É direto das mulheres serem o que quiserem.
O direito ao acesso a todas as áreas do conhecimento foi uma conquista que levou várias décadas e ainda continua sendo bandeira de lutas estudantis e feministas. As mulheres que escolheram frequentar a Universidade devem ter tranquilidade para estudar sendo respeitadas por seus professores e colegas.
O corpo como primeiro território, é uma afirmação política de autodeterminação das mulheres, portanto, não é aceitável posturas antiéticas por parte de profissionais da educação que deveriam ser os primeiros a defender os direitos humanos e a liberdade individual e coletiva dos estudantes.
Estamos vivendo tempos difíceis agravados por uma pandemia que nos impõe mudanças substanciais nas formas de trabalho e convivência. As mulheres tem experimentado o aumento da violência sexista e racista em todos os lugares, inclusive nos seus lares.
Na Universidade de Passo Fundo, alunas sofreram assédio por parte de professores e alunos, na Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária (FAMV), e não receberam acolhimento por parte da instituição, sendo taxadas de “loucas”.
Nós feministas antirracistas, lutamos por uma sociedade democrática, lutamos por uma educação pública de qualidade e universal.
Defendemos a universidade pública e seus trabalhadores e trabalhadoras que estão sofrendo ataques antidemocráticos. Defendemos que o ambiente universitário, online ou presencial, seja lugar de respeito e segurança, sem assédio, sem racismo, sem violência.
Estamos juntas com as estudantes que denunciam abusadores, exigimos apuração e punição, acreditamos que o silêncio é cúmplice da violência contra as mulheres e a omissão dos dirigentes responsáveis é crime.
Assinam este manifesto:
Marcha Mundial das Mulheres RS – MMM/RS
Movimento de Mulheres Camponesas – MMC
União Estadual dos Estudantes RS – UEE/RS
#MulheresEmMovimentoMudamOMundoEAUniversidade
#EducaçãoPúblicaDeQualidadeEUniversal
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