sexta-feira, 30 de julho de 2010

Ato contra a violência em Esteio




Em Esteio, o Ato de Vigília aconteceu na praça do Expedicionário (praça do soldado), no centro da cidade. Iniciamos às 18h, com as bandeiras da Marcha e do coletivo feminista Vânia Araujo distribuídas pela praça junto com velas e cartazes. A atividade teve a participação das feministas do Movimento Comunitário (UAME), da Secretaria da saúde, da setorial de mulheres do Partido dos Trabalhadores, da Economia solidária, da ONG Ambientalista Abrasinos e de representantes do Conselho Municipal da Mulher. Ainda tivemos a presença de homens participando da atividade com suas companheiras.

Durante a Vigilia foram distribuídas cartilhas da Lei Maria da Penha, materiais sobre o Ciclo de Violência e adesivos. Além disso, circulou no local um abaixo assinado solicitando a criação de uma Vara Especial de Combate à Violência Doméstica e Familiar no Fórum de Esteio e Ampliação do horário do atendimento à mulher para 24 horas na Delegacia Civil de Esteio, pelo fato de que as vitimas muitas vezes são agredidas a noite e nos finais de semana. Distribuímos cartilhas da lei, cartilhas do disque denuncia 180, e foi recolhida mais de 300 assinaturas.

A Vigília repercutiu bem em Esteio e nas cidades vizinhas. Várias pessoas de Sapucaia do Sul passaram pela praça para acompanhar e assinar o documento. Acreditamos que juntas podemos romper com esse ciclo de violência que assombra a todas as pessoas principalmente as mulheres. Precisamos denunciar qualquer tipo de violência. A luta continua e estamos prontas para mais uma intervenção contra qualquer tipo de violência.

“Mulheres em Movimento Mudam o mundo”. Abraços feministas a todas e a todos que participaram desta ação Estadual da Marcha Mundial das Mulheres.

Fonte: Grupo Feminista Vânia Araujo

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Em Bagé, a vigília continua.


Uma vigília luminosa marcou ação na tarde de ontem, na Praça Silveira Martins. Com velas acesas, homens e mulheres chamaram a atenção da comunidade para violência contra a mulher.

Promovida pela prefeitura através da Coordenadoria da Mulher, contou com o apoio do Prociba, do Gabinete da Primeira Dama e a Câmara de Vereadores. Segundo a coordenadora municipal da mulher, Lélia Lemos de Quadros, a vigília luminosa aconteceu simultaneamente em várias cidades do Estado, sempre com o objetivo de alertar a sociedade de que as mulheres são vítimas de violência. “Este ato pede o fim da violência. As velas acesas simbolizam a busca pela paz”, comentou.
Lélia destacou que no Brasil, em 10 anos, mais de 41 mil mulheres foram vítimas de homicídio e que a cada dia uma mulher é morta. Em Bagé os números também são altos. A cada mês, cerca de 100 mulheres registram ocorrência de violência, na grande maioria das vezes praticada pelo companheiro. Apenas no ano passado, 1 064 denunciaram seus agressores. Dessas, três resultaram vítimas de homicídio.
O perfil da mulher agredida não existe, afirma Lélia. Segundo ela, a violência contra a mulher atinge todas as classes sociais em todas as faixas etárias, seja com violência física, psicológica ou patrimonial. “Queremos apenas que as mulheres não se intimidem e denunciem seus agressores. Só assim poderemos ter números concretos e punir os responsáveis”, encerrou.

