RELATO DA REUNIÃO DA MMM PORTO ALEGRE E METROPOLITANA
Dia: 24 de março (terça)
Hora: 18 horas
Local: Sala Mauricio Cardoso da Assembléia - PoA
Pauta:
- avaliação das ações do 8 de março em Livramento
- avaliação das atividades no mês de março
- Ação Global para dia 30 de março e ato Fora Yeda
- Fórum de Mulheres e Conselhos que a MMM participa
- Frente Nacional contra a criminalização das mulheres e pela legalização do aborto
- 1º de maio e nossa intervenção
Participaram:
Gisela, Cristina, Naiara, Catherine, Simone, Cíntia, Evelise, Cláudia e Marilise
1) Sobre as atividades dos dias 07 e 08 de março:
Avaliação geral
Pontos negativos:
Avaliamos que a participação das centrais foi muito difícil desde o início, invibilizando a participação dos movimentos sociais em geral. Desde o início da construção percebíamos que havia muita disputa das centrais na sua visibilidade e menos com os movimentos. Prova disto foi que ao final tivemos muito mais a ostentação de algumas centrais em camisetas e bandeiras, num forte apelo econômico, sem se preocupar com a pluralidade na atividade dos movimentos ali presentes. Via-se ainda, muitas pessoas que usavam as camisetas de algumas centrais desfilando nas ruas, em compras, e não nas caminhadas ou no ato.
A visibilidade do ato foi fraca e não tivemos as bandeirolas nos postes com as nossas bandeiras de luta, o que fazia com que as pessoas que ali transitassem, desconhecessem nossas reivindicações.
E por último avaliamos que não houve repercussão na mídia estadual, por falta de dedicação da coordenadora sindical em divulgar adequadamente o evento. Além disso, não havia carro de som nas duas caminhadas nem a presença massiva das centrais que estavam presentes.
A Assembléia das Mulheres foi realizada num lugar ruim onde acabamos desmobilizando a concentração das mulheres que estavam na praça. O lugar em si era muito escuro, quente e fez com que muitas não entrassem no teatro, permanecendo na rua ou indo embora.....
A caminhada que saiu do teatro, após a assembléia, teve uma disputa vergonhosa entre as centrais para ficarem na linha de frente.
O ato no palco também teve a mesma disputa.... e quem falou pelos movimentos sociais foi o Fórum Estadual e a Marcha Mundial das Mulheres.
Pontos positivos:
A participação das gurias da MMM Livramento foi fundamental para nas coisas funcionassem – hospedagem/alojamentos, oficinas, feira da economia solidária, infra em geral.
É incontestável a penetração da MMM em todos os lugares por onde participamos. O entrosamento das gurias em todas os espaços, fazendo com que estivéssemos presentes tanto na banca, caminhadas, reuniões, oficinas, plenária, ato final e na organização.
Nossos materiais (camisetas, bandeiras, colares) têm muita saída o que garante a visibilidade da Marcha e da identidade na nossa ação.
Para as próximas atividades da Marcha recomenda-se que tenhamos uma escala de trabalho para a banca, para que não haja sobrecarga. Precisamos definir antes quem ficará responsável por abrir e fechar, dinheiro, materiais que sobram etc, e que também na banca permaneça apenas os materiais da MMM.
As caminhadas (VI Marcha Binacional das Mulheres) e as oficinas foram o pontos forte das atividades, e o que salvou a falta de carro som foi nosso megafone, com as palavras de ordem da Marcha.
A participação da MMM foi boa antes e depois – investimos no conteúdo, qualidade da nossa participação, visibilidade, feira, construção do documento final, garantinho que tudo o que combinamos que faríamos fosse realmente concretizado.
O apoio que recebemos dos sindicatos parceiros e alguns parlamentares foi fundamental para o sucesso da nossa participação.
A feira de economia solidária também foi responsável pela visibilidade dos materiais da Marcha, garantidos pela Simone e pela Ângela.
