terça-feira, 24 de março de 2009

28 de março a 4 de abril 2009

Semana de ação global contra o capitalismo e a guerra

‘’ Este sistema se rege pela exploração, a concorrência exacerbada, a promoção do interesse privado individual em detrimento do coletivo e a acumulação frenética de riqueza por um punhado de ricos, gera guerras sangrentas, alimenta a xenofobia, o racismo e os extremismos religiosos; aguça a opressão das mulheres e aumenta a criminalização dos movimentos sociais. No quadro dessa crise os direitos dos povos são sistematicamente negados.’

(Declaración de la Asamblea de los Movimientos Sociales Belém Janeiro de 2009)

Durante o ultimo Fórum Social Mundial a Assembléia dos Movimentos Sociais se reuniu debatendo longamente os impactos da crise em suas várias dimensões.

Todos afirmavam que nesse momento é fundamental elevar a critica ao sistema e apresentar as alternativas anti-capitalistas, anti-racistas, antiimperialistas, feministas, ecológicas e socialistas.
Enquanto a crise se internacionaliza os povos têm o desafio de globalizar suas ações, afinal as possíveis respostas a crise só serão alcançadas com muita luta social.

Considerando isso a Assembléia dos Movimentos Sociais convoca a semana de ação global contra o capitalismo e a guerra do dia 28 de março à 4 de abril, sendo o dia 30 de março eleito para as mobilizações na América Latina.

Essa data em especial foi escolhida, pois já estava indicada para as mobilizações Contra a Guerra e neste momento destacamos a solidariedade ao povo palestino.

Nós, da Marcha Mundial das Mulheres, não podemos deixar de somar-nos a esse esforço. Em vários estados entidades e movimentos que participaram da Assembléia estarão preparando manifestações. É fundamental que participemos da construção a partir da CMS e outras articulações que construímos com os movimentos.

Queremos:

· A nacionalização dos bancos sem indenização e sob controle social

· Redução do tempo de trabalho sem redução do salário

· Medidas para garantir a soberania alimentar e energética

· Fim as guerras, retirar as tropas de ocupação e desmantelar as bases militares estrangeiras

· Reconhecer a soberania e autonomia dos povos, garantindo o direito à autodeterminação.

· Garantir o direto à terra, território, trabalho, educação e saúde apara todas e todos.

· Democratizar os meios de comunicação e de conhecimento.

Todas as ruas contra o capitalismo e a dominação patriarcal!

Nós Não Vamos pagar pela Crise, que a paguem os Ricos!
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.Todas as ruas contra o capitalismo e a dominação patriarcal!
Nós Não Vamos pagar pela Crise, que a paguem os Ricos!

No Rio Grande do Sul, a concentração será em Porto Alegre, às 7h30, na Avenida Farrapos, 1811. Na sequência será realizada uma caminhada até o centro financeiro da capital, na rua Sete de Setembro. O encerramento acontece no Palácio Piratini.


Para garantir o visual da Marcha, estaremos levando nossas bandeiras.
Vista sua camiseta, leve apitos, latas, tambores!!!
Providenciaremos uma faixa da MMM com a frase “Não provocamos a crise e não vamos pagar por ela” . Naiara, o Magafone.



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RELATO DA REUNIÃO DA MMM PORTO ALEGRE E METROPOLITANA

RELATO DA REUNIÃO DA MMM PORTO ALEGRE E METROPOLITANA
Dia: 24 de março (terça)
Hora: 18 horas
Local: Sala Mauricio Cardoso da Assembléia - PoA


Pauta:

- avaliação das ações do 8 de março em Livramento

- avaliação das atividades no mês de março

- Ação Global para dia 30 de março e ato Fora Yeda

- Fórum de Mulheres e Conselhos que a MMM participa

- Frente Nacional contra a criminalização das mulheres e pela legalização do aborto

- 1º de maio e nossa intervenção
Participaram:
Gisela, Cristina, Naiara, Catherine, Simone, Cíntia, Evelise, Cláudia e Marilise
1) Sobre as atividades dos dias 07 e 08 de março:
Avaliação geral
Pontos negativos:
Avaliamos que a participação das centrais foi muito difícil desde o início, invibilizando a participação dos movimentos sociais em geral. Desde o início da construção percebíamos que havia muita disputa das centrais na sua visibilidade e menos com os movimentos. Prova disto foi que ao final tivemos muito mais a ostentação de algumas centrais em camisetas e bandeiras, num forte apelo econômico, sem se preocupar com a pluralidade na atividade dos movimentos ali presentes. Via-se ainda, muitas pessoas que usavam as camisetas de algumas centrais desfilando nas ruas, em compras, e não nas caminhadas ou no ato.
A visibilidade do ato foi fraca e não tivemos as bandeirolas nos postes com as nossas bandeiras de luta, o que fazia com que as pessoas que ali transitassem, desconhecessem nossas reivindicações.
E por último avaliamos que não houve repercussão na mídia estadual, por falta de dedicação da coordenadora sindical em divulgar adequadamente o evento. Além disso, não havia carro de som nas duas caminhadas nem a presença massiva das centrais que estavam presentes.
A Assembléia das Mulheres foi realizada num lugar ruim onde acabamos desmobilizando a concentração das mulheres que estavam na praça. O lugar em si era muito escuro, quente e fez com que muitas não entrassem no teatro, permanecendo na rua ou indo embora.....
A caminhada que saiu do teatro, após a assembléia, teve uma disputa vergonhosa entre as centrais para ficarem na linha de frente.
O ato no palco também teve a mesma disputa.... e quem falou pelos movimentos sociais foi o Fórum Estadual e a Marcha Mundial das Mulheres.

Pontos positivos:
A participação das gurias da MMM Livramento foi fundamental para nas coisas funcionassem – hospedagem/alojamentos, oficinas, feira da economia solidária, infra em geral.
É incontestável a penetração da MMM em todos os lugares por onde participamos. O entrosamento das gurias em todas os espaços, fazendo com que estivéssemos presentes tanto na banca, caminhadas, reuniões, oficinas, plenária, ato final e na organização.
Nossos materiais (camisetas, bandeiras, colares) têm muita saída o que garante a visibilidade da Marcha e da identidade na nossa ação.
Para as próximas atividades da Marcha recomenda-se que tenhamos uma escala de trabalho para a banca, para que não haja sobrecarga. Precisamos definir antes quem ficará responsável por abrir e fechar, dinheiro, materiais que sobram etc, e que também na banca permaneça apenas os materiais da MMM.
As caminhadas (VI Marcha Binacional das Mulheres) e as oficinas foram o pontos forte das atividades, e o que salvou a falta de carro som foi nosso megafone, com as palavras de ordem da Marcha.
A participação da MMM foi boa antes e depois – investimos no conteúdo, qualidade da nossa participação, visibilidade, feira, construção do documento final, garantinho que tudo o que combinamos que faríamos fosse realmente concretizado.
O apoio que recebemos dos sindicatos parceiros e alguns parlamentares foi fundamental para o sucesso da nossa participação.
A feira de economia solidária também foi responsável pela visibilidade dos materiais da Marcha, garantidos pela Simone e pela Ângela.
As gurias de outros municípios, que foram pela primeira vez ficaram muito impressionadas com o ativismo da MMM, e estão interessadas em fazer atividades nas cidades.
A MMM de Montenegro que foram pela primeira vez nas atividades da MMM, querem participar e farão reunião em breve – dia 05 de abril já acontecerá uma atividade na cidade, com uma ação na praça com um bric cultural – é uma tarde com atividades culturais, banca de artesanato, intervenção dos alunos (as) da Uergs. A Marcha participa com a distribuição de materiais (volantes) e os artesanatos.
Junto com a Rede Feminista de Saúde e a Liga Brasileira de Lésbicas ajudamos a dar visibilidade para a Frente Nacional contra a Criminalização e pela Legalização do Aborto, com a Sirlanda e a Nô fazendo a leitura do Manifesto da Frente, além de incentivar a formação de frentes em toda a América Latina.
Das oficinas:
As oficinas, na nossa avaliação foram excelentes, de alto nível, o que garantiu o momento de formação e politização desta atividade. Das oficinas em que a Marcha esteve presente, destacamos algumas, que reproduzimos abaixo a avaliação das facilitadoras:

