seguindo com nosso compromisso para o 4º módulo da Jornada de Formação Feminista da MMM RS (ecofeminismos) para 5º Ação Internacional, apresentamos a penúltima publicação do módulo.
Apresentamos um resumo do artigo ECONOMÍA FEMINISTA Y ECONOMÍA ECOLÓGICA, EL DIÁLOGO NECESARIO Y URGENTE escrito pela espanhola, antropóloga, engenheira, professora e ativista ecofeminista Yayo Herrero.
Para conferir o artigo na íntegra, acesse o recém lançado livro Economia feminista e ecológica: resistências e retomadas de corpos e territórios, pela SOF - Sempreviva Organização Feminista (disponível em https://www.sof.org.br/economia-feminista-e-ecologica-resistencias-e-retomadas-de-corpos-e-territorios/) e confira outros textos sobre a temática.
ECONOMÍA FEMINISTA Y ECONOMÍA ECOLÓGICA, EL DIÁLOGO NECESARIO Y URGENTE por Yayo Herrero[1]
Resumo do artigo
O artigo de
Yayo Herrero fazer um recorrido nos conceitos de economia convencional,
economia ecológica e economia feminista. A partir desse recorrido ela enfoca e
vincula a economia ecológica e a economia feminista, construindo um conceito de
ecofeminismo desde um ponto de vista anticapitalista, marxista e crítico aos
conceitos convencionais. A autora deixa claro que não tem intenção de propor um
conceito fechado em si mesmo, mas sim, assinalar quais são os eixos
fundamentais e inegociáveis para a promoção dos mudanças necessárias desde o
ponto de vista ecológico e feminista.
No princípio
do texto a autora faz uma crítica à economia convencional afirmando que a mesma
"expulsou de seu campo de estudos recursos, processos, práticas e sujeitos
que, sendo imprescindíveis para a vida, não são considerados, nem podem ser
medidos com a exclusiva vara de medir dinheiro (Naredo, 2006)". Dessa
forma, afirma que coisas como "polinização, ciclo da água, parir e o
cuidado dos idosos que se faz de forma não remunerada, por exemplo, desaparecem
nas análises que se realizam pela economia" (pag.145).
E é assim, de
forma muito simples, que ela explica que "a economia convencional se
organiza em torno de um crescimento econômico como objetivo e, que, deixa de
perguntar-se sobre a natureza da produção que gera esse crescimento; se esse
crescimento se dá, fabricando bens ou serviços socialmente necessários ou
fabricando artefatos desnecessários -
incluindo os indesejáveis - que "digerem"os recursos e
materiais finos e "excretam" quantidades enormes de resíduos"
(pag.145). Tal modelo de economia está focado na gestão da oferta, portanto,
não se pergunta de que forma as necessidades são satisfeitas, tampouco como se
vive a vida cotidiana.
Parte I - ECO DEPENDENTE E
INTERDEPENDENTE: OS LIMITES E A IMANÊNCIA COMO CARACTERÍSTICAS INERENTES À VIDA
HUMANA
Nesta parte a
autora expõe a ideia de que "o capitalismo heteropatriarcal tem se
desenvolvido como se as pessoas e suas sociedades pudessem viver separadas da
corporeidade e sua inserção na natureza, no entanto, essa ficção, só pode se
sustentar ocultando e sub valorando os aportes da natureza e das relações entre
as pessoas (pag.146)
Somo um
planeta com limites físico, nos quais a economia ecológica coloca no centro do
debate a nossa "ecodependência". Quatro dos limites da natureza
(conceitos ecológicos expostos no texto) já estão esgotados, a biocapacidade da
terra está superada.
Portanto a economia ecológica
trata de reconectar a economia com a materialidade da natureza, uma vez que a
vida na Terra é consequência da capacidade que esta tem de intercambiar energia
com o exterior. Uma corrente transdisciplinar que trata de recompor os laços
rompidos entre economia e natureza.