As gurias de outros municípios, que foram pela primeira vez ficaram muito impressionadas com o ativismo da MMM, e estão interessadas em fazer atividades nas cidades.
A MMM de Montenegro que foram pela primeira vez nas atividades da MMM, querem participar e farão reunião em breve – dia 05 de abril já acontecerá uma atividade na cidade, com uma ação na praça com um bric cultural – é uma tarde com atividades culturais, banca de artesanato, intervenção dos alunos (as) da Uergs. A Marcha participa com a distribuição de materiais (volantes) e os artesanatos.
Junto com a Rede Feminista de Saúde e a Liga Brasileira de Lésbicas ajudamos a dar visibilidade para a Frente Nacional contra a Criminalização e pela Legalização do Aborto, com a Sirlanda e a Nô fazendo a leitura do Manifesto da Frente, além de incentivar a formação de frentes em toda a América Latina.
Das oficinas:
As oficinas, na nossa avaliação foram excelentes, de alto nível, o que garantiu o momento de formação e politização desta atividade. Das oficinas em que a Marcha esteve presente, destacamos algumas, que reproduzimos abaixo a avaliação das facilitadoras:
"Lesbianidades Feministas, uma instrumento de empoderamento das mulheres"
Facilitadoras: Naiara, Mary, Sirlanda e Cláudia
As militantes da Liga Brasileira de Lésbicas, da Marcha Mundial de Mulheres e do Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal estiveram juntas no 08 de março em Livramento realizando a Oficina "Lesbianidades Feministas, uma instrumento de empoderamento das mulheres", onde através de uma discussão descontraída, pudemos avaliar o entendimento existente no grupo sobre o significado do termo "Feminismo" e "Lesbianidade".
Cerca de 80 mulheres de diversos movimentos, cores, orientações sexuais e pensamentos políticos diversos estiveram no evento que durou cerca de 02 horas, através das quais analisamos a problemática da militância lésbica, da falta de visibilidade dentro e fora do movimento feminista e dos diversos problemas para enfrentamento ao preconceito e avanço de direitos sociais e políticos diante dos fundamentalismos atuais.
Na dinâmica de apresentação foi possível estabelecer que cada mulher pode ser o que quer, mesmo que os outros a vejam de forma distinta ao da sua identidade real.
Na seqüência, tratamos de conceituar, através da participação do grupo, o FEMINISMO ou FEMINISMOS, estabelecendo que se trata de um pensamento político baseado no reconhecimento da diversidade, que comporta todas as mulheres que lutem pela construção de uma sociedade diferente. Esta sociedade está baseada nos princípios de justiça e igualdade de direitos entre todos os seres humanos, diferenciando-se diretamente do machismo que busca a opressão feminina.
Analisamos os efeitos do preconceito na vida das pessoas - sobretudo na família e no trabalho - e a necessidade de que todas as militantes, de todos os movimentos sociais feministas, assumam a lesbianidade como mais um direito sexual, portanto inerente ao ser humano dentro das pautas de Direitos Humanos, mas também como uma questão de liberdade individual, autonomia do corpo e, portanto, questão de democracia social.
Afinal precisamos lembrar que em todos os movimentos em que houver mulheres haverá, também, mulheres lésbicas, que devem ser incluídas e respeitadas na sua identidade de gênero e na sua orientação sexual.
A oficina não foi encerrada, sendo que iniciamos com a oficina do aborto, organizada com a participação de companheiras de organizações do Uruguai que estavam no evento.
Aborto” el caso Uruguay reciente - Lanzamiento de la campaña para la despenalización del aborto ( Brasil)- “Acciones institucionales en el marco jurídico vigente en Uruguay - Iniciativas Sanitarias”
Com a participação das “Mujeres CNS”, MYSU, Marcha Mundial de las Mujeres – Uruguay, INMUJERES. IS, Sintrajufe, MMM Brasil e Liga Brasileira de Lésbicas, realizamos uma oficina muito rica com a socialização da experiência do Uruguay e do Brasil no tema do Aborto. A troca de experiência e de formação que para muitas mulheres era um início de discussão, foi bem equilibrado. Entendemos que será necessário buscar espaços para aprofundar a discussão do tema que deve estar permanentemente na pauta do movimento feminista.
