h do dia 15 de novembro - Local: Praça da Matriz, em frente à Catedral

Levem lanchinhos/quitutes pra compartilhar entre todas no seu ônibus – frutas, bolos, biscoitos, água mineral, papel toalha/guardanapos são bem vindos. Carregue sacolinhas para armazenar o lixo, cascas de frutas etc.

COMO IDENTIFICAR-SE PARA INGRESSAR NO URUGUAI:
Apenas com o documento que foi declarado para o ônibus – Carteira de Identidade ou Passaporte em ótimo estado.

Crianças: Para o caso de menores de idade, devem portar autorização para viajar, caso desacompanhada de um dos pais. Mas acompanhada dos dois, deve levar a certidão de nascimento, mesmo que tenha carteira de identidade. Caso a criança tenha passaporte pode levar, mas sem a certidão de nascimento não serve também.

Todas as marchantes terão seus documentos conferidos na entrada do ônibus. Caso haja algum problema em relação ao mesmo, não será permitida a viagem. Fiquem atentas!!

O QUE LEVAR
-       Prato, talheres, copo - no caso das refeições autogestionárias tornam-se ferramentas importantes!
-       Sacolinhas para o lixo
-       Colchão de ar ou saco de dormir, cobertinha, travesseiro. Roupas leves para o dia e agasalho para a noite, pois faz frio.
-       Itens de higiene pessoal, toalha de banho, chinelo.
-       Lanterna de mão pois pode ser útil á noite, onde não há iliminação.
-       Medicamentos de uso contínuo e para eventuais dor ou febre. Caso tu sejas alérgica, lembra que lá é um pouco mais frio que aqui, então leve medicação específica que estás acostumada.

ALOJAMENTO
Haverá dois tipos de acomodações em função do tamanho dos locais, e as marchantes serão encaminhadas para os dois espaços, junto com as marchantes de outros estados que vierem. Queremos contribuir com a nossa integração, por isto vamos ajudar as compas que vem de outros estados a se sentirem acolhidas.
Haverá alojamento com camas e alojamentos com colchonetes, todos com banheiros. Por isto, estamos orientando que todas sejam precavidas e levem seus pertences.
As jovens (e as que quiserem) ficarão no alojamento (acampamento) com jovens de toda a américa Latina, onde será um momento importante de trocas.

ALIMENTAÇÃO - autogestionária!
Café da manhã - uma padaria fará a entrega de pão no alojamento para que possamos nos organizar coletivamente. Deverá ser comprado queijo, frutas, café - a compra será cotizada, através de vaquinha.

Almoço - Estamos construindo a possibilidade (ainda não está 100% certo) de fazer um almoço de “prato único”, feito pelo motorista do nosso ônibus, pois o ônibus possui equipamentos de cozinha. A proposta é que as companheiras levem suas contribuições para uma feijoada (uma das refeições pensadas - com opção para as que não comem carne). Lembrando que existe a chamada "barreira sanitária" o que implica que apenas alimentos não perecíveis entrem em território Uruguaio. De forma autogerida, poderão ser combinadas com a delegação RS estas refeições, construídas a partir de cotização e dos mantimentos que as compas levarão. Exemplos do que pode ser levado: arroz, feijão, massa, enlatados, sal).

PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO: 
No Parque Batle, local onde ocorrerá todo o evento,  terá uma praça de alimentação com almoço sendo ofertado a R$ 28,00 em média. Haverá opção de lanches também.

TAXA INSCRIÇÃO: Cada pessoa inscrita pagará R$16,00. As coordenadoras da delegação ajudarão a recolher o valor com as companheiras, por ônibus. Facilite o troco! Com lista de participante e o valor, serão feitas as inscrições de todas, na chegada ao evento!

CÂMBIO - R$ 1,00 = Uyu 9.00 (para cada 1 real temos 9 pesos uruguaios)
Levem dinheiro em mãos pois será bem complicado de sacar a moeda brasileira lá. Deverá ter locais para câmbio próximo aos locais, mas para garantir as primeiras movimentações, leve alguns pesos daqui.

CARTÃO DE CRÉDITO – Lembrem-se de habilitar para uso internacional – Uruguai.

TELEFONES CELULARES – A internet lá não é muito fácil (nada fácil) então as pessoas basicamente dependerão de seus celulares e se o telefone está habilitado para consumo de internet em rooming (não é barata – custo de 29,00 por dia, em média) Levem seus carregadores, mas lembrem-se que isto também não deve ser uma coisa fácil de conseguir (tomadas), se organizem para carregar a noite. O uso de sms na maioria das operadoras é barato, então talvez seja a melhor forma de mandar noticias pra casa ou entrar em contato com alguma compa lá.

LÍNGUA FALADA : Por fim, lembrem-se que lá alguns painéis serão falados em espanhol outros em português. Claro, no geral as pessoas vão arriscar num portunhol (espanhol misturado de português),  o idioma oficial da integração latino-americana. Não teremos tradução, então a solidariedade das compas que entendem mais será fundamental pois podem dar uma força pras que entendem menos.

INTEGRAÇÃO CULTURAL: E por falar em integração, nossa América Latina pulsa luta, ritmo e poesia!  Músicos e musicistas, poetas e poetisas, artistas em geral que estarão na jornada continental, cola na programação com a gente!
Vamos defender a democracia e fazer o enfrentamento ao neoliberalismo com força, irreverência e alegria através da nossa arte!

BATUCADA FEMINISTA: Todas as marchantes que puderem, levem suas latas pois já vamos começar o ensaio dentro do ônibus.
Cancioneiro feminista – quem tem as letras das músicas da MMM, levem !!!!!!

Seguiremos em marcha até que todas sejamos livres!!!!