sábado, 29 de agosto de 2020

Economia Feminista: difusão das oficinas produtivas de sabão

Mulheres do coletivo Dandara da Ocupação Urbana Zumbi dos Palmares (Humaitá - POA) e mulheres do coletivo Mães de Periferia (Esteio) chamam todas as mulheres de suas comunidades a participarem da oficina de produção de sabão, com objetivo de organizarem formas de geração de renda baseadas na solidariedade, reciclagem, ecologia, cooperação e feminismo. 

Após oficina em parceria com o Sabão da Terra , o conhecimento adquirido é compartilhado com moradores das comunidades, aumentando a rede de mulheres que produzem de forma autônoma e auto-organizada outra forma de fazer economia. 

O conhecimento de produção de sabão a partir de óleo vegetal reutilizado é antigo e geracional. Sua produção promove a reciclagem dos óleos usados e das formas plásticas de uso cotidiano (potes de margarina ou garrafas pets), fortalece as redes comunitárias a partir do trabalho coletivo de coleta de materiais e do trabalho auto-gestionado, gera renda e autonomia. O sabão é produto essencial para as tarefas cotidianas de cuidado, além de combater contaminação por microorganismos prejudicais a saúde humana como no caso do Covid-19.

Esta ação faz parte das Ações de Solidariedade Feminista organizadas desde o ínicio da pandemia, pela Marcha Mundial das Mulheres RS.

Todas as participantes devem se proteger, utilizando máscaras, óculos, alcool gel e manter distanciamento mínimo umas das outras.


Oficina na Ocupação Zumbi a acontecer dia 13/09/2020



Oficina em Esteio realizada em 26/08/2020


  • Sabão da Terra - https://www.facebook.com/terrasabao/
  • Mães de Periferia - https://www.facebook.com/esteioRS/
  • Coletivo de Mulheres Dandara - https://www.facebook.com/Coletivo-de-Mulheres-Dandara-107948117704127/


VÍDEO - Mães da periferia oportunizando geração trabalho e renda e consumo pessoal: https://pt-br.facebook.com/MarchaMundialRS/posts/4553149694710190?__tn__=-R

sexta-feira, 28 de agosto de 2020

Nota da Marcha Mundial das Mulheres pela anulação da portaria nº2.282


A violência contra as mulheres é estrutural, autorizada e naturalizada diariamente na nossa sociedade. Os assédios e abusos físicos e psicológicos, a violência doméstica, o feminicídio, a cultura do estupro deixam o mundo mais perigoso para as mulheres.
O Brasil registra 180 estupros por dia. A cada hora, quatro meninas brasileiras de até 13 anos são estupradas. Em 2018, foram mais de 66 mil estupros no Brasil, sendo que 53,8% de meninas com menos de 13 anos, e a maioria negra.  26 mil partos de meninas com idade entre 10 e 14 anos são registrados em média por ano no país. 

Se considerarmos a subnotificação dos casos de violência sexual/estupro no Brasil, com certeza a realidade dos dados é ainda mais alarmante. No entanto, vivemos em uma sociedade patriarcal e racista, na qual muitas meninas e mulheres não se sentem seguras em denunciar a violência ou demoram para fazê-lo, como foi o caso da menina de 10 anos do Espírito Santo.