Foi feita uma apresentação com a experiência do Governo do Uruguay que trabalha o acolhimento das mulheres antes e depois do aborto. A exposição está em anexo.
O Consumo como “arma” para enfrentar o Capitalismo - Eixo: Hábitos de Consumo como fator de Soberania Alimentar
Facilitadoras: Iara Aragonez e Joana Stedile
Veja em www.sustentabilidadesemapi.blogspot.com
Tipos de Violência contra a Mulher e a Economia Solidária como alternativa para a sustentabilidade.
Facilitadoras: Débora, Evelyse e Simone
A proposta da oficina foi refletir e debater sobre os diversos tipos de violência que sofrem as mulheres, e que muitas vezes não são reconhecidos como violência.
A sociedade tem dado maior visibilidade para a violência física e deixado de lado a violência sexual, psicológica, moral, patrimonial e institucional.
Débora Oliveira, psicóloga, especialista em relações de gênero, definiu os tipos de violência, e destacou as dificuldades que muitas mulheres tem em decidir romper com este ciclo que muitas vezes é sustentado pelos familiares.
A violência está em todas as classes sociais, porém para as mulheres pobres, com baixa renda e baixa escolaridade é mais difícil romper com a violência. Além da vergonha perante a sociedade, muitas dependem economicamente do companheiro.
A Lei Maria da Penha define que a violência doméstica e familiar é crime e os agressores serão punidos, porém falta implementar uma rede de apoio para as mulheres que ao saírem desta situação de violência se deparam com a falta de renda para sustentar a si e aos filhos.
Pensando nestas mulheres, nossa oficina propõe a Economia Popular Solidária como alternativa de inclusão social e geração de renda.
Plenária da MMM Internacional e discussão dos eixos da atividade e preparação para a Ação de 2010.
Na plenária foram distribuídos vários cadernos de formação, e reforçada a importância dos grupos de estudos e as oficinas temáticas da Marcha, que todas tem condições de estar puxando.
Relembramos a ação que a MMM construiu em 2005 com a elaboração da carta das mulheres e da colcha de retalhos. Ações mundiais de 5 em 5 anos se tornaram fortes momentos de demonstração de solidariedade internacional. Essas ações mostram a nossa capacidade de encontrar pontos comuns nas experiências das mulheres ao redor do mundo que estão determinadas a mudar o mundo.
Falamos ainda que em 2010, entre 8 de março e 17 de outubro, realizaremos muitas atividades e estaremos nas ruas do mundo todo novamente. Nossa ação será parte integrante da identidade da Marcha Mundial das Mulheres.
Para 2010 procuramos uma forma de ação que fosse de acordo com nossa identidade e o nosso nome : uma marcha. Esta ação nos encorajará a ir mais longe na elaboração de reivindicações comuns e a maneira de alcança-lás. Essa marcha é inspirada na perseverança das mulheres: na resistencia cotidiana das mulheres contra a pobreza e a violencia e pela historia de lutas feministas que nos precederam. No Brasil, marcharemos entre 8 e 18 de março, além da realização de atividades variadas ao longo do ano e conclusão em uma ação em 17 de outubro com uma ou mais missões de solidariedade a paises em conflito.
Os principais objetivos dessa ação são de colocar a Marcha Mundial de Mulheres e suas bandeiras de luta em debate na Sociedade; influir na correlação de forças políticas em cada país na disputa de projeto dos principais temas debatidos pela Marcha e expressar em nível internacional a unidade das mulheres.
Os eixos de reivindicação da ação serão definidos em torno dos 4 campos de ação da MMM: Violência contra as mulheres como instrumento de controle de nossos corpos e nossa vida; Paz e desmilitarização; Trabalho das mulheres e Bem comum.
