segunda-feira, 17 de outubro de 2016

TODO APOIO À GREVE DAS MULHERES ARGENTINAS!



TODO APOIO À GREVE DAS MULHERES ARGENTINAS!

O movimento feminista da Argentina se mobiliza para uma greve nacional de mulheres, que acontecerá neste dia 19 de outubro. Das 13h às 14h, as mulheres paralisarão todas as suas atividades. A partir das 17h, terá início a concentração para as manifestações de rua. Os atos reunirão as resistências contra a violência e o feminicídio, exigir do Estado respostas e políticas públicas, e homenagear Lucía Pérez, uma jovem de 16 anos que foi brutalmente estuprada, violentada e assassinada no último dia 8.

“Com as novas medidas econômicas do governo nacional, das províncias e do que se vive na América Latina com o avanço da direita, parece-nos indispensável entender o vínculo entre o econômico e o exercício da violência, que inclui, em graus extremos, o feminicídio”, disse Alejandra Angriman, secretária de Gênero da CTA-Autónoma, ao portal argentino Notas.

Nas redes, as tags #NiUmaMenos e#VivasNosQueremos serão usadas para visibilizar a mobilização e difundir as reivindicações das mulheres.

Além deste caso, outros sete assassinatos de mulheres foram registrados na Argentina nos últimos sete dias, em seguida do XXXI Encontro Nacional de Mulheres, que reuniu mais de 90 mil mulheres na cidade de Rosário, em três dias de formação, reflexão coletiva e manifestação.

No Brasil, a violência contra as mulheres é frequente, cruel e suas raízes patriarcais não são tão diferentes do que acontece na Argentina. Também são próximas as políticas de Temer e Macri, com cortes sociais, ajustes econômicos e a insuficiência no combate à violência e na emancipação das mulheres.

Ao mesmo tempo, a luta das mulheres ultrapassa as fronteiras e mostra que há caminhos. A Marcha Mundial das Mulheres do Brasil se solidariza e se inspira na mobilização histórica das argentinas. Reforçamos a urgência da ampla organização feminista, em terras brasileiras, pelo fim da violência contra as mulheres e por outra política econômica, livre do conservadorismo, do golpismo e do neoliberalismo. A América Latina vai ser toda feminista! Seguiremos em marcha até que todas sejamos livres!

http://www.marchamundialdasmulheres.org.br/todo-apoio-a-greve-de-mulheres-na-argentina/


quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Nota de solidariedade da Marcha Mundial das Mulheres à atriz Monica Iozzi



Há muito tempo, o movimento feminista denuncia que a violência sexista se reproduz tão facilmente porque a sociedade capitalista, patriarcal e racista aceita, justifica e trata a violência contra as mulheres como uma violência menor, algo possível na convivência humana. Não à toa, os criminosos desta violência são muitas vezes tratados pela justiça de maneira mais complacente.  Em 2008, o ex-médico Roger Adbelmassib foi denunciado por um estupro e, em seguida, se tornou pública uma enxurrada de outras denúncias de pacientes do ex-médico que eram estupradas durante o atendimento para a Reprodução Assistida. O estupro acontecia quando elas ainda estavam sedadas ou voltando da sedação.
Esse estuprador foi preso em 2009 e ficou 4 meses em detenção. O STF, na figura de Gilmar Mendes, concedeu um Habeas Corpus, alegando que este estuprador, que violentou 52 mulheres, não apresentava risco e nem disposição de fugir. Evidentemente, ele fugiu. Foi morar no Paraguai, onde vivia em meio a uma vida de luxo em um bairro rico.
Em 2010, foi condenado pela justiça de São Paulo a 278 anos de prisão, passou quase quatro anos foragido e, em 2014, foi recapturado graças à luta da associação das vitimas que atuou incessantemente pressionando a justiça para encontrá-lo. Hoje, o estuprador cumpre pena na Penitenciaria de Tremembé.
O caso volta à cena com a condenação da atriz Monica Iozzi, que comentou e criticou Gilmar Mendes por conceder o Habeas Corpus para Roger Abdelmassih após sua condenação.
O Ministro processou Monica Iozzi pedindo uma indenização de 100 mil reais por danos morais. A justiça do Distrito Federal a condenou a pagar trinta mil reais.
O crime pelo qual foi condenada: um post em rede social, com uma foto do ministro do STF e a legenda "Gilmar Mendes concedeu habeas corpus para Roger Abdelmassih, depois de sua condenação a 278 anos de prisão por 58 estupros" e escreveu: "Se um ministro do Supremo Tribunal Federal faz isso... Nem sei o que esperar".
Monica expressou toda a indignação pela complacência e impunidade com que se tratam agressores de mulheres.
A indignação de Mônica expressa não só o sentimento das vítimas, mas o de todas as brasileiras que tomaram conhecimento do caso. 
A Marcha Mundial das Mulheres vem a público expressar a nossa solidariedade a Monica Iozzi, bradando alto: basta de violência contra a mulher!
A justiça errou ao dar o Habeas Corpus ao estuprador, pois reforçou a ideia de que violentar mulheres “não dá em nada” no Brasil, desestimulando que outras vítimas desse e de outros casos se colocassem. Agora, a justiça erra quando condena uma pessoa que tem todo o direito de expressar sua indignação.
A violência contra mulher não é o mundo que a gente quer!
Seguiremos em Marcha até que todas sejamos livres!
Outubro de 2016

