quarta-feira, 24 de julho de 2013

Feminismo em marcha para mudar o mundo: Brasil se prepara para receber o 9º Encontro Internacional da Marcha Mundial das Mulheres


EncontroIMMM

Arte: Biba Rigo.
Entre os dias 25 e 31 de agosto de 2013, o Brasil sediará pela primeira vez um Encontro Internacional da Marcha Mundial das Mulheres, reunindo representantes vindas dos cinco continentes do mundo, ativamente envolvidas na luta pela erradicação da pobreza e da violência contra as mulheres. São esperadas 1600 mulheres para participar durante todos os dias do Encontro, que acontece no Memorial da América Latina, em São Paulo. Delegações vindas de 18 estados brasileiros vão realizar uma grande mobilização nas ruas, no dia 31 de agosto.
Em marcha até que todas sejamos livres
O Encontro será um momento especial para expressar a contribuição da Marcha Mundial das Mulheres para o feminismo brasileiro, demonstrando-o na prática e avançando em sua construção teórica. Ao mesmo tempo, é um momento para aprofundar nossa visão comum sobre os desafios que enfrentamos nesta conjuntura repleta de ofensivas conservadoras do capitalismo patriarcal, racista e lesbofóbico contra nossos corpos, nossas vidas e nossos territórios.
Juntas, vamos fortalecer nossa auto-organização e as estratégias de construção de um feminismo enraizado em processos locais que se conectam internacionalmente, em aliança com movimentos sociais anti-capitalistas e com uma forte solidariedade internacional que se expressa no nosso lema “seguiremos em marcha até que todas sejamos livres”.
O 9º Encontro Internacional será combinado com uma grande programação de intercâmbio e formação político e cultural, no qual, além dos debates teóricos, também vamos fazer uso de outras linguagens, como uma exposição sobre o histórico da Marcha e do feminismo. O evento está pensado como um espaço dirigido à participação de um grande número de militantes da Marcha do Brasil e da América Latina e mulheres dos movimentos parceiros.
Programação
A abertura do Encontro, no dia 25 de agosto, terá participação das delegadas internacionais. Os dois dias seguintes serão de formação política e debate entre teóricas, pesquisadoras feministas e ativistas da MMM, relacionando teoria e prática feminista como partes de um mesmo processo.
Entre os dias 28 e 30, enquanto as delegadas internacionais se concentram em debates sobre a vida democrática da Marcha, as demais participam de atividades simultâneas, como debates de formação e oficinas.
No dia 31, todas se reúnem em uma Assembleia para compartilhar análises e decisões. O evento se encerra com uma grande mobilização, nas ruas de São Paulo.
Durante todo o período, iremos realizar uma Mostra de Economia Solidária e Feminista, a fim de promover o intercâmbio de ideias e de produtos e dar visibilidade às mulheres como atrizes da economia.
As interessadas em participar do Encontro devem procurar os comitês estaduais da MMM. No caso de estados onde não existe comitê organizado, entre em contato com a SOF (sof@sof.org.br), secretaria da Marcha no Brasil.
Contamos com o seu apoio na divulgação deste importante evento para a construção do feminismo militante e popular.
Para mais informações, consulte os sites:
http://marchamulheres.wordpress.com 
Seguiremos em marcha até que todas sejamos livres!

Ficha de inscrição do RS:

Leia, preencha e envie o formulário de inscrição, precisamos nos organizar, juntar, saber de nós!

https://docs.google.com/forms/d/1IWGUrCN8vTtbnvXxG9ONSuy3Kp7GLBZqRHFJdqIlSiQ/viewform

qualquer coisa nos contate, pelas listas ou direto no e-mail que estão no formulário.



