Relato da Reunião com a Coordenadora Nacional da Marcha, Nalu Farias
Quando: 24 de abril, das 17:30 às 20h
Local: Sindicato dos Bancários
Presentes: Nalu, Denise, Analine, Catherine, Evelize, Gisela, Carmem, Marilise, Angela, Mercedes, Carla, Estela, Cristina e Cláudia
Pauta:
- sobre os desafios da MMM
- o que é estratégico de estarmos participando
- onde as militantes da Marcha tem que potencializar na sua militância.
Nalu apresentou a conjuntura histórica do movimento feminista no Brasil e no mundo e que originaram a organização da MMM nas décadas de 1980 e 1990.
Falou também do movimento feminista que se organizava, na década de 90, em torno das Conferências da ONU e de como foi construída a articulação para Pequin em 1995. É neste período que não acontecem mais atividades de massa, colocando as mulheres nas ruas.
Em outubro de 1999 acontece a primeira reunião de organização da Marcha Mundial das Mulheres no Brasil, que surge como um movimento de base, de massas e permanente. A MMM surge como um instrumento de rearticularmos um campo de esquerda, contra o neoliberalismo e o tema do aborto voltou a pauta do movimento feminista que estava se reavivando. Os temas da Economia e do Mercado foram nos pautando como tema estruturante. Incorporamos uma cara própria, principalmente quando assumimos a agenda geral (junto com a CMS), a crítica a sociedade de mercado e batucada feminista.
Na seqüência apresentou os desafios da MMM nos âmbitos nacional e internacional, para o próximo período, citando dois pontos estratégicos:
- firmar a Marcha como movimento permanente e de massas;
- aproximar sempre mais lideranças nas formações sobre o feminismo.
O que devemos ter sempre como central na construção das análises para os nossos debates e formação:
- Não fragmentar o movimento, mas incorporar todos os debates (jovens, negras, lésbicas, mercantilização, desenvolvimento econômico, violência, prostituição, trabalho, sexualidade, aborto são os mais pautados).
- O elemento de classe é fundamental estar à frente das análises
- A opressão e a divisão sexual/social do trabalho (base material)
- Dar visibilidade para a opressão de classe e de gênero a que as mulheres estão sujeitas
No âmbito internacional:
- Autonomia econômica das mulheres;
- Violência sexista (mercantilização, aborto, autonomia do corpo);
- Acesso a bens comuns (sustentabilidade);
- Paz e desmilitarização
- Nos prepararmos para uma Ação Mundial em 2010 – numa plataforma que a gente consiga negociar nos nossos países – fazermos uma Marcha de uns 10 dias.
No âmbito Nacional:
- Pauta econômica – Política de Valorização do Salário Mínimo e Economia Solidária
- Violência e a Lei Maria da Penha (transformar num debate permanente e visibilizar as diferenças regionais nas políticas públicas)
- Aborto -> buscar a unidade no movimento feminista e questionar o modelo de sexualidade
- Mercantilização -> questionar os padroões, a utilização da imagem da mulher; valores mercantis
Após a apresentação dos pontos acima tivemos um debate entre as participantes, que novamente apontaram para a necessidade de iniciarmos um processo de formação feminista para dentro da MMM e também para fora, pautando as bandeiras de luta da marcha. Também a necessidade de demarcarmos posição em atos e manifestações públicas puxadas pela CMS e demais movimentos parceiros como Via Campesina, CUT etc.
Nalu chama a atenção para que possamos compreender a diversidade de mulheres que temos nos Estados e ainda que possamos trazer para a Marcha tanto as feministas dos movimentos só de mulheres como dos mistos. E que a Marcha possa exercer sua radicalidade e que esta possa dialogar no limite de cada uma. No tema do aborto temos ampliado consciências.E por último informa que há um projeto de uma publicação que possa trabalhar a formação e os temas de debates da Marcha, pois há muita demanda de formação pesada para dentro e fora da Marcha.