O subtítulo
segue com a autora afirmando que "somos seres encarnados em corpos: la
economía feminista tem o papel de evidenciar tal imanência". E com isso
descreve o pensamento ecofeminista: "uma vez que vivemos inseridos na
natureza, nós seres humanos, vivemos encarnados em corpos vulneráveis, contingentes
e finitos. assumir a corporeidade dos seres humanos, nos leva a consciência da
imanência de cada vida humana e da necessária interdependência entre as
pessoas. Ao mesmo tempo em que nascemos até morrermos, as pessoas dependem
física e emocionalmente do tempo de trabalho e de dedicação que outras pessoas
nos dão. Durante toda a vida, mas especialmente em alguns momentos do nosso
ciclo vital, não poderíamos sobreviver se não fosse a dedicação de tempo e
energia de cuidado dos nossos corpos feitos por outras pessoas. E esse trabalho
se encontro invisibilizado e desvalorizado nas sociedades patriarcais.
"(pag.148)
O subtítulo
segue, agora com a autora tratando de Economia Feminista, a partir de ideias
ecofeministas. A economia convencional permanece distante de uma inserção da
humanidade com a natureza, e também, ignora as consequências da corporeidade. O
tempo das mulheres fica fora das relações econômicas produtivas, mas é social e
biologicamente imprescindível, além de satisfazer necessidades imediatas na
família e na comunidade.
A Economia
feminista põe foco na importância dos cuidados diretos e indiretos para com as
pessoas como aspecto central para a reprodução social. Há uma divisão injusta e
desigual nos tempos dedicados ao cuidado entre homens e mulheres. A lógica
econômica ignora as necessidades humanas. Como afirma Cristina Carrasco, isto
"desvela que, a regeneração diária, mas sobretudo a reprodução geracional
de mão-de-obra, requer uma enorme quantidade de tempo e energias que o sistema
capitalista não podia remunerar sob sua própria lógica"(Carrasco, 2009).
Ademais, esta segregação de papéis em função do gênero, "tem permitido aos
homens ocuparem-se de tempo completo para o trabalho mercantil, sem as
limitações que supõe ocupar-se de cuidar das pessoas da família ou manter as
condições higiênicas do lar, apontando uma noção de que o econômico não se
ocupa da divisão sexual do trabalho, nem reconhece, embora explore, as tarefas
associadas à reprodução diária da vida em benefício da produção capitalista ”(página
147).
Para as
feministas há uma crise dos cuidados, uma vez que "há um complexo processo
de desestabilização de um modelo prévio de distribuição de responsabilidades
pelo cuidado e pela sustentabilidade da vida, o que implica uma redistribuição
destes e uma reorganização do trabalho de cuidados."(Pérez Orozco, 2007 -
pag 149). Ou seja, o modelo se sustentava com a divisão sexual do trabalho
próprio das sociedades patriarcais, funcionava a nível estrutural e se
articulava sobre a família nuclear, onde existia uma restrita divisão de
papéis, qual seja: o homem provedor (ganhador do pão) e a mulher a dona de casa
funcionavam como sustenta a estrutura do mercado laboral e do estado de
bem-estar E isso mudou totalmente, mas não a necessidade das mulheres de fazerem
as tarefas domésticas e de cuidado. Além disso, temos que ter presente que tem
avançado uma agenda neoliberal, e portanto, há um progressivo desmantelamento e
privatização dos serviços sociais, que cobriam parcialmente algumas das
necessidades de cuidados[2].
É importante
destacar que o modelo urbanístico, a vida nas cidades dificulta e intensifica
os tempos necessários para os cuidados. Como afirma Vega (2004), nosso modelo
atual "modelo de cidade e de progresso foi concebido para homens que não
compreendiam a importância do trabalho de cuidados, nem a multiplicidade de
dimensões que há que ser atendida para garantir a reprodução social. O modelo
urbanístico da cidade higiênica põe a máquina da edificação e do urbanismo a
serviço do sistema econômico"(pag.150)
Parte II- O NECESSÁRIO DIÁLOGO ENTRE A
ECONOMIA FEMINISTA E A ECONOMIA ECOLÓGICA
Na parte
anterior se disse que a economia Feminista destaca que existe uma contradição
entre a reprodução natural e social das pessoas e do processo de acumulacao de
capital. Já a Economia Ecológica destaca que a inviabilidade de um metabolismo
econômico não consciente dos limites biogeográficos e dos ritmos necessários
para a regeneração da natureza. Assim, uma soma simples entre as duas visões
fornece uma análise de valor indiscutível, mas essa contribuição é multiplicada
e ampliada quando as análises são relacionadas e entrelaçadas separadamente,
conforme proposto pela abordagem ecofeminista (página 151).
