segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Encontro internacional da MMM: 1º dia 34 países, 80 mulheres, um só ideal!



Publicada em: 21.11.2011

Fonte: MMM


Hoje, dia 21 de novembro, se deu início ao Encontro internacional da Marcha que está acontecendo em Manila, Filipinas.

Como não podia deixar ser, o Encontro começou com toda a alegria e irreverência característica da MMM em todo o país. Com uma mística
envolvendo todos os países e territórios aqui presentes, e os elementos essenciais para a nossa vida (fogo, água, terra e ar), nos
sentimos ainda mais próximas e conectadas.

Antes de iniciar a pauta do dia, fomos presenteadas com uma belíssima apresentação de um grupo contemporâneo típico das Filipinas, com
música, batuques, danças e muita alegria.

Pronto, depois de muita integração e apresentação, estávamos prontas para dar início à pauta do dia.

Iniciando a jornada, a integrante do Comitê Internacional, Miriam Nobre, contextualizou o momento em que vivemos apontando algumas
diretrizes de atuação da MMM neste contexto.

Vivemos em um momento de crise, para muitas não é uma simples crise cíclica do capitalismo, é uma crise social, histórica, civilizatória.
Para outras, as mulheres vivem essas crises há séculos.

Depois de muito debate, apareceram quatro pontos gerais que fazem parte de nossa estratégia neste momento histórico:

1- Ser um movimento enraizado nas lutas locais com relações e estratégias internacionais.

2- Articulação das lutas em pontos comum, relacionados aos quatros eixos da Ação de 2010;

3- Construir experiências democráticas de auto-organização, de forma coletiva, onde todas possam contribuir.

4- Construção de alianças capazes de fortalecer a luta feminista em todos os espaços.

O dia terminou com uma “Noite da Solidariedade” onde cada país pode compartilhar um pouco de sua cultura. Nós, do Brasil, fizemos uma
pequena amostra da irreverência de nossa Batucada, que encantou a todas.

Você que está lendo este texto, não se esqueça de levar em consideração que aqui nas Filipinas são 10 horas a mais que no Brasil,
por isso, pode haver alguma confusão nas datas das postagens.

8º Encontro Internacional da Marcha Mundial das Mulheres – Filipinas, 20 a 25/11/2011

16/11/2011 por

(Adital) De 20 a 25 de novembro, mulheres de mais de 30 países estarão reunidas na Cidade Quezon, Filipinas, para o 8º Encontro Internacional da Marcha Mundial das Mulheres (MMM). Realizado a cada dois ou três anos, o encontro tem o objetivo de avaliar ações e desenhar linhas de trabalho para os anos seguintes, além de fortalecer o movimento.

Este ano, entre os temas em pauta estará a discussão sobre o contexto socioeconômico e político mundial, pois é a partir dele que a Marcha planeja suas ações. “A crise econômica só será terminal se a gente tiver alternativas. Vemos formas de organização em acampamentos, principalmente nos países no Norte, mas a gente tem que debater que tipo de movimento é necessário para o atual momento e o que a MMM pode fazer”, explica Miriam Nobre, coordenadora do Secretariado Internacional da Marcha.

Está disponível, no site da Marcha, um texto que subsidiará o debate no 8º Encontro Internacional.

Para a marcha, o fundamental é avaliar como essa conjuntura repercute na vida das mulheres em todo o mundo, com ataques de setores ultraconservadores aos direitos civis, sexuais e reprodutivos, reforçados pela mídia, que, na opinião do movimento, fortalece a ofensiva contra as mulheres.

“Apesar da existência de várias leis contra a violência de gênero, temos testemunhado a intensificação da violência contra as mulheres, expressa no feminicídio. Em particular, temos notado em todos os continentes o aumento de violência contra mulheres (e as suas famílias) que estão ativas em movimentos sociais. Esta situação também se reflete na violação e perseguição de mulheres, particularmente no contexto de militarização”, assinala o texto.

Outro objetivo do evento, segundo Míriam, é pensar a organização interna. “A gente quer garantir uma estrutura flexível, a mais horizontal e democrática possível. Temos que rever estatuto e regras de funcionamento. Será iniciado processo para eleger o Comitê Internacional da Marcha e também para eleger Secretariado Internacional, que ainda está com o Brasil” (acesse http://www.sof.org.br/marcha/).

