Mais de 30 mil mulheres já chegaram na Cidade das Margaridas! Agora, no ato político de abertura oficial da Marcha das Margaridas, contamos com o salão de eventos lotado. Muita emoção com a presença de todas as lideranças dos movimentos e entidades. Testemunhos e a voz das mulheres emocionam ainda mais. Brasilia está florida, somos todas Margaridas!
terça-feira, 16 de agosto de 2011
Ato de abertura da Marcha das Margaridas
Mais de 30 mil mulheres já chegaram na Cidade das Margaridas! Agora, no ato político de abertura oficial da Marcha das Margaridas, contamos com o salão de eventos lotado. Muita emoção com a presença de todas as lideranças dos movimentos e entidades. Testemunhos e a voz das mulheres emocionam ainda mais. Brasilia está florida, somos todas Margaridas!
Brasilia está florida, são as gaúchas na Marcha das Margaridas
Mais de 10 mil mulheres já chegaram a Cidade das Margaridas e não param de chegar. A expectativa é que mais de 70 mil mulheres cheguem e tragam sua plataforma de lutas.
A delegação gaúcha está fazendo bonito!
Aconteceu a abertura política e agora estamos nas oficinas.
Fatima Guedes, pela Marcha Mundial das Mulheres, na oficina 6 educação não sexista, sexualidade e violência - faz uma retrospecctiva histórica da opressão sexista que as mulheres serão vitimas - explicando que esta construção social, passa de filha pra filha. Citando Saramago, resgata sua critica a interferencia religiosa. Que as mulheres tem que ser "virtuosas" para ter valor.
Na oficina contamos com a participação de mais de 200 mulheres de diversas partes do País.
todas já passaram ou conhecem alguma situação de violência e que o trauma da violência permanece pela vida toda.
Aguardem que vamos divulgando mais noticias na sequencia......
sábado, 13 de agosto de 2011
MARCHA DAS MARGARIDAS 2011

Vamos dar notícias todos os dias!
Participe da Marcha das Margaridas
Veja a chamada geral da Marcha das Margaridas:
http://www.youtube.com/watch?v=OBlHJ-uRKAQ
Quem foi Margarida Alves?
A marcha das mulheres trabalhadoras rurais recebeu o nome de MARCHA DAS MARGARIDAS em homenagem à ex-líder sindical, Margarida Maria Alves. Ela foi assassinada em 1983, na porta de sua casa, por latifundiários do Grupo Várzea, na cidade de Alagoa Grande, Paraíba.
Margarida Maria Alves era Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande, na Paraíba, e fundadora do Centro de Educação e Cultura do Trabalhador Rural. Ela obteve grande destaque na região por incentivar os trabalhadores rurais a buscarem na Justiça a garantia dos seus direitos protegidos pela legislação trabalhista. Promovia campanhas de conscientização com grande repercussão junto aos trabalhadores rurais que, assistidos pelo Sindicato, moviam ações na Justiça do Trabalho, para o cumprimento dos direitos trabalhistas, como carteira de trabalho assinada, 13º salário e férias.
Exemplo de luta e coragem
À época do assassinato de Margarida Alves, foram movidas 73 reclamações trabalhistas contra engenhos e a Usina Tanques. Um fato inusitado, em função da então incipiente democracia brasileira, e que gerou grande repercussão. Em conseqüência disso, Margarida Alves passou a receber diversas ameaças. Eram “recomendações” para que ela parasse de criar “caso” e deixasse de atuar no Sindicato dos Trabalhadores Rurais.
A despeito disso, Margarida Alves não escondia que recebia outras ameaças. Pelo contrário, tornava-as públicas, fazendo questão de respondê-las. Um dia antes de morrer, Margarida Alves participou de um evento público, no qual falou dos recados que vinha recebendo. Em seu último discurso, registrado em fita cassete, Margarida denunciou as ameaças que vinha sofrendo e disse que preferiria morrer lutando a morrer de fome.
