quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Miss Violence, no Sindibancários de Porto Alegre




O filme Miss Violence, do grego Alexandros Avranas, conquistou os espectadores e a crítica de todos os cantos do mundo em 2014. Nos sites brasileiros A Tarde, Almanaque Virtual e Cinemascope, o longa obteve a nota máxima pelos jornalistas e críticos de cinema que o analisaram. Para conferir mais novidades sobre Miss Violence, acompanhe as atualizações e as novidades do Cine Bancários.
 — em SindBancários Porto Alegre

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Folia das Clandestina


Em fevereiro tem carnaval e tem carnaval feminista!

Vem pra Folia das Clandestinas pra festejar na luta pelo direito ao nosso corpo!

Cerveja barata, pessoas bacanas e música boa!


Afinal, se eu não posso dançar não é a minha revolução, já dizia Emma Goldman.


Festa colaborativa para arrecadar fundos para a Quarta Ação da Marcha Mundial das Mulheres.

Data: 26 de fevereiro
Hora: a partir das 19h
Local: Sindipetro RS - Rua Lima e Silva, 818 - Porto Alegre/RS
Entrada: $ 5,00 ou quanto puder contribuir.
Vai lá no Face e confirma!!! 
https://www.facebook.com/events/1430707120554646/?fref=ts
PUBLICAÇÕES

domingo, 15 de fevereiro de 2015

Rosangela e Lurdinha, Presente!

O feminismo está de luto

        Desde sábado, dia 14 de fevereiro, estamos de luto ao saber que no dia anterior um acidente de carro, na Bahia, nos tirou três companheiras. Faleceram Rosangela Rigo, Lurdinha Rodrigues e Célia Escanfella que estavam a caminho da Chapada Diamantina, para passar os feriados de carnaval.

Nesse momento Rosangela e Lurdinha integravam a equipe da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República SPM/PR. Rosangela Rigo como Secretária de Articulação Institucional e Ações Temáticas (SAIAT) e Lurdinha Rodrigues, Coordenadora Geral da Diversidade.

          Dos nossos lábios e de nossas mãos, nesse momento, saem palavras de dor e lamento por essa enorme perda. Mas saem também as lembranças de como as conhecemos, das lutas que travamos juntas, dos momentos de convivência e dos seus sorrisos. Fica a certeza de que foram mulheres que deram uma enorme contribuição à luta feminista e por uma sociedade democrática, justa e igualitária. Elas seguirão vivendo em nossas memórias e em nossos corações. Sabemos que hoje o feminismo está mais frágil com essa perda e que isso exige de nós força para seguir e garantir que seus projetos sejam realizados, que seja parte de nossa jornada.

        Expressamos nossa solidariedade aos seus familiares, desejamos muita força nesse momento de tanta dor e sabemos que poderão se apoiar na grandeza de suas trajetórias.

       Nos solidarizamos também com as companheiras da SPM e com a Ministra Eleonora Menecucci que como nós estão de luto, com a mesma dor que nesse momento nos inunda a todas.

         Nos despedimos tristes, mas certas que seguiremos em marcha construindo o mundo que sonhamos juntas: de mulheres e homens livres e iguais.

Rosângela Rigo, presente!
Lurdinha Rodrigues, presente!
Célia Escanfella, presente! 
         

Marcha Mundial das Mulheres




quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Silvana Klein, presente agora e sempre!

silvana klein
Silvana Klein em atividade pelo dia Latino Americano de despenalização e legalização do Aborto, em Porto Alegre-RS. Foto Cíntia Barenho/MMM-RS
… cai a flor, — e deixa o perfume no vento!”
(Cecília Meireles)
Querida Silvana, nossa companheira de tantas lutas. Com você, tivemos uma mulher talentosa, ousada e determinada a lutar pela vida das mulheres seja conosco na Marcha Mundial das Mulheres, seja no movimento sindical, seja na política e no partido, seja nos demais espaços nos quais passastes.
Você partiu, mas sua alegria, determinação e, principalmente, toda sua garra nesses últimos tempos seguirão nos inspirando.
Obrigada por construir sua história de vida lutando por democracia, autonomia, amor, utopias, liberdades seja para que todas as mulheres, seja para que tua família tenha uma vida digna e feliz.
Todas têm o direito de viver para sempre.
Silvana viverá para sempre nas nossas lembranças e nos nossos corações porque marcou nossas vidas.
Muito obrigada por você ter construído o feminismo com todas nós.
Obs: Silvana Klein vivia em Porto Alegre-RS

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Misoginia: a gente vê por aqui.