sexta-feira, 19 de julho de 2013

A ocupação e a nudez da incoerência


Por: Vanessa Gil*
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Ocupação da Câmara de Porto Alegre. Foto: Carlos Ferrari / Futura Press
Eu tinha jurado para mim mesma que não entraria novamente na polêmica do nu, não nu, protesta vestido, protesta pelado. E nem vou. Mas não posso deixar de trazer algumas reflexões sobre o caso da nudez na Câmara de Vereadores/as de Porto Alegre.
 Para quem não sabe, a Câmara de Porto Alegre foi ocupada pelo Bloco de Lutas pelo Transporte Público por mais de uma semana. Povo de luta, coisa linda de se ver. Num dos dias da ocupação,uma galera tirou a roupa como forma de protesto em frente a galeria de fotos localizada no saguão do prédio. A bancada conservadora foi à loucura e os jornais falaram disso por dias. Nas redes sociais o assunto continua rendendo.
 Contextualizado o acontecido, quero lembrar que recentemente escrevi um texto pro blog da Marcha Mundial das Mulheres do Rio Grande do Sul falando sobre o tema da nudez. Por isso, não preciso reforçar que não tenho, em essência, nenhum problema com a nudez para fins políticos, sexuais, libertários, seja lá pra que for. Apesar de ter achado desnecessário e de um profundo mau gosto utilizar uma foto da ex-vereadora e agora deputada Manuela D’Ávila no protesto. Qual era o objetivo mesmo? Assim, tenho resistência com a nudez quando, no lugar de trazer o debate da mercantilização do corpo, ela reforça o machismo. E isso é exatamente o que parece acontecer com o caso da foto e a reação ao discurso conservador que se seguiu.
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Detalhe da foto original de Ramiro Furquim.
A imprensa cumpre seu papel de aparelho ideológico, não vejo surpresa nisso. Imagino que quando decidimos tirar nossas roupas, fotografar e postar na internet, previamente calculamos que isso acontecerá e que a mídia nos chamará de vândalos/as, pornográficos/as, sem pudor, blá, blá, blá. Mas, sendo o objetivo final válido, devem ter, presumo eu, avaliado que essa era a melhor forma de levar o debate do aprisionamento dos corpos e da falsa moral burguesa para o debate público. E cada grupo tem suas táticas e estratégias que não nos cabe questionar. Tá pela esquerda? Apoiamos.
 Creio que tenhamos acordo acerca da conotação negativa que seria dada pela imprensa, que a bancada conservadora usaria isso para levantar a bandeira da moral e dos bons costumes. Mais do que isso, sabíamos que pessoas como o Valter Nagelstein, vereador do PMDB, hipócrita, falso moralista, usaria isso de forma deturpada e reacionária. Dessa forma, nós iríamos às redes sociais para denunciar a falsa moral do Valter, na sua condição de homem, né? Buscaríamos debater a partir das práticas incoerentes dele, não é? Isso mesmo, só que não.
 Todos os dias, tenho aberto as redes sociais e me deparado com as fotos da Playboy para a qual a esposa do vereador posou. Acompanhando as fotos estão textos indignados mostrando a incoerência do vereador que esculacha os manifestantes por sua nudez e não faz o mesmo com sua esposa. Infelizmente, o que estamos vendo, mais uma vez, é que a forma mais comum de ofender um homem, a mais eficiente, aquela que o patriarcado mais gosta, ofendendo a “mulher” do Valter, e dessa forma, ofendendo a honra do Valter.
 Não tem nada de errado nessa postura? Alguém ligou para a mulher que posou perguntando o que ela achou do nu no legislativo municipal, ou presumimos, como bons libertários(as) que somos que, obviamente, uma mulher sempre tem a mesma opinião do seu marido? Ou que, tendo ela a mesma opinião, podemos utilizá-la como desejarmos para ofender ao seu marido? Diante disso, vale reforçar: O MACHISMO NÃO NOS REPRESENTA!
 *Vanessa Gil – Socióloga e Militante da Marcha Mundial das Mulheres do Rio Grande do Sul.

domingo, 9 de junho de 2013

Ato Contra a Estatuto do Nascituro 15 de junho

 