11 dias após a garota ter finalmente conseguido realizar o aborto, o governo Bolsonaro quer institucionalizar a perseguição a vítimas de estupro no Brasil, torturar e criminalizar as mulheres.
De acordo com o artigo 128 do Código Penal Brasileiro de 1940, uma menina ou mulher que sofre violência sexual tem o direito ao aborto legal, o que significa o pleno atendimento na rede de saúde pública a partir do momento que a vítima dá entrada no serviço de saúde. Não é necessário autorização jurídica nem policial, a palavra, a vontade da vítima são suficientes para que a lei seja cumprida. O Código Penal não exige qualquer documento para a realização do aborto nesse caso, a não ser o consentimento da mulher.
No entanto, mesmo sem o código penal exigir nenhum tipo de documento, já havia uma série de procedimentos a serem seguidos a fim de se conseguir a autorização para o aborto legal. A portaria nº 2.282 de 27 de agosto de 2020 muda esses procedimentos, criminalizando mais ainda as mulheres e dificultando o acesso ao aborto legal para as vítimas de estupro.
A primeira das mudanças afeta diretamente as mulheres cuja gravidez é de risco. O procedimento de autorização para o aborto legal é feito em 4 fases. Os protocolos anteriores afirmavam que as mulheres cuja gravidez representasse risco à sua vida não eram obrigadas a seguir todos esses passos. Agora, com o novo texto, mesmo as mulheres com gravidez que representa risco terão que fazê-los, demorando mais ainda para poderem abortar.
A nova portaria também obriga médicos, demais profissionais de saúde ou responsáveis pelo estabelecimento de saúde a notificarem a polícia nos casos em que a gravidez a ser interrompida seja decorrente de estupro. Além do mais, a portaria estabelece também que os profissionais de saúde são obrigados a preservar, por exemplo, fragmento do embrião, para entregá-lo à polícia. Os profissionais da saúde podem sim guardar evidências do crime de estupro, mas isso só deve ser repassado à polícia caso a mulher (ou garota) queira seguir com a denúncia do crime.
Mas a polícia não tem nada a ver com o procedimento de aborto. Caso a mulher queira seguir com uma denúncia de estupro, aí sim irá à polícia. Mas o procedimento de aborto não tem absolutamente nada a ver com ela. Obrigar os profissionais de saúde a envolver a polícia fere a autonomia das mulheres e autoriza a quebra de sigilo entre médico e paciente, expondo as mulheres. Não cabe aos profissionais de saúde atuar de forma investigativa. Cabe à mulher, e somente a ela, a decisão de seguir com uma denúncia ou não.
Outra grave violação na portaria consiste na possibilidade do(a) médico(a) sugerir à vítima a visualização do feto ou embrião por meio de ultrassonografia. A exposição desse tipo de imagem a uma vítima já em situação extremamente vulnerável pode muito bem ser classificada de tortura contra as mulheres, uma grave violação dos Direitos Humanos. Isso abre espaço para que profissionais religiosos pressionem as mulheres a não realizarem o aborto.
Dentre as diversas consequências da violência sexual, a gravidez é uma das piores para a mulher. Além disso, a gravidez decorrente de estupro também coloca a mulher na circunstância de escolher o desfecho da gestação – mantê-la ou interrompê-la. Nesse sentido, forçar uma mulher a manter essa gravidez sofrido pode ser considerado uma segunda violência. É preciso afirmar sem medo: todo e qualquer procedimento que dificulte o acesso ao aborto legal em caso de estupro viola o direito constitucional da mulher vítima de violência.
Nós, da Marcha Mundial das Mulheres, exigimos a anulação da portaria nº2.282, que legitima mais uma forma de violência contra a mulher, ao obrigá-la a viver situações de torturas durante um procedimento de saúde garantido em lei que preserva os direitos fundamentais da mulher em situação de violência.
Afirmamos também que a descriminalização e legalização do aborto é a forma legítima e definitiva de manter o direto das mulheres à soberania e autodeterminação dos seus corpos. A decisão de manter ou não uma gravidez é das mulheres, e somente delas.

Ressaltamos, ainda,  a urgente necessidade de que a classe trabalhadora brasileira reaja de forma vigorosa para pôr fim a esse desgoverno Bolsonaro, que está promovendo o genocídio da população mais pobre e o desmonte de todas as políticas públicas, os direitos e a democracia, no intento de implementar o projeto ultra neoliberal e fascista no Brasil.
Basta de violência contra a mulher!
Aborto seguro, público e legal é direito de toda a mulher.

Pela legalização do aborto no Brasil!

LIVE DA VISIBILIDADE E RESISTÊNCIA LÉSBICA E FEMINISTA





No dia 28 de agosto, sexta-feira, às 18h, a Marcha Mundial das Mulheres fará uma transmissão ao vivo com a presença de lésbicas marchantes de várias partes do Brasil. Será um espaço de debate sobre as lutas das mulheres lésbicas, feministas, anticapitalistas e antirracistas para combater a política de morte, o conservadorismo e o neoliberalismo. Além do bate-papo, a live contará com intervenções artísticas. Anota na agenda!