Seguiremos em Marcha até que todas sejamos livres!

Marcha Mundial das Mulheres

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Sobre o 20 de setembro, “Dia da Revolução Farroupilha”

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*Por Cheron Moretti
Sobre o 20 de setembro, “Dia da Revolução Farroupilha”: numa semana como essa em que a gauchada se vangloria de feitos e de sua identidade regional, escondem que homens brancos e livres, é claro, tanto imperiais como farrapos podiam colocar homens escravizados (negros) em seu lugar para virar bucha de canhão.
Essa “revolução” que se comemora era uma guerra entre brancos onde morriam, preferencialmente, negros. E o lugar das mulheres? Só pra gente ter uma ideia -porque esse “detalhe” da história universal boa parte dos homens esquecem ou apagam- no século XVIII se discutia se as mulheres eram seres humanos. Os homens brancos iluminados debatiam se estávamos mais próximos deles ou de animais.
Foi apenas no final do século XIX que pudemos ter direito à educação (!). Isso me faz concluir que eles concluíram que estávamos mais próximos deles, homens. Ufa, nos atribuíram alguma racionalidade! Porém, foi só no século XX que se “descobriu” que as mulheres têm uma história – século em que nós nascemos! Bem, uma das questões é a de que o fato de reconhecerem que temos uma história e que nós mesmas podemos contá-la para transformá-la incomoda muito os machos, inclusive os esquerdomacho!
Então, a gente pode contar a história das mulheres nessa mesma “revolução” desde diferentes perspectivas. 1) como as mulheres apoiaram os farrapos ou os imperiais e se engajaram na disputa pela república ou pelo império (por uma questão de classe…pode ser, né?); 2) como as mulheres viveram a violência da guerra, enfrentaram a miséria, os estupros e as privações durante e pós guerra desses “homi”; 3) como as mulheres escravizadas -negras-foram duramente atingidas pela guerra (colocadas ainda mais próximas ao não-humano).
Não existe romantismo nessa data que não seja invenção e versão de um dos lados. A outra questão, então, é a de que a tal “dúvida” que pairava lá no século XVIII não foi superada! O sistema-mundo (colonial-imperial-patriarcal e capitalista) tá aí. Enfim, no fundamental, qualquer história que se conte sobre esse 20 de setembro sem as mulheres, não será a história de todas e todos nós.
Não há novidade no fato de mulheres que se unem pelo #ForaTemer e defendem a democracia tenham que enfrentar os macho dos/nos piquetes por aí. Afinal, a política é para poucos e tem cor e sexo.
*Cheron Moretti é militante da Marcha Mundial das Mulheres no Rio Grande do Sul.

