Circular 1
MARCHA
MUNDIAL DAS MULHERES RS
Preparando
a Plenária Estadual
Porto
Alegre, 20 de novembro 2021 das 9h às 15h
O Brasil é o país com a maior população negra fora do continente
africano, somos mais de 110 milhões de pessoas negras no país, segundo IBGE.
Mas pouco, ou nada sabemos sobre a história do povo negro no Brasil, que muito
trouxe de contribuição e formação da sociedade brasileira.
O Dia da Consciência Negra é fruto da luta e resistência dos
movimentos sociais contra o racismo e o apagamento histórico. A história do
povo negro precisa ser reverenciada, recontada, reconstruída e reconhecida por
todas nós. E mais, precisamos manter viva esta história não só no 20 de
novembro, mas durante todos os dias precisamos olhar para a possibilidade de
reparação e inclusão das populações tradicionais que estão sendo ameaçadas
todos os dias de extinção.
Quando dizemos que estamos enfrentando uma crise sistêmica, esta
que estamos atravessando agora, podemos fazer um mapa para mostrar quem são as
pessoas mais atingidas com esta crise e em quais lugares do planeta vivem.
“Nesse momento de profunda crise social, ambiental, econômica,
política e sanitária, ficou ainda mais evidente como o trabalho de cuidados é
indispensável para o bem estar da vida humana. Como resposta ao desemprego
atordoante e à fome, vimos emergir
ações de solidariedade organizadas por mulheres, hortas comunitárias se
multiplicarem, assim como outras ações autogestionadas de solidariedade, que só
foram concretizadas por iniciativas femininas que têm no horizonte o cuidado e
a sustentabilidade da vida.
É justamente nesse momento que a
economia solidária e feminista renova a sua atualidade. Isso porque ela parte
da ampliação das noções de trabalho e trazem para o centro do debate as
necessidades reais dos seres humanos e sua relação com a natureza.”
Trecho extraído do artigo escrito por Maria Fernanda Marcelino, militante da MMM-SP.
Leia o texto
na íntegra: https://www.brasildefato.com.br/2021/10/26/protecao-social-feminismo-e-trabalho-autogestionario-respostas-ao-desemprego-e-a-fome
Tanto no Brasil, quanto no RS estamos enfrentando o desmonte do
estado, através das privatizações, e das demissões, além do sucateamento da
aparelhagem que estrutura o funcionalismo público. Estamos vivendo sob a ameaça
constante aos nossos direitos, e a incessante aplicação de reajustes nos preços
de itens essenciais para a sobrevivência das famílias. Na frente de tudo (do
cotidiano) estão as mulheres, mais pobres e sobrecarregadas, mais ameaçadas com
a precarização do trabalho, em riscos constantes da violência doméstica, e do
feminicídio.
Mas foram os movimentos sociais que mesmo enfrentando o
negacionismo do governo federal em relação aos cuidados sanitários e às
vacinas, que deram seguimento nas ruas, em uma luta constante contra o avanço
do fascismo. E foi criado neste cenário, que nasceu a Aliança
Feminismo Popular, com iniciativas emancipatórias e populares, construindo
ações concretas de solidariedade de classe, com alternativas viáveis, em um
propósito transformador, mesmo que dentro do contexto da perversidade do
governo presente.
O racismo está escancarado e todos os dias somos insultadas, ofendidas,
desrespeitadas, humilhadas. Neste 20 de novembro queremos saudar esta data com
um bom debate, para que juntas possamos nos fortalecer para enfrentar o próximo
período.
Depois de quase dois anos de pandemia no mundo entendemos que agora estamos prontas para retomar nossos encontros estaduais de
forma presencial.
Como muitas sabem, costumávamos fazer
nossa plenária estadual uma vez por semestre. Em função da pandemia, não
fizemos nenhuma neste ano de 2021. Com o aumento da vacinação, acreditamos ser
possível realizarmos nossa plenária estadual de forma híbrida, porém com um
número limitado na forma presencial. Todos os cuidados para evitar contágio
serão adotados.
As agendas de luta contra o racismo
nesta data 20 de novembro, prometem algum ato, no qual iremos nos somar em
Porto Alegre e os demais núcleos somarem em suas regiões (se houver).
Para a participação
presencial iremos solicitar de todas:
- comprovante de vacina
para participação presencialmente
Faça sua inscrição: https://forms.gle/NGnczNE7tq8ThAEBA
Pauta
da Plenária:
9h Manhã inicia com apresentação das
presentes virtual e presencial
1) Salve
Zumbi, Salve Dandara!
O significado histórico do 20 de
novembro e uma abordagem sobre as violências e discriminações que o povo negro
sofre até hoje.