A transmissão acontecerá no YouTube e no Facebook da Marcha Mundial das Mulheres:

Durante toda a semana, estamos divulgando vídeos e materiais com a tag #LésbicasContraBolsonaro. Compartilhem, divulguem, postem e usem a tag!
______
Se você ainda não recebe notícias da Marcha Mundial das Mulheres no WhatsApp, clique no link https://wa.me/5511943409562 e diga "olá, quero participar da lista de transmissão da Marcha"

domingo, 23 de agosto de 2020

NOTA DA FRENTE NACIONAL CONTRA A CRIMINALIZAÇÃO DAS MULHERES E PELA LEGALIZAÇÃO DO ABORTO




Quanto mais sofrimento e morte falta para nossa gente perceber que a criminalização do aborto é expressão da violência racista e sexista no Brasil? ❓❔❓

A Frente Nacional Contra a Criminalização das mulheres e Pela Legalização do Aborto, lança essa nota nesse momento em que a sociedade brasileira está impactada pelas falhas na proteção de uma criança de 10 anos, vítima de repetidos estupros por quase metade de sua vida, e ainda a negação do direito que essa menina negra, pobre, do litoral do Espírito Santo, encontrou até a realização do procedimento assegurado por lei e determinado em decisão judicial, é inadiável falar de aborto e violência racista contra meninas e mulheres.

#pelavidadasmulheres
#legalizaçãodoaborto
#abortolegalseguroegratuito


Leia a nota completa em: https://cutt.ly/jfiHbfL

Quanto mais sofrimento e morte falta para nossa gente perceber que a criminalização do aborto é expressão da violência racista e sexista no Brasil?







Quanto mais sofrimento e morte falta para nossa gente perceber que a criminalização do aborto é expressão da violência racista e sexista no Brasil? ❓❔❓

A Frente Nacional Contra a Criminalização das mulheres e Pela Legalização do Aborto, lança essa nota nesse momento em que a sociedade brasileira está impactada pelas falhas na proteção de uma criança de 10 anos, vítima de repetidos estupros por quase metade de sua vida, e ainda a negação do direito que essa menina negra, pobre, do litoral do Espírito Santo, encontrou até a realização do procedimento assegurado por lei e determinado em decisão judicial, é inadiável falar de aborto e violência racista contra meninas e mulheres.

#pelavidadasmulheres
#legalizaçãodoaborto
#abortolegalseguroegratuito

Leia a nota completa em: https://cutt.ly/jfiHbfL



Petition online:

 
This is a petition to support the Centro Integral de Saúde Amaury Medeiros (CIAM), which is part of the Brazilian Unified Health System (SUS). CIAM' s professionals have guaranteed compliance with the right established by law for a ten-year-old girl with a pregnancy resulting from rape to a safe abortion.
They did this under immense pressure from the reactionary and misogynistic Brazilian right wing, which called for supporters in front of the hospital, where doctors and the girl were threatened and called "murderers". We support the CIAM team and all the SUS professionals who guarantee the right of many girls and adolescents raped in Brazil to preserve their life and health.
We ask the companions to also sign, in support of the feminist struggle for the decriminalization and legalization of abortion and the maintenance of the rights already won in the country, where the interruption of pregnancy is allowed and cases of rape, risk of the woman's life, or anencephaly.
We resist to live, we march to transform!
 
o/
Esta es una petición para apoyar al Centro Integral de Saúde Amaury Medeiros (CIAM), que forma parte del Sistema Único de Salud de Brasil (SUS).
Los profesionales del CIAM han garantizado el cumplimiento del derecho establecido por la ley para que una niña de diez años con un embarazo producto de una violación pudiera tener un aborto seguro. Lo hicieron bajo una inmensa presión de la reaccionaria y misógina derecha brasileña, que llamó a sus partidarios frente al hospital, donde los médicos y la niña fueron amenazados y llamados "asesinos". Esta reacción contó con el apoyo de diputados y personas del gobierno Bolsonaro.
Apoyamos al equipo del CIAM y a todos los profesionales del SUS que garantizan el derecho de muchas niñas y adolescentes violadas en Brasil a preservar su vida y su salud.
Pedimos a las compañeras que también firmen, en apoyo a la lucha feminista por la despenalización y legalización del aborto y el mantenimiento de los derechos ya conquistados en el país, donde se permite la interrupción del embarazo y los casos de violación, riesgo de la vida de la mujer o anencefalia.
Resistimos para vivir, marchamos para transformar!
o/
Il s'agit d'une demande de soutien au Centro Integral de Saúde Amaury Medeiros (CIAM), qui fait partie du système de santé unifié du Brésil (SUS).
Les professionnels du CIAM ont garanti le respect du droit établi par la loi pour une fillette de dix ans ayant une grossesse résultant d'un viol d'avoir un avortement sans risque. Ils l'ont fait sous l'immense pression de la droite brésilienne réactionnaire et misogyne, qui a appelé ses partisans devant l'hôpital, où les médecins et la jeune fille ont été menacés et traités de "meurtriers". Cette réaction a été soutenue par députés et personnes du gouvernement Bolsonaro.
Nous soutenons l'équipe du CIAM et tous les professionnelles et professionnels du SUS qui garantissent le droit de nombreuses filles et adolescentes violées au Brésil à préserver leur vie et leur santé.
Nous invitons à nos compagnes de signer également, en soutien à la lutte féministe pour la dépénalisation et la légalisation de l'avortement et le maintien des droits déjà conquis dans le pays, où l'interruption de grossesse et les cas de viol, de risque pour la vie de la femme ou d'anencéphalie sont autorisés.
Nous résistons pour vivre, nous marchons pour transformer !