Neste momento distribuímos para as participantes da Plenária, folders em português e espanhol para que todas assumam o compromisso nesta tarefa desafiadora. Fundamental que sejam envolvidos todos os movimentos, do campo e da cidade, na compreensão desta construção.
Mas não sairemos às ruas automaticamente. Isto vai necessitar uma mobilização que começa JÁ!!
Portanto, todas saíram com a tarefa de falar desta ação de 2010 em todas as atividades que a Marcha estiver organizando, por todo estado e para os países que também estavam participando conosco, como Uruguai e Argentina.
Agradecimentos:É fundamental para o sucesso da nossa participação que a gente divulgue as parcerias que sempre são muito importantes na nossa caminhada. Para todos encaminharemos uma correspondência de agradecimento, oferecendo parceria para a construção de atividades de formação nas instituições, para o decorrer deste ano. São elas:
Sintrajufe – RS
Sindijus RS
Cpers Sindicato
Federação dos Bancários
Sindicato dos Bancários
Semapi RS
Partido dos Trabalhadores
Gabinetes parlamentares: Vereadora Sofia Cavedon, , Dep. Henrique Fontana, Dep. Pepe Vargas, Dep. Stela Farias, Dep. Raul Pont, Dep. Elvino Bohn Gass.
- Avaliação das ações do 8 de março e outras atividades no mês de março:A MMM PoA e Metropolitana esteve organizando atividades com parcerias, desde o dia 2 de março até o final do mês.
Montenegro
02 a 06 de março – exposição “Mulheres Fazendo Arte”, iniciativa do mandato da Dep. Stela Farias e quem estava expondo eram as gurias “arteiras” da Marcha de Montenegro.
Após esta semana, a exposição foi para Livramento durante as atividades dos dias 07 e 08 de março.
As gurias também foram expor na CGTE de Porto Alegre, São Jerônimo e Candiota, que fez muito sucesso, com promessa de integração das mulheres de lá em outras atividades.
Viamão
Dia 09 de março- foi muito boa a atividade organizada pelas gurias de Viamão que ocuparam a praça e foram na prefeitura entregar um documento ao Prefeito Alex, como protesto por ter fechado a coordenadoria da mulher, biblioteca pública e outras políticas públicas para as mulheres no município. Vamos reunir novamente para pensar outras ações de protestos na cidade, pois as funcionarias foram afastadas e as gurias pt não foram recebidas pelo Prefeito.
Porto Alegre
05 de março – Participaram 15 pessoas, integrantes do MTD, Via Campesina, MMM, Rede Comunitária, Mulheres Independentes Morro da Cruz e Levante da Juventude. A atividade integra a Jornada de Lutas da Via Campesina na Região Metropolitana de Porto Alegre (03 a 16 de março) – Nesta atividade foi feita apresentação dos movimentos e das suas bandeiras de lutas, e principalmente as lutas dos movimentos camponeses. Como encaminhamento, tiraram de fazer este debate em todos os grupos do Morro Cruz.
No dia 04 de março, durante a manhã, a MMM junto com os movimentos do Fórum Estadual de Mulheres entregou ofício aos 3 poderes, cobrando as denúncias encaminhadas no 8 de março do ano passado e exigindo providências.
Na parte da tarde, o COMDIM e Fórum Municipal de Mulheres também entregaram um ofício ao Prefeito cobrando as políticas públicas para as mulheres aprovadas na III Conferência Municipal das Mulheres e dando um prazo para providências. Evelise
09 de março
Junto com a Via Campesina e o MTD participamos, com cerca de 500 pessoas, de uma caminhada pelas ruas da cidade, rumo ao centro. A manifestação, integrava a Jornada Nacional de Luta das Mulheres da Via Campesina, saiu do Parque a Harmonia até a agência central do Banco do Brasil, onde foi realizado um protesto com panelaço. 'Somos contra o fato do governo federal dar dinheiro para multinacionais e grandes empresas para salvá-las da crise financeira mundial. O mesmo recurso poderia ser aplicado em emprego, saúde, educação e segurança no campo e nas cidades', afirmou Cláudia Camatti, integrante do MTD. O movimento de protesto reivindica investimentos voltados à produção de alimentos saudáveis pela agricultura familiar implementação da reforma agrária mais creches para crianças de zero a 6 anos reconhecimento da mulher no mercado de trabalho e justiça social e fim da violência de gênero. Do Banco do Brasil, partimos para as manifestantes em frente ao Palácio da Justiça, na Praça da Matriz, onde ali sentamos no asfalto em frente ao prédio para fazer vigília pela liberação das companheiras que foram detidas, em Aceguá, para averiguação, após revista da Brigada Militar do grupo que ocupou a fazenda Aroeira, da Votorantim.
