A Marcha Mundial das Mulheres vem a público manifestar seu repúdio e indignação pela votação da retirada da expressão “perspectiva de gênero” como uma das atribuições do recém-criado Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos em votação realizada no dia 18/02 sobre o texto base da Medida Provisória 696/15 no Plenário da Câmara dos Deputados.
A criação da SPM em 2003 respondia justamente à demanda de que o Estado brasileiro finalmente reconhecesse seu papel no enfrentamento às desigualdades entre homens e mulheres na sociedade, no sentido de alterá-las.
A emenda apresentada pelo deputado Roberto Alves (PRB-SP), esvazia os objetivos centrais da Secretaria no que se refere à promoção da igualdade entre homens e mulheres e ao combate a todas as formas de violência, discriminações e preconceitos.
Esse posicionamento expressa a misoginia e o machismo que emana do Congresso brasileiro e que precisa ser combatido pela sociedade.
O papel do Legislativo deve ser justamente de propor políticas que promovam a igualdade na sociedade e que combatam a violência e o racismo e os preconceitos. Estes setores estão aproveitando o momento de crise para penalizar a classe trabalhadora em especial a retirada de direitos das mulheres.
Exigimos que o executivo, ao contrário, reforce a perspectiva de gênero em todos os programas e ministérios como já aprovado nas 3 Conferências Nacionais de Políticas para as Mulheres realizadas no país e referendadas nos Planos Nacionais de Políticas para as Mulheres.
Em Marcha até que todas sejamos livres!
Marcha Mundial das Mulheres
Fevereiro de 2016.
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