Herrero
adverte que "nas análises da economia ecológica, a dimensão corporal e
biológica da existência humana não está interiorizada, apesar de alguns
trabalhos fazerem referência a necessidade de contar com os aportes da economia
feminista". E que algo similar acontece no âmbito da economia feminista,
já que "embora existam trabalhos que mencionam a natureza como o espaço e
o tempo em que toda a atividade humana está incluída, exceto em muito poucos
trabalhos, é difícil encontrar elaborações e propostas que situem a reprodução
diária da vida e sua dimensão corporal nos marcos dos limites e restrições que
supõe o viver em um mundo cheio de Antropoceno"(Pag.151).
Em seguida a
autora faz referência a necessidade do diálogo entre a economia feminista e a
economia ecológica em torno do metabolismo social.
Para isso a mesma
usa como referencia as ideias de
González de Molina y Toledo (2011) , em que ele afirma que "as
relacoes que os seres humanos estabelecem com a natureza sao sempre duplas:
individuis ou biológicas e coletivas ou sociais". No entanto, esses
autores não discutem aspectos da divisão sexual do trabalho.Contribuição
importante que nos traz Herrero, já que afirma que "é certo que a
necessidade de nutrição é individual, mas a forma de satisfazê-la não é. A
inserção da sociedade na natureza se realiza a partir da encarnação humana e
para isso, o papel mediador das mulheres na divisão sexual sexo/gênero produz
relações invisíveis entre os seres humanos e o mundo natural, que garam que
cada vida individual possa desenvolver-se. Há um trabalho associada às necessidades
biológicas que garante a atenção aos ciclos do corpo humano" (pg.152)
O conceito de
metabolismo social é algo construído por Karl Marx, que basicamente serve para
"descrever as relações entre a sociedade e a natureza e o estudo e cálculo
dos fluxos de energia e de matéria que se intercambiam entre as diferentes
sociedades e o meio natural". Gonzáles de Molina y Toledo trabalharam
muito o conceito desde o ponto de vista da Economia Ecológica. Embora, quando
se mescla com a Economia Feminista, a partir dos aportes de Carrasco e Tello
(2011), o conceito se amplia. Os autores assinalam que "o metabolismo
social se dá em cinco links interconectados: a natureza com a qual interagimos
para obter os bens e serviços; o espaço doméstico, em que nascemos, nos criamos
e socializamos constitui a principal rede de interdependência; a comunidade
próxima em que estabelecemos relações de ajuda mútua e cooperação, que nos
permite dar resposta a vulnerabilidade e a incerteza; o estado e o mercado, que
constituem as duas esferas de producao e consumo mercantil. A economia
capitalista leva em consideração apenas a produção e o consumo realizados nos
dois últimos espaços da cadeia de ligação (estado e mercado) e é constituída
tomando como garantida e gratuita a contribuição da natureza, do lar e das
comunidades. " (p.154).