Veja a notícia completa: Encontro da Marcha Mundial das Mulheres faz balanço e debate linhas de atuação (Adital – 14/11/2011)

As mulheres de Apodi lutam contra o agro e hidronegócio na Chapada do Apodi



Publicada em: 21.11.2011

Fonte: MMM


Desde agosto de 2011, a Comissão de Mulheres do Sindicato de Trabalhadores e Trabalhadoras rurais do município de Apodi começou a enviar cartas endereçadas à Presidência da República, reivindicando a revogação do Decreto Nº 0-001 de 10 de Junho de 2011. Esse decreto irá desapropriar mais de 13 mil hectares de terra na região da Chapada do Apodi, expulsando, assim, mais de 150 famílias de suas casas, de suas terras e de uma história que vem sendo construída por esses trabalhadores e trabalhadoras há mais de 60 anos.

O objetivo desse projeto de desapropriação, que é coordenado pelo Departamento Nacional de Obras contra a Seca (DNOCS), é beneficiar 5 (cinco) grupos de empresários do hidronegócio, desviando as águas da Barragem de Santa Cruz do Apodi para a irrigação. O modelo de irrigação na região tem demonstrado seus efeitos devastadores. Em Baraúna, inclusive a água já se encontra contaminada com veneno usado nas plantações e as terras se encontram sem condições para produzir. No Vale do Assú, as empresas do agronegócio colocaram as mulheres para realizar tarefas que anteriormente eram realizadas por animais. Em seus plantios, não disponibilizam água potável, nem banheiros.

Na divisão do trabalho doméstico são as mulheres as responsáveis por buscar água para o consumo da família. Uma vez que essa água se contamine, as mulheres terão que voltar ao tempo e serão obrigadas a buscar águas a enormes distâncias de suas casas tanto para beber como para cozinhar, pois a forma das empresas produzirem é sugando e contaminando a água. Além disso, a pulverização aérea, tão comum no agronegócio, contaminará a terra, a água, o ar e mesmo o organismo das pessoas, uma vez que estas estarão respirando o mesmo ar enevenenado utilizado para matar os insetos que, em uma plantação tradicional se tornam pragas, já que a natureza perde a capacidade de manter o equilíbrio.

Dito isto, queremos pedir a solidariedade de todos e todas que desejam construir um mundo igual para homens e mulheres, trabalhadores e trabalhadoras do campo ou da cidade para juntar-se a nós na luta contra esse projeto de morte da natureza, dos nossos sonhos e dos próprios seres humanos.

Neste primeiro momento, é importante o envio de manifestações contrárias a este projeto, diretamente para a presidência da república (Secretaria-Geral da Presidência da República: sg@planalto.gov.br)

Nas próximas semanas enviaremos mais informações sobre como se engajar nesta luta.


Marcha Mundial das Mulheres

Flashmob com batucada pelo fim da violência contra as mulheres

Nesta sexta-feira,dia 25 de novembro, às 11 horas, no Largo Glênio Peres, centro de Porto Alegre/RS, será realizado o Flashmob com batucada pelo Fim da Violência contra Mulheres. Esta ação integra, na capital gaúcha, a 21ª Campanha Internacional denominada 16 dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra as Mulheres.

A organização do evento é uma ação conjunta da Campanha Ponto Final na Violência contra Mulheres e Meninas, Rede Feminista de Saúde, Coletivo Feminino Plural, Fórum Municipal da Mulher de Porto Alegre e tem o apoio das Blogueiras Feministas. O ativismo também está integrado ao Chamado à Ação da Rede de Saúde das Mulheres Latinoamericanas e do Caribe – RSMLAC focado nesta data - 25 de Novembro, Dia Internacional da Não-Violência contra as Mulheres - que defende o “direito das mulheres viver livre da violência”.

O objetivo do flashmob é apresentar uma performance que chame a atenção das pessoas que estiverem circulando pelo Largo Glênio Peres e mostre como a violência contra a mulher afeta toda a sociedade. A idéia, segundo a blogueira Ana Rita Dutra, é trabalhar uma coreografia base com 15 mulheres e convidar outras pessoas para comparecerem ao local agendado e se integrarem à performance. De acordo com Ana Rita, o chamamento para esta atividade vem sendo feita através das redes sociais e a adesão já contabiliza significativo número de pessoas.