"Lesbianidades Feministas, uma instrumento de empoderamento das mulheres"
Facilitadoras: Naiara, Mary, Sirlanda e Cláudia


As militantes da Liga Brasileira de Lésbicas, da Marcha Mundial de Mulheres e do Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal estiveram juntas no 08 de março em Livramento realizando a Oficina "Lesbianidades Feministas, uma instrumento de empoderamento das mulheres", onde através de uma discussão descontraída, pudemos avaliar o entendimento existente no grupo sobre o significado do termo "Feminismo" e "Lesbianidade".
Cerca de 80 mulheres de diversos movimentos, cores, orientações sexuais e pensamentos políticos diversos estiveram no evento que durou cerca de 02 horas, através das quais analisamos a problemática da militância lésbica, da falta de visibilidade dentro e fora do movimento feminista e dos diversos problemas para enfrentamento ao preconceito e avanço de direitos sociais e políticos diante dos fundamentalismos atuais.
Na dinâmica de apresentação foi possível estabelecer que cada mulher pode ser o que quer, mesmo que os outros a vejam de forma distinta ao da sua identidade real.
Na seqüência, tratamos de conceituar, através da participação do grupo, o FEMINISMO ou FEMINISMOS, estabelecendo que se trata de um pensamento político baseado no reconhecimento da diversidade, que comporta todas as mulheres que lutem pela construção de uma sociedade diferente. Esta sociedade está baseada nos princípios de justiça e igualdade de direitos entre todos os seres humanos, diferenciando-se diretamente do machismo que busca a opressão feminina.
Analisamos os efeitos do preconceito na vida das pessoas - sobretudo na família e no trabalho - e a necessidade de que todas as militantes, de todos os movimentos sociais feministas, assumam a lesbianidade como mais um direito sexual, portanto inerente ao ser humano dentro das pautas de Direitos Humanos, mas também como uma questão de liberdade individual, autonomia do corpo e, portanto, questão de democracia social.
Afinal precisamos lembrar que em todos os movimentos em que houver mulheres haverá, também, mulheres lésbicas, que devem ser incluídas e respeitadas na sua identidade de gênero e na sua orientação sexual.
A oficina não foi encerrada, sendo que iniciamos com a oficina do aborto, organizada com a participação de companheiras de organizações do Uruguai que estavam no evento.


Aborto” el caso Uruguay reciente - Lanzamiento de la campaña para la despenalización del aborto ( Brasil)- “Acciones institucionales en el marco jurídico vigente en Uruguay - Iniciativas Sanitarias”

Com a participação das “Mujeres CNS”, MYSU, Marcha Mundial de las Mujeres – Uruguay, INMUJERES. IS, Sintrajufe, MMM Brasil e Liga Brasileira de Lésbicas, realizamos uma oficina muito rica com a socialização da experiência do Uruguay e do Brasil no tema do Aborto. A troca de experiência e de formação que para muitas mulheres era um início de discussão, foi bem equilibrado. Entendemos que será necessário buscar espaços para aprofundar a discussão do tema que deve estar permanentemente na pauta do movimento feminista.
Foi feita uma apresentação com a experiência do Governo do Uruguay que trabalha o acolhimento das mulheres antes e depois do aborto. A exposição está em anexo.

O Consumo como “arma” para enfrentar o Capitalismo - Eixo: Hábitos de Consumo como fator de Soberania Alimentar
Facilitadoras: Iara Aragonez e Joana Stedile

Veja em www.sustentabilidadesemapi.blogspot.com


Tipos de Violência contra a Mulher e a Economia Solidária como alternativa para a sustentabilidade.
Facilitadoras: Débora, Evelyse e Simone


A proposta da oficina foi refletir e debater sobre os diversos tipos de violência que sofrem as mulheres, e que muitas vezes não são reconhecidos como violência.
A sociedade tem dado maior visibilidade para a violência física e deixado de lado a violência sexual, psicológica, moral, patrimonial e institucional.
Débora Oliveira, psicóloga, especialista em relações de gênero, definiu os tipos de violência, e destacou as dificuldades que muitas mulheres tem em decidir romper com este ciclo que muitas vezes é sustentado pelos familiares.
A violência está em todas as classes sociais, porém para as mulheres pobres, com baixa renda e baixa escolaridade é mais difícil romper com a violência. Além da vergonha perante a sociedade, muitas dependem economicamente do companheiro.
A Lei Maria da Penha define que a violência doméstica e familiar é crime e os agressores serão punidos, porém falta implementar uma rede de apoio para as mulheres que ao saírem desta situação de violência se deparam com a falta de renda para sustentar a si e aos filhos.
Pensando nestas mulheres, nossa oficina propõe a Economia Popular Solidária como alternativa de inclusão social e geração de renda.

Plenária da MMM Internacional e discussão dos eixos da atividade e preparação para a Ação de 2010.
Na plenária foram distribuídos vários cadernos de formação, e reforçada a importância dos grupos de estudos e as oficinas temáticas da Marcha, que todas tem condições de estar puxando.
Relembramos a ação que a MMM construiu em 2005 com a elaboração da carta das mulheres e da colcha de retalhos. Ações mundiais de 5 em 5 anos se tornaram fortes momentos de demonstração de solidariedade internacional. Essas ações mostram a nossa capacidade de encontrar pontos comuns nas experiências das mulheres ao redor do mundo que estão determinadas a mudar o mundo.
Falamos ainda que em 2010, entre 8 de março e 17 de outubro, realizaremos muitas atividades e estaremos nas ruas do mundo todo novamente. Nossa ação será parte integrante da identidade da Marcha Mundial das Mulheres.
Para 2010 procuramos uma forma de ação que fosse de acordo com nossa identidade e o nosso nome : uma marcha. Esta ação nos encorajará a ir mais longe na elaboração de reivindicações comuns e a maneira de alcança-lás. Essa marcha é inspirada na perseverança das mulheres: na resistencia cotidiana das mulheres contra a pobreza e a violencia e pela historia de lutas feministas que nos precederam. No Brasil, marcharemos entre 8 e 18 de março, além da realização de atividades variadas ao longo do ano e conclusão em uma ação em 17 de outubro com uma ou mais missões de solidariedade a paises em conflito.

Os principais objetivos dessa ação são de colocar a Marcha Mundial de Mulheres e suas bandeiras de luta em debate na Sociedade; influir na correlação de forças políticas em cada país na disputa de projeto dos principais temas debatidos pela Marcha e expressar em nível internacional a unidade das mulheres.

Os eixos de reivindicação da ação serão definidos em torno dos 4 campos de ação da MMM: Violência contra as mulheres como instrumento de controle de nossos corpos e nossa vida; Paz e desmilitarização; Trabalho das mulheres e Bem comum.