Fonte: Jornal Minuano de Bagé

terça-feira, 27 de julho de 2010

Gaúchas fazem vigília em protesto contra à violência



Com objetivo de protestar contra o aumento de crimes e da violência, nesta quarta, 28, das 18 às 20h, gaúchas de vários municípios do Estado farão duas horas de vigília em desagravo aos assassinatos e violência que vitimizam milhares de mulheres diariamente.
Em Porto Alegre, a concentração será na Praça da Matriz. O local, conforme uma das coordenadoras da Marcha Mundial das Mulheres, Claudia Prates, foi escolhido pois concentra os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. “Precisamos cobrar que a Lei Maria da Penha seja aplicada, pois se as medidas que estão na legislação fossem tomadas muitos crimes poderiam ser evitados”, afirmou. Atividades semelhantes acontecerão também em Esteio, será na Praça do Soldado; em Caxias da Sul, na Praça Dante Alighieri, no centro; e em Bagé também acontecerá na Praça Silveira Martins às 18 hs - cidades que não puderam realizar no dia 21 em virtude das fortes chuvas.
Conforme estudos realizados pelo Mapa da Violência no Brasil 2010, com base em dados do Sistema Único de Saúde (SUS), no período de dez anos (1997 – 2007) cerca de dez mulheres foram assassinadas por dia. Os números apontam que 41.532 mulheres morreram vítimas de homicídio, um índice de 4,2 assassinatos por 100 mil habitantes.
“No Rio Grande do Sul a situação é a mesma, precisamos acabar com o machismo e com esta cultura que legitima o poder do homem sobre a mulher, a banalização da violência e do assassinato das mulheres pelos homens”, cobrou Prates.
O movimento, que iniciou com uma articulação feita pela Marcha Mundial das Mulheres via email, blogs e twitter, já conta com a adesão de diversas entidades como CUT, Liga Brasileira de Lésbicas (LBL-RS), Rede Feminista de Saúde, Coletivo Vânia de Araújo Machado, Bancárias de todo o Estado, Comdim's, Grupo Autônomo de Mulheres de Pelotas (Gamp), Coletivo de Mulheres da UCS, Caxias do Sul, Apta-FURG de Rio Grande entre outras.
As blogueiras da "Ofensiva contra o Machismo" confirmaram presença com a distribuição e colagem dos adesivos “O Machismo Mata”, que serão aplicados pelas cidades onde a vigília está confirmada.

Contato para informações e entrevistas:
Porto Alegre
- Claudia Prates (Marcha Mundial das Mulheres) - F:9208.9643
Esteio
Janaína dos Santos -(Coletivo Vânia de Araújo Machado) F: 9689.0645
Bagé
Lélia Quadros (Coordenadoria da Mulher) F: 053 9964.3778
Caxias do Sul
Mariane Travi Ceconello (Coletivo de Mulheres da UCS) F: 54 8401-4436

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Unidas na luta pelo fim da violência




MOBILIZAÇÃO > EM PROTESTO NA PRAÇA GETÚLIO VARGAS, EM SANTA CRUZ, MULHERES CONTARAM COM APOIO DA COMUNIDADE
fotos: Lula Helfer/Ag. Assmann


Ontem, o dia 21, foi de protesto pelo fim da violência contra a mulher em diversas cidades do Estado, entre elas Santa Cruz do Sul. Na Praça Getúlio Vargas, representantes de cinco entidades ligadas à defesa dos direitos da mulher manifestaram sua indignação pelo crescente número de mulheres agredidas, a maioria vítima dos próprios companheiros. O movimento foi organizado pela Marcha Mundial das Mulheres, Coletivo de Mulheres do Diretório Central de Estudantes (DCE) da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), Escritório de Defesa da Mulher e Conselho Municipal dos Direitos da Mulher. Por meio da distribuição de panfletos com informações e orientações sobre o problema, as manifestantes chamaram a atenção da comunidade e convidaram a população a integrar o movimento. O apelo foi atendido por cerca de mil pessoas, que participaram de dois abaixo-assinados: o primeiro busca a ampliação do horário de atendimento da Delegacia da Mulher de Santa Cruz – que atualmente não funciona no turno da noite e aos finais de semana –, e o outro sugere a criação de uma vara específica com competência de Juizado Especial de Violência Doméstica Contra a Mulher. A aposentada Dilce Akele nem precisou ser abordada pela manifestação para se unir ao grupo. Ela foi até a praça especialmente para assinar os documentos, pois acredita que os crimes contra a mulher carecem de atendimento específico. “É uma simples assinatura, uma pequena contribuição que pode fazer uma grande diferença”, disse. Assim como Dilce, muitas pessoas procuraram o movimento por conta própria, o que surpreendeu as organizadoras. “Acredito que os casos de grande repercussão nacional na mídia têm influenciado a comunidade a querer ajudar, pois estão todos revoltados com o que está acontecendo”, supõe a coordenadora do Escritório de Defesa da Mulher, Iara Bonfante. Além da divulgação do manifesto, o corpo a corpo também surtiu efeito. Segundo Iara, mais de 90% das pessoas abordadas na calçada aderiram à causa. Eles também lutam Outra surpresa foi a participação dos homens que, conforme a coordenadora, quase superou o número de mulheres engajadas. O estudante Leandro Abrunhosa foi um deles. Convidado a apoiar a luta das mulheres, ele não teve dúvida. “Os homens também precisam participar, pois não vivemos sem as mulheres”, disse bem-humorado. “Além disso, estamos beneficiando toda a sociedade ao buscar a redução nos números da violência”, complementou. Também estudante, Kelly Pase acompanhou o amigo e deixou sua assinatura. “Cada um tem que fazer a sua parte, só assim vamos conseguir mudar alguma coisa”, opina. A vigília, que aconteceria no final da tarde de ontem, foi cancelada em função da chuva. Agora, o próximo passo é a entrega dos abaixo-assinados ao Ministério Público. O ato ainda não tem data definida.