sábado, 3 de setembro de 2016

Nota da MMM contra a repressão policial em Caxias do Sul


14138005_1016519011780387_6620546669789314442_oA Marcha Mundial das Mulheres vem a público através desta nota denunciar a violência fascista a que a polícia militar submeteu participantes do Ato Contra o Golpe, em Caxias do Sul, no momento da dispersão, na noite do dia 31 de Agosto de 2016.
Nessa data, o Congresso Nacional passou por cima de mais de 54 milhões de votos legítimos, empossando um presidente golpista sem o aval do povo. A partir disso, em mais de 15 estados do país aconteceram manifestações de urgência contra este retrocesso na democracia. Em Caxias do Sul, a partir de uma convocação espontânea, cerca de 300 pessoas se reuniram na Praça Dante e depois saíram em caminhada pelas ruas para denunciar o golpismo orquestrado pela mídia, judiciário, parlamento e poderosos interesses econômicos.
Por volta das 23hrs, o ato se encerrou e os manifestantes se dirigiam para suas casas, entre elas uma de nossas companheiras, militante da MMM. Duas viaturas policiais pararam e a abordaram, junto com outro jovem, que se dirigiam ao ponto de ônibus próximo. A alegação da abordagem foi flagrante por pichação. De forma truculenta, houve violência policial e abuso de autoridade. Constrangimentos, misoginia, racismo e repressão deram o tom da abordagem.
Vendo isso, um advogado se prontificou a ajudá-los e foi espancado pela polícia. Não era coincidência que fosse negro. Seu filho, diante da violência, reagiu em legítima defesa (ver vídeo na página Mídia Ninja) e todos foram conduzidos algemados para a Delegacia de Polícia Civil, onde o tratamento desumano prosseguiu.
A jovem sofreu revista vexatória realizada por duas policiais, tendo sido obrigada a ficar sem roupa em um corredor onde passavam os polícias militares e também outros detidos, o tempo todo sendo xingada com palavras de baixo calão, racistas e machistas. Também não é coincidência a condição de classe e a origem racial.
Nos manifestamos profundamente indignadas com este tipo de violência, que expõe as veias mais fascistas e autoritárias que ainda permanecem incrustadas na nossa sociedade. Tal violência é inadmissível, já que o direito a manifestação é garantido pela Constituição Federal Brasileira.
Desta forma, neste momento difícil que todas e todos enfrentamos, nos colocamos ao lado da democracia e dos direitos constitucionais que todo povo deste país deveria possuir. E neste momento em específico nos colocamos ao lado de nossas bravas companheiras e de nossos bravos companheiros que foram covardemente agredidas e agredidos.
Nenhum direito a menos!
Por todos e todas que lutam, nenhum minuto de silêncio!
Seguiremos na luta contra o golpe.
Seguiremos em marcha até que todas sejamos livres.

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

A face da barbárie nas Olimpíadas



*Por Paola Bettamio

Se não bastasse todo o aparato segregador e violento que foi construído no entorno das Olimpíadas, começando pela própria estratificação social dos territórios periféricos, neste mês foi aprovado pela Câmara dos Deputados e Deputadas um projeto de lei (PL 5.768-A de 2006) que autoriza a mudança da competência dos crimes dolosos contra vida cometidos por militares e contra civis durante o período inicial das olímpiadas até o dia 31 de dezembro.
Isto significa dizer que, até o dia 31 de dezembro a Justiça Militar, Justiça está que é composta apenas por homens brancos, será responsável por analisar e julgar qualquer crime doloso contra vida realizado por militares sob a justificativa de segurança pública.
Entendemos que a Justiça Comum é machista, elitista, lgbtfóbica e racista e que não será através do Direito Penal que iremos resolver questões que tangenciam problemas de cunho social. Acontece que transferir a competência da Justiça Comum para a Justiça Militar, que é tão machista, elitista, lgbtfóbica e racista quanto a comum, é na verdade um método para garantir que não haja qualquer tipo de discussão jurídica sobre o assunto e muito menos uma possível mediação de conflitos.
O processo que militariza soldados é composto por uma hierarquia reflexiva de conduta. Então, os soldados são cópias dos seus superiores, copiando muitas vezes as condutas do que é considerado senso comum entre a corporação. Não precisamos ir muito longe para entender isso, o próprio ciclo de formação da Polícia Militar já nos garante que o espaço é criado não para refletir e sim para reproduzir práticas inquisitórias de violência.
O soldado e o policial são, na verdade, o fruto da sua própria corporação, corporação esta que garante a repressão e a violência como seu carro-chefe. Este é o sentido da criação deste Projeto de Lei: o intuito aqui é garantir que o militar que venha a ser truculento e violento com qualquer civil seja julgado por quem legitimaria sua conduta, ou melhor, por quem ensina que esta é a conduta correta. Este Projeto de Lei serve para legitimar a ação violenta que virá dos militares sobre os civis durante as Olímpiadas, seja ela qual for, inclusive, a morte.

