por Isaura ContePor anos, sei fui sombra
Ou do pai, ou do marido
Nem profissão eu tinha
Nem nome reconhecido
As lidas da roça e da casa
Labutas do dia-a-dia
Cuidar dos filhos e idosos
Pra tudo isso eu servia
Me ensinaram a ser boazinha,
Jamais contestar, desobedecer
Chorar a sós pelos cantos
Sem dizer que eu estava a sofrer
Tinha que ser servil,
Mesmo sendo mal tratada
Agradar aos pais e sogros
Fingindo que era amada
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