| | | |
Qui, 08 de Março de 2012 11:46 |
No Dia Internacional da Mulher, o SindBancários aproveita a oportunidade para destacar assuntos que ambientam o dia-a-dia das bancárias e que não podem ser esquecidos, nem tratados com menor relevância. A convite da entidade, a feminista Cláudia Prates concedeu uma entrevista à imprensa do sindicato, apontando as evoluções e os entraves que as mulheres enfrentam, confrontando-se com o machismo conservador que muitas vezes habita seu cotidiano no trabalho, na política, ou até mesmo dentro de suas próprias casas.
Além de militante feminista da Marcha Mundial das Mulheres, Cláudia Prates também integra o Conselho Nacional dos Direitos das Mulheres. Confira a entrevista no texto abaixo:
A Bancária - Como está o mercado para a mulher trabalhadora, num ângulo de oportunidades e igualdades?
A participação das mulheres no mercado de trabalho vem crescendo de forma contínua, porém ainda há o peso da divisão sexual do trabalho na estrutura de nossa sociedade. O fato dos cargos de direção e poder estarem, majoritariamente, ocupados por homens é reflexo disso. Além disso, o fato das mulheres ganharem até 70% a menos que os homens para o mesmo cargo, mesmo tendo a mesma escolaridade, é reflexo do pensamento machista que ainda funciona na lógica de que a mulher pode ganhar menos porque o seu salário complementa o do marido. Se ela for negra, a discriminação é dupla, receberá, em média, 50% a menos que uma mulher branca. Ou seja, a igualdade é um objetivo a ser perseguido e alcançado.
Quanto às oportunidades, é visível o crescimento. As mulheres estão ocupando, cada vez mais, postos que eram exclusivamente masculinos. Entretanto, a divisão sexual do trabalho mantém algumas profissões como espaços femininos e ligados ao estereótipo da “dona de casa”. É o caso das empregadas domésticas e educadoras, que, aliás, historicamente são mal remuneradas por terem seus trabalhos vistos como expressão de um dom natural das mulheres. Outro exemplo é o da construção civil, onde cresce a capacitação de mulheres através de cursos oferecidos pelos sindicatos ligados à construção civil e também através de políticas públicas (Programa mulheres construindo cidadania). Mas ainda é comum ouvirmos profissionais, como arquitetos e engenheiros, dizerem que contratam mulheres nas obras porque elas são mais caprichosas, não desperdiçam material e “humanizam” os canteiros de obras.
Leia mais AQUI
Nenhum comentário:
Postar um comentário