Imagem: Mantelli

Não é de hoje que o extermínio no Brasil é legalizado, basta olharmos para os dados e informações disponíveis sobre a violência. O mapa da violência de 2015 mostra que quase cinco brasileiros morrem por hora no País. 59% das mortes por armas de fogo registradas (24.882) foram de pessoas na faixa de 15 a 29 anos. O Mapa da Violência Contra Mulher mostra que 13 mulheres são assassinadas por dia, em média, no país. Os dados do GGB mostram que 318 gays foram mortos em 2015 em todo o País. Desse total de vítimas, o GGB diz que 52% são gays, 37% travestis, 16% lésbicas, 10% bissexuais. E os dados da Anistia Internacional dos 30.000 jovens vítimas de homicídios por ano no Brasil, 77% são negros. Os crimes dolosos contra vida neste país têm cor e gênero. Contudo, devemos nos atentar com projetos que surgem no intuito de legitimar ainda mais a institucionalização do extermínio, porque no fim das contas nós sabemos que os corpos que estarão no chão serão de negros, mulheres e LGBT’S.
E como isto interfere na vida das mulheres? Com a notória criminalização dos movimentos sociais, intensificada cada dia mais pelo governo golpista interino, sabemos que as mulheres são alvos de perseguição. Não é à toa que vivemos de todos os lados a criminalização do feminismo, começando na própria educação com a proposta da escola sem estudo de gênero.
Estamos na mira do conservadorismo e qualquer prática de repressão às mulheres também perpassa sobre seus corpos. Não é a toa que sempre escutamos relatos de mulheres que foram assediadas ou violentadas sexualmente durante a lavratura de um flagrante, ou até mesmo quando são as próprias vítimas de alguma conduta desviante.
Fato é que a militarização já nos reprime e nos violenta, se formos suspeitas de alguma intervenção contra a segurança pública durante as Olimpíadas estará legalizado qualquer tipo de repressão violenta contra nossos corpos, inclusive, o estupro como forma de penalização. E aí fica o questionamento, como a Justiça Militar responderá a violência machista que é um dos fundamentos para a própria existência da militarização?
A resposta vocês já imaginam qual seja: sangue. Se não bastasse o fantasma da mercantilização dos nossos corpos que nos persegue durante os megaeventos, estaremos agora na mira dos militares que poderão, inclusive, se apropriar dos nossos corpos caso decidam que somos uma afronta a segurança das Olimpíadas.
Está é só mais uma face da barbárie destas Olimpíadas, vamos nos preparando porque a vitória do Brasil nas modalidades olímpicas pode não ser certa, mas o luto não só está garantido como legitimado por Lei.

*Paola Bettamio Mendes é militante da Marcha Mundial das Mulheres no Rio de Janeiro, Advogada e Mestranda em Direitos Humanos e Políticas Públicas na UFRJ.



sexta-feira, 22 de julho de 2016

E o feminismo um tantão assim!


