sexta-feira, 28 de agosto de 2009

29 de Agosto, Dia da Visibilidade Lésbica



Quem Sabe...

Por Silvana Conti

Às vezes grito, empurro a porta com força, choro baixinho e bem alto, mas não me conformo, continuo...

Tantas perguntas que não querem calar!

Meu peito, meus pensamentos, meus sonhos, se misturam pelo ar.

Racismo mata e machuca!

Machismo destrói e inculca que somos mercadorias, objetos, abjetas, reféns da hipocrisia, da sociedade e do capital.

Porque não posso amar outra mulher?

Eu posso!

Nós podemos!

A opressão de classe continua implacável, injusta, abominável marca que divide os ?bons? e os ?maus?.

Qual a medida da dignidade?

Porque uns tem palácios e muitos(as) não tem pão?

Binarismo selvagem que tira a dignidade, o chão, mata os sonhos e as vontades, capitalismo cruel.

Racismo disfarçado...

Lesbofobia velada, que encaixota, suspende, prende mentes e corações dentro de armários, dentro de prisões.

Tantas perguntas, tantas mentiras, tantas misérias, tantas histórias mau contadas.

Os navios negreiros não transportaram escravos, e sim um povo cheio de ciência, cultura, criatividade que foi arrancado, roubado do seu continente,e escravizado.

O ministério da igualdade de oportunidades adverte:

Os direitos sexuais e reprodutivos fazem bem à saúde.

?Respeitem meus cabelos, brancos?.

O armário traz sofrimento, mas quem está lá também precisa ser respeitado(a) .

Quem é racista: Assuma! Reveja seus conceitos e ações.

Machistas de plantão: Sempre é tempo de se recuperar desta doença terminal.

Dignidade é bom, e todo mundo gosta. A propósito, não só alguns, mas a grande maioria deste país .

Por fim, ou pra começar:

Vamos jogar os preconceitos fora!

Vamos unir nossas bandeiras!

Vamos ampliar nossas fronteiras!

Quem sabe, cantamos a mesma música?

Quem sabe, damos um grito de liberdade?

Quem sabe a luta pelo socialismo se torna a nossa unidade!

Quem a gente tenta ser feliz...

Quem sabe...

Porto Alegre, 29 de Agosto de 2009.

Dia Nacional da Visibilidade Lésbica.

1Silvana Conti- Educadora da Rede Municipal de Educação, Coordenadora do Fórum de Mulheres de Porto Alegre, Articuladora Nacional da Liga Brasileira de Lésbicas, Membro da Comissão Nacional dos Movimentos Sociais do PCdoB.
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emails que vieram das gurias:

Camaradas:
Foi muito importante a construção das atividades que envolveram o mês da visilibilidade lésbica, e principalmente fecharmos com chave lilás nossas atividades, como foi o dia de ontem (domingo).

Durante todo o dia estávamos num coletivo só LBL e MMM, convocando as pessoas que passavam nas bancas, preparando o cenário para as outras atividades que aconteceram na parte da tarde e construindo alianças na luta contra a lesbofobia e o machismo.

Como tarefa assumida na Plenária da Marcha, colocamos uma banca com os materiais da MMM (camisetas, paninhos, canecas) para a politica de arrecadação financeira par a Ação 2010, e a receptividade foi muito boa, e avaliamos que foi muito positivo termos investido naqueles materiais.

A Fuzarca Feminista deu um show a parte e achamos que toda a construção da batucada, as oficinas de pandeiro, e o entrosamento de outros grupos (como o Tucurutá) foi muito legal. A energia contagiou a todas.

E por fim, as gurias da Marcha que vieram de vários municípios (Caxias, Gravataí, Montenegro, Novo Hamburgo, São Leopoldo, Tramandaí....) para a Marcha Lésbica Feminista, demonstrou que de fato NA LUTA, SOMOS TODAS LÉSBICAS FEMINISTAS!

Estamos todas de parabéns!