Neste momento distribuímos para as participantes da Plenária, folders em português e espanhol para que todas assumam o compromisso nesta tarefa desafiadora. Fundamental que sejam envolvidos todos os movimentos, do campo e da cidade, na compreensão desta construção.

Mas não sairemos às ruas automaticamente. Isto vai necessitar uma mobilização que começa JÁ!!
Portanto, todas saíram com a tarefa de falar desta ação de 2010 em todas as atividades que a Marcha estiver organizando, por todo estado e para os países que também estavam participando conosco, como Uruguai e Argentina.


Agradecimentos:É fundamental para o sucesso da nossa participação que a gente divulgue as parcerias que sempre são muito importantes na nossa caminhada. Para todos encaminharemos uma correspondência de agradecimento, oferecendo parceria para a construção de atividades de formação nas instituições, para o decorrer deste ano. São elas:
Sintrajufe – RS
Sindijus RS
Cpers Sindicato
Federação dos Bancários
Sindicato dos Bancários
Semapi RS
Partido dos Trabalhadores
Gabinetes parlamentares: Vereadora Sofia Cavedon, , Dep. Henrique Fontana, Dep. Pepe Vargas, Dep. Stela Farias, Dep. Raul Pont, Dep. Elvino Bohn Gass.


- Avaliação das ações do 8 de março e outras atividades no mês de março:A MMM PoA e Metropolitana esteve organizando atividades com parcerias, desde o dia 2 de março até o final do mês.

Montenegro
02 a 06 de março – exposição “Mulheres Fazendo Arte”, iniciativa do mandato da Dep. Stela Farias e quem estava expondo eram as gurias “arteiras” da Marcha de Montenegro.
Após esta semana, a exposição foi para Livramento durante as atividades dos dias 07 e 08 de março.
As gurias também foram expor na CGTE de Porto Alegre, São Jerônimo e Candiota, que fez muito sucesso, com promessa de integração das mulheres de lá em outras atividades.


Viamão
Dia 09 de março- foi muito boa a atividade organizada pelas gurias de Viamão que ocuparam a praça e foram na prefeitura entregar um documento ao Prefeito Alex, como protesto por ter fechado a coordenadoria da mulher, biblioteca pública e outras políticas públicas para as mulheres no município. Vamos reunir novamente para pensar outras ações de protestos na cidade, pois as funcionarias foram afastadas e as gurias pt não foram recebidas pelo Prefeito.

Porto Alegre

05 de março – Participaram 15 pessoas, integrantes do MTD, Via Campesina, MMM, Rede Comunitária, Mulheres Independentes Morro da Cruz e Levante da Juventude. A atividade integra a Jornada de Lutas da Via Campesina na Região Metropolitana de Porto Alegre (03 a 16 de março) – Nesta atividade foi feita apresentação dos movimentos e das suas bandeiras de lutas, e principalmente as lutas dos movimentos camponeses. Como encaminhamento, tiraram de fazer este debate em todos os grupos do Morro Cruz.

No dia 04 de março, durante a manhã, a MMM junto com os movimentos do Fórum Estadual de Mulheres entregou ofício aos 3 poderes, cobrando as denúncias encaminhadas no 8 de março do ano passado e exigindo providências.

Na parte da tarde, o COMDIM e Fórum Municipal de Mulheres também entregaram um ofício ao Prefeito cobrando as políticas públicas para as mulheres aprovadas na III Conferência Municipal das Mulheres e dando um prazo para providências. Evelise

09 de março

Junto com a Via Campesina e o MTD participamos, com cerca de 500 pessoas, de uma caminhada pelas ruas da cidade, rumo ao centro. A manifestação, integrava a Jornada Nacional de Luta das Mulheres da Via Campesina, saiu do Parque a Harmonia até a agência central do Banco do Brasil, onde foi realizado um protesto com panelaço. 'Somos contra o fato do governo federal dar dinheiro para multinacionais e grandes empresas para salvá-las da crise financeira mundial. O mesmo recurso poderia ser aplicado em emprego, saúde, educação e segurança no campo e nas cidades', afirmou Cláudia Camatti, integrante do MTD. O movimento de protesto reivindica investimentos voltados à produção de alimentos saudáveis pela agricultura familiar implementação da reforma agrária mais creches para crianças de zero a 6 anos reconhecimento da mulher no mercado de trabalho e justiça social e fim da violência de gênero. Do Banco do Brasil, partimos para as manifestantes em frente ao Palácio da Justiça, na Praça da Matriz, onde ali sentamos no asfalto em frente ao prédio para fazer vigília pela liberação das companheiras que foram detidas, em Aceguá, para averiguação, após revista da Brigada Militar do grupo que ocupou a fazenda Aroeira, da Votorantim.

Ciclo de Filmes - Temática Feminista
Para celebrar a passagem do Dia Internacional da Mulher, em 8 de março, o CineBancários realiza uma mostra reunindo sete filmes que centram seu foco na questão feminina. Entre os títulos, produções dirigidas por cineastas mulheres, além de obras que abordam temas relacionados ao universo feminino, como o aborto, a prostituição e a opressão sexual.

Durante nove dias, o público poderá assistir a raras produções de países como a Nova Zelândia e a Austrália, entrar em contato com um título clássico do cinema francês há muito não exibido nos cinemas, deliciar-se com grandes performances de atrizes como Isabelle Huppert e Agnès Jaoui, conhecer um elogiado documentário brasileiro sobre o aborto e deslumbrar-se com um belíssimo filme de animação que mostra a opressão das mulheres iranianas através dos olhos de uma menina.

Um presente especial do CineBancários, com apoio cultural da Embaixada da França no Brasil e da Cinemateca da Embaixada Francesa, para suas espectadoras, na semana em que são motivo de homenagens em todo o mundo.
A realização é do SindBancários e Federação dos Bancários do Rio Grande do Sul (Feeb-RS), em parceria com outras entidades, entre elas o Coletivo Feminino Plural; Marcha Mundial das Mulheres; ONG Themis; Rede Feminista de Saúde; Direitos Sexuais e de Direitos Reprodutivos; FECOSUL; Associação Brasileira de Economia Solidária; GUAYÍ; LBL-RS-Liga Brasileira de Lésbicas - Região Sul; Sintrajufe; Comissão Regional Pró-Equidade de Gênero RS da Caixa Econômica Federal; Sindicato dos Enfermeiros do Rio Grande do Sul; CUT-RS; Sindiágua/RS e SEMAPI-RS
Fonte: http://mulheresindicalista.blogspot.com/

2) Ação Global para dia 30 de março e ato Fora Yeda
Semana de ação global contra o capitalismo e a guerra
28 de março a 4 de abril

‘’ Este sistema se rege pela exploração, a concorrência exacerbada, a promoção do interesse privado individual em detrimento do coletivo e a acumulação frenética de riqueza por um punhado de ricos, gera guerras sangrentas, alimenta a xenofobia, o racismo e os extremismos religiosos; aguça a opressão das mulheres e aumenta a criminalização dos movimentos sociais. No quadro dessa crise os direitos dos povos são sistematicamente negados.’

Dia 30, o Brasil nas ruas contra a crise:

Em Porto Alegre:

"Não às demissões! Pela redução dos juros, pelos investimentos públicos e em defesa dos direitos trabalhistas e sociais!"