A atividade já conquistou apoio das camunidades do Morro da Polícia, São José, Morro da Cruz, Campo da Tuca, das baterias do Tucurutá, Filhos da Candinha, Acadêmicos da Orgia, do grupo de dança Afrosul/Odomodê e do blog Baticumbum. Hoje, às 16 horas, é dia de ensaio geral na ACOVISMI, Avenida João Morales, 41, Morro da Polícia. Como chegar: Ônibus Alameda, saindo da Avenida Salgado Filho - Centro de Porto Alegre.

A coreografia conta com o apoio da performer Carinha Sehn e grupos de mulheres das organizações que participam das atividades da Campanha Ponto Final estão confeccionando máscaras e outros materiais que serão utilizados no Flashmob. "Queremos que cada vez mais pessoas, homens, mulheres, adolescentes se integrem a essa mobilização", conclama Ana Rita.

Flashmob é uma aglomeração instantânea de pessoas, em um local público para realizar uma ação previamente organizada. Mais informações, escreva para: coletivofemininoplural@gmail.com

sábado, 19 de novembro de 2011

Chamada Blogagem Coletiva: Dia da Consciência Negra

Imagem de divulgação do Dia da Consciência Negra em Olinda - PE. Arte: Anizio Silva/Pref.Olinda

Dia 20 de novembro é o Dia da Consciência Negra. Em 1971, o poeta, professor e pesquisador gaúcho Oliveira Silveira, um dos fundadores do Grupo Palmares, propôs uma data que comemorasse a tomada de consciência da comunidade negra sobre seu valor e sua contribuição no país. O dia 20 de novembro foi escolhido por ser o provável dia da morte de Zumbi dos Palmares, o último líder do Quilombo dos Palmares, assassinado em 1695.

Leia a matéria completa em:

http://blogueirasfeministas.com/2011/11/chamada-blogagem-coletiva-dia-da-consciencia-negra/


sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Nota da CUT sobre a fusão da SPM, SEPPIR, SNJ e SDH.



A Central Única dos Trabalhadores tem atuado para fortalecer a organização sindical das mulheres, dos negros e negras, e da juventude, para que esta maioria da população brasileira possa superar as desigualdades e as discriminações a que ainda é submetida em seus locais de trabalho e na sociedade em geral.
Temos como diretriz para nossas ações e construções de estratégias políticas o entendimento de que o Estado não é neutro do ponto de vista de classe, gênero e raça e que, portanto, deve investir para ampliar e colocar em prática políticas permanentes que contribuam para a melhoria das condições de vida das mulheres, da população negra e da juventude.
O real compromisso do governo brasileiro com a igualdade de gênero e raça é determinante para avançarmos em uma sociedade livre do machismo, do racismo e com igualdade de oportunidades para todos e todas. A existência de espaços institucionais para elaboração destas políticas é um patrimônio recente de nossa história, existem somente a partir da eleição de Lula, em 2002, quando elegemos um Governo democrático popular. Suas contribuições são evidentes. As desigualdades enfrentadas por estas parcelas da população, antes encaradas como questões privadas e/ou individuais, hoje são inegavelmente questões de políticas públicas, que requerem, portanto o envolvimento e intervenção de toda sociedade. A ampla difusão da Lei Maria da Penha, as cotas étnicas raciais e a elaboração do estatuto da Juventude são apenas alguns exemplos mais conhecidos de resultados da atuação destas Secretarias. Contudo, não temos ainda no Brasil políticas efetivamente prioritárias nestas questões, e muito temos que avançar.
Por isso, ao recebermos a notícia de uma possível reestruturação de ministérios na qual seriam fundidas as Secretaria Especial de Políticas para Mulheres (SPM), a Secretaria Especial de Políticas para Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR) e a Secretaria Nacional de Juventude (SNJ) e Secretaria de Direitos Humanos (SDH), todas incorporadas ao novo Ministério dos Direitos Humanos (MDH), ficamos preocupados/as já que a CUT entende que um rebaixamento de condição destas Secretarias, que hoje tem status de Ministérios, pode significar uma diluição das políticas públicas destes setores. Deve-se ter um trabalho articulado entre Ministérios e Secretarias, entretanto, uma reestruturação nestes termos implicaria no estreitamento dos espaços de implementação de políticas públicas para a igualdade, e da participação popular e finalmente a destituição da legitimidade pública das questões dos direitos das mulheres, da promoção da igualdade racial, dos direitos da juventude e dos direitos humanos,conquistados pelos movimentos sindical e sociais e reafirmados na existência e nas ações das referidas Secretarias.
Entendemos que a existência da SPM, da SEPPIR, da SNJ e da SDH, tem contribuído para os avanços das políticas de promoção de igualdade e também reivindicamos a ampliação das suas respectivas dotações orçamentárias para que o governo brasileiro possa realizar seus compromissos com a eliminação de todas as formas de desigualdades e possa avançar na construção de um país sem miséria também para as mulheres, para a população negra e para juventude.
Central Única dos Trabalhadores – CUT Brasil