Margarida se tornou um símbolo de força, de garra, de coragem, de resistência e luta. Um exemplo e um estímulo com grande força mobilizadora. Cada mulher trabalhadora rural se inspira em Margarida Alves para resistir, lutar contra as formas de discriminação e violência no campo, qualificar, mobilizar e participar das lutas por igualdade de gênero, por justiça e paz no campo.
O espírito de luta em defesa dos trabalhadores e trabalhadoras rurais encontrado em Margarida foi o principal motivo de seu assassinato. Margarida não morreu, suas pétalas se espalharam e florescem a cada dia, se multiplicando num imenso jardim.
sexta-feira, 5 de agosto de 2011
Cinco anos da Lei Maria da Penha

por Sirlanda Selau*
A Lei Maria da Penha teve o condão de trazer ao espaço dos interesses públicos, a realidade trágica, que milhares de brasileiras estão submetidas. A violência doméstica, aquela que de dá no âmbito das relações de afeto e no seio do espaço acolhedor dos lares, foi descortinada, e este foi o grande passo a frente, dado com aprovação da Lei: transitar da invisibilidade para a atenção da coletividade.
Verifica-se, pois, que a violência sexista, tem alcance que não se restringe a manifestação da violência na forma física, mas que compõem um paradigma comum, que é cristalizado, pela hierarquização e valorização distinta entre os gêneros. De tal forma, que é possível afirmar, que são nas desigualdades socialmente construídas que se ampara o fundamento material, para o exercício da violência. Este construído como componente natural, das relações de poder hierarquizadas entre homens e mulheres.
A recente legislação que trata da violência doméstica torna-se marco jurídico, pois rompe certa medida, a invisibilidade sobre a realidade da violência, e desafio as estruturas jurídicas, quando pressupõe seu alcance por searas diversas no âmbito do direito. Consolidando no ordenamento nacional uma concepção que traz ao interesse do direito e ao espaço dos interesses públicos, uma situação que historicamente foi tratado como interesse das relações privadas[1].
Neste sentido, a recepção da Lei Maria da penha, no ordenamento jurídico nacional, fundamentada nas diretrizes constitucionais, na ratificação do Brasil a “Convenção de Belém do Pará” [2] e impulsionada pela mobilização dos movimentos feministas e de mulheres no Brasil, absorve no âmbito normativo instrumentos direcionados a uma realidade até então velada e relegada como destino individual das mulheres[3].
Pesquisas recentes de monitoramento da aplicação da Lei Maria da Penha, indicam que há um reconhecimento da população quanto às sanções cabíveis contra os atos de violência contra mulher. Outrossim, deste período de cinco anos de aplicação da Lei, depreende-se que é através da determinação de medidas protetivas e de urgência, que a Maria da Penha obtém maior eficácia. Dito de outro modo, as medidas determinadas pelo judiciário, diante das situações concretas de manifestação da violência, são capazes de romper a violação que a mulher que recorre à justiça está sofrendo.
Embora colocadas a prova, e tendo dado respostas efetivas, nos piores momentos em que as mulheres que vivem sob a égide da violência familiar necessitam a atuação judicializada, para o tratamento da violência, sempre incidirá sobre o problema quando ele já se efetivou. Logo, quando o processo de violência doméstica já atingiu seu ápice, restando ao poder judiciário intervir, mediar e fazer cessar a violação.
Neste sentido e como já dissemos em outro momento, o enfrentamento desta forma específica de violência, não se encerra com a existência de uma previsão e sanção legal. Sendo que as sanções trazidas pela Lei Maria da Penha, devem ser compreendidas como mais um instrumento no combate a violência contra a mulher.
Decorre disso, que se constata um momento do desenvolvimento dos ciclos de violência domestica, que devem ser tratados com atenção, cabendo ao Estado integrar seu enfrentamento com políticas públicas. Tais políticas devem ter a pretensão de evitar que a violência ocorra, seguindo as diretrizes que a própria Lei Maria da Penha determina como atuação do poder executivo.