Pergunta feita hoje, 05/02, no programa Bahia Meio Dia:


Você acha que o beijo forçado no carnaval deve ser proibido?
 
 
Se a pergunta fala em proibir, logo, hoje, é permitido? Não. Não é. É crime. É estupro.
 
Qualquer coisa feita sem o consentimento da outra, principalmente no que se refere ao direito ao próprio corpo, não pode ser tratada como uma coisa natural em nenhuma época do ano.
 
Na mesma semana em que um homem foi condenado pela justiça a sete anos de prisão por ter beijado a força uma mulher durante o carnaval de Salvador de 2008, o jornal local faz uma enquete machista incitando a violência.
 
Repudiamos a enquete do programa Bahia Meio Dia e também a Rede Globo por reproduzir, mais uma vez, a cultura do estupro.
 
Seguiremos em marcha até que todas sejamos livres!
 
 
 
 
 


quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Isso é sobre feminismo, não sobre o amor[1]



 










Algumas atrás semanas participei de um seminário onde o tema era Mulheres, Justiça e Participação Social, numa universidade no norte do país, no coração da Amazônia, para ser mais exata. O evento era aberto para toda a comunidade, acadêmica ou não.
 As mulheres ribeirinhas foram convidadas e estavam em maioria. Muitas alunas também participaram e o seminário foi um sucesso de público (feminino). Mas e os homens? Pois é. Os professores não liberaram os alunos para participar e seguiram suas aulas como se nada estivesse acontecendo, além de outros boicotes que não cabem nesse texto.
Dessa forma, já na abertura do evento, o público era quase totalmente feminino e não havia um professor sequer na “platéia”. A mesa era composta somente por mulheres, eu, uma doutoranda em história e uma doutora em filosofia. Assim que foram abertas as inscrições surgiram falas, de ambos os sexos, de que os homens deveriam ter sido chamados, que deveriam estar na mesa de abertura, afinal, é com eles que as mulheres precisam dialogar. Lindo, só que não.
Nas últimas semanas, em diversas discussões na Internet, seja por conta da luta pelo compartilhamento do trabalho doméstico, seja pelo caso do professor pseudo intelectualóide que acha tranquilo enviar fotos de seu pênis para quem não demonstra nenhuma intenção de vê-lo e a defesa feita por outros homens que se solidarizam com o pobre professor, um argumento gêmeo do apresentado no seminário apareceu recorrentemente, o de que não podemos ser grosseiras com os homens, não podemos ter uma fala ou uma atitude violenta, pois assim estaríamos agindo como eles e os afastando do debate.
Bueno, o ocorrido na universidade diz muito para esses dois discursos que questionam a razão pela qual os homens foram convidados. A universidade inteira foi convidada. Porém, de fato, eles não foram chamados para as falas acadêmicas de abertura e por isso não foram. Eles não participaram do seminário porque não havia um deles no lugar de poder, no lugar de autoridade no assunto. Não participaram porque as glórias do evento iriam para uma professora, uma mulher jovem que está tendo a ousadia de levar a população feminina e ribeirinha para dentro da universidade e assim fazê-la cumprir seu papel social. Eles não foram porque não vêem a fala de mulheres sobre mulheres como algo que possa contribuir para suas vidas e de seus alunos e alunas. Mas o discurso construído pelo patriarcado de que as feministas odeiam homens é tão forte, tão enraizado, que o primeiro pensamento é o da culpabilização das mulheres, de que elas não haviam convidado os machos, descumprindo o papel de gentileza e docilidade e de onde nenhuma mulher pode se retirar.
A mesma lógica opera quando se diz para uma feminista que ela deve valorizar cada passo que um homem dá para diminuir o seu machismo, aplaudindo de pé como uma mãe que vê o filho ir ao banheiro sem a sua ajuda. O feminismo não é um discurso de amor incondicional, materno e amoroso. É uma luta cotidiana e permanente para construir uma sociedade onde não sejamos mortas por sermos mulheres, para que possamos nos libertar da escravidão do trabalho doméstico e onde nós e homens estejamos, de fato, em pé de igualdade, se relacionando de forma fraterna e solidária. Não queremos matar homens, mas não queremos ser mortas por eles.
Não podemos colocar as feministas no lugar de professoras de homens, dizendo “olha querido, vou mostrar pra você, com todo o amor, como você está errado, não pode bater na coleguinha”, ou “nossa, que lindo, você aprendeu que mostrar o seu pintinho para as meninas que não querem vê-lo é feio, mas não se preocupe, não vou contar pra sua mãe”, ou, ainda, “Joãozinho é tão querido, tem quarenta anos e faz sua própria comida, parabéns Joãozinho”. Não, né, gente?
Uma mulher é estuprada a cada quatro minutos no Brasil, a nossa taxa de feminicídio em 2013 foi de 5,82 casos para cada 100 mil. As mulheres trabalham, em média, o dobro do que os homens nos afazeres domésticos. Nossa representação na política é vergonhosa, eleição se ganha com recurso financeiro, o que, obviamente, falta às candidatas. Morremos todos os dias por conta de abortos inseguros. Bolsonaros nos ameaçam todos os dias.
Não estamos espalhando amor pelo mundo. Estamos lutando para que o mundo seja um lugar onde o amor possa florescer. E essa luta, às vezes, será dura. Aqueles que nunca nos deram voz terão que ouvir nossos gritos. O feminismo é uma luta coletiva contra um poder instituído socialmente. Um poder que mesmo o homem mais parceiro das feministas possui e do qual, mesmo que queira, não pode abrir mão. Portanto, é gratificante, maravilhoso quando encontramos homens avançando conosco, lutando conosco, apoiando sem tentar protagonizar a nossa luta. Mais lindo ainda quando eles compreendem que a luta é dura e nem sempre mediadora, que avançamos pressionando um patriarcado violento.
Sou solidária a qualquer ser humano oprimido, seja quem for. Mas minha aliança fundamental, minha energia vital está com as mulheres. Seguimos em Marcha!!!!