sexta-feira, 14 de agosto de 2020

Webinário Mulheres no Mundo do Trabalho no Brasil Atual


A Marcha Mundial de Mulheres RS preocupada com os rumos que o mundo do trabalho está tomando, e com as consequências mutiladoras para as mulheres, vem somar sua voz e convocar todas as mulheres trabalhadoras, desempregadas, autônomas, artesãs, estudantes, da cidade, do campo, quilombolas, indígenas, para juntas resistirmos ao ataque do capital, do patriarcado, do machismo, do racismo, sexismo, homofobia e da xenofobia. Lutamos pela valorização do trabalho de cuidados essencial para reprodução da vida e por trabalhos dignos para todas, por isso precisamos estar juntas, atentas e fortes. Para tanto se faz necessário compreender a nossa realidade, buscarmos a empatia e exercitarmos a nossa solidariedade.
 Vimos que:
 _*50%* das mulheres brasileiras passaram a cuidar de alguém na pandemia._
_*40%* das mulheres afirmaram que a pandemia e a situação de isolamento social colocaram a sustentação da casa em risco._
_*41%* das mulheres que seguiram trabalhando durante a pandemia com manutenção de salários afirmaram trabalhar mais na quarentena._

Esses e outros dados são resultado da pesquisa *SEM PARAR: O TRABALHO E A VIDA DAS MULHERES NA PANDEMIA*, realizada pela SOF Sempreviva Organização Feminista e pela Gênero e Número, sobre o trabalho e a vida das mulheres na pandemia. Com dados e relatos anônimos coletados de mais de 2.600 mulheres, a pesquisa *"Sem parar..."* mostra impactos do contexto de isolamento social na crise da saúde para a vida das mulheres, considerando desigualdades de raça e área de residência.

*Acesse agora o site exclusivo da pesquisa:* http://mulheresnapandemia.sof.org.br/



Contamos com todas para que nosso webnário seja transformador.
Esta é mais uma atividade da Jornada de Formação Feminista da MMM RS.



Data: 14/08, das 19h as 21hs.
Mediadora : Deise Menezes

Convidadas:
Valdete Solto Severo, Doutora em Direito do Trabalho pela USP/SP e Juíza do trabalho no Tribunal Regional do Trabalho da Quarta Região.

Alice Guarani - Liderança indígena do Centro de Referência Afroindigena do RS; 
Coordenadora do Levante Indígena Urbano do RS e da Rede Indígena PoA.
Acadêmica de Pedagogia.
 
Cinthia Cristina da Rosa Vilas Boas, formada pela Universidade São Francisco - USF (Itatiba), atuação como Psicóloga Clínica. Educadora Social com experiência na Política do SUAS, média e alta complexidade. Conselheira no Conselho Municipal de Direitos Humanos na gestão 2013 - 2015, militante do movimento negro e de juventude de Campinas. Colaboradora da Subsede do conselho regional de psicologia de Campinas desde 2011 nas temáticas de direitos humanos, relações raciais, povos tradicionais e laicidade. Atualmente vice presidente do SINPSI.