Ciclo de Filmes - Temática Feminista
Para celebrar a passagem do Dia Internacional da Mulher, em 8 de março, o CineBancários realiza uma mostra reunindo sete filmes que centram seu foco na questão feminina. Entre os títulos, produções dirigidas por cineastas mulheres, além de obras que abordam temas relacionados ao universo feminino, como o aborto, a prostituição e a opressão sexual.
Durante nove dias, o público poderá assistir a raras produções de países como a Nova Zelândia e a Austrália, entrar em contato com um título clássico do cinema francês há muito não exibido nos cinemas, deliciar-se com grandes performances de atrizes como Isabelle Huppert e Agnès Jaoui, conhecer um elogiado documentário brasileiro sobre o aborto e deslumbrar-se com um belíssimo filme de animação que mostra a opressão das mulheres iranianas através dos olhos de uma menina.
Um presente especial do CineBancários, com apoio cultural da Embaixada da França no Brasil e da Cinemateca da Embaixada Francesa, para suas espectadoras, na semana em que são motivo de homenagens em todo o mundo.
A realização é do SindBancários e Federação dos Bancários do Rio Grande do Sul (Feeb-RS), em parceria com outras entidades, entre elas o Coletivo Feminino Plural; Marcha Mundial das Mulheres; ONG Themis; Rede Feminista de Saúde; Direitos Sexuais e de Direitos Reprodutivos; FECOSUL; Associação Brasileira de Economia Solidária; GUAYÍ; LBL-RS-Liga Brasileira de Lésbicas - Região Sul; Sintrajufe; Comissão Regional Pró-Equidade de Gênero RS da Caixa Econômica Federal; Sindicato dos Enfermeiros do Rio Grande do Sul; CUT-RS; Sindiágua/RS e SEMAPI-RS
Fonte: http://mulheresindicalista.blogspot.com/
2) Ação Global para dia 30 de março e ato Fora Yeda
Semana de ação global contra o capitalismo e a guerra
28 de março a 4 de abril
‘’ Este sistema se rege pela exploração, a concorrência exacerbada, a promoção do interesse privado individual em detrimento do coletivo e a acumulação frenética de riqueza por um punhado de ricos, gera guerras sangrentas, alimenta a xenofobia, o racismo e os extremismos religiosos; aguça a opressão das mulheres e aumenta a criminalização dos movimentos sociais. No quadro dessa crise os direitos dos povos são sistematicamente negados.’
Dia 30, o Brasil nas ruas contra a crise:
Em Porto Alegre:
"Não às demissões! Pela redução dos juros, pelos investimentos públicos e em defesa dos direitos trabalhistas e sociais!"
A Central Única dos Trabalhadores e o movimento sindical, social e estudantil estarão novamente unidos nas ruas no próximo dia 30 de março, segunda-feira, para dizer não à crise e às demissões e exigir a redução drástica da taxa de juros, recursos para os investimentos em políticas públicas e a defesa dos direitos trabalhistas e sociais.
Trabalhadores e trabalhadoras não pagarão pela crise
O Brasil vai às ruas na próxima segunda-feira, 30 de março. Os trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade estarão unidos contra a crise e as demissões, por emprego e salário, pela manutenção e ampliação de direitos, pela redução dos juros e da jornada de trabalho sem redução de salários, pela reforma agrária e em defesa dos investimentos em políticas sociais.
