domingo, 19 de abril de 2015

24 horas de Ação Feminista - Ato de Solidariedade Feminista por trabalho digno para as mulheres!


Ato de Solidariedade Feminista por trabalho digno para as mulheres! (evento no face, clique aqui)

Dia 24 de abril
das 12 às 13h
Local: Esquina Democrática

Você sabe onde e em quais condições foi confeccionada a roupa que você está vestindo agora?

AÇÃO FEMINISTA DURANTE 24 HORAS! 
Estamos nas ruas para denunciar as condições de trabalho precarizado que vivem muitas mulheres. Queremos ainda falar sobre a terceirização do trabalho e o que nós temos a ver com isto.

Nossa solidariedade deste ano é com as Mulheres de Bangladesh:
Dhaka, capital de Bangladesh, 23 de abril de 2013, edifício Rana Plaza. Um dia antes de cair por terra, uma imensa rachadura se abriu sobre seus andares. Muitas trabalhadoras e trabalhadores das confecções têxteis que ocupavam o prédio se recusaram a adentrar. Porém, a ameaça de perder o emprego obrigou-os a mais um dia de jornada. Então, no dia 24 de abril, Rana Plaza desabou, causando 1138 mortes. 80% dessas pessoas eram mulheres. Das mais de 2500 feridas, muitas perderam permanentemente a capacidade de trabalhar. Essas fábricas de confecção de roupas em Bangladesh e em outros países do sudeste asiático fazem parte de uma cadeia produtiva internacional, onde mulheres e homens trabalham sob a lógica da terceirização.

O que aconteceu em Bangladesh expressa a realidade de milhares de mulheres no mundo, exploradas pela indústria da moda e da beleza. Somos exploradas como trabalhadoras, controladas como consumidoras, e mercantilizadas como mulheres. Sempre obrigadas a seguir um padrão de beleza único, irreal e inatingível.

No Brasil, para agravar mais ainda a situação de trabalho das mulheres, o PL 4330, que regulamenta e amplia as terceirizações, foi aprovado recentemente na Câmara dos Deputados. Sob o falso argumento de maior produtividade e competitividade da indústria nacional, o projeto possibilita que os empresários aumentem suas taxas de lucro mediante a total falta de responsabilidade perante direitos trabalhistas historicamente conquistados.
Segundo dados do DIEESE, no ano de 2014, os contratos de terceirização geraram um ganho de salário 24,7% menor que os contratos diretos. Nesse cenário, as mulheres, que recebem 1/3 a menos que os homens para cumprir a mesma função no mercado, acabam por ser as mais prejudicadas. Além de exercer uma jornada maçante e mal remunerada nos empregos, ainda são obrigadas a administrar os lares, cuidando para que tudo corra da melhor forma possível na vida de seus entes queridos.

As 24 Horas de Solidariedade Feminista fazem parte da 4ª Ação Internacional da Marcha Mundial das Mulheres. Somos mulheres do mundo inteiro, que, no dia de hoje, do Pacífico ao Atlântico, organizaremos atividades entre 12h e 13h, acompanhando o ciclo do sol.
No Brasil, estamos mobilizadas em diversos estados e municípios na luta por igualdade e melhores condições de trabalho. De 8 de março a 17 de outubro de 2015, a 4ª Ação Internacional da MMM movimentará mulheres de todo o planeta com a máxima: Seguiremos em marcha até que todas sejamos livres!

Nenhum comentário:

Postar um comentário