AUTO-ORGANIZAÇÃO
DOS NÚCLEOS DA MMM RS
Circular interna orientadora - Jan/2021
Marchantes, como primeira atividade auto organizada
do ano de 2021, a coordenação da executiva estadual convoca todos os núcleos do
RS a se reunirem de forma virtual com objetivo de nos reencontrarmos e nos
reorganizamos para mais um ano de luta que temos pela frente, repleto de
agendas e desafios. Convocamos que este encontro tenha como tema de debate a CULTURA.
Está chegando o feriado de CARNAVAL, mas infelizmente não poderemos estar nas ruas festejando
nossa cultura em função da pandemia pelo Covid-19. O setor da cultura foi um
dos primeiros e mais impactados frente a esta crise sanitária e política que
vivemos. Além disso, sistematicamente, vemos a desvalorização da cultura
brasileira e afro-brasileira e das trabalhadoras e trabalhadores desse setor por
parte do governo federal na figura do Jair Bolsonaro como presidente, também
desde o golpe ocorrido em 2016 quando Temer assumiu a presidência e extinguiu o
Ministério da Cultura.
Há décadas as feministas denunciam a problemática da
objetificação dos corpos das mulheres como marketing para fomentar o turismo em
nosso país neste período do carnaval, principalmente os corpos das mulheres
negras.
PROPOSTA DE
ATIVIDADE
Reencontro virtual dos núcleos para debate sobre
CULTURA e auto-organização do espaço coletivo. A duração e o formato do debate
(conversa livre, presença de convidadas com exposições, etc) podem ser
escolhidos conforme for melhor para cada realidade local.
Para facilitar e fomentar a atividade organizamos
alguns núcleos de forma agrupada e regionalizada como, por exemplo, região da
serra e da campanha.
Lembramos que em breve é o Dia Internacional de Luta
das Mulheres, no dia 8 de março, e com esta atividade de reencontro também
pretendemos fortalecer nossa rede feminista para pensarmos juntas nossa atuação
no 8M.
A data máxima para ocorrerem as atividades é até dia 08 de fevereiro.
Para o debate, pensamos em algumas questões que
podem ajudar a orientar as ideias:
- O
que é cultura e sua importância na construção da subjetividade.
- Porque
dissemos Cultura do Estupro? E porque estupro, assédio e violência devem
deixar de ser uma prática em nossa cultura?
- Objetificação
do corpo da mulher como mercadoria turística; racismo e patriarcado, e a
manifestação através da linguagem artística.
- Como
podemos pensar ações, utilizando expressões artisticas e intervenções
politico-culturais sob perspectiva anticapitalista, feminista, antirracista
e antilgbtfóbico, para inserção e intervenção feminista nos espaços na sua
região?
- Fora
Bolsonaro como garantia de direito à Cultura, MINC (Ministério da Cultura)
e Lei Aldir Blanc.
Texto publicado pela
SOF-Sempreviva Organização Feminista “A
Cultura das Mulheres Mudam o Mundo” do livro Reflexões e Práticas de
Transformação Feminista (página 75, ano 2015) para ajudar no debate. As
companheiras podem recomendar a leitura ou até mesmo enviar as demais antes da
atividade, como preparação para o debate.
Vídeo “Nosso Corpo nos
Pertence?” produzido pela SOF apresenta reflexões feministas sobre a
mercantilização do corpo e da vida das mulheres, sobre a construção social da
sexualidade e a prostituição. Disponível no youtube (https://www.youtube.com/watch?v=UvS4hwSa8So&feature=youtu.be)
Após as atividades, a coordenação da executiva irá
reunir os relatos para elaborar um documento estadual para ser lançado junto ao
feriado do carnaval (16/02), acompanhado de card.
Vamos pensar coletivamente frases relacionadas a cultura e ao carnaval que
representem nossa política feminista para montarmos um ou mais cards, então as
companheiras nesse momento juntas podem ir elaborando frases e ideias para
lançarmos com a nossa publicação.
SEGUIREMOS EM
MARCHA ATÉ QUE TODAS SEJAMOS LIVRES!
#FORABOLSONARO
#FORABOLSONARO
#FORABOLSONARO
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