Quando: 24 de abril, das 17:30 às 20h
Local: Sindicato dos Bancários
Presentes: Nalu, Denise, Analine, Catherine, Evelize, Gisela, Carmem, Marilise, Angela, Mercedes, Carla, Estela, Cristina e Cláudia
Pauta:
- sobre os desafios da MMM
- o que é estratégico de estarmos participando
- onde as militantes da Marcha tem que potencializar na sua militância.
Nalu apresentou a conjuntura histórica do movimento feminista no Brasil e no mundo e que originaram a organização da MMM nas décadas de 1980 e 1990.
Falou também do movimento feminista que se organizava, na década de 90, em torno das Conferências da ONU e de como foi construída a articulação para Pequin em 1995. É neste período que não acontecem mais atividades de massa, colocando as mulheres nas ruas.
Em outubro de 1999 acontece a primeira reunião de organização da Marcha Mundial das Mulheres no Brasil, que surge como um movimento de base, de massas e permanente. A MMM surge como um instrumento de rearticularmos um campo de esquerda, contra o neoliberalismo e o tema do aborto voltou a pauta do movimento feminista que estava se reavivando. Os temas da Economia e do Mercado foram nos pautando como tema estruturante. Incorporamos uma cara própria, principalmente quando assumimos a agenda geral (junto com a CMS), a crítica a sociedade de mercado e batucada feminista.
Na seqüência apresentou os desafios da MMM nos âmbitos nacional e internacional, para o próximo período, citando dois pontos estratégicos:
- firmar a Marcha como movimento permanente e de massas;
- aproximar sempre mais lideranças nas formações sobre o feminismo.
O que devemos ter sempre como central na construção das análises para os nossos debates e formação:
- Não fragmentar o movimento, mas incorporar todos os debates (jovens, negras, lésbicas, mercantilização, desenvolvimento econômico, violência, prostituição, trabalho, sexualidade, aborto são os mais pautados).
- O elemento de classe é fundamental estar à frente das análises
- A opressão e a divisão sexual/social do trabalho (base material)
- Dar visibilidade para a opressão de classe e de gênero a que as mulheres estão sujeitas
No âmbito internacional:
- Autonomia econômica das mulheres;
- Violência sexista (mercantilização, aborto, autonomia do corpo);
- Acesso a bens comuns (sustentabilidade);
- Paz e desmilitarização
- Nos prepararmos para uma Ação Mundial em 2010 – numa plataforma que a gente consiga negociar nos nossos países – fazermos uma Marcha de uns 10 dias.
No âmbito Nacional:
- Pauta econômica – Política de Valorização do Salário Mínimo e Economia Solidária
- Violência e a Lei Maria da Penha (transformar num debate permanente e visibilizar as diferenças regionais nas políticas públicas)
- Aborto -> buscar a unidade no movimento feminista e questionar o modelo de sexualidade
- Mercantilização -> questionar os padroões, a utilização da imagem da mulher; valores mercantis
Após a apresentação dos pontos acima tivemos um debate entre as participantes, que novamente apontaram para a necessidade de iniciarmos um processo de formação feminista para dentro da MMM e também para fora, pautando as bandeiras de luta da marcha. Também a necessidade de demarcarmos posição em atos e manifestações públicas puxadas pela CMS e demais movimentos parceiros como Via Campesina, CUT etc.
Nalu chama a atenção para que possamos compreender a diversidade de mulheres que temos nos Estados e ainda que possamos trazer para a Marcha tanto as feministas dos movimentos só de mulheres como dos mistos. E que a Marcha possa exercer sua radicalidade e que esta possa dialogar no limite de cada uma. No tema do aborto temos ampliado consciências.E por último informa que há um projeto de uma publicação que possa trabalhar a formação e os temas de debates da Marcha, pois há muita demanda de formação pesada para dentro e fora da Marcha.
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