Obs: algumas fotos já estão no

http://picasaweb.google.com/MarchaMundialdasMulheresRS

outras fotos estão chegando e vamos incluindo na sequência......
*-*-
outro...
A propósito, gostaria de agradecer a todas as companheiras da MMM que estiveram junto conosco da LBL-RS na rua ontem, contruindo a maior marcha Lésbica que esta cidade já viu.
Foi maravilhoso contar com vocês.
Estou mandando fotos anexa (batidas pelo Caio Gonçalves)

Super beijo

*-*-
outro...

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A Construção da Ação 2010 da Marcha Mundial das Mulheres exige que nós, militantes da Marcha, estejamos articuladas e prontas a responder às demandas de todos os seguimentos de mulheres nas nossas cidades.

Em função disso, mas sobretudo pelo fato de entendemos a Livre Orientação Sexual, como um direito de qualquer ser humano, e a lesbianidade como uma prática que deve ser vivida e exercida livremente pelas mulheres que assim se identifiquem, é que nos somamos à Liga Brasileira de Lésbicas na construção da 1a. Jornada Lésbica Feminista, que está ocorrendo em Porto Alegre desde o dia 01 de agosto.

Foram diversas atividades de formação, construção de identidade, com filmes, oficinas e debates por toda a cidade.

Todas estas atividades visavam fortalecer a identidade lésbica feministas, retomando de forma fraterna e solidária, a discussão da lesbianidade no movimento feminista e articulando as mulheres para uma ação de rua na finalização da jornada.

A opressão, o sofrimento, a segregação e a discriminação contra as mulheres lésbicas, assim como ocorre com as demais diversidades sexuais (gays, travestis, transexuais, bi-sexuais e intersexuais) tem de cessar e nós, mulheres libertárias, temos de fazer parte de forma atuante deste processo.

Assim, no sábado, dia 29/08, estaremos com a Fuzarca Feminista construindo uma oficina de instrumento musicais que serão usados durante a Marcha Lésbica Feminista que ocorrérá no próximo domingo, dia 30, fechando a 1a. Jornada Lésbica Feminista.

As integrantes da MMM estão sendo convocadas a pegar suas bandeiras, suas camisetas e sua disposição militante para participar destas duas atividades.

Vamos contruir na prática a inclusão e a justiça pela qual temos lutado durante todos estes anos.

O Mote da Marcha Lésbica é: "Mulheres lésbicas na rua contra todo o tipo de violência e opressão. Em cada Beijo uma revolução!"

O que: Oficina para Criação de Instrumentos para a Fuzarca Feminista

Onde: Nos arcos da Redenção

Quando: Sábado, dia 29/08, 15hs

O que: III Marcha Lésbica Feminista de POA e I Marcha Lésbia do RS

Onde: No Espelho dágua da Redenção

Quando: Domingo dia 30/08, Concentração a partir das 13hs - marcha por volta de 15hs

Desde as 10h já estaremos com uma banca da MMM com nossos materiais.

Veja a programação no link ao lado

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

“Estado Brasileiro deixa de ser laico”


Por Lucio Uberdan.


Ontem a noite a Câmara Federal aprovou o acordo internacional entre Brasil e Vaticano (MSC-134/2009), o acordo cria o Estatuto Jurídico da Igreja Católica no Brasil, algo justo, muito justo, justíssimo se tivesse como centralidade a liberdade de culto religioso, porém não é isso que faz com que esse texto circule com tanta urgência.

Registro de ante-mão todo o meu respeito aos setores de esquerda católicos, em especial as pastorais que se colocam na luta cotidiana, como a Pastoral Operária, da Juventude e da Terra. Porém esse acordo entre Brasil e Vaticano, através da CNBB, promoverá novamente possíveis crises de orientação religiosa no país.

O tratado é quase que exclusivamente uma peça de negócios, que circula por fórmulas que rumam para a isenção tributária das PUC, consolidam a flexibilização dos direitos dos trabalhadores(as) empregados na igreja, e cria reserva de “mercado” com o ensino religioso nas escolas públicas.

O acordo aventura-se por exemplo “sobre o ensino religioso, o casamento, a imunidade tributária para as entidades eclesiásticas, a prestação de assistência espiritual em presídios e hospitais, a garantia do sigilo de ofício dos sacerdotes, visto para estrangeiros que venham ao Brasil realizar atividade pastoral”.