Lucia Garcia – Possui graduação em Ciência Econômicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul(1993) e mestrado em Economia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul(1999). Atualmente é Técnico III - Supervisor do SPED do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos e Professor da ESCOLA CIÊNCIAS DO TRABALHO - DIEESE. Tem experiência na área de Economia, com ênfase em Métodos Quantitativos em Economia. Coordenadora do Sistema de Pesquisa de Emprego e Desemprego

quarta-feira, 12 de agosto de 2020

ECONOMIA FEMINISTA E AÇÕES DE SOLIDARIEDADE - OFICINA DE SABÃO



ECONOMIA FEMINISTA E AÇÕES DE SOLIDARIEDADE - OFICINA DE SABÃO

No dia 1 de agosto de 2020 foi realizada oficina de sabão com mulheres de diferentes territórios urbanos da cidade de Porto Alegre e de Esteio. através da parceria entre a Marcha Mundial das Mulheres RS, Sabão da Terra, Quilombo do Sopapo, Ocupação Zumbi dos Palmares, Coletivo Ouça Mulher e Mães de Periferia.

Foi garantido o distanciamento social das participantes e fornecido equipamentos de segurança para manuseio de produtos químicos e para prevenção e combate ao Covid-19, como máscaras, álcool em gel e óculos.

A oficina foi pensada dentro das ações de solidariedade organizadas como enfrentamento a pandemia que expos ainda mais as injustiças sociais. As e os responsáveis pelo empreendimento Sabão da Terra compartilharam seus conhecimentos de como fabricar sabão artesanal a partir de óleo de cozinha, oportunizando as mulheres de diferentes territórios produzirem produtos para geração de renda, autonomia financeira, reciclagem, higienização, combate a transmissão do vírus e, desse modo, construindo uma outra economia baseada nos valores do feminismo e da solidariedade

Sobre as organizações envolvidas:
Marcha Mundial das Mulheres RS: núcleo estadual da MMM, movimento de mulheres internacional que desde 2000 atua para mudar o mundo e mudar a vida das mulheres em um só movimento.
Sabão da Terra: empreendimento solidário e ecológico de produção de sabão com óleo de cozinha reciclado e ervas.
Ponto de Cultura Quilombo do Sopapo: espaço comunitário que há 12 anos busca incentivar e desenvolver ações comunitárias que integrem arte, cultura, cidadania e economia solidária.
Ocupação Zumbi dos Palmares: localizada no bairro Humaitá em POA a ocupação foi iniciada, organizada e, até hoje, liderada por mulheres em luta por moradia e liberdade.
Mães de Periferia: coletivo de mulheres na cidade de Esteio, mães solo que trabalham em rede solidária, a partir dos princípios do movimento da Marcha Mundial das Mulheres, atuante no município desde 2010.
Coletivo Ouça Mulher: grupo de mulheres do Morro da Cruz - POA que nasceu em meio a pandemia, conectando mulheres na periferia e organizando ações de solidariedade.

O livro "Economia feminista e ecológica: resistências e retomadas de corpos e territórios" recém lançado pela Sempreviva Organização Feminista aborda a importância do diálogo entre essas duas economias, as críticas ao modelo hegemônico vigente que não considera o trabalho de cuidados como base da economia, entre outras discussões, a partir de histórias de parceria dos movimentos feministas e sociais. <https://www.sof.org.br/economia-feminista-e-ecologica-resistencias-e-retomadas-de-corpos-e-territorios/>










segunda-feira, 10 de agosto de 2020

Crítica feminista ao poder corporativo: acesse o livro e as animações

 

Neste mês de agosto, entram no ar o livro virtual e a série de vídeos Crítica feminista ao poder corporativo. O material é resultado do processo de elaboração feminista para a 5ª Ação Internacional da Marcha Mundial das Mulheres, que tem a denúncia das empresas transnacionais como um eixo central. “Resistimos para viver, marchamos para transformar” é o lema desta 5ª Ação, combinando a luta pela sustentabilidade da vida e a resistência nos territórios à proposta de alternativas e à urgência de uma transformação radical da sociedade. A organização e produção dos materiais contou com o aporte de companheiras da Marcha Mundial das Mulheres do Brasil, da SOF Sempreviva Organização Feminista e de integrantes do Comitê Internacional da MMM, além das contribuições organizadas em debate regional das Américas.