Deste modo, se avançamos, e podemos afirmar que avançamos nestes cinco anos de vigência da Lei Maria da Penha: superando os críticos da sua constitucionalidade; se através dela estamos construindo uma nova cultura jurídica no trato e tutela das vitimas da violência; se identificamos o reconhecimento desta violência que era naturalizada e invisibilizada pelo conjunto da sociedade; se de forma inequívoca, verificamos sua eficácia pela mão dos tribunais. Agora o momento é dar mais passos a frente, fazendo com que se promovam políticas publicas de Estado, no sentido de agir na causa, visto que as consequencias, já estamos enfrentando de forma efetiva.
[1] “A violência sexista tem suas bases na existência de relações desiguais entre homens e mulheres. São sustentadas pela construção social do ser mulher como gênero feminino inferior ao ser homem como gênero masculino. Como decorrência dessas relações desiguais de gênero, todas as mulheres estão sujeitas a esse tipo de violência. [...] O feminismo foi quem trouxe para o espaço publico o tema da violência como um problema político a ser enfrentado pelo conjunto da sociedade, tirando do lugar em que era antes colocado, na intimidade do lar. Isso contribuiu para a desnaturalizaçao, e denunciou a situação de constante alerta na qual as mulheres vivem enquanto permanece a violência”. Publicação Marcha Mundial das Mulheres. Caderno I. SP: Junho de 2008. Pg. 46.
[2] Cf. PIOVESAN. Temas de Direitos Humanos. Ed: Max Limonad: SP, 1998. Piovesan... “A Convenção de Belém do Pará é o primeiro instrumento internacional de proteção dos direitos humanos a reconhecer de forma enfática, a violência contra a mulher como um fenômeno generalizado, que alcança, sem distinção de raça, classe, religião, idade ou qualquer outra condição, um elevado numero de mulheres. A convenção afirma que a violência contra a mulher constitui grave violação aos direitos humanos e ofensa a dignidade humana, sendo manifestação de relações de poder historicamente desiguais entre homens e mulheres”.
[3] Cf. GARCIA, Manuel Calvo. Do direito regulativo à luta contra a violência de gênero. Porto Alegre: Dom Quixote, 2007. Pg. 59. Garcia...” A violência familiar e de gênero não foi contemplada como objeto especifico de intervenção por parte do Direito até datas muito recentes. Obviamente, isso não quer dizer que seja um fenômeno novo em nossas sociedades. Ao contrário, existe ‘desde sempre’. Contudo, não era percebida pelo sistema jurídico como um problema social - escondendo-se através do véu do ‘privado’ e do ‘íntimo’, e em conseqüência disso, evitava-se a intervenção jurídica em relação a fatos claramente merecedores de recriminação social e jurídica – porque contrários a direitos fundamentais de igualdade e à dignidade das pessoas”.
quinta-feira, 4 de agosto de 2011
Seminario O Morro é Nosso!

O Movimento em Defesa do Morro Santa Teresa convida para o Seminário "O Morro é Nosso - Um Projeto para o Morro Santa Teresa", dias 5 e 6 de agosto, no SENGE.
Nosso objetivo é promover um diálogo com a sociedade e as comunidades da área da Fase no Morro Santa Teresa. Queremos promover a formação dos indivíduos envolvidos, construir um processo que com base nas raízes da comunidade, na história e no imaginário do lugar, se possa planejar a melhor forma de intervenção neste território.
As secretarias de estado serão convidadas a colocar as suas estratégias em relação à área para construção de diretrizes preliminares. Além disso, pretendemos mobilizar a sociedade, as universidades e as entidades sindicais, ambientais e sociais para a busca de critérios para um projeto, metodologia e implantação no morro.
Objetivos
- Captar os dados existentes sobre a área;
- Reunir os diferentes atores relacionados;
- Apresentar outras iniciativas de regularização fundiária, parques públicos e urbanizações existentes no país e no mundo;
- Envolver, motivar e fortalecer a participação das comunidades que hoje ocupam a área;
- Buscar critérios sócio-ambientais de ocupação do território;
- Identificar os valores da comunidade, suas referências sociais, culturais, religiosas; - Criar uma nova forma de intervir no território;
- Iniciar um processo participativo e criar uma metodologia para elaboração coletiva de um projeto para o Morro Santa Tereza.