Fabíola Papini (Babi)* e Raquel Duarte**

A Marcha Mundial das Mulheres é um movimento feminista fundado na auto-organização das mulheres. E é incrível como esta auto-organização muda nossas vidas e redefine as formas de nos encontrarmos no debate e na construção política.
Neste final de semana renovamos nossas energias em mais um espaço coletivo de auto-organização aqui no RS.  Foram dois dias de muita troca e construção coletiva de saberes. Dois dias de muita solidariedade feminista compartilhada a cada momento, desde o café da manhã, lanche da tarde, debates em grupos e também no grande grupo, além da batucada, integração e animação. Tudo isso de forma autogestionada e contando com a participação de todas.
O tema central da formação foi a luta por uma vida sem violência para todas as mulheres. Tendo como referência a educação popular, a partir da realidade das mulheres ali presentes experimentamos um processo de diálogo, de acolhida, de convergência. Circularam idéias, mas também circularam afetividades.
Todas as mulheres têm algo a dizer sobre a violência. Todas as mulheres já passaram por alguma forma de violência ao longo de suas vidas. Afinal, ela se manifesta das mais diversas formas e em todos os lugares: no campo, na cidade, na escola, no trabalho, em casa, na internet; através do racismo, da lesbosfobia, da divisão sexual do trabalho, do assédio, do estupro, do tráfico de mulheres, da criminalização do aborto e no controle sobre os nossos corpos.
A luta pela erradicação da violência contra as mulheres é permanente, está sempre presente no nosso horizonte. Entendemos a violência como estruturante da sociedade patriarcal, uma demonstração do poder dos homens sobre as mulheres. Combater todas as formas de violência é inerente ao outro mundo possível que queremos construir.
Com a cartilha da SOF “Mulheres em luta por uma vida sem violência” pensamos formas de encorajar e fortalecer as mulheres. Propomos ações para denunciar, dar visibilidade e exigir o fim da violência sexista. Debatemos as conquistas e os desafios que ainda existem na construção de políticas públicas que trabalhem na origem da violência, na desigualdade de gênero e raça enraizada em nossa sociedade.
Nos espaços de formação da MMM nos sentimos a vontade para falar sobre tudo isso. Podemos olhar umas nos olhos das outras e falar sobre como o sistema capitalista, racista e patriarcal é cruel. Sobre como o machismo define os caminhos e os esteriótipos que as mulheres deveriam seguir. Mais do que isso, nestes momentos encontramos a solidariedade feminista e com ela nos fortalecemos para organizar nossa resistência e pensar alternativas a este modelo de exploração, dominação e opressão.
Ao nos propormos a promover ambientes acolhedores, de respeito, não negamos nossas diferenças. E este é um aspecto que torna fascinante e revigorante o encontro com as companheiras: um exercício que deveria ser mais valorizado pela caótica esquerda disputista. Abordar um tema que toca em feridas, privilegiando a empatia e o reconhecimento da sua história, a partir de narrativas de outras mulheres, mostra o quanto a luta é de todas e só terminará no dia em que todas estivermos livres. Quando emerge o sentimento de sujeita coletiva e percebemos a potência que temos juntas, a convicção de que o feminismo vai subir, só cresce!
E assim, fortalecemos nossa ciranda, que “não é minha só… ela é de todas nós, ela é de todas nós!”


*Psicóloga e militante da Marcha Mundial das Mulheres no Rio Grande do Sul
**Advogada e militante da Marcha Mundial das Mulheres no Rio Grande do Sul

terça-feira, 5 de julho de 2016

FORMAÇÃO FEMINISTA E PLENÁRIA ESTADUAL MMM/RS 16 e 17 julho





Companheiras, temos vivido uma conjuntura difícil, de ameaças aos nossos direitos, retrocessos na política que nos desafia todos os dias. Encontrar uma data para realizar nossa atividade de formação e a plenária estadual também tem sido desafiador, pois são muitas agendas que surgem e colidem o tempo todo. 
Avaliamos que diante desse momento onde a notícia de casos de violência, todos os dias em nossas cidades, tem nos deixado ainda mais indignadas com o machismo, mas também nos coloca sempre o compromisso de estarmos discutindo, atualizando e refletindo, sobre os conteúdos para uma compreensão geral sobre o que é a violência sexista e como enfrentá-la. 

