quinta-feira, 23 de julho de 2020

25 de julho, dia da mulher negra e caribenha - QUEM SOMOS? * Por Pérola Sampaio



 Somos as MULHERES NEGRAS, trazemos de nossa ancestralidade o espírito guerreiro de lutar todos os dias para tornar o mundo melhor;

 Somos MULHERES MÃES, filhas, netas, autônomas, arrimos de família, estudantes, empresárias, intelectuais e profissionais das mais variadas áreas do conhecimento; sempre numa busca incansável do nosso legítimo reconhecimento;

 Somos MULHERES INQUIETAS que não se intimida de enfrentar o novo, os desafios, os obstáculos, as adversidades, lutamos com muita resiliência diariamente pelos nossos ideais;

 Somos MULHERES DE CONSTRUÇÃO, temos a tarefa de construir caminhos para a sucessão de outras Mulheres Negras, para que dê continuidade ao legado de ser o que somos porque as outras Mulheres Negras mais velhas nos fazem ser pelo significado UBUNTU, construindo assim um mundo menos machista e mais igualitário;

 Somos muitas MULHERES, de diversos lugares, crenças, ideologias, costumes, filosofias, pensamentos e estilos estéticos de ser, mas nunca estamos sós, estamos unidas no mesmo projeto político internacional de lutar contra o patriarcado;

 DE ONDE VIEMOS?

 Somos MULHERES DE MÚLTIPLAS CORES, viemos de Mãe África, berço da humanidade, um continente com centenas de países, mas a diáspora nos fez ter uma diversidade na tonalidade da pele e também nos fez ser de muitos outros lugares do mundo;

 PARA ONDE VAMOS?

 Somos MULHERES EM MOVIMENTO, vamos marchando rumo a Marcha Mundial de todas as MULHERES, nos empoderando nos espaços estratégicos, bem como Poder Executivo, Poder Legislativo, Poder Judiciário e outros tantos espaços de “poder”. Somos  militantes de vários MOVIMENTOS SOCIAIS, porque acreditamos nas mudanças de paradigmas existentes numa sociedade machista, homofóbica, racista e jamais perderemos a esperança de dias melhores;

 Portanto, somos MULHERES NEGRAS com capacidade de se reinventar ainda mais no cotidiano da pandemia do COVID19, vamos criando defesas de imunidade no isolamento obrigatório de cada dia em uma aprendizagem constante de solidariedade com o próximo. Estamos vivendo uma situação atípica nunca antes vista na História, mas sabendo que cuidar umas das outras é um ato de amor.


* Pérola Sampaio, bacharel em Direito pela PUCRS, militante feminista do movimento negro e militante da Marcha mundial de Mulheres RS


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