A Central Única dos Trabalhadores e o movimento sindical, social e estudantil estarão novamente unidos nas ruas no próximo dia 30 de março, segunda-feira, para dizer não à crise e às demissões e exigir a redução drástica da taxa de juros, recursos para os investimentos em políticas públicas e a defesa dos direitos trabalhistas e sociais.

Trabalhadores e trabalhadoras não pagarão pela crise
O Brasil vai às ruas na próxima segunda-feira, 30 de março. Os trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade estarão unidos contra a crise e as demissões, por emprego e salário, pela manutenção e ampliação de direitos, pela redução dos juros e da jornada de trabalho sem redução de salários, pela reforma agrária e em defesa dos investimentos em políticas sociais.
A crise da especulação e dos monopólios estourou no centro do sistema capitalista, os Estados Unidos, e atinge as economias menos desenvolvidas. Lá fora - e também no Brasil -, estão sendo torrados trilhões de dólares para cobrir o rombo das multinacionais, em um poço sem fim, mas o desemprego continua se alastrando, podendo atingir mais 50 milhões de pessoas.
No Brasil, a ação nefasta e oportunista das multinacionais do setor automotivo e de empresas como a Vale do Rio Doce, CSN e Embraer, levaram à demissão de mais de 800 mil trabalhadores nos últimos cinco meses.
O povo não é o culpado pela crise. Ela é resultante de um sistema que entra em crise periodicamente e transformou o planeta em um imenso cassino financeiro, com regras ditadas pelo "deus mercado". Diante do fracasso desta lógica excludente, querem que a classe trabalhadora pague a fatura em forma de demissões, redução de salários e de direitos, injeção de recursos do BNDES nas empresas que estão demitindo e criminalização dos movimentos sociais. Basta!
A precarização, o arrocho salarial e o desemprego enfraquecem o mercado interno, deixando o país vulnerável e à mercê da crise, prejudicando fundamentalmente os mais pobres, nas favelas e periferias. É preciso cortar drasticamente os juros, reduzir a jornada sem reduzir os salários, acelerar a reforma agrária, ampliar as políticas públicas em habitação, saneamento, educação e saúde, e medidas concretas dos governos para impedir as demissões, garantir o emprego e a renda dos trabalhadores.
Manifestamos nosso apoio a todos os que sofreram demissões, em particular aos 4.270 funcionários da Embraer, ressaltando que estamos na luta pela readmissão.
O dia 30 também é simbólico, pois nesta data se lembra a defesa da terra Palestina, a solidariedade contra a política imperialista do Estado de Israel, pela soberania e auto-determinação dos povos.
Com este espírito de unidade e luta, vamos construir em todo o país grandes mobilizações. O dia 30 de março será o primeiro passo da jornada. Some-se conosco, participe!
NÃO ÀS DEMISSÕES!
REDUÇÃO DOS JUROS!
REDUÇÃO DA JORNADA SEM REDUÇÃO DE SALÁRIOS E DIREITOS!
REFORMA AGRÁRIA, JÁ!
POR SAÚDE, EDUCAÇÃO E MORADIA!
EM DEFESA DOS SERVIÇOS E SERVIDORES PÚBLICOS!
SOLIDARIEDADE AO POVO PALESTINO!
Ato Internacional Unificado Contra a Crise
Organizadores:
ASSEMBLÉIA POPULAR, CEBRAPAZ, CGTB, CMB-FDIM, CMS, CONAM, CONLUTAS, CONLUTE, CTB, CUT, FORÇA SINDICAL, INTERSINDICAL, MARCHA MUNDIAL DE MULHERES, MST, MTL, MTST, NCST, OCLAE, UBES, UBM, UGT, UNE, UNEGRO/COMEN, VIA CAMPESINA

Todas as ruas contra o capitalismo e a dominação patriarcal!

Nós Não Vamos pagar pela Crise, que a paguem os Ricos!

No Rio Grande do Sul, a concentração será em Porto Alegre, às 7h30, na Avenida Farrapos, 1811. Na sequência será realizada uma caminhada até o centro financeiro da capital, na rua Sete de Setembro. O encerramento acontece no Palácio Piratini.

Para garantir o visual da Marcha, estaremos levando nossas bandeiras.
Vista sua camiseta, leve apitos, latas, tambores!!!
Providenciaremos uma faixa da MMM com a frase “Não provocamos a crise e não vamos pagar por ela” . Naiara, o Magafone.


3) Fórum de Mulheres e Conselhos que a MMM participa
A partir de 1 de abril a Marilise acompanhará formalmente o COMDIM e a organização das pré-conferências. Escolhemos como tema para estar participando o da Soberania Alimentar e o tema do Meio Ambiente.
Claudia irá recuperar os documentos da ultima conferencia para construirmos nossas propostas, agregando nossas propostas da última cxonferência nacional.
Evelise irá divulgar as datas das Pré Conferências (anexo)

4) Frente Nacional contra a criminalização das mulheres e pela legalização do aborto
Discutimos que o tema do aborto é nossa prioridade neste momento. Temos nossa posição enquanto Marcha bem definida em relação ao tema e será sempre esta que nos manterá na Frente e outras articulações. Não admitimos recuos ou atenuar/amenizar no debate.
Vamos intensificar nossa intervenção em oficinas e iremos em todos os recantos que nos convidarem para o debate.
Na próxima semana a companheira Claudia irá participar de uma articulação nacional que faz parte a Frente e as Jornadas, numa ação no Congresso um seminário com o objetivo de reunir forças e possibilitar uma reflexão conjunta diante da gravidade e urgência da situação para pensar e definir estratégias .
Nestas atividades iremos definir estratégias jurídicas, encaminhar e também tomar conhecimento do processo no legislativo, discutir estratégias neste campo e na área da comunicação..
Na última reunião da Frente Nacional pelo Fim da Criminalização das Mulheres e pela Legalizaçao do Aborto, discutimos que seria importante construir a Frente por todo o Estado para fortelecer o processo nacional e enraizar a frente.
A frente pelo fim da criminalização e pela legalização do aborto deve ser uma frente com a participação e envolvimento dos vários movimentos sociais do estado não é uma articulação exclusivamente do movimento feminista , o nosso desafio é justamente envolver outros setores que não somente nossos movimentos.
As companheiras da MMM devem procurar as demais redes de mulheres para juntas impulsionar a frente e construir as alianças possíveis no estado, isto inclui envolver movimentos do campo e da cidade, conselhos profissionais como psicólogas, Ass.sociais, educação, movimentos sindicais, juventude e quem mais quiser aderir.
A nossa grande urgência é a luta para a não implantação da CPI do Aborto (investiga aborto clandestino) . Neste sentido se alguma companheira da MMM for por algum motivo a Brasilia favor avisar para ver se há alguma açao que se possa somar. A nossa companheira Isabel em Brasilia está enviando noticias, se alguem for a Brasilia favor escrever para Isabel.freitas@camara.gov.br

A MMM participou da reunião da Frente em Porto Alegre e definimos:
- fazer uma comunicação à imprensa da nossa articulação da próxima semana
- realizar um debate/seminário no dia 07 de abril – Dia Mundial da Saúde – sobre o Aborto com o relato das atividades e articulações de Brasília.