O texto também causa sérios prejuízos nas relações trabalhistas internas a Igreja, “fica determinado que a atuação de ministros ordenados e fiéis consagrados não geram vínculo empregatício com as dioceses ou institutos religiosos em que exerçam a atividade religiosa”.

Na Câmara a maioria dos partidos vacilou frente a força da Santa Sé, o governo já havia vacilado antes. Entre os Partidos de mais conhecidos, saúdo o PSOL que orientou por NÃO com uma bela defesa do deputado Chico Alencar. Saliento que até onde pude acompanhar, o PSOL foi o único partido que orientou NÃO. O restante dos Partidos foram exclusivamente pragmáticos.

Entre os inúmeros pontos confusos do tratado, cito um dos centrais – A obrigatoriedade de oferecimento de disciplina de ensino religioso nas escolas públicas:

1.1)Ainda que seja facultativo a matrícula, a indução do ensino religioso será muito forte por parte da igreja católica e evangélica que tem a catequização como meta,a primeira a centenas de anos;

1.2)É uma tristeza que o estado Brasileiro funcione na educação induzindo a aceitação religiosa, o papel do estado deveria ser oferecer em mesma condição o direito a uma criança aderir ou não a aceitação religiosa, ou o ateísmo não existe e não deve ser respeitado pelo Estado?

1.3)É público e notório que o exercício da fé religiosa na educação das crianças brasileiras, em especial pelo pensamento hegemônico da igreja Católica, se dará também sobre orientações politizantes, como por exemplo a penalização do aborto e a negação da luta de classes – ainda que tenhamos importantes setores progressistas na Igreja, como a Teologia da Libertação, temos igual clareza que eles são minoritários.

Alguém esquece a fala de Dom Eusébio Acheid, Arcebispo do RJ, um dos 116 Cardeais que participaram do Conclave que escolheu o novo Papa em 2005 para a revista VEJA – “Lula não é católico, é caótico. Ele e o Espírito Santo não se entendem bem. Você acha que o Lula conhece o Espírito Santo?”. Lula “não tem uma fé retilínea” porque “nasceu em um meio operário, com todas as confusões, nunca teve uma formação e um aprofundamento da própria fé”. Falou ainda que “quem é católico não pode ser a favor do aborto. Quem é cristão e quer seguir Cristo não pode estar de acordo com isso. São essas coisas que chamo de caóticas, não há uma linha clara”. O arcebispo chegou ao ponto de comentar um encontro de Lula e Fidel Castro nos seguintes termos: eram “dois bobocas se encontrando”.

1.4)Nenhuma das demais confissões religiosas atuantes no Brasil tem condições estruturais de “competir” com a Igreja Católica e a Igreja Evangélica, igrejas milionárias, o que atingirá fortemente as confissões de menor ou nenhum poder econômico como as Afros;

1.5)A obrigatoriedade rasga muitas das discussões que fundamentaram a LDB, bem como a Constituição Brasileira que defini o estado como Laico, um meio termo entre Estado Confessional e Estado Ateu;

A matéria vai para o combalido Senado Brasileiro, que já deveria ter sido fechado. Lugar onde o texto poderá piorar ainda mais. O Brasil deu dois passos atrás, o Vaticano fez um belo negócio.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Nota sobre o assassinato de Elton Brum pela Brigada Militar


Nota sobre o assassinato de Elton Brum pela Brigada Militar

21 de agosto de 2009

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra vem a público manifestar novamente seu pesar pela perda do companheiro Elton Brum, manifestar sua solidariedade à família e para:

1. Denunciar mais uma ação truculenta e violenta da Brigada Militar do Rio Grande do Sul que resultou no assassinato do agricultor Elton Brum, 44 anos, pai de dois filhos, natural de Canguçu, durante o despejo da ocupação da Fazenda Southall em São Gabriel. As informações sobre o despejo apontam que Brum foi assassinado quando a situação já encontrava-se controlada e sem resistência. Há indícios de que tenha sido assassinado pelas costas.