Diga NÃO ao Estatuto do Nascituro

ATO EM PORTO ALEGREDIA 15 DE JUNHO
AS 15H
LOCAL: MONUMENTO DO EXPEDICIONÁRIO


MOÇÃO DE REPÚDIO DA MARCHA MUNDIAL DE MULHERES

A Marcha Mundial das Mulheres repudia com indignação o Projeto de Lei (PL 489/2007) de autoria dos Ex Deputados Luiz Bassuma (PV-BA) e Miguel Martini (PHS-MG), que propõe instituir o Estatuto do Nascituro. Este projeto foi aprovado na comissão de finanças no dia 05/06 através do substitutivo da deputada Solange Almeida do PMDB do RJ.
O PL passa a considerar sujeito pleno de direito o óvulo fecundado, ou seja, o organismo concebido e não nascido passa a ter mais direitos do que a mulher.
Tal projeto pretende ainda legalizar a violência sexual que as mulheres sofrem, principalmente o estupro, tornando inadmissível o aborto consequente desta violação e instituindo o pagamento de auxílio para sustentação do nascido até os 18 anos. O projeto institui a chamada “Bolsa Estupro”, como é conhecida pelos movimentos de mulheres, reforçando que a punição recairá sobre a própria mulher violentada. A bolsa deverá ser paga pelo agressor e, caso não o faça, o ônus recairá sobre o Estado.

O estupro é um crime hediondo. Através deste projeto, o estuprador passa a ser chamado de genitor, e a vítima é obrigada a se relacionar com o criminoso, já que ele deverá assumir a paternidade. Também vão perder o direito ao aborto legal as mulheres com risco de vida e as grávidas de fetos anencéfalos, uma recente conquista do movimento de feminista através do Supremo Tribunal de Justiça.

Afora a hipocrisia, o abrandamento e a naturalização do crime do estupro, e a violação de vários direitos das mulheres, se destaca a pretensão do legislador em querer determinar quando começa a vida, questão que nem a ciência ousou fazer. Ao analisar os dispositivos desta proposta, cai por terra o discurso de “proteção da vida”, pois não se vê nada além do que já tratam as legislações vigentes sobre direitos de personalidade, direito de saúde e direitos patrimoniais dos recém nascidos.

Caso aprovado este projeto, fica proibida ainda qualquer manifestação que trate do assunto aborto, cerceando o direito do debate, quesito fundamental para a democracia.

Assim, entendemos que a proposta do “Estatuto do nascituro” deve ser rechaçada, pois ela significa mais um dos ataques dos conservadores, machistas e opressores que:
- Condena as mulheres à submissão, mantendo-as expostas à violência;
- Reflete a omissão do legislativo diante do aborto como elemento de preservação da vida das mulheres e de garantia da autonomia;
- Golpeia a democracia, a igualdade e a justiça, atingindo bens e valores construídos historicamente.

O avanço rumo à aprovação do chamado “Estatuto do Nascituro” deve ser visto como ameaça aos direitos das mulheres. Nele, estão reunidas as pautas mais retrogradas e de submissão, ostentadas pelo patriarcado e pelas instituições que o perpetuam ao longo dos séculos: o controle sobre o corpo das mulheres, a institucionalização da violência sexual e o domínio sobre o destino e a vida das mulheres.

Ação 2010 da Marcha.
A próxima votação será da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania.
Precisamos enviar e-mails para os deputados(as) membros desta comissão, pedindo que se posicionem contrários ao Estatuto do Nascituro e que impeçam sua aprovação nesta Comissão.

Enviamos abaixo nome e endereços eletrônicos dos deputados(as). É importante que cheguem mensagem de todos os estados para estes deputados, e é preciso também pressionar os deputados em cada estado.

Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania – CCJC
Presidente: Décio Lima (PT/SC) dep.deciolima@camara.leg.br
1º Vice-Presidente: Mauro Benevides (PMDB/CE) dep.maurobenevides@camara.leg.br
2º Vice-Presidente: Luiz Carlos (PSDB/AP) dep.maurobenevides@camara.leg.br
3º Vice-Presidente: Carlos Bezerra (PMDB/MT) dep.carlosbezerra@camara.leg.br

TITULARES

Alessandro Molon PT/RJ (Gab. 652-IV) dep.alessandromolon@camara.leg.br
Cândido Vaccarezza PT/SP (Gab. 958-IV) dep.candidovaccarezza@camara.leg.br
Décio Lima PT/SC (Gab. 218-IV) dep.deciolima@camara.leg.br
Iriny Lopes PT/ES (Gab. 469-III) dep.irinylopes@camara.leg.br
João Paulo Cunha PT/SP (Gab. 2-II) dep.joaopaulocunha@camara.leg.br
João Paulo Lima PT/PE (Gab. 360-IV) dep.joaopaulolima@camara.leg.br
José Genoíno PT/SP (Gab. 15-II) dep.josegenoino@camara.leg.br
José Mentor PT/SP (Gab. 502-IV) dep.josementor@camara.leg.br
Luiz Couto PT/PB (Gab. 442-IV) dep.luizcouto@camara.leg.br
Odair Cunha PT/MG (Gab. 556-IV) dep.odaircunha@camara.leg.br
Ricardo Berzoini PT/SP (Gab. 344-IV) dep.ricardoberzoini@camara.leg.br
Taumaturgo Lima PT/AC (Gab. 945-IV) dep.taumaturgolima@camara.leg.br
Vicente Candido PT/SP (Gab. 819-IV) dep.vicentecandido@camara.leg.br
Alceu Moreira PMDB/RS (Gab. 445-IV) dep.alceumoreira@camara.leg.br
Arthur Oliveira Maia PMDB/BA (Gab. 537-IV) dep.arthuroliveiramaia@camara.leg.br
Benjamin Maranhão PMDB/PB (Gab. 458-IV) - dep.benjaminmaranhao@camara.leg.br
Carlos Bezerra PMDB/MT (Gab. 815-IV) dep.carlosbezerra@camara.leg.br
Danilo Forte PMDB/CE (Gab. 384-III) dep.daniloforte@camara.leg.br
Eduardo Cunha PMDB/RJ (Gab. 510-IV) dep.eduardocunha@camara.leg.br
Renato Andrade PP/MG (Gab. 431-IV) dep.renatoandrade@camara.leg.br
Vilson Covatti PP/RS (Gab. 228-IV) dep.vilsoncovatti@camara.leg.br
Jorginho Mello PR/SC (Gab. 329-IV) dep.jorginhomello@camara.leg.br
Ronaldo Fonseca PR/DF (Gab. 382-III) dep.ronaldofonseca@camara.leg.br
Vicente Arruda PR/CE (Gab. 603-IV) dep.vicentearruda@camara.leg.br
Beto Albuquerque PSB/RS (Gab. 338-IV) dep.betoalbuquerque@camara.leg.br
Edson Silva PSB/CE (Gab. 921-IV) dep.edsonsilva@camara.leg.br
Márcio França PSB/SP (Gab. 543-IV) dep.marciofranca@camara.leg.br
Sandra Rosado PSB/RN (Gab. 650-IV) dep.sandrarosado@camara.leg.br
Valtenir Pereira PSB/MT (Gab. 913-IV) dep.valtenirpereira@camara.leg.br
Felipe Maia DEM/RN (Gab. 528-IV) dep.felipemaia@camara.leg.br
Luiz de Deus DEM/BA (Gab. 939-IV) dep.luizdedeus@camara.leg.br
Mendonça Prado DEM/SE (Gab. 508-IV) dep.mendoncaprado@camara.leg.br