http://www.frentepelodireitoaoaborto.blogspot.com/

5) 1º de maio e nossa intervenção
Este ano acontecerá a Romaria da Terra, organizada pelas pastorais e a e a CMS.
Como não temos maiores informações, temos que buscar ver em que ponto estão a organização. (Catherine e Naiara)
Decidimos não participar diretamente da organização;
Mas se participarmos deveremos ter uma faixa sobre o aborto.
Outras deliberações:
· Devemos iniciar com a Liga Brasileira de Lésbicas as articulações para a construção do dia da visibilidade lésbica, em 29 de agosto. Assumimos também o compromisso em termos uma batucada feminista nesta atividade.
· Vamos propor Formação feminista para os sindicatos parceiros da MMM. Os primeiros que iremos propor são: Sindibancarios, Federação dos Bancários, Cpers e Sintrajufe.
· O Grupo de Estudos – Vamos organizar o calendário e metodologia na próxima reunião, assim como uma forma de articulação com companheiras da Marcha do interior do Estado que queiram organizar também grupos em seus municípios.
· Vamos potencializar alguns municípios, como Montenegro e Viamão e ainda, investir em cidades onde a ação da Marcha tem problemas, ou não tem sua organização baseada nos nossos princípios e bandeiras de luta, que são: Esteio, Sapucaia, Litoral (Tramandaí e Torres),

sexta-feira, 20 de março de 2009

REUNIÃO DA MMM PoA e Metropolitana

Gurias de Lutas:
Estamos chamando uma reunião da MMM PoA e Metropolitana para fazermos uma avaliação das nossas atividades do mês de março e planejarmos as próximas ações.

Sabemos que para muitas será difícil pelo recomeço das aulas, mas ainda estamos cumprindo agendas nos sábados, o que tornaria também impossível a nossa articulação.

Sendo assim estamos propondo:

Dia: 24 de março (terça)

Hora: 18 horas

Local: Sala Mauricio Cardoso da Assembléia - PoA


Pauta:


- avaliação das ações do 8 de março em Livramento

- avaliação das atividades no mês de março

- Ação Global para dia 30 de março e ato Fora Yeda

- Fórum de Mulheres e Conselhos que a MMM participa

- Frente Nacional contra a criminalização das mulheres e pela legalização do aborto

- 1º de maio e nossa intervenção
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quinta-feira, 12 de março de 2009

SOMOS TODAS CLANDESTINAS



por Sirlanda Selau
Militante da Marcha Mundial das Mulheres











A aliança capitalismo–patriarcado faz de todas nós clandestinas.

Clandestinas, de uma ordem economicamente injusta e socialmente desigual.

E quando inventamos uma economia solidária, quando anunciamos que não pagaremos a conta da crise econômica mundial.

Clandestinas porque amamos uma outra mulher e denunciamos a lesbofobia renegante do direito de amar.

Clandestinas pela criminalização do aborto e quando negamos a função social da reprodução.

Clandestinas porque queremos ser donas dos nossos corpos e nossas vidas.

Clandestinas quando o patriarcado coloca na gaveta nossa produção literária e elaboração cientifica.

Clandestinas porque na desobediência civil denunciamos com ação direta o latifúndio improdutivo e a ameaça dos transgênicos e da monocultura, como uma ameaça à agricultura familiar, a soberania alimentar e a aceleração da degradação ambiental do planeta.

Clandestinas por querer desnaturalizar a hierarquização e valorização das tarefas socialmente definidas para homens e mulheres.

Somos todas clandestinas quando denunciamos a violência sexista e exigimos que a agressão, a violência física e psíquica, seja banida das nossas vidas, como uma condição para a igualdade.

Clandestinas quando cobramos a promessa constitucional de um Estado laico e de direitos sociais, econômicos e culturais, que até hoje não encontraram as mulheres.

Clandestinas quando realizamos o direito de manifestação e expressão e recebidas por um estado policialesco somos noticiadas como criminosas.

Somos clandestinas, porque queimamos na fogueira e porque hoje nossos corpos são vendidos como mais uma mercadoria: nas propagandas de cerveja, nas revistas de moda e nas prateleiras do varejo.

Clandestinas, quando cumprimos uma jornada de trabalho para receber 30% a menos do que os homens. E quando realizamos o trabalho doméstico, de cuidados e de manutenção da família, que fica invisível no cômputo geral da economia dos homens.

Somos clandestinas quando rechaçamos as guerras e hasteamos a bandeira da paz no mundo, contrapondo aqueles que lucram com a indústria bélica e produzem a morte de milhares de inocentes ao redor do planeta. Maioria mulheres e crianças.

Clandestinas porque denunciamos a intolerância, a desigualdade e a submissão entre os sexos.

Esta clandestinidade é o que nos faz marchar!

No 8 de março de 2009 marchamos na fronteira, de mãos dadas: brasileiras, uruguaias e argentinas. Marchamos ao redor do mundo, contra esta clandestinidade imposta, para reafirmar que marchamos para mudá-lo.

As feministas marcham, porque como sujeitas de sua própria história, não se sujeitam a esta condição de clandestinidade socialmente construída.

Que se cuidem os machistas, pois, marcharemos sempre, até que sejamos todas livres!
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terça-feira, 10 de março de 2009

Um Outro Mercosul é Possível: Carta das Mulheres do Cone Sul





No Dia Internacional de Luta das Mulheres, nós, trabalhadoras dos países que constituem o Cone Sul (Brasil, Uruguai, Argentina e Paraguai), reunidas na fronteira Brasil/Uruguai, reafirmamos a luta feminista por justiça, em defesa da igualdade entre homens e mulheres e pelo fim da violência contra as mulheres!
O projeto neoliberal implantado ao redor do mundo levou os países a uma crise sem precedentes e os seus efeitos já começam a se fazer presentes, especialmente sobre as mulheres, principais vítimas do desemprego, do trabalho precário e da falta de políticas públicas. Para superar esta crise e os seus efeitos precisamos construir um outro modelo de sociedade, diferente do atual, onde a vida e o corpo das mulheres são tratados como mercadoria, nosso trabalho é o mais precário, a violência sexista continua vitimizando milhares de mulheres cotidianamente e o trabalho reprodutivo e de sustentabilidade da vida humana, ainda é responsabilidade somente da mulher.

Apontamos a necessidade de construirmos um outro modelo, onde a valorização do trabalho seja sinônimo de emancipação e as mulheres tenham autonomia sobre seus corpos e também autonomia econômica.
A situação das mulheres por todo o mundo não é diferente. Nossa jornada de trabalho é cada vez maior, recebemos em média 30% a menos do que os homens, continuamos sendo as únicas responsáveis pela casa, pela família e pelo cuidado e educação dos filhos, além de ainda estarmos distante dos espaços de poder e decisão.

Denunciamos:
A situação das mulheres no mercado de trabalho que apresenta características que se configuram em desigualdades. Os homens recebem 30% a mais que as mulheres em funções iguais (mesmo quando as mulheres têm mais escolaridade). As mulheres também representam 70% dos excluídos da Previdência Social, e são a maioria entre os desempregados. As mulheres são maioria absoluta no mercado informal (aquele exercido de forma mais precária, sem direitos nem regulação). A discriminação no mercado de trabalho reflete-se também em outras práticas discriminatórias, como assédio moral e sexual.

