Marcha
Mundial das Mulheres repudia os
que cederam
ao
conservadorismo e a
norma patriarcal
e heteronormativa
que
fechou
a exposição QueerMuseu
A Marcha Mundial das
Mulheres repudia
a
direção do
Santander Cultural, empresa transnacional do sistema financeiro, que
reforça o sistema patriarcal heteronormativo e conservador ao fechar
a exposição QueerMuseu.
As feministas da
Marcha Mundial das Mulheres estão ao lado dos Movimento Sociais que
denunciam e repudiam o fundamentalismo religioso, o conservadorismo,
o retrocesso
expresso na nota emitida pelo Santander Cultural ao dizer que cede ao
apelo dos “indivíduos”
e que as obras de arte de uma exposição com a temática da
diversidade, do respeito as diferenças e com obras de artistas de
renome
e diversos períodos históricos como: Adriana Varejão, Cândido
Portinari, Fernando Baril, Guignard, Lygia Clark, Kika Costa, Milton
Kurtz, Mário Röhnelt, Paulo Osir, Sandro Ka e Leonilson e
mais.
Arte moderna denuncia
e faz pensar, as
obras (que provocaram a violência patriarcal contra a exposição)
foram
descontextualizadas pelos fascistas para provocar a indignação dos
fanáticos e de muitas pessoas que não tiveram a oportunidade de
serem informadas ou refletir sobre a necessidade de visibilidade e
considerar
questionamentos sobre gênero, diversidade e sexualidade.
As obras ditas ofensivas são justamente as que denunciam a falsa
correlação entre orientação sexual LGBTT e estes
crimes. A denuncia, (e a leitura de qualquer obra de arte deve estar
no seu contexto histórico e no da exposição) transformada em
apologia só serve pra reforçar a hetenormatividade e
o racismo,
reforçando os preconceitos e a violência que sofrem as pessoas
LGBTT. Retirando a responsabilidade pelos
crimes
de exploração sexual de crianças e da crueldade animal da
segurança publica e da falta de politicas sociais de enfrentamento e
prevenção.
Colocando
a responsabilidade
pela
proteção e defesa dos mais vulneráveis na
norma religiosa do
extremismo conservador,
do falso moralista
e de um
estado religioso.
O Santander
Cultural e sua direção ao cederem ao movimento fascista, calam e
reforçam a invisibilidade da
morte de aproximadaemnte
340
pessoas por LGBTTFobia em 2016, ou
dos 10 estupros coletivos acontecidos no dia de hoje, e
destes
não temos ideia de quantos são os chamados “estupros corretivos”
que vitimizam muitas
mulheres
e meninas lésbicas e bissexuais, ou
as mortes de aproximadamente 63 jovens negros por dia, quando
invisibiliza a temática de raça junto com a
de
gênero
colocada em várias das obras que agora já não poderemos ver,
debater e até gostar/desgostar. Somos contra a censura e seus
efeitos na sociedade, contra o proibir o debate de gênero em salas de
aula, contra queimar livros e fechar espaços de cultura e de vida das
comunidades.
A
Marcha
Mundial de Mulheres reafirma seu compromisso com o Estado Laico e com
a defesa da Democracia e da Cultura!
Feminismo
em marcha
contra
o conservadorismo e pelo Estado Laico!
Seguiremos
em Marcha até que Todas sejamos Livres!
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