Em luta por autonomia econômica! Contra a globalização do capital, afirmamos a economia feminista
e solidária. Em julho, no Vale do Ribeira, mulheres de São Paulo e Paraná estarão mobilizadas por autonomia
econômica e para denunciar a lógica de controle e mercantilização da natureza.
O Vale do Ribeira, região de Mata Atlântica preservada pelas comunidades
tradicionais de quilombolas, indígenas e caiçaras, vem sendo atacada pela
criminalização destes mesmos povos por uma legislação ambiental que não impede
a ofensiva das mineradoras, a ameaça das barragens, a pulverização aérea
de agrotóxicos e seu uso intensivo. Afirmaremos a economia solidária e a
agroecologia, as experiências, conhecimentos e práticas das mulheres como
caminho para transformar este modelo de reprodução, produção e consumo.
Pelo fim da violência contra as mulheres! A construção de autonomia é uma estratégia para enfrentar a
violência contra as mulheres. Também em julho, as mulheres da Paraíba
organizarão uma ação pelo fim da violência contra as mulheres. Entre tantos
casos cotidianos de violência contra as mulheres, o estupro coletivo de cinco
mulheres por 10 homens, seguido do assassinato de duas delas, bem como o
violento assassinato de Ana Alice, uma adolescente de 16 anos, ambos na cidade
de Queimadas, revelaram as tramas da violência e da impunidade naquela região.
Com a ação na Paraíba, queremos fortalecer a auto-organização das mulheres no
enfrentamento a violência sexista e à impunidade.
Em luta pela desmilitarização de nossas vidas! A militarização é uma expressão da violência tratada como
natural pelos sistemas capitalista e patriarcal e dos meios utilizados por
estes sistemas para manter seu domínio. As periferias das grandes cidades
brasileiras convivem diariamente com a violência policial, que em nosso país
provoca um número de mortes tão grande como o de países em situação de conflito
armado.
Em
2013, ao menos 6 pessoas foram mortas por dia pela polícia no Brasil. Aqui, a
cada 3 pessoas assassinadas, duas são negras. Este será o eixo da ação da MMM
no Rio de Janeiro, em agosto. Com atividades de formação e de ocupação do
espaço público, o objetivo é promover o intercâmbio entre mulheres do Rio de Janeiro
e São Paulo que têm suas vidas marcadas pela militarização para avançar em uma
perspectiva feminista nesta luta.
Margaridas seguem em
marcha
Com o
eixo “Margaridas seguem em marcha por desenvolvimento sustentável com
democracia, justiça, autonomia, igualdade e liberdade”, estaremos juntas com as
mulheres do campo, da floresta e das águas na 5ª edição da Marcha das
Margaridas. Esta Marcha teve início em 2000, como uma adesão das trabalhadoras
rurais a Marcha Mundial das Mulheres. A Marcha das Margaridas aconteceu com uma
grande mobilização nos dias 11 e 12 de
agosto, para lembrar a lutadora Margarida Alves.
Contra a violência do
agronegócio O
enfrentamento à violência também será um dos eixos da ação em Campo Grande, no
Mato Grosso do Sul, que reunirá as companheiras do Centro-Oeste entre 5 e 7 de
setembro. Naquela região que vive uma disputa de terras no campo e na cidade,
assim como de desmatamentos desenfreados do cerrado e áreas de florestas, por
conta do agronegócio, a violência sexista é marcada pela prostituição e o
tráfico de mulheres, e por um alto índice de violência contra as mulheres
indígenas.
Em luta pela legalização
do aborto! A luta pela legalização
do aborto estará no centro da ação que acontece em Santana do Livramento, no
Rio Grande do Sul, na fronteira com o Uruguai. Cerca de mil mulheres da região
sul do Brasil, Argentina e Uruguai são esperadas para a “Primavera pelo direito
ao corpo e a vida das mulheres”, entre os dias 26 e 28 de setembro. O objetivo
da ação é fortalecer a luta pelo fim da hipocrisia que hoje mata,
principalmente, mulheres pobres e negras pela clandestinidade do aborto. Com
intercâmbio entre as mulheres dos diferentes países, a ação será um momento de
formação, articulação e visibilidade desta luta.
Nossas resistências e
alternativas feministas: Corpos e territórios livres! A ação internacional se encerra no dia 17 de outubro, em uma
ação organizada pelas mulheres do Ceará e do Rio Grande do Norte. Tendo o corpo
e o território como eixos, a ação irá fortalecer e visibilizar nossas
resistências e alternativas. A proposta é que ação tenha início no Cariri,
região no Ceará marcada pela violência contra as mulheres e que se encerre em
Mossoró, no Rio Grande do Norte. A previsão é que cerca de mil mulheres participem
de atividades de formação e mobilização que afirme nossas alternativas e
práticas de ocupação livre e soberana dos territórios rurais e urbanos, seja
pela agroecologia, seja pela cultura feminista.
O QUE É LESBOFOBIA?
A lesbofobia pode
ocorrer de várias formas: Por meio de ameaça, agressão física, agressão verbal,
formas diversas de ofensas como gestos, risadas e insinuações, bem como
qualquer ação que seja violenta, que cause constrangimento, intimidatória ou
vexatória de ordem moral, filosófica ou psicológica. Tal agressão pode ser
feita por pessoas desconhecidas ou conhecidas, até mesmo por um parente ou
membro da família.
Ou
seja, a lesbofobia é qualquer manifestação discriminatória ou vexatória por
causa da orientação sexual de uma garota ou de duas garotas que estão juntas,
como nos exemplos abaixo:
–
Qualquer impedimento ou manifestação negativa em relação à afetividade entre
meninas (que sejam permitidas no mesmo ambiente por heterossexuais)
–
Qualquer impedimento ou aumento de valor para a hospedagem,compra ou locação de
locais por causa da orientação sexual ou gênero;
– Qualquer xingamento, gestos
ou comentários que condenem ou critiquem a orientação sexual ou de gênero;
– Proibição de entrada ou
permanência em estabelecimentos em razão da orientação sexual ou de gênero;
– Ter atendimento diferente dos
outros sem que isso seja determinado em alguma lei;
– Demissão ou não admissão, ou
acesso profissional negado, em razão da orientação sexual ou de gênero.
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