MULHERES DA VIA CAMPESINA!
Às vésperas do Dia Internacional da Mulher, um dia de luta para mulheres de todo o mundo, as companheiras da Via Campesina cumprem o importante papel de denunciar a toda a sociedade gaúcha e brasileira os desmandos que o latifúndio e as transnacionais promovem no campo, numa ação que destaca o protagonismo das mulheres na luta por igualdade, autonomia e soberania popular.
Ao ocupar área ilegal de uma poderosa transnacional (Stora Enso), a ação das mulheres da Via Campesina questiona o sistema capitalista, que concentra terra e riquezas e aprofunda a miséria no campo e na cidade. A ação denuncia a ordem capitalista e machista que não reconhece e não valoriza o trabalho das mulheres no campo, relegando-as a um lugar de subordinação.
Repudiamos a ação da brigada militar gaúcha sob ordens do governo do estado do Rio Grande do Sul, comandado por Yeda Crusius, que agiu violentamente a serviço da ilegalidade operada pela transnacional.
Denunciamos a Brigada Militar que realizou um violento despejo, prendeu 800 mulheres, feriu mais 60. Tudo isso amparada por um "interdito proibitorio" que a empresa SOTRA ENZO, conseguiu com a "justiça" que autoriza a policia a fazer despejo sem mandato judicial, de qualquer de suas áreas ocupadas. É o estado brasileiro a serviço de uma empresa Finlandesa, que comete o crime de ter comprado 86 mil hectares de médios e grandes proprietários, na área de fronteira com Uruguay e Argentina o que é proibido por lei.
Denunciamos a invasão de forma violenta por um contingente da Brigada Militar ao acampamento das mulheres da Via Campesina na Fazenda Tarumã, em Rosário do Sul (RS), onde centenas de agriculturas foram feridas e impedidas pelos policiais de receber atendimento médico.
Denunciamos que cerca de 250 crianças que estavam no acampamento foram separadas das mães e colocadas deitadas com as mãos na cabeça. Ferramentas de trabalho foram apreendidas e barracos os destruídos.
Denunciamos a prisão da companheira Irma Ostroski, detida covardemente ao realizar exames de corpo de delito, após ser agredida na ação violenta da polícia.
Exigimos a anulação da compra ilegal de terras pela Stora Enso na faixa de fronteira e sua expropriação para fins de reforma agrária; e pela retirada do projeto, da Câmara e do Senado, que propõe a redução da faixa de fronteira.
Dizer não à ação das transnacionais e ao agronegócio, é uma tarefa inadiável de todas e todos que lutam por um mundo de igualdade.
A NOSSA LUTA É TODO O DIA.
SOMOS MULHERES E NÃO MERCADORIA!!
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