2. Denunciar que além da morte do trabalhador sem terra, a ação resultou ainda em dezenas de feridos, incluindo mulheres e crianças, com ferimentos de estilhaços, espadas e mordidas de cães.

3. Denunciamos a Governadora Yeda Crusius, hierarquicamente comandante da Brigada Militar, responsável por uma política de criminalização dos movimentos sociais e de violência contra os trabalhadores urbanos e rurais. O uso de armas de fogo no tratamento dos movimentos sociais revela que a violência é parte da política deste Estado. A criminalização não é uma exceção, mas regra e necessidade de um governo, impopular e a serviço de interesses obscuros, para manter-se no poder pela força.

4. Denunciamos o Coronel Lauro Binsfield, Comandante da Brigada Militar, cujo histórico inclui outras ações de descontrole, truculência e violência contra os trabalhadores, como no 8 de março de 2008, quando repetiu os mesmos métodos contra as mulheres da Via Campesina.

5. Denunciamos o Poder Judiciário que impediu a desapropriação e a emissão de posse da Fazenda Antoniasi, onde Elton Brum seria assentado. Sua vida teria sido poupada se o Poder Judiciário estivesse a serviço da Constituição Federal e não de interesses oligárquicos locais.

6. Denunciamos o Ministério Público Estadual de São Gabriel que se omitiu quando as famílias assentadas exigiam a liberação de recursos já disponíveis para a construção da escola de 350 famílias, que agora perderão o ano letivo, e para a saúde, que já custou a vida de três crianças. O mesmo MPE se omitiu no momento da ação, diante da violência a qual foi testemunha no local. E agora vem público elogiar ação da Brigada Militar como profissional.

7. Relembrar à sociedade brasileira que os movimentos sociais do campo tem denunciado há mais de um ano a política de criminalização do Governo Yeda Crusius à Comissão de Direitos Humanos do Senado, à Secretaria Especial de Direitos Humanos, à Ouvidoria Agrária e à Organização dos Estados Americanos. A omissão das autoridades e o desrespeito da Governadora à qualquer instituição e a democracia resultaram hoje em uma vítima fatal.

8. Reafirmar que seguiremos exigindo o assentamento de todas as famílias acampadas no Rio Grande do Sul e as condições de infra-estrutura para a implantação dos assentamentos de São Gabriel.

Exigimos Justiça e Punição aos Culpados!

Por nossos mortos, nem um minuto de silêncio. Toda uma vida de luta!

Reforma Agrária, por justiça social e soberania popular!

Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Deu NÃO !!!!!

E deu "não" na Consulta Popular do Pontal do Estaleiro
A Consulta Popular realizada para saber se os portoalegrenses queriam ou não a construção de prédios residenciais na área do antigo Estaleiro Só - no projeto conhecido como Pontal do Estaleiro - teve a vitória esmagadora do "Não" neste domingo.
A consulta pública deste domingo sobre a construção ou não de prédios residenciais na área do antigo Estaleiro Só resultou com uma vitória esmagadora do "não": 18.212 votaram para que o projeto tenha apenas áreas comerciais. A favor das residências, apenas 4.362. A votação ocorreu das 9h às 17h em 330 urnas distribuídas em 89 locais.
A decisão dividiu opiniões. Enquanto os defensores da rejeição comemoravam, lamentos entre os que apoiavam a idéia de construção de residências naquela região.








Veja o vídeo da campanha "Não à privatização da Orla do Guaíba":

http://www.youtube.com/watch?v=6ES79OfSKsw

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

“Ai, ai, ai empurra Yeda que ela cai”



Bandeiras de partidos de oposição e de entidades sindicais e estudantis coloriram a Praça da Matriz na manhã desta sexta-feira (14) no ato público para pedir o afastamento da governadora Yeda Crusius, ré em ação movida pelo Ministério Público Federal. Cerca de três mil pessoas participaram da manifestação, que durou quase duas horas.