Todas as formas de violência contra as mulheres. Somos constantemente alvos da violência, e na maioria das vezes ela é praticada por pessoas próximas da vítima. Estamos em ato na fronteira Brasil/Uruguai justamente porque este é um local onde ocorrem muitos casos de violência, como estupros e agressões e, por ser um local de fronteira, os agressores acabam por ficar impunes. Denunciamos também o não cumprimento de leis que coíbam a violência, punam dos agressores. Necessitamos da efetiva implantação de Juizados Especiais de Atendimento às Vítimas da Violência Doméstica, Delegacias da Mulher, Redes de Atendimento às mulheres em situação de violência e Casas de Passagem. Necessitamos enfrentar o turismo sexual e o tráfico de mulheres, a exploração sexual, a prostituição, e o trabalho escravo.
O descaso com a saúde integral das mulheres adolescentes, jovens, adultas e na terceira idade. As mulheres que recorrem ao aborto inseguro como única alternativa para interromper uma gravidez não desejada e continuam sendo perseguidas e criminalizadas.
A ausência de creches, que para além de negar um direito da criança, impede o acesso e a permanência das mulheres no mercado de trabalho.
A desvalorização da Economia Solidária e dos valores da solidariedade, da ética, da democracia e da autogestão, da construção coletiva, da transparência, da igualdade de direitos entre os gêneros, e a desvalorização do meio ambiente e do compromisso social;
A inexistência de uma política de Reforma Agrária que ponha fim ao latifúndio improdutivo;
A violação dos direitos humanos das mulheres presas e de jovens em situação de conflito com a lei.
A discriminação das mulheres por sua orientação sexual, pela sua raça ou etnia, idade ou aparência.
A criminalização dos movimentos sociais.

É por isso que lutamos!

Lutamos por um outro Mercosul que seja resultado de um processo de integração produtiva e social e com a participação igualitária das mulheres, em especial com a criação do Instituto do trabalho do Mercosul.
Lutamos para superar as desigualdades de salário e de oportunidades entre homens e mulheres e pelo direito ao trabalho, com garantia de direitos trabalhistas e sociais estendido aos trabalhadores migrantes.
Lutamos por políticas públicas para as mulheres, pelo direito de acesso à terra, por soberania alimentar, pela legalização do aborto e pelo combate à violência contra a mulher em todas as suas formas.

Neste sentido, nós, mulheres do Cone Sul, vimos neste momento de luta do 8 de março exigir dos Governantes de nossos países:
1. Estabelecimento de indicadores de geração de emprego para as mulheres nos diversos setores da economia, tendo como objetivo o trabalho decente, com igualdade de salários, de oportunidades e de tratamento;
2. Indicadores de equidade de gênero para contratação, funções e ascensão profissional nas empresas, com prazos definidos e processos claros de avaliação com a participação dos trabalhadores/as;
3. Criação de um marco legal adequado em matéria de igualdade de oportunidades e de tratamento, que contemple todos os trabalhadores e trabalhadoras, incluindo as trabalhadoras\es domésticas\os, temporários, rurais e imigrantes;
4. Implementação de políticas afirmativas que coíbam a discriminação de gênero, raça/etnia, geração, orientação sexual e deficiência nos espaços do trabalho e da sociedade;
5. Políticas de incentivo à permanência dos jovens nas escolas até a conclusão de sua formação educacional regular;
6. Garantia em lei da ampliação da licença maternidade e paternidade;
7. Ampliação do número de vagas em creches públicas;
8. Implantação de escolas públicas em tempo integral para todas as crianças;
9. Garantia do aborto legal e seguro nas redes públicas de saúde;
10. Ampliação das políticas de combate à violência contra a mulher e estruturação das casas abrigo.
11. Instituição de um protocolo de extradição comum para tratar dos casos de violência sexista nas áreas de fronteiras.
12. Garantia do respeito aos direitos sexuais e reprodutivos, como a livre escolha dos métodos de contracepção, acesso à informação e aos métodos de prevenção às DSTs e Aids;
13. Por Reforma agrária, por políticas públicas de agricultura familiar, e pelo estabelecimento do limite de propriedade privada;
14. A ratificação da Convenção 102 da OIT que trata da Previdência Social.
15. Revisão da Declaração Sócio Laboral para que torne-se de fato um instrumento dos direitos da classe trabalhadora.
16. Ratificação em todos os países do Cone Sul da convenção 156 da OIT que trata das responsabilidades familiares, assim como a criação de instrumentos que viabilizem a sua implementação.

A partir da consigna “outro Mercosul é possível” propomos:
1) promover para o mês de julho de 2009 um encontro de mulheres do Mercosul, com a participação de todas as atuais parlamentares, de ambas as câmaras, federal, estadual e municipal dos países do Mercosul, assim como de todas as organizações sociais, para unificar a legislação sobre gênero no Mercosul.
2) promover que os países do Mercosul tenham os recursos necessários para aplicação das políticas de gênero.
3) aprofundar o debate sobre a paridade de gênero, a partir da proposta de cotas, incluindo as necessárias reformas constitucionais.

Seguiremos em nossa luta por igualdade, e exigimos de nossos Governos políticas de Estados para a efetiva implantação de nossas deliberações!


Fonte: Fórum Estadual das Mulheres no RS

segunda-feira, 9 de março de 2009

somos mulheres de luta!


8 de março de 2009


Ato Internacional na Fronteira Bi-Nacional = Riveira/Livramento

Saímos de Santana do Livramento as 16:30 do dia 8 de março de 2009. Um dia que ficará na história do RS.O ato reuniu cerca de 8 mil pessoas (não temos o número exato), de vários países do Cone Sul, e de vários estados do Brasil. Eramos mulheres e homens de centrais sindicais, movimento feminista e movimentos que tem em sua trajetória a discussão das pautas das mulheres. Do campo e da cidade, estávamos construindo consenso em temas como legalização do aborto, violência contra as mulheres e a impunidade, e igualdade no mundo do trabalho. Um documento foi tirado ao final do encontro que também estaremos reproduzindo em seguida.

As mulheres camponesas da Via Campesina (cerca de 700 mulheres) ocuparam esta madrugada (9) uma fazenda da Votorantim onde cortaram eucaliptos, como forma de denunciar os riscos desta monocultura e o problema da água, porque em muitos lugares não temos água pras pessoas e animais. http://www.mst.org.br/mst/home.php

Abaixo reproduzimos a postagem da Cristina Feio em seu blog, sobre as atividade de Livramento:
Terça-feira, 17 de Março de 2009

8 de Março - Dia Internacional da Mulher na fronteira Brasil-Uruguai

A Marcha Mundial de Mulheres - MMM, o Fórum Estadual de Mulheres, a CUT - Central Única dos Trabalhadores, as demais centrais trabalhistas brasileiras e a Coordenadora das Centrais Sindicais do Cone Sul, reunindo a CTA - Argentina e a CTN - Uruguai, mulheres do MST - Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, do MNLM - Movimento Nacional de Luta pela Moradia, do MTD - Movimento dos Trabalhadores Desempregados, representantes da Economia Solidária e de outras entidades do Movimento Popular e sindical, realizaram no 8 de março, dia Internacional da Mulher, várias atividades na cidade de Santana do Livramento, na fronteira do Brasil com o Uruguai.
Na manhã do dia 07 de março, mais de 40 ônibus vindos da capital e de diversos pontos do RS chegaram à cidade trazendo mulheres para tornarem a região o alvo de discussões sobre o fim da impunidade relacionada aos crimes de violência na fronteira.

