terça-feira, 26 de maio de 2020

DIA NACIONAL FORA BOLSONARO

30 de maio de 2020
 

Marchantes do RS,

O ano de 2020: o ano da nossa 5ª Ação Internacional; 20 anos da Marcha Mundial das Mulheres, e seria marcado no Brasil, pela Ação em Natal/RN. Porém nossa Ação presencial foi suspensa até que possamos retomar a mobilização e atividades nas formas que resguardem a segurança de todas. Desde seu surgimento nos anos 2000, as ações internacionais ocorrem a cada 5 anos, são um marco na construção deste movimento que nos conecta, desde as ações locais, ao posicionamento político global do feminismo da Marcha Mundial das Mulheres.

Como todas sabem estamos vivendo uma pandemia, uma crise sanitária e capitalista que atinge a toda população mundial, o que nos impediu de fazer presença nas ruas após o 8 de março em muitos dos países onde estamos organizadas. Com isto, nos vimos obrigadas a adiar nossas atividades previstas para o final deste mês de maio, além de remanejarmos todo nosso calendário programado coletivamente, para ações virtuais como foi o 30 de março e o 24 de abril.

Aqui no Brasil, entre irresponsabilidades, perversidades e decisões políticas criminosas do governo, junto com manifestações genocidas e com forte apelo eugenista do Presidente Bolsonaro, seguimos em diálogo com nossas alianças históricas, o que nos coloca o desafio de estar com presença nas redes sociais denunciando este governo de morte que coloca o lucro, o sistema financeiro e a posição das elites acima das vidas humanas. Mesmo cientes de não poder realizar nos moldes e datas anteriormente planejadas, queremos manter, para o dia 30 de maio, uma ação nacional, chamando o Fora Bolsonaro e todo o seu governo golpista.


DIA NACIONAL FORA BOLSONARO - 30 de maio

Proposta: fazer do dia 30 uma dia de lutas Fora Bolsonaro com dois focos - Para além da ação nos meios digitais, em alguns municípios estamos comprometidas em ações de solidariedade, que garantam a vida das pessoas, com foco na solidariedade entre mulheres;

(1) ação de solidariedade nas comunidades - na parte da manhã- com a distribuição de alimentos e/ou materiais de higiene e máscaras, assim como podermos dialogar com as mulheres nestas atividades. Neste diálogo, dependendo da ação local (dependendo da articulação do núcleo), pode ser uma conversa sobre a violência, ou economia feminista, ou simplesmente como se auto organizar para resistir e enfrentar esta crise.

(2) atividades virtuais (debates e apresentações artísticas) - Será uma live às 15h, ainda com formato e horário em construção. 


Em breve enviaremos um card com estas informações fechadas.

Mas para isto também é importante que as cidades (núcleos) que já tem ações de solidariedade em curso, que possam nos enviar o que farão (sugestão que seja na parte da manhã) e que façam registros com imagens e vídeos das atividades.

Também é importante um vídeo curto contando com está ocorrendo estas ações de solidariedade e resistência.

Não precisamos reforçar que todas devem usar máscaras durante as intervenções e manterem o distanciamento entre as pessoas, assim como o uso de álcool gel e desinfecção dos produtos distribuídos, ter como foco o incentivo ao cuidado, preservar a vida das mulheres com quem estamos interagindo e que muito provavelmente estão responsáveis pelas crianças, idosos e doentes nas casas.


Temos já algumas ações confirmadas que são regulares:

- Em Porto Alegre, na Ocupação Baronesa e Ocupação Zumbi dos Palmares.

- Em Farroupilha, as marchantes em parceria com a Associação cultural e o Crass da serra, estão produzindo sabão em barra para doações na região bem como recolhimento de alimento e roupas. No sabão elas embalam com um papel onde tem informações sobre violência doméstica e números para ligar aos serviços local. Elas estão fazendo máscaras caseiras e irão confeccionar uma cartilha sobre como acessar os serviços de saúde e o SUS. Elas vão entregar um kit com o sabão, máscaras e cartilhas.

- Em Alvorada, as marchantes em parceria com outras mulheres organizaram o coletivo É as guria! como rede de apoio a mães solo em maio a pandemia.

- Em Bagé, as marchantes estão numa campanha de mulheres para mulheres, com prioridade para as que estão em vulnerabilidade social, carentes, ajudando com alimentação, calçados, alimentos, cobertores, ajudando no preenchimento do cadastro da renda emergencial e ajudando as que estão em situação de violência a sair de casa ou registro da ocorrência e medidas protetivas.

- Em São Leopoldo, as marchantes do núcleo Rosas e Margaridas junto das mulheres da Ocupação Feminista, estão recolhendo alimentos e roupas para doação. A Ocupação Feminista tem sido um ponto de referência para ação. Também estão organizando um festival cultural Viva Nos Queremos com protagonismo das mulheres artistas e trabalhadoras independentes da cidade para divulgar seus trabalhos.

Aproveitamos para informar que as publicações de textos para a Jornada de Formação Feminista sobre eco-feminismo será suspensa brevemente para foco total na ação do dia 30.


Neste momento, reafirmamos: 
Resistimos para viver, marchamos para transformar!

Coordenação Executiva da MMM/RS. 

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