Por tanto, a
autora afirmará que "as mulheres são a ponte e a mediação que permitem o
trânsito permanente da sociedade para a natureza. Sua contribuição é natural e
ao mesmo tempo social.Seu trabalho permite a satisfação das necessidades
individuais que somente tem solução no coletivo. As mulheres têm sido o vínculo
entre as pessoas e a natureza. São as mediadoras ao parir (um universal
insubstituível) e ao realizar as tarefas de atenção e cuidado (perfeita e
necessariamente distribuíveis entre homens e mulheres)"(pag.154)
No entanto, é
necessário explicar melhor essa afirmação, pois ela pode se basear em uma idéia
essencialista do papel da mulher. Portanto, parece-nos que é importante
reproduzir o parágrafo inteiro:
"Não surpreendentemente, as
mulheres foram subordinadas e subvalorizadas precisamente assimilando-as a uma
natureza instrumentalmente concebida a serviço das sociedades humanas. No
entanto, acreditamos que esclarecer o papel que as mulheres desempenham na
reprodução social não é essencialista, mas materialista, além de ser um ponto
de partida para reorganizar as responsabilidades e obrigações da sociedade,
estado, mercado e homens para que essas funções sejam cobertas. A construção do
mundo social tem sua base material - além da natureza - no tempo de trabalho
dedicado à reprodução diária da vida. A rede de relacionamentos interconectados
é uma realidade material, sem ela, não há sociedade.A emancipação da mulher
envolve sensibilizar e tornar visíveis essas relações, a fim de exigir e
alcançar sua distribuição entre homens e mulheres, a fim de "des
feminilizar" o cuidado, transformando-o em uma responsabilidade pela
sociedade como um todo. Em nossa opinião, não se trata de
"desnaturalizar" as mulheres, mas de "renaturalizar os
homens" (Herrero, Cembranos y Pascual 2011)” (pag.154).
Além disso, a
autora afirma que "as mulheres estão mais próximas dessas funçoes nao por
essência, mas por causa das condições sociais em que elas são socializadas, que
as obriga a ser as únicas responsáveis pela corporeidade humana e colocando
muito mais tempo e energia para atender essa dimensão física da existência
humana"(Pag.154)
Finalmente, há
toda uma crítica à dicotomia produção / reprodução: “separando produção e
reprodução, o patriarcado criou uma falsa liberdade que ignora parâmetros
biológicos e ecológicos. A transcendência individual é construída socialmente
contra a natureza e às custas das mulheres que "produzem" tempo,
espaço e recursos para outra pessoa "(página 155).
E depois há
menção ao autor Martin O'Connor (1994), no qual afirma que o Capital é como
parasitismo, um conceito que ele considera mais útil que o de exploração,
dominação ou opressão para explicar o relacionamento em questão. Uma vez que
"uma minoria humana - principalmente do sexo masculino - pode viver como
se não tivesse corpo ou como se não houvesse limites porque é sustentada por
outros ou pela terra (...) é esse parasitismo que cria, para o próprio capital,
uma crise permanente de reprodução dessas condições de produção ”(página 155)
Además
otra de las críticas a la dicotomía producción /reproducción es que, una
vez que se ignora la satisfacción de
las necesidades del tiempo biológico, se genera un concepto de mundo público
que divide en compartimentos la existencia humana. La toma de decisiones se
basan en las necesidades del espacio público sin tener en cuenta la
complejidad de la existencia de las personas. Así tenemos que, ante la crisis
global, crear una política para la conectividad personas – naturaleza. Y son
las mujeres agentes privilegiados para la reconstrucción porque han sido
protagonistas de prácticas que son a la vez sociales y naturales.
Parte III - DIÁLOGOS ENTRE A ECONOMIA
FEMINISTA E A ECONOMIA ECOLÓGICA EM TORNO DA SUSTENTABILIDADE
Nesta parte,
destaca-se que sendo uma espécie viva, quando relacionamos sistema econômico e
sustentabilidade, estamos nos referindo à durabilidade de um certo metabolismo
social que permite a reprodução social e econômica, e que é apoiado em uma base
física que apresenta limites e restrições. Afirmação muito importante a ser
lembrada,
Para
aprofundar isso, a autora lembra que o conceito de sustentabilidade é
fundamentalmente antropocêntrico. Além disso, a noção de sustentabilidade é
ambígua e requer adjetivos (justos, equitativos etc.), especialmente quando a
noção substantiva se tornou um adjetivo que pode acompanhar vários conceitos
contraditórios.