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Tariq Ali em Porto Alegre, 16 de novembro


Tariq Ali debate em Porto Alegre

O escritor, jornalista e militante Tariq Ali estará na Câmara Municipal de Porto Alegre no dia 16 de novembro, às 18h30, para o debate: “de 1968 aos Indignados de 2011”
Tariq Ali (Lahore, 21 de outubro de 1943) é um ativista paquistanês, escreve periodicamente para o jornal britânico The Guardian e para a revista New Left Review. Ali nasceu e criou-se em Lahore (então, parte da Índia colonial), atual Paquistão, no seio de uma família comunista. Enquanto estudava na Universidade do Punjab. Devido aos seus contatos com movimentos estudantis radicais e temendo por sua segurança, seus pais o enviaram à Inglaterra. Estudou ciências políticas e filosofia em Oxford. Foi o primeiro paquistanês a ser eleito presidente do diretório central dos estudantes da universidade inglesa. Sua notoriedade teve início durante a Guerra do Vietnã, quando manteve debates com personagens centrais, tais como Henry Kissinger. Tornou-se um crítico ferrenho das políticas externas dos Estados Unidos e Israel. Além disso, Ali esteve presente em inúmeras lutas de diversos países, desde maio de 1968 até as lutas recentes.
Promoção: Frente Parlamentar de Incentivo à Leitura e Câmara Municipal de Porto Alegre

Confirme sua presença no evento do facebook aqui!

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Entregue Petições na Câma de Vereadores e Tribunal de Justiça, hoje


A Marcha Mundial das Mulheres, Liga Brasileira de Lésbicas, Themis, Rede Feminista de Saúde, Somos e Nuances entregaram hoje, 7, na Camara de vereadores e no TJ as petições para retirada dos símbolos religiosos.

RS: grupos pedem retirada de símbolos religiosos de espaços públicos

Na manhã de hoje, a Marcha Mundial das Mulheres, Liga Brasileira de Lésbicas, Themis, Rede Feminista de Saúde, Somos e Nuances entregam na Câmara de Vereadores de Porto Alegre petição para retirada de símbolos religiosos dos espaços públicos desta casa. Logo em seguida, o grupo protocolou o mesmo pedido no Tribunal de Justiça do RS.
A petição está fundamentada no Art. 19, I a III, da Constituição Federal, que prevê que o Estado Brasileiro e seus entes públicos são laicos, o que impõe a separação entre Religião e Estado.

Disponível na íntegra abaixo, a petição também está fundamentada nos problemas causados pela interferência da moral religiosa nos avanços, sobretudo nos campos dos direitos sexuais e reprodutivos, para as mulheres e demais LGBTs (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) e no privilégio dado pelo Estado a determinado pensamento religioso quando da exposição de um único símbolo, pertencente a uma corrente de pensamento, o que desprivilegiaria as mais de duzentas religiões existentes no Brasil, ferindo desta forma o princípio constitucional da laicidade do Estado.

Fonte: http://www.conexaofutura.org.br/
Zilda Piovesan


Para ver a PETIÇÃO À CÂMARA, clique

aqui: https://docs.google.com/open?id=0B5gJ2OdYkqEsNzc5MDc0YTMtZDZmNy00MjVmLTgzNjEtMDgyM2YyZTlhZTI3

Para ver a PETIÇÃO AO TJ, Clique
aqui: https://docs.google.com/open?id=0B5gJ2OdYkqEsMDZkYjQ3MjgtMmFjZC00ZDY4LWE4OWMtMzY5OTMxNDY1MmJk