A crise da especulação e dos monopólios estourou no centro do sistema capitalista, os Estados Unidos, e atinge as economias menos desenvolvidas. Lá fora - e também no Brasil -, estão sendo torrados trilhões de dólares para cobrir o rombo das multinacionais, em um poço sem fim, mas o desemprego continua se alastrando, podendo atingir mais 50 milhões de pessoas.
No Brasil, a ação nefasta e oportunista das multinacionais do setor automotivo e de empresas como a Vale do Rio Doce, CSN e Embraer, levaram à demissão de mais de 800 mil trabalhadores nos últimos cinco meses.
O povo não é o culpado pela crise. Ela é resultante de um sistema que entra em crise periodicamente e transformou o planeta em um imenso cassino financeiro, com regras ditadas pelo "deus mercado". Diante do fracasso desta lógica excludente, querem que a classe trabalhadora pague a fatura em forma de demissões, redução de salários e de direitos, injeção de recursos do BNDES nas empresas que estão demitindo e criminalização dos movimentos sociais. Basta!
A precarização, o arrocho salarial e o desemprego enfraquecem o mercado interno, deixando o país vulnerável e à mercê da crise, prejudicando fundamentalmente os mais pobres, nas favelas e periferias. É preciso cortar drasticamente os juros, reduzir a jornada sem reduzir os salários, acelerar a reforma agrária, ampliar as políticas públicas em habitação, saneamento, educação e saúde, e medidas concretas dos governos para impedir as demissões, garantir o emprego e a renda dos trabalhadores.
Manifestamos nosso apoio a todos os que sofreram demissões, em particular aos 4.270 funcionários da Embraer, ressaltando que estamos na luta pela readmissão.
O dia 30 também é simbólico, pois nesta data se lembra a defesa da terra Palestina, a solidariedade contra a política imperialista do Estado de Israel, pela soberania e auto-determinação dos povos.
Com este espírito de unidade e luta, vamos construir em todo o país grandes mobilizações. O dia 30 de março será o primeiro passo da jornada. Some-se conosco, participe!
NÃO ÀS DEMISSÕES!
REDUÇÃO DOS JUROS!
REDUÇÃO DA JORNADA SEM REDUÇÃO DE SALÁRIOS E DIREITOS!
REFORMA AGRÁRIA, JÁ!
POR SAÚDE, EDUCAÇÃO E MORADIA!
EM DEFESA DOS SERVIÇOS E SERVIDORES PÚBLICOS!
SOLIDARIEDADE AO POVO PALESTINO!
Ato Internacional Unificado Contra a Crise
Organizadores:
ASSEMBLÉIA POPULAR, CEBRAPAZ, CGTB, CMB-FDIM, CMS, CONAM, CONLUTAS, CONLUTE, CTB, CUT, FORÇA SINDICAL, INTERSINDICAL, MARCHA MUNDIAL DE MULHERES, MST, MTL, MTST, NCST, OCLAE, UBES, UBM, UGT, UNE, UNEGRO/COMEN, VIA CAMPESINA
Todas as ruas contra o capitalismo e a dominação patriarcal!
Nós Não Vamos pagar pela Crise, que a paguem os Ricos!
No Rio Grande do Sul, a concentração será em Porto Alegre, às 7h30, na Avenida Farrapos, 1811. Na sequência será realizada uma caminhada até o centro financeiro da capital, na rua Sete de Setembro. O encerramento acontece no Palácio Piratini.
Para garantir o visual da Marcha, estaremos levando nossas bandeiras.
Vista sua camiseta, leve apitos, latas, tambores!!!
Providenciaremos uma faixa da MMM com a frase “Não provocamos a crise e não vamos pagar por ela” . Naiara, o Magafone.
3) Fórum de Mulheres e Conselhos que a MMM participa
A partir de 1 de abril a Marilise acompanhará formalmente o COMDIM e a organização das pré-conferências. Escolhemos como tema para estar participando o da Soberania Alimentar e o tema do Meio Ambiente.
