Fonte: MMM
Como não podia deixar ser, o Encontro começou com toda a alegria e irreverência característica da MMM em todo o país. Com uma mística
envolvendo todos os países e territórios aqui presentes, e os elementos essenciais para a nossa vida (fogo, água, terra e ar), nos
sentimos ainda mais próximas e conectadas.
Antes de iniciar a pauta do dia, fomos presenteadas com uma belíssima apresentação de um grupo contemporâneo típico das Filipinas, com
música, batuques, danças e muita alegria.
Pronto, depois de muita integração e apresentação, estávamos prontas para dar início à pauta do dia.
Iniciando a jornada, a integrante do Comitê Internacional, Miriam Nobre, contextualizou o momento em que vivemos apontando algumas
diretrizes de atuação da MMM neste contexto.
Vivemos em um momento de crise, para muitas não é uma simples crise cíclica do capitalismo, é uma crise social, histórica, civilizatória.
Para outras, as mulheres vivem essas crises há séculos.
Depois de muito debate, apareceram quatro pontos gerais que fazem parte de nossa estratégia neste momento histórico:
1- Ser um movimento enraizado nas lutas locais com relações e estratégias internacionais.
2- Articulação das lutas em pontos comum, relacionados aos quatros eixos da Ação de 2010;
3- Construir experiências democráticas de auto-organização, de forma coletiva, onde todas possam contribuir.
4- Construção de alianças capazes de fortalecer a luta feminista em todos os espaços.
O dia terminou com uma “Noite da Solidariedade” onde cada país pode compartilhar um pouco de sua cultura. Nós, do Brasil, fizemos uma
pequena amostra da irreverência de nossa Batucada, que encantou a todas.
Você que está lendo este texto, não se esqueça de levar em consideração que aqui nas Filipinas são 10 horas a mais que no Brasil,
por isso, pode haver alguma confusão nas datas das postagens.
8º Encontro Internacional da Marcha Mundial das Mulheres – Filipinas, 20 a 25/11/2011
(Adital) De 20 a 25 de novembro, mulheres de mais de 30 países estarão reunidas na Cidade Quezon, Filipinas, para o 8º Encontro Internacional da Marcha Mundial das Mulheres (MMM). Realizado a cada dois ou três anos, o encontro tem o objetivo de avaliar ações e desenhar linhas de trabalho para os anos seguintes, além de fortalecer o movimento.
Este ano, entre os temas em pauta estará a discussão sobre o contexto socioeconômico e político mundial, pois é a partir dele que a Marcha planeja suas ações. “A crise econômica só será terminal se a gente tiver alternativas. Vemos formas de organização em acampamentos, principalmente nos países no Norte, mas a gente tem que debater que tipo de movimento é necessário para o atual momento e o que a MMM pode fazer”, explica Miriam Nobre, coordenadora do Secretariado Internacional da Marcha.
Está disponível, no site da Marcha, um texto que subsidiará o debate no 8º Encontro Internacional.
Para a marcha, o fundamental é avaliar como essa conjuntura repercute na vida das mulheres em todo o mundo, com ataques de setores ultraconservadores aos direitos civis, sexuais e reprodutivos, reforçados pela mídia, que, na opinião do movimento, fortalece a ofensiva contra as mulheres.
“Apesar da existência de várias leis contra a violência de gênero, temos testemunhado a intensificação da violência contra as mulheres, expressa no feminicídio. Em particular, temos notado em todos os continentes o aumento de violência contra mulheres (e as suas famílias) que estão ativas em movimentos sociais. Esta situação também se reflete na violação e perseguição de mulheres, particularmente no contexto de militarização”, assinala o texto.
Outro objetivo do evento, segundo Míriam, é pensar a organização interna. “A gente quer garantir uma estrutura flexível, a mais horizontal e democrática possível. Temos que rever estatuto e regras de funcionamento. Será iniciado processo para eleger o Comitê Internacional da Marcha e também para eleger Secretariado Internacional, que ainda está com o Brasil” (acesse http://www.sof.org.br/marcha/).
Veja a notícia completa: Encontro da Marcha Mundial das Mulheres faz balanço e debate linhas de atuação (Adital – 14/11/2011)
Nenhum comentário:
Postar um comentário