Apesar do pouco tempo para mobilizar, queremos fazer nossa atividade nos dias 16 e 17 de julho, em Porto Alegre, para falar sobre violência contra as mulheres. Estaremos distribuindo a Cartilha da SOF, lançada no final do ano passado, assim como contaremos com a presença da Renata Moreno (a Tica) da MMM/SP e assessora da SOF.

Por esta razão queremos que todos os núcleos façam um esforço de estar representados, sendo fundamental que todas se inscrevam para que possamos organizar melhor a infra. 



FORMAÇÃO FEMINISTA E PLENÁRIA ESTADUAL MMM/RS
Data: 16 e 17 de julho
Local: CPERS sindicato - Rua Alberto Bins, 480 Porto Alegre

Programa:

16 de julho - das 8:30 às 18:30

9h - Formação Feminista - Mulheres em Luta por uma Vida sem Violência - Distribuição da Cartilha da SOF e Campanha da MMM - com Renata Moreno (Tica) assessora da SOF e MMM/SP

A metodologia da formação é baseada na construção coletiva do conhecimento. Tendo como referência a educação popular, partiremos da realidade das mulheres para a elaboração de nossos saberes e desafios. Técnicas vivenciais orientarão nosso encontro.

Como objetivo, espera-se resgatar a atuação da MMM no RS durante o último período, dialogar sobre conjuntura e o tema da violência, assim como pensar a organização/ fortalecimento dos núcleos e a resistência neste período de ataque aos direitos da classe trabalhadora, das mulheres, população negra, LGBT, entre outras.

Almoço será no restaurante local, subsidiado pela organização.(cardápio único)

Obs: Na parte da tarde continuaremos com os tema construindo estratégias para os debate nos núcleos.

Previsão de término 18h. Após faremos uma confraternização.



17 de julho Plenária da MMM - Organização da MMM pelo interior do Estado, proposição de atividades que os núcleos podem organizar

Previsão de término as 16h de domingo

Para o almoço de domingo faremos no mesmo formato do nosso último encontro, servido no local, no formato de um lanche reforçado com frutas e sucos.



Hospedagem: solicitamos no próprio Cpers, mas em função da paralisação, ainda não tivemos retorno. Mas poderemos contar com a hospedagem solidária, nas casas das companheiras da MMM de Porto Alegre. As que precisarem entrem em contato direto com a companheira Cláudia Prates (mulheresmudamomundo@gmail.com - fone 0519683.2739 watts)

Alimentação: Teremos café, biscoitos e frutas para o dia - almoços no local para sábado e domingo. Não pagaremos os jantares.

Transporte: Podemos pagar 1 (uma) passagem (ida e volta) para cada núcleo da MMM, pois além de não termos condições financeiras de arcar com mais de uma, também ficará mais difícil o alojamento. Os núcleos que puderem arcar com a participação de mais de uma, poderão inscrever, sem problemas. Quem precisar que o valor seja depositado antes, entre em contato com Raquel Duarte (raquelpduarte@gmail.com - ou watts 054 8134.4740). As que puderem comprem as passagens e reembolsamos (dentro do critério de 1 por núcleo) no dia do encontro, mediante a entrega da passagem ou comprovante.

Banca da MMM: Com o valor que temos em caixa hoje, podemos pagar as passagens das marchantes e os almoços de sábado e domingo. É importante ainda que todas que tem débito com a MMM ou vendas da banca pra depositar que o façam, pois temos compas que estão em débito deste a Ação de 2015.....(cada uma sabe o que deve, pois já foram avisadas mais de uma vez).


Ajude a construir nossa trajetória!

Desde a IV Ação Internacional da Marcha Mundial das Mulheres, estivemos inseridas em diversas lutas e espaços de formação (contra o golpe, ocupações das escolas, etc). Queremos construir esta memória através de fotos. Por isso, pedimos que as companheiras enviem estes registros para fabiolapapini@gmail.com


INSCRIÇÃO: AQUI

EVENTO NO FACE: AQUI

#MulheresContraCunha
#Fora Temer

Estamos em Marcha
Seremos Livres!
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