Desde a manhã do sábado, com a caminhada Binacional, que se iniciou no Brasil e foi até o Uruguai - passando por várias ruas de Rivera, cresceu a visibilidade do movimento unificado das mulheres. A população local foi esclarecida por meio de panfletos - redigidos nas duas línguas: Português e Espanhol - que explicitavam os principais eixos das lutas das mulheres.
- Soberania Alimentar - fim da monocultura e defesa do bioma Pampa
- Igualdade salarial entre homens e mulheres
- Pelo fim da violência contra as mulheres e pela criação de um protocolo conjunto de extradição em regiões de fronteira do Brasil com os demais países do Cone Sul, a fim de garantir o fim da impunidade

Na tarde de sábado, mais de dez Oficinas de Formação e de Debate sobre diversos temas como Economia Solidária, Cooperativismo, Consumo Consciente, Saúde da Mulher, Aborto, Direitos da Mulher, Lesbianidade, Feminismo, troca de experiências sobre a aplicação da Lei Maria da Penha e outras atividades tiveram na Escola Rivadávia Correa a participação maciça de centenas de companheiras.
No domingo, dia 8 de março, realizou-se a Assembléia Geral das Mulheres e o Lançamento da Frente Nacional pela Legalização do Aborto, tendo como palco o lado uruguaio da fronteira, no Teatro Rivera, a partir das 10 horas da manhã.
Dessa assembléia, foi redigida em conjunto o documento: "Carta das Mulheres", contendo o conjunto de reivindicações dos movimentos populares e das Centrais Sindicais presentes. Depois desse momento, a Marcha das Mulheres seguiu até
o Parque Internacional, que marca a fronteira entre os dois países, onde foi realizado o Ato de leitura do documento.

Postado por Cristina Lemos - confira mais materiais no http://mulheresindicalista.blogspot.com/
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sábado, 7 de março de 2009

ATIVIDADES DOS DIAS 7 E 8 de Março em Livramento

ATIVIDADES DOS DIAS 7 E 8 de Março em S. do LIVRAMENTO/RIVERA DIA 07/03:

HORA ATIVIDADE
8:00 Chegada das Caravanas de vários lugares
10:00 Concentração no Parque Internacional da VI Marcha Binacional das Mulheres ;
10:30 Marcha por Livramento e Rivera
14:00 a 18:00 Oficinas autogestionárias -das 14 às 16:30- Escola Estadual Rivadâvia Corrêa – Rua dos Andradas, 797
17 Marcha Mundial das Mulheres: Plenária da MMM Internacional e discussão dos eixos da atividade e preparação para a Ação de 2010.
19:00 Feira de Economia Popular Solidária (Parque Internacional)
20:00 Vigília (Parque Internacional

Mesa Tema Proponentes e Local
1 Mulheres na luta contra o imperialismo e pela paz- Em defesa do Povo Palestino. CEBRAPAZ/SEMAPI y MMM (Escola Rivadavia Correia) 14:30 hrs
2 “Saúde e Gênero”.“O que é Violencia contra às Mulheres”. Grupo Hospitalar Conceição-ANEPS-Set.Mul.PT-Maria Mulher-Sindsaúde- Movimientos de Usuarios de la salud, Uruguay. Esc. Rivadavia Corrêa de 14:00 a 16:00
3 “Economía Solidária na Prevenção à Violência”. CEPPIR/ GHC - Lua Nova/ Guayí - Comisión Departamental de lucha contra la V/D (14:30 a 17 y 30 hrs)
4 Atividade de Auto-organização. Sindiagua (Escola Rivadavia Correa) 17 às 19
5 “Hábitos de consumo como fator de Soberania Alimentar”. Semapi- coletivo Desenvolvimento Sutentável. Colegio Rivadavia Correa. 14:30
6 “Lesbianidade Feminista: Uma ferramenta de fortalecimento de mulheres Lésbicas como Sujeito Político” Liga Brasileira de Lésbicas, Sintrajufe Marcha Mundial das Mulheres. 14 às 16 hs. Salón de actos del Colegio RC.
7 “Igualdade Salarial” Comissão de Mujeres da CCSCS – DIESSE. Esc.Rivadavia Corrêa. 15hs
8 Aborto” el caso Uruguay reciente - Lanzamiento de la campaña para la despenalización del aborto ( Brasil)- “Acciones institucionales en el marco jurídico vigente en Uruguay - Iniciativas Sanitarias” CNS mujeres, MYSU - Marcha Mundial de Mujeres – INMUJERES. IS (15:30-17:30, Salón de actos Colegio RC, Livramento)
9 “Participação das mulheres na política” Comissão de Gênero, Sen.Margarita Percovich (Uruguay) e Dep. Est. Stela Farias (RS). Sala Cultural 14 às 16
10 “Mulheres contra a crise, em defesa do trabalho e soberania nacional” CTB-RS (Escola Rivadavia Correia hr.15)
11 “Mulheres, meio ambiente e saúde: de vítimas a defensoras” APA-Ibirapuitã -Sala Cultural Livramento 17 a 18 hrs.
12 Saúde da Mulher Prefeitura Municipal – Câmara de Vereadores – 10h

DOMINGO 8 DE MARÇO
HORA ATIVIDADES
8:00 Chegada das delegações.
9:30 Lançamento da “Frente Nacional contra a criminalizaçâo das mulheres e pela legalização do aborto”. Entidades de Rio Grande do Sul e nacionais.( Brasil)
10:30 Assembléia das Mulheres e elaboração da “Carta das Mulheres do Cone Sul” Teatro Rivera
10h Oficina de Pintura – Prefeitura Municipal – Parque Internacional – Cely de Almeida
13:00 Ato Central no Parque Internacional: “UM OUTRO MERCOSUL È POSSIVEL”

quinta-feira, 5 de março de 2009

Nota de solidariedade da Marcha mundial ao CISAM

Magnífico Reitor da Universidade de Pernambuco.

Prof. Carlos Calado

Prezado Senhor,

Nesta semana mais uma vez nos indignamos com a violência sofrida por uma menina de 9 anos abusada sexualmente desde os 6 anos(segundo relato da imprensa). Uma criança com uma infância marcada pelo abuso sexual que resultou em uma gravidez indesejada.

Nos solidarizamos com a direção do CISAM e a equipe de atenção à saúde, em especial com os médicos Prof.Olimpio Moraes e Dr. Sergio Cabral, que tiveram coragem e ética para fazer respeitar o direito desta menina de interromper esta gravidez, que se levada adiante seria uma violência a mais na vida desta menina.

Repudiamos com veemência a atitude da Igreja Católica (Arquidiocese de Olinda) que mais uma vez, usa seus métodos violentos de ameaçar, difamar e tentar penalizar as mulheres e aqueles que as apóiam no seu soberano direito de decidir por sua vida e exercer seus direitos.

Esta igreja ao invés de condenar as pessoas que acolheram e apoiaram esta menina e a família, deveria sim prestar sua solidariedade, denunciar a pedofilia e o estupro, crimes que parecem não incomodar muito esta igreja. O que vale para estes senhores é a vida abstrata produto de um estupro que esta menina carregava no ventre, não porque defendam a vida, mas porque defendem radicalmente seus valores: conservadores, autoritários e hipócritas que tentam a todo custo impor para toda sociedade, num fragrante desrespeito a democracia, a pluralidade e os direitos e a autonomia das mulheres.

A vida desta menina vitima desta violência brutal, para eles, parece mesmo que não vale nada.

O que esta menina precisa agora é ser acolhida, assistida em suas necessidades para ainda desfrutar o seu direito de ser criança. Ser Mãe? Ela tem toda uma vida para decidir se quer ou não ser mãe.

A Ação deste centro e demais entidades que apoiaram neste caso fortalece a nossa luta por uma sociedade justa onde todas as mulheres tenham autodeterminação.