Marcos Medrado PDT/BA (Gab. 834-IV) dep.marcosmedrado@camara.leg.br
Marcos Rogério PDT/RO (Gab. 583-III) dep.marcosrogerio@camara.leg.br
Vieira da Cunha PDT/RS (Gab. 711-IV) dep.vieiradacunha@camara.leg.br
Arnaldo Faria de Sá PTB/SP (Gab. 929-IV) dep.arnaldofariadesa@camara.leg.br
Fabio Trad PMDB/MS (Gab. 452-IV) dep.fabiotrad@camara.leg.br
Leonardo Picciani PMDB/RJ (Gab. 302-IV) dep.leonardopicciani@camara.leg.br
Luiz Pitiman PMDB/DF (Gab. 931-IV) dep.luizpitiman@camara.leg.br
Marcelo Almeida PMDB/PR (Gab. 820-IV) dep.marceloalmeida@camara.leg.br
Mauro Benevides PMDB/CE (Gab. 607-IV) dep.maurobenevides@camara.leg.br
Osmar Serraglio PMDB/PR (Gab. 845-IV) dep.osmarserraglio@camara.leg.br
Bonifácio de Andrada PSDB/MG (Gab. 208-IV) dep.bonifaciodeandrada@camara.leg.br
Cesar Colnago PSDB/ES (Gab. 602-IV) dep.cesarcolnago@camara.leg.br
João Campos PSDB/GO (Gab. 315-IV) dep.joaocampos@camara.leg.br
Jutahy Junior PSDB/BA (Gab. 407-IV) dep.jutahyjunior@camara.leg.br
Luiz Carlos PSDB/AP (Gab. 750-IV) dep.luizcarlos@camara.leg.br
William Dib PSDB/SP (Gab. 304-IV) dep.williamdib@camara.leg.br
Eduardo Sciarra PSD/PR (Gab. 433-IV) dep.eduardosciarra@camara.leg.br
Heuler Cruvinel PSD/GO (Gab. 275-III) dep.heulercruvinel@camara.leg.br
Onofre Santo Agostini PSD/SC (Gab. 404-IV) dep.onofresantoagostini@camara.leg.br
Paulo Magalhães PSD/BA (Gab. 903-IV) dep.paulomagalhaes@camara.leg.br
Sergio Zveiter PSD/RJ (Gab. 437-IV) dep.sergiozveiter@camara.leg.br
Esperidião Amin PP/SC (Gab. 252-IV) dep.esperidiaoamin@camara.leg.br
Paulo Maluf PP/SP (Gab. 512-IV) dep.paulomaluf@camara.leg.br
Félix Mendonça Júnior PDT/BA (Gab. 912-IV) dep.felixmendoncajunior@camara.leg.br
Paes Landim PTB/PI (Gab. 648-IV) dep.paeslandim@camara.leg.br
Fábio Ramalho PV/MG (Gab. 374-III) dep.fabioramalho@camara.leg.br
Roberto Freire PPS/SP (Gab. 606-IV) dep.robertofreire@camara.leg.br
Andre Moura PSC/SE (Gab. 846-IV) dep.andremoura@camara.leg.br
Leonardo Gadelha PSC/PB (Gab. 735-IV) dep.leonardogadelha@camara.leg.br
Delegado Protógenes PCdoB/SP (Gab. 745-IV) dep.delegadoprotogenes@camara.leg.br
Antonio Bulhões PRB/SP (Gab. 327-IV) dep.antoniobulhoes@camara.leg.br
Lourival Mendes PTdoB/MA (Gab. 937-IV) dep.lourivalmendes@camara.leg.br
Dr. Grilo PSL/MG (Gab. 645-IV) dep.dr.grilo@camara.leg.br

Legalizar o aborto! Direito ao nosso corpo!
Marcharemos até que todas sejamos inteiramente LIVRES!
MARCHA MUNDIAL DAS MULHERES

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Feminismo 2.0: Até que sejamos livres - nas ruas e nas redes


