quinta-feira, 12 de junho de 2008

MANIFESTO DE REPÚDIO CONTRA O

GOVERNO YEDA E A FORMA TRUCULENTA QUE A BRIGADA MILITAR VEM TRATANTO OS MOVIMENTOS SOCIAS E AS MULHERES


As manifestações dos movimentos sociais são os maiores símbolos da democracia e das práticas da livre manifestação popular. Vivemos experiências decisivas ao longo da história.

Depois de décadas de lutas e resistência marcada pelo combate à ditadura militar e pela resistência ao neoliberalismo – Elegemos um Presidente dos trabalhadores.

Vivemos hoje um cenário político nacional totalmente novo na correlação de forças no país, tornando-a mais favorável ao campo popular e democrático. Nunca o Brasil contou com um governo tão identificado com as forças sociais que batalham por soberania, democracia e justiça!

Mas no Estado do Rio Grande do Sul não é bem assim:

No dia 11 de junho, data que jamais vamos esquecer, dezessete pessoas ficaram feridas, doze pessoas presas, dentre elas 4 companheiras – Eliane, Nina, Salete e Raquel. Todas seriamente feridas. Crianças também estavam na mira dos cassetetes e balas de borracha da Brigada Militar, comandada pelo Coronel Mendes, para reprimir os protestos contra a corrupção do Governo Yeda Crusius.

A manifestação era formada por integrantes de movimentos sociais, dentre eles a Via Campesina, o MTD, estudantes e sindicalistas.

O protesto? Uma manifestação política, pacífica e organizada contra a alta dos preços dos alimentos no supermercado Nacional, do grupo Wal-Mart. E que prosseguiria em direção ao Palácio Piratini, sede do governo estadual, para manifestar-se a favor das apurações que estão sendo feitas pela CPI do Detran, em decorrência da Operação Rodin, da Polícia Federal. Nesta já foram indiciadas 40 pessoas. Quatro secretários do Governo Yeda já foram exonerados por suspeita de envolvimento ou conhecimento direto do assunto. A CPI investiga a possibilidade de haver ligação entre esta fraude milionária – 44 milhões de reais, até o momento, e o financiamento de campanhas dos partidos da base da governadora. O que provocou uma crise institucional sem precedentes no Estado do Rio Grande do Sul, pois, soma-se a isto tudo que parte das denúncias de loteamento dos órgãos públicos por parte dos partidos da base governista, com intuito de financiarem-se partiram do próprio vice-governador do Estado ao tornar pública uma gravação que vez de conversa sua com o ex-chefe da Casa Civil de Yeda Crusius, ocasionando a exoneração do mesmo.

A repressão? Balas de borracha, bombas e gases lacrimogênio e pimenta, além da apreensão de carros de som, ou mesmo sabotagem para que os mesmo não pudessem deslocar-se. As pessoas agredidas não conseguiam sequer fugir porque todas as vezes que tentavam se reerguer eram covardemente impedidos de caminhar e agredidos pela Brigada Militar. Várias fotos de pessoas foram divulgadas apesar da Brigada Militar tentar encobrir o quanto sua ação havia sido truculenta. Aliás, este procedimento da Brigada tem sido recorrente nas manifestações no Estado. Com tentativas inclusive de coibir a ação de parlamentares que tentam interceder a favor dos direitos dos manifestantes de expressar-se, direito este garantido constitucionalmente.


Nós da Marcha Mundial das Mulheres repudiamos a repressão da direita reacionária que quer manter o povo escravo e calado.

Abaixo toda a forma de censura!

Contra toda a forma de opressão e violência contra as mulheres.


Marcha Mundial das Mulheres - RS

Nenhum comentário:

Postar um comentário