A autora
aborda conceitos gerais de sustentabilidade, mas o mais importante é que a
economia ecológica aborda a questão da sustentabilidade, apontando para a
relação entre uma população e a energia e os materiais existentes em seu
ecossistema, sabendo que o ecossistema é formado pelo conjunto de seres vivos,
juntamente com os materiais derivados de sua atividade. No entanto, o aporte da
Economia Feminista, que reforça o quão necessário é esse diálogo, trata que
"a vida humana possível e permite que se sustenta, mas não se esgota com
as relações entre as pessoas e a natureza, senão que as relações de
interdependência entre as pessoas são básicas para manter a vida de cada ser
humana de forma não só sincrônica, mas também geracionalmente (...) somos
cultura e natureza e o trabalho necessário para que os corpos em que vivemos
encarnados, existam e sejam mantidos,
são centrais ”(página 157). É por isso que a idéia de sustentabilidade da vida
humana foi cunhada na economia feminista. Esse conceito designa "um
processo histórico complexo, dinâmico e multidimensional de satisfação de
necessidades que deve ser continuamente mantido e reconstruído, o que requer
recursos materiais, mas também contextos e relações de cuidado e afeto,
proporcionados em grande parte por trabalho não remunerado realizado em
residências "(Carrasco 2009) (pag.157)
A partir da
união desses campos teóricos, não podemos mais formular mais propostas que
busquem a emancipação da mulher e que sejam ecologicamente inviáveis, ou que,
reduzindo os impactos na natureza, aprofundem as desigualdades na
responsabilidade pela reprodução diária da vida. .
Assim, para
Economia Ecológica e Economia Feminista, o conceito de sustentabilidade deve
considerar “a possibilidade de manter ao longo do tempo um metabolismo social
que se encarrega das relações de ecodependência e interdependência, que
responde à condição radicalmente vulnerável de vida humana em um planeta com
limites. ” (página 157)
Já no final do
texto há uma contribuição importante sobre os afetos, um conceito muito
distante da análise econômica, mesmo da ecologia. Em resumo e com base em
Carrasco e Tello (2011), ele afirma que “é no espaço da socialização, o lar, no
qual adquirimos uma identidade sexual, um nome, aprendemos uma linguagem,
regras e capacidades técnicas que nos permitem tornar-nos no ser humano, isto
é, na natureza culturalmente transformada (Mellor 1997). Somente com esse
cuidado nos tornamos alguém autônomo e, ao mesmo tempo, interdependente, que
interage com outros seres humanos em redes cada vez mais complexas de
interdependência relacional. Nessa perspectiva, ser humano acarreta a
preocupação para com os demais (De Waal, 2009). ” (p. 159).
Parte final - ALGUMAS CONSIDERAÇÕES FINAIS:
CONSTRUINDO ESPAÇOS DE SEGURANÇA NA FRENTE DO RISCO GLOBAL
Diante do
exposto, a autora acredita que o diálogo entre a economia ecológica e a
economia feminista pode ajudar a estabelecer uma política dos tempos e uma
política do território (Carpintero e Bellver, 2013). Uma vez que é permitido
entender e reorientar as relações entre humanidade e natureza e também entre os
seres humanos. Uma vez que implica a análise das relações sexo / gênero
derivadas da corporeidade e inserção humana na natureza.
E, por fim,
encerra o artigo de uma maneira muito bonita, através da releitura do primeiro
artigo, da Declaração dos Direitos Humanos, escrita por Carrasco e Tello
(2011), a saber:
"Todos os seres humanos
nascem do seio de uma mãe e tornam-se iguais em dignidade e direitos, graças a
uma imensa dedicação de atenção, cuidado e trabalho diário, de uma geração para
outra, que deve ser compartilhada por homens e mulheres como uma tarefa
civilizadora fundamental para nossa espécie: graças a este trabalho, as pessoas
podem se tornar dotadas de razão e consciência que lhes permitem se comportar
fraternalmente, conscientes de habitar um planeta fisicamente limitado, que
compartilham com o resto do mundo vivo, e que eles serão obrigados a manter
". (página 160)
[1] Yayo Herrero é associada a organização Ecologistas en Acción da Espanha. Este resumo foi feito por Cintia Barenho. O texto original, em espanhol, está publicado em:http://revistaeconomiacritica.org/sites/default/files/revistas/n22/YayoHerrero_Economia-feminista.pdf
[2] Nas páginas 149-150 a autora trata mais dessa questão. Importante lembrar que a mesma constrói seu texto a partir da realidade européia.
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