[1] Vanessa Gil, militante da Marcha Mundial das Mulheres RS

 

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

MMM do RS repudia as declarações do Deputado Jair Bolsonaro

O dia 09 de dezembro de 2014 foi marcado pelo discurso machista e misógino do Deputado Federal Jair Bolsonaro, que em mais um ataque a sua colega de parlamento, Maria do Rosário, defendeu a cultura do estupro.

O parlamentar que já é conhecido por suas declarações preconceituosas e homofóbicas e pelo seu discurso sempre autoritário e de ódio, hoje, mais uma vez, em uma atitude sexista assediou moralmente não só a Maria do Rosário ao afirmar que só não a estupraria por que ela não merecia, mas também a toda e qualquer mulher.

Bolsonaro quebrou o decoro parlamentar e deve ser responsabilizado por suas infeliz declaração.

Nós, da Marcha Mundial de Mulheres do Rio Grande do Sul, repudiamos tal declaração e reafirmamos que nenhuma mulher merece ser estuprada, violentada ou ameaçada..

O ataque do Bolsonaro nos mostra que ainda temos um grande percurso a percorrer até consolidar, de fato, um estado democrático.

Entendemos que o meio político por ser um espaço domidado por homens é em potencial um disseminador de misoginia,  machismo e sexismo e por esse motivo nos posicionamos a favor da reforma política para que mais mulheres possam ocupar espaços através da paridade de gênero e que assim a luta das mulheres seja reconhecida e nossos direitos garantidos.

Também declaramos toda a nossa solidariedade a Deputada Federal Maria do Rosário, defensora dos Direitos Humanos e de toda a diversidade da população brasileira.

Contra o machismo, a misoginia e o sexismo, somos todas Maria do Rosário!

Seguiremos em Marcha até que todas sejamos livres de todas as formas de opressão!