Jeanice
Dias Ramos,
jornalista, Diretora do Sindicato dos/das Jornalistas do RS, integrante suplente
no Conselho Estadual de Cultura, e militante feminista da MMM RS
2) A
conjuntura ambiental: sustentabilidade e os impactos das privatizações na vida
das mulheres
- Setor
hídrico/água
Ana Lúcia Pereira Flôres Cruz Mulher preta, bióloga, trabalhadora da área de saneamento, do Sindiágua e atualmente Secretária da Mulher Trabalhadora da CUT RS
- Privatização
dos serviços de saúde
Gerusa Bittecourt
Enfermeira, funcionária pública, militante do MNU e militante feminista da MMM RS
- Privatização
dos setores energéticos
Gabriela Oliveira da Cunha Engenheira Ambiental e Sanitarista e militante feminista da Marcha Mundial das Mulheres RS
3) Por que
as feministas debatem sobre a pobreza menstrual?
Any
Moraes - Militante da
Marcha Mundial de Mulheres, graduanda em Ciências Sociais, mãe, moradora da
periferia.
Intervalo
para almoço - cada uma leva seu lanche e paramos por 1hora
4) Aliança
feminismo popular -
resgatar a importância das alianças para construção do feminismo, e pensar as
próximas ações para fortalecer o que já
fizemos.
Cintia Barenho, bióloga militante
feminista da MMM e da Aliança Feminismo Popular
5) Informe
sobre o LesboCenso Nacional - 1º Mapeamento Sociodemográfico Nacional de Lésbicas e Sapatão
- Ana Naiara Saupe Malavolta, Militante Lésbica Feminista da MMM e Rede LesBi Brasil - Diretora do SINTRAJUFE RS
6) Reorganização da executiva -
Sugestão de critérios para a
participação de marchantes na próxima executiva:
1) marchantes que estão em representação
da MMM nos temas prioritários:
Temas: Aliança Feminismo Popular;
aborto, Ambiental; Pobreza menstrual;
economia feminista (todas as participantes do curso da sof) comunicadoras;
2) outras marchantes podem ser indicadas
pelos seus núcleos, lembrando que este é um espaço operacional, de pronta
resposta nos grupos de whats e signal e que possa dividir as tarefas da
executiva.
Informações importantes sobre a organização da plenária:
Deslocamento
para Porto Alegre
– como sempre fizemos, queremos contribuir com o deslocamento das marchantes
que optaram pela participação presencial. Nossos recursos não são muitos e como
todas devem imaginar, neste período de pandemia não tivemos arrecadação, não
pudemos vender nossos materiais da banca, nem contar com apoio de companheiras
que sempre doaram voluntariamente para manter nosso caixa.
Porém queremos manter esta tradição e
contribuir com os núcleos que não tem formas de arrecadação local. Nos informe
o quanto antes quantas marchantes estão dispostas e virem para a Plenária em
Porto Alegre e vamos fazer o possível para ajudar todos os núcleos que
solicitarem.
Alimentação – Esta ficará por conta de cada
marchante (ou do núcleo) pois não teremos como contribuir com este apoio. No entanto,
poderemos indicar locais próximos com preços bem acessíveis.
Hospedagem
– Caso haja
necessidade de alguma necessitar ficar em Porto Alegre pedimos que nos informe
se irá necessitar de hospedagem solidária na casa de marchantes da cidade.
Ciranda
para crianças – solicitamos, até por questões
sanitárias, que as marchantes não tragam crianças pequenas. No entanto, se isto
for muito difícil, entre em contato que tentaremos resolver juntas, sempre
buscando construir um espaço de acolhimento. Lembrando que não temos estrutura
de cuidados para bebês de colo, mas faremos de tudo para que a marchante possa
participar de todas as atividades.
Sobre
a indicação das representantes dos núcleos: a executiva orienta para que todos
os núcleos façam reunião antes da Plenária Estadual, avaliem suas ações de
2021, assim como tirem o nome que representará o núcleo/cidade desta reunião e
nos informe o mais breve possível para que possamos nos organizar.
Participação
online: enviaremos o
link meia hora antes da atividade apenas para as inscritas, não compartilhe o
acesso à sala de reuniões, peça que todas que desejarem participar façam sua
inscrição.
Contribuição
de alimentos para a Cozinha Solidária da Azenha em Porto Alegre.
Solicitamos às marchantes que puderem trazer 1 kg de
alimento para doação.
Para
outras questões não levantadas aqui, entre em contato e resolveremos juntas.
Faça sua inscrição: https://docs.google.com/forms/d/1Tj60iiDHXi-FPwIQ_OrTzYmqZIP-3l3yOCV-GPiD-m4/prefill