“Nenhuma mulher deve ser humilhada perseguida ou condenada por praticar um aborto”

Marcha Mundial das Mulheres.

segunda-feira, 2 de março de 2009

8 de março: Dia Internacional das Mulheres de Luta


8 de março: Dia Internacional das Mulheres de Luta
*Analine Specht

“As feministas burguesas demandam igualdade de direitos sempre e em qualquer lugar. As mulheres trabalhadoras respondem: demandamos direitos para todos os cidadãos, homens e mulheres, mas nós não somos somente mulheres e trabalhadoras, também somos mães; E como mães, como mulheres que teremos filhos no futuro, demandamos um cuidado especial do governo, proteção especial do Estado e da sociedade.” Alexandra Kolontai**

Pensar no 8 de março, Dia Internacional da Mulher nos remete à compreender a luta histórica das mulheres socialistas. A história mostra que a construção de uma data de demarcação e mobilização, de lutas e de conquistas das mulheres tem sua primeira referência na II Conferência Internacional das Mulheres Socialistas, realizada na Dinamarca, em 1910, a partir da proposta da revolucionária russa Clara Zetkin, apresentando a resolução de instaurar oficialmente um Dia Internacional das Mulheres.

O Dia Internacional das Mulheres, ao contrário do que o senso comum tenta fazer crer, está intrinsecamente vinculado a ação e mobilização das mulheres de esquerda, especialmente das mulheres socialistas.

Foi a partir da ação política das operárias sufragistas norte americanas, que em 3 de maio de 1908 é proposto o “Woman’s Day” (Dia da Mulher), reivindicando igualdade econômica e política para as mulheres, denunciando a exploração e a opressão das mulheres e pautando especialmente o direito ao voto. Posteriormente o ”Woman’s Day”, ainda sem uma data fixa, ganhou adesão e se expandiu para além das mobilizações sindicais e das mulheres operárias, passando a ser promovido pelos Partidos Socialistas e Comunistas.

Em 1914 o Dia Internacional da Mulher foi comemorado pela primeira vez no 8 de março, sendo a data escolhida por praticidade apenas, sem nenhuma referência maior. A definição do 8 de março tem uma importante relação, também, com a atuação das operárias russas que preparavam a revolução de 1917, com a realização de uma ação política em 23 de fevereiro pelo calendário russo ou 8 de março pelo calendário gregoriano.

Consta que na Conferência Internacional das Mulheres Comunistas em 1921 "uma camarada búlgara propõe o 8 de março como data oficial do dia internacional da mulher, lembrando a iniciativa das mulheres russas". (textos SOF). O Dia Internacional da Mulher passa a ser celebrado oficialmente em 1922.

Outro fato atribuído ao 8 de março é o incêndio numa fábrica têxtil em 1857 em Nova Iorque, que teria levado a morte de 129 operárias. Sobre este fato não existem referências concretas, entretanto, este episódio não é descartado, pois muitas são as ligações entre as ações e movimentos das mulheres norte americanas de esquerda e a construção do Dia Internacional da Mulher.

Nesse sentido, é fundamental compreender e considerar o processo histórico que culminou com a constituição do Dia Internacional da Mulher, não pautando o mesmo apenas por um fato em determinado momento da história. É Imprescindível analisar que desde o século XIX as mulheres socialistas já denunciam as condições de opressão e de exploração do sistema capitalista patriarcal, já reivindicam o direito a igualdade econômica, política e social.

Hoje em pleno século XXI as bandeiras de luta das mulheres socialistas feministas ainda estão centradas na luta pela superação do sistema capitalista patriarcal, denunciando as mesmas condições de exploração e opressão, só que agora exercidas com novos instrumentos e de forma muito mais violenta. No século XXI para além da exploração do trabalho das mulheres vivemos uma realidade em que a vida e o corpo das mulheres são meras mercadorias, em que a opressão ocorre por meios subjetivos, imateriais que formam a lógica do senso comum da sociedade capitalista.

Os desafios e as lutas das mulheres do século XXI são mais complexos, todavia, hoje contam com uma forte atuação política de novos movimentos sociais. Se no contexto do início do século passado as participação e visibilidade das mulheres ocorria pelos partidos socialistas e comunistas e pelo movimento das operárias, hoje existem várias organização feministas, movimentos altermundistas como a Marcha Mundial das Mulheres.

Recuperar a história e o verdadeiro protagonismo no processo de construção do Dia Internacional da Mulher é de fundamental importância, pois ao longo dos anos o capitalismo patriarcal conservador foi se apropriando desta data como o objetivo de anular o sentido político do 8 de março, buuscando transformar esse dia de luta em mais uma data “comercial”.

Para isso o sistema promove o “Dia da Mulher” como promove o " dia da criança" ou o "Natal", u seja, como se os antagonismos de classe e a exploração das mulheres não tivessem nenhuma importância. Assim sugerem flores e presentes às mulheres (consumidoras) e parabenizam o fato de "ser mulher", conformando um senso comum rasteiro e superficial.

O mesmo senso comum despolitizado que enaltecem as mulheres (porque nasceram com este sexo e não pelo que representam como proposta política), como Yeda Crusius, Mônica Leal, Martha Medeiros, Lya Luft, Rita Camata, Mirian Leitão, Hillary Clinton, Angela Merkel, Condoleezza Raise entre muitas outras que se notabilizam por representar politicamente o conservadorismo neoliberal que condena na atualidade milhares de mulheres trabalhadoras à miséria.

Em sua ação política, sequer conseguem ter uma vaga compreensão do que seja opressão e exploração de gênero, pois são produtos do sistema, que apenas reproduzem a sua lógica burguesa, ocidental, racista, xenófoba e maschista. Mulheres como estas envergonham as verdadeiras mulheres de luta.

Por isso neste 8 de março de 2009, devemos saudar as grandes mulheres que fizeram e fazem a história, que contribuíram e contribuem cotidianamente para transformação social, que lutaram e lutam por uma sociedade realmente emancipada, ou seja, socialista.

Saudemos o exemplo de luta de mulheres como Rosa Luxemburgo, Alexandra Kolontai, Frida Kahlo, Simone de Beuvoir, Patrícia Galvão, Anita Malfati, Tarsila do Amaral, Gertrudis Gómez de Avellaneda y Arteaga, Ana Betancourt Agramonte. Bertolina Sisa, entre outras que fizeram a história, que não se calaram e continuam a nos inspirar.

Saudemos a Maria da Penha, Dilma Rouseff, Rosa Guillen, Marilena Chauí, Renée Coté, Nalu Farias, Rejane Oliveira, Rigoberta Menchú, Luiziane Lins entre muitas outras que fazem do cotidiano o espaço de lutas.

Saudemos a todas as trabalhadoras socialistas assalariadas, servidoras públicas, trabalhadoras autogestionárias da Economia Solidária e as militantes, todas mulheres fortes e de luta que enfrentam duplas, triplas jornadas e não abandonam as trincheiras da ação política ideológica.
Saudações feministas às mulheres de luta!

*militante da Marcha Mundial das Mulheres RS e Rede Economia e Feminismo RS
** fragmento do artigo fragmento do artigo “8 de marzo de 1913, o Dia da Mulher” publicado em 17 de fevereiro de 1913, disponível em http://www.kaosenlared.net/noticia/8-marzo-1913-dia-mujer

Referências:
- 8 de março Dia Internacional da Mulher: em busca da memória perdida – SOF, disponível em http://www.sof.org.br/