ALERTA
FEMINISTA
O
RS NÃO QUER MAIS PROJETOS DE MEGAMINERAÇÃO
Mulheres reunidas no dia 28
de setembro de 2019, na sede Sindicato dos Bancários do Litoral Norte-RS, com o
intuito de criar um Núcleo da Marcha Mundial de Mulheres do Litoral Norte, em
sua primeira ação deliberaram, preocupadas com os impactos sociais e ambientais
que está preste a ser sofridos pela região metropolitana podendo se estender
até a Lagoa dos Patos a médio prazo,
caso aprovem a instauração da Mina Guaiba no Rio Grande do Sul, reivindicamos
audiências públicas em todos os municípios afetados pelos projetos de megamineração
para o seu licenciamento. O Projeto em debate de licenciamento pela FEBAM, o
Mina Guaiba, que irá ocupar uma área de 5000 hectares, para que esta decisão
final aconteça reivindicamos plebiscitos e audiências em todos os municípios da
região.
“SIM
A VIDA, NÃO À DESTRUIÇÃO”
A Mina Guaíba, que está
localizada a 16 km da capital do estado irá invadir uma área de preservação
ambiental- APA do Delta do Jacuí- haverá
contaminação da água e rebaixamento de lençóis freáticos, pois encontra-se a
1,5 km do rio Jacuí, responsável por mais de 80% da água que chega ao Guaíba,
abastecendo Porto Alegre e parte da Região Metropolitana sem contar com
poluição do ar nas cidades próximas. Será o fim da produção agroecológica, em
especial o arroz, produzido no assentamento da reforma agrária Apolônio de
Carvalho. O estudo de impacto desconsiderou comunidades indígenas do entorno
afetando 4 milhões de pessoas da região metropolitana; 7.500 desempregos diretos
afetando agricultores(as) e pescadores(as); impacto imobiliário com a desvalorização
de imóveis na região.
PARA
O FEMINISMO O CAPITALISMO NÃO TEM ECO!
Sabemos por experiência de
nossas companheiras nas outras regiões de mineração do país que estes Mega
projetos, com a promessa de desenvolvimento econômico e empregos, acabam por
empobrecer mais ainda as populações vulneráveis das cidades, acabam com a agricultura
de subsistência que muitas mulheres tem no seu quintal e desestruturam
totalmente as relações comunitárias e afetivas que as famílias em especial as
mulheres tem com seu território, o que a médio prazo traz aumento de
adoecimentos mentais aumentando inclusive os índices de suicídios, como os já
registrados em outras regiões de populações atingidas pela megaminneração.
MULHERES
TERRA, ÁGUA E ENERGIA NÃO SÃO MERCADORIAS!
Temos o direito de decidir,
de maneira soberana, entre a vida ou a destruição.
Esta luta não é apenas das
entidades ambientalistas, mas de todos e todas que se importam com a vida no RS
e no planeta.
SEGUIREMOS
EM MARCHA ATÉ QUE TODAS SEJAMOS LIVRE!
RESISTIMOS
PARA VIVER, MARCHAMOS PARA TRANSFORMAR!
Marcha Mundial de
Mulheres – Rio Grande do Sul
Osório, 28 de
setembro de 2019.
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