O livro Crítica feminista ao poder corporativo reúne artigos de Nalu Faria, Marianna Fernandes, Tica Moreno, Natália Lobo e Taís Viudes. Os textos se debruçam sobre a atuação das empresas transnacionais na precarização e digitalização do trabalho, na intensificação da divisão internacional, sexual e racial do trabalho, na exploração da natureza e na mercantilização do feminismo (pela chamada “maquiagem lilás”). Lançamos o livro, inicialmente, em português e espanhol, disponível gratuitamente para baixar.

O livro é acompanhado pela série de três animações, disponibilizadas em português, 
espanhol, inglês e francês. Os vídeos introduzem, de forma bem explicativa, o funcionamento do poder corporativo a partir de três setores e colocam também as nossas propostas feministas alternativas. Em #1: O trabalho precário, mostramos a trajetória da produção de uma roupa, passando pelas cadeias globais de produção, pelo monocultivo do algodão, a produção industrial e as lojas de departamento. Em #2: A alimentação, o caminho feito por um tomate até se tornar ketchup é confrontado pelo caminho (mais saudável e justo) de um tomate agroecológico. E, em #3: A digitalização, os dados extraídos das nossas vidas e que saem dos telefones celulares fazem seus trajetos rumo aos destinatários, passando por cabos submarinos e por servidores dos Estados Unidos.

Enfrentar o poder das transnacionais é enfrentar o capitalismo racista e patriarcal. Esses materiais tem como objetivo fortalecer o feminismo anticapitalista e antirracista, construído pelas mulheres que, em movimento, resistem para viver, e marcham para transformar.



Crítica feminista ao poder corporativo - livro virtual e série de animações


 


Está no ar Crítica feminista ao poder corporativo | livro virtual e série de animações

O material faz parte do processo da 5ª Ação Internacional da Marcha Mundial das Mulheres, que tem a denúncia das empresas transnacionais como um eixo central. A organização e produção dos materiais contou com o aporte de companheiras da Marcha Mundial das Mulheres do Brasil, da SOF Sempreviva Organização Feminista e de integrantes do Comitê Internacional da MMM, além das contribuições organizadas em debate regional das Américas.

 O livro reúne artigos sobre a precarização e digitalização do trabalho, a exploração da natureza e a mercantilização do feminismo. Os artigos são de Nalu Faria, Marianna Fernandes, Tica Moreno, Natália Lobo e Taís Viudes. O livro está disponível para baixar em português e em espanhol.

As animações introduzem o funcionamento do poder corporativo a partir de três setores (a indústria têxtil, a alimentação e o digital), e colocam também as nossas propostas feministas alternativas. Estão disponíveis no Youtube em português, espanhol, inglês e francês.

 Esses materiais tem como objetivo fortalecer o feminismo anticapitalista e antirracista, construído pelas mulheres que, em movimento, resistem para viver, e marcham para transformar. Leia, assista, compartilhe!

Para saber mais, acesse também a notícia que elaboramos para divulgar o material.

 

sexta-feira, 7 de agosto de 2020

14 anos da Lei Maria da Penha! Onde estão os direitos das mulheres?



A situação de violência contra as mulheres no nosso país, se agravou ainda mais durante o período de isolamento social, quando muitas mulheres se vêem isoladas em casa com seus agressores.
 Diante disso,  O Projeto de Lei 95/2020 - de  autoria do Deputado Jeferson Fernandes do PT - que visa garantir abrigamento às vítimas de violência doméstica na pandemia, está fazendo três meses e não se consegue que seja  votado, pois está parado na CCJ ( Comissão de Constituição e Justiça) da Assembleia Legislativa.
Neste dia 07 de Agosto que a Lei Maria da Penha , completa 14 anos, queremos denunciar
 o Governo Eduardo Leite do PSDB, usa artimanhas misoginia, para não aprovar o projeto, total descaso com a proteção da vida das Mulheres gaúchas.
 Pedimos o seu apoio para o andamento deste PL URGENTEMENTE!  #votaPLdoabrigamentoALRS #votaPL95_2020ALRS
#PELAVIDADASMULHERES

Ariane Leitão-  Advogada e
Coordenadora da Força Tarefa no combate ao enfrentamento ao feminicídios

Leia também:
https://www.sul21.com.br/opiniaopublica/2020/08/14-anos-da-lei-maria-da-penha-porque-nossas-vidas-continuam-em-risco-por-ariane-leitao/

segunda-feira, 3 de agosto de 2020

Acesse o resultado da pesquisa sobre o trabalho e a vida das mulheres brasileiras na pandemia

 

Sem Parar: o trabalho e a vida das mulheres na pandemia mostra, em dados e relatos, impactos do contexto de isolamento social na crise da saúde para a vida das mulheres, considerando desigualdades de raça. Estudo foi realizado por Gênero e Número e SOF Sempreviva Organização Feminista.