Claudia irá recuperar os documentos da ultima conferencia para construirmos nossas propostas, agregando nossas propostas da última cxonferência nacional.
Evelise irá divulgar as datas das Pré Conferências (anexo)
4) Frente Nacional contra a criminalização das mulheres e pela legalização do aborto
Discutimos que o tema do aborto é nossa prioridade neste momento. Temos nossa posição enquanto Marcha bem definida em relação ao tema e será sempre esta que nos manterá na Frente e outras articulações. Não admitimos recuos ou atenuar/amenizar no debate.
Vamos intensificar nossa intervenção em oficinas e iremos em todos os recantos que nos convidarem para o debate.
Na próxima semana a companheira Claudia irá participar de uma articulação nacional que faz parte a Frente e as Jornadas, numa ação no Congresso um seminário com o objetivo de reunir forças e possibilitar uma reflexão conjunta diante da gravidade e urgência da situação para pensar e definir estratégias .
Nestas atividades iremos definir estratégias jurídicas, encaminhar e também tomar conhecimento do processo no legislativo, discutir estratégias neste campo e na área da comunicação..
Na última reunião da Frente Nacional pelo Fim da Criminalização das Mulheres e pela Legalizaçao do Aborto, discutimos que seria importante construir a Frente por todo o Estado para fortelecer o processo nacional e enraizar a frente.
A frente pelo fim da criminalização e pela legalização do aborto deve ser uma frente com a participação e envolvimento dos vários movimentos sociais do estado não é uma articulação exclusivamente do movimento feminista , o nosso desafio é justamente envolver outros setores que não somente nossos movimentos.
As companheiras da MMM devem procurar as demais redes de mulheres para juntas impulsionar a frente e construir as alianças possíveis no estado, isto inclui envolver movimentos do campo e da cidade, conselhos profissionais como psicólogas, Ass.sociais, educação, movimentos sindicais, juventude e quem mais quiser aderir.
A nossa grande urgência é a luta para a não implantação da CPI do Aborto (investiga aborto clandestino) . Neste sentido se alguma companheira da MMM for por algum motivo a Brasilia favor avisar para ver se há alguma açao que se possa somar. A nossa companheira Isabel em Brasilia está enviando noticias, se alguem for a Brasilia favor escrever para Isabel.freitas@camara.gov.br
A MMM participou da reunião da Frente em Porto Alegre e definimos:
- fazer uma comunicação à imprensa da nossa articulação da próxima semana
- realizar um debate/seminário no dia 07 de abril – Dia Mundial da Saúde – sobre o Aborto com o relato das atividades e articulações de Brasília.
http://www.frentepelodireitoaoaborto.blogspot.com/
5) 1º de maio e nossa intervenção
Este ano acontecerá a Romaria da Terra, organizada pelas pastorais e a e a CMS.
Como não temos maiores informações, temos que buscar ver em que ponto estão a organização. (Catherine e Naiara)
Decidimos não participar diretamente da organização;
Mas se participarmos deveremos ter uma faixa sobre o aborto.
Outras deliberações:
· Devemos iniciar com a Liga Brasileira de Lésbicas as articulações para a construção do dia da visibilidade lésbica, em 29 de agosto. Assumimos também o compromisso em termos uma batucada feminista nesta atividade.
· Vamos propor Formação feminista para os sindicatos parceiros da MMM. Os primeiros que iremos propor são: Sindibancarios, Federação dos Bancários, Cpers e Sintrajufe.
· O Grupo de Estudos – Vamos organizar o calendário e metodologia na próxima reunião, assim como uma forma de articulação com companheiras da Marcha do interior do Estado que queiram organizar também grupos em seus municípios.
· Vamos potencializar alguns municípios, como Montenegro e Viamão e ainda, investir em cidades onde a ação da Marcha tem problemas, ou não tem sua organização baseada nos nossos princípios e bandeiras de luta, que são: Esteio, Sapucaia, Litoral (Tramandaí e Torres),
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