Gurias!
Aproveitando a vinda da Bruna Provazi para participar nos Conexões Globais, em Porto Alegre, vamos promover o bate-papo Feminismo 2.0: Até que sejamos livres - nas ruas e nas redes - 
Nosso bate-papo é aberto a todas que quiserem participar, independente de ser da MMM ou não!!
Quando: 24 de maio
Onde: Casa dos Bancários (Rua General Câmara, 424-Porto Alegre)
Horário: 19hs

Para quem não conhece, Bruna é da MMM-SP, organizadora do festival cultural Mulheres no Volante. Além disso, é jornalista formada e está finalizando o mestrado em Ciências Humanas e Sociais (UFABC) com a pesquisa “Estratégias de visibilidade e articulação no ciberespaço: uma análise do ativismo feminista brasileiro no Facebook”.

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terça-feira, 7 de maio de 2013

Nota da CMS sobre acordo assinado pelo governo do RS e Elbit Systems, empresas militares israelenses.

Coordenação dos Movimentos Sociais do Brasil pede a suspensão do acordo com a Elbit Systems assinados pelo governo do Rio Grande do Sul e exige um embargo militar imediato a Israel

Estamos chocados ao ver que o Rio Grande do Sul, que foi apenas há alguns meses a sede do Fórum Social Mundial Palestina Livre, tenha na segunda-feira 29 de abril assinado um acordo para um grande pólo tecnológico baseado nas empresas militares israelenses Elbit Systems e sua subsidiária AEL, já instalada em Porto Alegre. O pólo militar essencialmente israelense vai envolver nossas universidades, institutos de pesquisa governamentais e empresas, ligando todos os elos em cumplicidade com a empresa israelense responsável por crimes de guerra.

Elbit Systems é um símbolo para a ocupação e apartheid israelense, que vive de e abastece a guerra e sistemas de repressão e controle na Palestina e em todo o mundo. Ela produz os drones usados nos ataques contra Gaza e no Líbano e fornece equipamentos para os tanques Merkava israelenses. O Muro do Apartheid de Israel, que isola as comunidades palestinas em guetos murados, tem proporcionado uma enorme fonte de rendas para Elbit e alguns dos assentamentos israelenses ilegais são "segurados" pela tecnologia Elbit. Por isto, tem um apelo ao boicote de Elbit na Asamblea da ONU. Elbit exporta sua tecnologia da repressão, da exclusão e do racismo em todo o mundo, como por exemplo nos EUA, onde está construindo o Muro da Morte ao longo da fronteira para o México.

Apoiamos o chamado palestino por um embargo militar imediato e denunciamos os crescentes laços militares entre Brasil e Israel, acordo após acordo, a nível regional e federal. O Brasil já se tornou o quinto mais importante importador de armas e tecnologia militar israelenses; quase o dobro da quantidade das exportações israelenses para os EUA. A relação privilegiada do Brasil com o complexo militar-industrial de Israel permite a sustentabilidade econômica para a indústria de guerra de Israel, que vive para até 80% sobre das exportações e de investimentos externos.

Este projeto de Rio Grande do Sul leva as relações militares com Israel a um nível completamente novo: se não for parado, irá mover o complexo militar israelense no centro do desenvolvimento econômico do Rio Grande do Sul e da pesquisa e indústria de defesa brasileira. O acordo permite a Elbit de explorar nossos trabalhadores e estudantes e o crescente mercado de armas na América do Sul e contribui ainda mais para a desnacionalização da indústria brasileira e para a dependência de interesses políticos israelenses. 

Portanto, apelamos para a interrupção imediata de quaisquer negociações ou ações que implementam este Memorando de Entendimento assinado por Rio Grande do Sul.

Defendemos a soberania dos povos e acreditamos que o único desenvolvimento econômico sustentável é aquele que respeita os direitos humanos e justiça social e política. Para atingir este exigimos o fim imediato das relações militares com Israel.



Coordenação dos Movimentos Sociais