O cuidado está no centro da sustentabilidade da vida. As tarefas de cuidado e trabalho se sobrepõem de forma mais intensa na pandemia. Não há a possibilidade de discutir o mundo pós-pandemia sem levar em consideração o quanto isso se tornou evidente no momento de crise global, que também nos fala sobre uma “crise do cuidado”. Para identificar e revelar os efeitos da pandemia sobre o trabalho, a renda das mulheres e a sustentação financeira da casa, a Gênero e Número e a SOF Sempreviva Organização Feminista realizaram uma pesquisa de percepção com mais de 2.600 mulheres brasileiras. As respostas foram coletadas, por formulário online, entre abril e maio. O resultado se encontra em um site exclusivo e um relatório, que organizam e debatem as informações coletadas.

As dinâmicas de vida e trabalho das mulheres se contrapõem ao discurso de que “a economia não pode parar”, mobilizado para se opor às recomendações de isolamento social. Os trabalhos necessários para a sustentabilidade da vida não pararam – não podem parar. Pelo contrário, foram intensificados na pandemia. A economia só funciona porque o trabalho das mulheres, quase sempre invisibilizado e precarizado, não pode parar. Por isso, entender a situação do cuidado durante a pandemia é fundamental para concretizar ações que sejam capazes de transformar essas dinâmicas de desigualdade que imbricam gênero, raça e classe.

Se os dados mostram que metade das mulheres brasileiras passaram a cuidar de alguém na pandemia, os recortes indicam como a realidade não é a mesma para todas: ao olhar apenas mulheres que estão em ambientes rurais, nada menos que 62% das respondentes afirmaram que passaram a ter esse tipo de responsabilidade. Além das diferenças, as desigualdades estão expostas no levantamento. Os dados mostram que as mulheres negras têm menos suporte nas tarefas de cuidado.

A pesquisa também coletou depoimentos, que mostram como é complexa a leitura da condição de vida e de trabalho neste momento. Mesmo as que seguem trabalhando, com renda, podem estar sob condições diferentes, mais precarizadas, em relação ao período anterior ao da quarentena. “Eu estou fazendo isolamento e trabalhando de casa, porém minha renda despencou”. “A empresa reduziu o pagamento a apenas 50% sem reduzir a jornada (minha situação é informal) e isso me força a reorganizar a vida financeira, porque acabo tendo ainda mais gastos com mercado, energia, etc”.

Uma pesquisa com várias vozes
Para o lançamento, pesquisadoras feministas foram convidadas a escrever artigos que jogam luz em questões centrais da pesquisa. “Mulheres rurais em meio à pandemia: desigualdades e práticas econômicas para a vida” é assinado por Miriam Nobre, da SOF. “Trabalho, solidariedade e estratégias das mulheres negras” é o texto da jornalista e também pesquisadora Bianca Santana. Marilane Teixeira, economista do CESIT/Unicamp e presidenta da SOF, escreve sobre “A pandemia do coronavírus e os seus efeitos sobre as mulheres trabalhadoras”. Tica Moreno, da equipe da SOF e pesquisadora de temas relacionados ao cuidado, assina o artigo “Cuidado e sustentabilidade da vida: mulheres que não podem parar”.

Também convidamos militantes feministas para uma série de entrevistas: Neneide Lima, da Rede Xique Xique, fala sobre a realidade das mulheres da economia solidária; Luiza Batista, da Federação Nacional de Trabalhadoras Domésticas, denuncia a ausência do direito ao isolamento social para a categoria; e Atiliana Brunetto, da Direção Nacional do MST, fala sobre as estratégias feministas e agroecológicas das mulheres camponesas.

Acesse
No site da pesquisa, estão disponíveis as análises de dados, os artigos, entrevistas, uma reportagem e um relatório completo, organizando os temas do trabalho, do cuidado e do enfrentamento à violência contra as mulheres sob uma perspectiva feminista.