Grupos de manifestantes vieram de diversas partes da cidade, entoando palavras de ordem que pediam o impeachment e a prisão da governadora e de outros integrantes do Executivo acusados de desviar recursos públicos. A ação da Brigada Militar dificultou o acesso ao Palácio Piratini. Militantes foram barrados, ônibus revistados e o comando da BM restringiu a exibição de cartazes e de faixas.

Militantes dos movimentos sociais se revezaram no caminhão de som, defendendo a abertura do processo de impeachment e a CPI da Corrupção. Não faltaram também recados para os deputados da base de apoio da governadora. “A Assembleia tem que cumprir o seu papel. Vamos denunciar aqueles que tentarem abafar a corrupção”, avisou um dos representantes dos estudantes.

A deputada Stela Farias (PT), que deverá ser a presidente da CPI, disse que o parlamento gaúcho não irá se negar a assumir suas responsabilidades. “Vamos passar a limpo esta página triste da história gaúcha, responsabilizando aqueles que não souberam honrar o Rio Grande do Sul e o seu povo.”
Por Olga Arnt.

veja mais fotos: http://picasaweb.google.com/home

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

JORNADA NACIONAL DE LUTAS


NÃO ÀS DEMISSÕES. PELA REDUÇÃO DA JORNADA DE TRABALHO SEM REDUÇÃO DE SALÁRIOS. EM DEFESA DOS DIREITOS.

FORA YEDA, já!!!!

O Brasil vai às ruas no dia 14 de agosto. Os trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade unidos contra a crise e as demissões, por emprego e melhores salários, pela manutenção dos direitos e pela sua ampliação, pela redução das taxas de juros, na luta pela redução da jornada de trabalho sem redução de salários, pelareforma agrária e urbana e em defesa dos investimentos em políticas sociais.

A crise da especulação e dos monopólios estourou no centro do sistema capitalista mundial, os Estados Unidos da América, e atinge todas as economias menos desenvolvidas.

Lá fora - e também no Brasil -, trilhões de dólares estão sendo torrados para cobrir o rombo nas multinacionais, em um poço sem fim. Mesmo assim, o desemprego se alastra, podendo atingir mais de 50 milhões de trabalhadores.

No Brasil, a ação nefasta e oportunista das multinacionais do setor automotivo e de empresas como a Vale do Rio Doce, CSN e Embraer, levou à demissão centenas de milhares de trabalhadores.

O Governo Federal, que injetou bilhões de reais na economia para salvar os bancos, as montadoras e as empresas de eletrodomésticos (linha branca), tem a obrigação de exigir a garantia de emprego para a Classe Trabalhadora como contrapartida à ajuda concedida.

O povo não é o culpado pela crise. Ela é resultado de um sistema que entra em crise periodicamente e transforma o planeta em uma imensa ciranda financeira, com regras ditadas pelo mercado. Diante do fracasso desta lógica excludente, querem que a Classe Trabalhadora.

A precarização, o arrocho salarial, o arrocho salarial e o desemprego prejudicam os mais pobres. Nas favelas e periferias. É preciso cortar drasticamente os juros, reduzir a jornada de trabalho sem reduzir salários, acelerar a reforma agrária e urbana, ampliar as políticas em habitação, saneamento, educação e saúde, e medidas concretas dos governos para impedir as demissões, garantir o emprego e a renda dos trabalhadores.

Com este espírito de unidade e luta, vamos realizar, em todo o país, grandes mobilizações.

NÃO ÀS DEMISSÕES! PELA RATIFICAÇÃO DAS CONVENÇÕES 151 E 158 DA OIT!* REDUÇÃO DOS JUROS! FIM DO SUPERÁVIT PRIMÁRIO! REDUÇÃO DA JORNADA SEM REDUÇÃO DE SALÁRIOS E DIREITOS! REFORMA AGRÁRIA E URBANA, JÁ! FIM DO FATOR PREVIDENCIÁRIO! EM DEFESA DA PETROBRÁS E DAS RIQUEZAS DO PRÉ-SAL! POR SAÚDE, EDUCAÇÃO E MORADIA! POR UMA LEGISLAÇÃO QUE PROÍBA AS DEMISSÕES EM MASSA! PELA CONTINUIDADE DA VALORIZAÇÃO DO SALÁRIO-MÍNIMO E PELA SOLIDARIEDADE INTERNACIONAL AOS POVOS!