Mulheres protestam contra violência em Caxias do Sul


Vigilia.jpg


Vigília ocorreu na Praça Dante Alighieri

Juliana Bevilaqua | juliana.bevilaqua@ pioneiro. com

Cerca de 50 mulheres protestaram na noite desta quarta-feira na Praça Dante Alighieri, em Caxias do Sul. A vigília contra a violência doméstica ocorreu em outras cinco cidades gaúchas: Porto Alegre, Esteio, Bagé, Cruz Alta e Torres.

_ Queremos chamar atenção para a Lei Maria da Penha, para que ela seja aplicada. Em Caxias, há Delegacia da Mulher, mas não há um juizado especializado em violência doméstica, como a lei determina _ explica a advogada Carina Silva, integrante da Marcha Mundial de Mulheres.

Durante o ato, as participantes lembraram a morte de Patrícia Brito da Silva, 24 anos, no dia 28 de junho, no bairro Jardelino Ramos. A jovem morreu com um corte no pescoço. O namorado é o autor do homicídio e está foragido. O grupo criticou o fato de crimes como o de Patrícia ter menor repercussão do que de casos como o do goleiro Bruno, por exemplo.

Além da Marcha Mundial de Mulheres, participaram da vigília o Sindicato dos Servidores Municipais (Sindiserv), Movimento dos Trabalhadores Desempregados (MTD), Coletivo de Mulheres da UCS, Pastoral da Juventude, Movimento Negro Unificado, Liga Brasileira de Lésbicas, Cpers, UAB, União Caxiense de Mulheres e Conselho Regional de Psicologia.

Mesmo com chuva algumas pessoas compareceram a vigília



Mesmo com chuva as mulheres e alguns homens encaram a vigília feminista contra violência, em Porto Alegre e Esteio. Ainda não temos notícias de outros municípios, mas já estamos confirmando a vigília para a próxima quarta, 28, onde contaremos com a participação de mais mulheres e organizações. As fotos são da concentração em Porto Alegre.



http://twitpic.com/27gd95 - veja as outras fotos.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Ativismo contra a violência: Basta de violência contra as Mulheres!


Mulheres, ativistas feministas do Rio Grande do Sul


A Lei Maria da Penha é um marco na tipificação da violência e na penalização do agressor.
Porém ainda não estamos seguras.
Precisamos acabar com o machismo, com a cultura que legitima o poder do homem sobre a mulher, a banalização da violência e do assassinato das mulheres pelos homens.

Estudo apontou que dez mulheres foram assassinadas por dia no Brasil em um período de dez anos. De acordo com o Mapa da Violência no Brasil 2010, com dados do Sistema Único de Saúde (SUS) entre 1997 e 2007, 41.532 mulheres morreram vítimas de homicídio no período - índice de 4,2 assassinatos por 100 mil habitantes. Apesar de as vítimas femininas estarem em número e proporção bem mais baixos do que os homens (92% dos homicídios), o nível de assassinato de mulheres no País está acima do padrão internacional.

Os dados no RS não são diferentes e não podemos ficar caladas.

Diante dos inúmeros casos que nos deixam indignadas todos os dias, nós feministas da Marcha Mundial das Mulheres estamos convidando a todas as mulheres, de todas as organizações do Rio Grande do Sul a sair as ruas. Queremos gritar BASTA!

Precisamos formar uma rede de vigilância contra a violência. Para isto estaremos nas ruas no dia 21 de julho, em vários municípios do RS. Vamos mostrar a sociedade que estamos formando um pacto de vigília permanente. Vamos denunciar todos os homens que agridem suas companheiras. Vamos botar a boca no trombone!

Basta de violência contra as mulheres!

Dia 21 de julho as 18 horas - concentração

2 HORAS DE VIGÍLIA CONTRA A VIOLÊNCIA! Local a definir em cada cidade do Estado.

Mandem a confirmação da agenda e uma responsável por cidade.

Temos confirmação de Porto Alegre, Esteio, Bagé, Torres, Caxias do Sul, Pelotas, Rio Grande e Cruz Alta.


Esteio -> frente ao Sindiplast - Rua dos Ferroviários, 119

Caxias da Sul ->
Praça Dante Alighieri, no centro

Pelotas - Calçadão da Sete de setembro, em frente ao Chafariz

Rio Grande - na Furg

Em Porto Alegre será na Praça da Matriz das 18h às 20h.


Vamos levar velas e fazer nosso protesto reunindo todas as organizações e movimentos da cidade, pelo fim da violência contra as mulheres.
Mãos a obra e boca no trombone!

Marcha Mundial das Mulheres-RS