Programação:
Dia 5 de agosto (Sexta-feira)
19h30 - Morro Santa Teresa - O histórico de uma luta
- Apresentação do Movimento em Defesa do Morro Santa Teresa e das Associações de Moradores das comunidades que ocupam a área.
- Apresentação dos Secretários estaduais da Habitação, Meio Ambiente e Justiça e Direitos Humanos.
Dia 6 de agosto (Sábado)
8h às 9h - Credenciamento
9h às 12h - A construção de um projeto - Regularização e urbanização, Parque ambiental e descentralização da Fase
Painelistas:
- Betânia de Moraes Alfonsin (Professora do Curso de Direito - PUC/RS
Doutora em Planejamento Urbano e Regional - IPPUR/RJ)
- Beth Arruda (Presidente da Afufe - Associação dos Funcionários da Fase)
- Representante da Fundação Zoobotânica do RS (FZB)
- João Farias Rovati (Coordenação do Programa de Pós-graduação UFRGS/RS
Doutor em Projeto Arquitetônico e Urbanístico - Universite de Paris VIII/França)
- Representante das Associações de Moradores do morro
12h às 13h30 - Almoço
13h30 às 15h30 - Grupos de Trabalho
16h às 17h - Plenária (apresentação das propostas dos grupos, debate e encaminhamentos).
Dia 7 de agosto (Domingo)
9h30 - Caminhada orientada no Morro Santa Teresa
Foto: Eduardo Seidl
Contato: Katia Marko - (51) 8191.7903
segunda-feira, 1 de agosto de 2011
#BoicoteDuloren e sua propaganda com Bolsonaro

Nós, do Eleições Homofobia Já Era, entendemos que todas as empresas devem ter responsabilidade ao vincular sua imagem a conteúdos que possam ser ofensivos a um ou vários grupos sociais. Isso faz parte da tão falada responsabiliade social que tanto se persegue atualmente.
Quando falamos vários grupos sociais, entendemos que não somente LGBT’s serão atacados, difamados e ofendidos por este parlamentar e que já noticiamos várias vezes em tal publicidade. As mulheres também são alvo e suas agressões. Você mulher ou que tem esposa/namorada/mãe/irmã/amiga/cunhada/etc gostaria de usar ou que alguém usasse uma marca cujo garoto propaganda tem estas atitudes, fora os casos de racismo e homofobia:
Bolsonaro bate boca com Maria do Rosário
http://www.youtube.com/watch?v=atKHN_irOsQ&feature=player_embedded
Bolsonaro bate boca com Marinor Brito
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=EnzoDJsCOHU
Bolsonaro e seu preconceito no CQC
http://www.youtube.com/watch?v=l3m4nhtxLl4&feature=player_embedded
Por estes motivos, repudiamos a atitude da Duloren Brasil em fazer uso da imagem de uma figura que simboliza a homofobia, o machismo, o racismo, a misoginia, o sexismo e que, ao invés de ser repudiada, está sendo “glorificada”.
Proteste você também twittando a tag #BoicoteDuloren, divulgando estas informações e usando os canais de contatos da empresa:
Contato do site: http://www.duloren.com.br/#/contato/
Facebook da empresa: http://www.facebook.com/duloren
Twitter da empresa: http://twitter.com/DulorenBrasil
O combate ao preconceito tem que ser levado a sério ao invés de ser alvo de piada e desdém em peça publicitária. Flertou-se com o extremismo na Europa e este fez 77 vítimas da Noruega. Não queremos que este flerte resulte em mais legitimação da violência em território brasileiro.
Aviso: a imagem usada no evento não é a
Leia Mais Em: http://www.eleicoeshoje.com.br/campanha-boicoteduloren/#ixzz1TXMim92g
¹ Bolsonaro diz que aceita fazer propaganda de lingerie para reforçar a imagem contra "kit gay": http://oglobo.globo.com/pa is/mat/2011/07/28/bolsonaro-diz-que-aceita-fazer-pro paganda-de-lingerie-para-reforcar-imagem-contra-kit-gay-924999076.asp
² Tweet da Duloren afirmando que não é uma empresa homofóbica:https://twitter.com/#!/dulorenbrasil/status/96964463449735168