ORGANIZADORES:

CGTB, CTB, CUT, , NCST, UGT, INTERSINDICAL, ASSEMBLÉIA POPULAR, CEBRAPAZ, CMB, CMP, CMS, CONAM, FDIM, MARCHA MUNDIAL DAS MULHERES, MST, MTL, MTST, OCLAE, UBES, UBM, UNE, UNEGRO/CONEN, VIA CAMPESINA.

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EM PORTO ALEGRE:

11 horas em frente ao Palácio do Piratini - Leve suas bandeiras da MMM, vista sua camiseta.


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quarta-feira, 12 de agosto de 2009

DIA DE MARGARIDA ALVES E A VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES DO MST


O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) vem a público denunciar a ação truculenta e de tortura da Brigada Militar na ação de reintegração de posse da Prefeitura de São Gabriel (RS), ocorrida nesta quarta-feira à tarde. A violência e o uso, pelos governos, da polícia militar para reprimir protestos dos movimentos sociais já se tornou comum no Rio Grande do Sul.

Pelo menos trinta pessoas, entre crianças e adultos, ficaram feridos – incluindo pessoas com dedos e braços quebrados – no despejo forçado realizado pela Brigada Militar. Todos os 250 sem terra foram identificados e humilhados. Os manifestantes foram encurralados dentro da prefeitura, onde foram golpeados por cassetete, chutes e tapas dos policias.

No entanto, o fato ocorrido em São Gabriel nesta quarta-feira ultrapassou o limite do convencional e adquiriu características de tortura policial. As famílias relataram que, enquanto estavam na delegacia para serem identificadas, continuaram recebendo golpes de cassetete, chutes, socos e tapas dos policiais. Chegou a ser montado um “corredor polonês” em que as pessoas foram obrigadas a atravessar enquanto recebiam chutes e cacetadas. Inclusive a nova pistola elétrica, que deveria ser usada para ajudar na imobilização durante perseguição policial, foi utilizada para dar choque nas pessoas.

Nesta quinta-feira (13), integrantes do Comitê Estadual Contra a Tortura estão em São Gabriel conversando com as famílias sem terra e recolhendo os depoimentos. O MST repudia mais essa ação violenta da Brigada Militar, dirigida pelo subcomandante Lauro Binsfeld - o mesmo que comandou o despejo das mulheres da Via Campesina em uma área da papeleira Stora Enso em Rosário do Sul (RS), em 2008, e que resultou em quase cem manifestantes feridas.

O MST também repudia a decisão do prefeito de São Gabriel, Rossano Gonçalves, de ter se negado a conversar com as famílias e ter autorizado a ação da Brigada Militar; e responsabiliza os governos estadual e federal, que não realizam a reforma agrária. Exigimos saber onde estão os recursos que o governo federal diz que liberou, mas o prefeito Rossano Gonçalves afirma que ainda não recebeu. Enquanto Incra e prefeitura não assumem suas responsabilidades pelo assentamento, três crianças já morreram desde o início do ano por falta de atendimento médico. Também criticamos o Ministério Público, que além de não encaminhar o pedido por escola feito pelas famílias, esteve presente na ação de despejo e foi conivente com a violência policial.
As famílias seguirão em luta porque suas reivindicações não foram atendidas. Exigimos as melhorias em infra-estrutura no assentamento, que passados nove meses de criação ainda não tem luz elétrica, água potável, estradas, escola para as crianças. Exigimos que o governo federal libere os R$ 800 milhões do orçamento do Incra para a reforma agrária e para o assentamento de todas as famílias acampadas no RS (conforme prevê o Termo de Ajustamento de Conduta que não foi cumprido pelo Incra). Exigimos a desapropriação do restante da Fazenda Southall e a liberação imediata, na Justiça, das Fazendas Antoniazzi e 33, em São Gabriel.


MAIS INFORMAÇÕES
(54) 9981-3904

Assessoria de imprensa: (51) 9635-6297