sexta-feira, 14 de agosto de 2020

Webinário Mulheres no Mundo do Trabalho no Brasil Atual


A Marcha Mundial de Mulheres RS preocupada com os rumos que o mundo do trabalho está tomando, e com as consequências mutiladoras para as mulheres, vem somar sua voz e convocar todas as mulheres trabalhadoras, desempregadas, autônomas, artesãs, estudantes, da cidade, do campo, quilombolas, indígenas, para juntas resistirmos ao ataque do capital, do patriarcado, do machismo, do racismo, sexismo, homofobia e da xenofobia. Lutamos pela valorização do trabalho de cuidados essencial para reprodução da vida e por trabalhos dignos para todas, por isso precisamos estar juntas, atentas e fortes. Para tanto se faz necessário compreender a nossa realidade, buscarmos a empatia e exercitarmos a nossa solidariedade.
 Vimos que:
 _*50%* das mulheres brasileiras passaram a cuidar de alguém na pandemia._
_*40%* das mulheres afirmaram que a pandemia e a situação de isolamento social colocaram a sustentação da casa em risco._
_*41%* das mulheres que seguiram trabalhando durante a pandemia com manutenção de salários afirmaram trabalhar mais na quarentena._

Esses e outros dados são resultado da pesquisa *SEM PARAR: O TRABALHO E A VIDA DAS MULHERES NA PANDEMIA*, realizada pela SOF Sempreviva Organização Feminista e pela Gênero e Número, sobre o trabalho e a vida das mulheres na pandemia. Com dados e relatos anônimos coletados de mais de 2.600 mulheres, a pesquisa *"Sem parar..."* mostra impactos do contexto de isolamento social na crise da saúde para a vida das mulheres, considerando desigualdades de raça e área de residência.

*Acesse agora o site exclusivo da pesquisa:* http://mulheresnapandemia.sof.org.br/



Contamos com todas para que nosso webnário seja transformador.
Esta é mais uma atividade da Jornada de Formação Feminista da MMM RS.



Data: 14/08, das 19h as 21hs.
Mediadora : Deise Menezes

Convidadas:
Valdete Solto Severo, Doutora em Direito do Trabalho pela USP/SP e Juíza do trabalho no Tribunal Regional do Trabalho da Quarta Região.

Alice Guarani - Liderança indígena do Centro de Referência Afroindigena do RS; 
Coordenadora do Levante Indígena Urbano do RS e da Rede Indígena PoA.
Acadêmica de Pedagogia.
 
Cinthia Cristina da Rosa Vilas Boas, formada pela Universidade São Francisco - USF (Itatiba), atuação como Psicóloga Clínica. Educadora Social com experiência na Política do SUAS, média e alta complexidade. Conselheira no Conselho Municipal de Direitos Humanos na gestão 2013 - 2015, militante do movimento negro e de juventude de Campinas. Colaboradora da Subsede do conselho regional de psicologia de Campinas desde 2011 nas temáticas de direitos humanos, relações raciais, povos tradicionais e laicidade. Atualmente vice presidente do SINPSI.

Lucia Garcia – Possui graduação em Ciência Econômicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul(1993) e mestrado em Economia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul(1999). Atualmente é Técnico III - Supervisor do SPED do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos e Professor da ESCOLA CIÊNCIAS DO TRABALHO - DIEESE. Tem experiência na área de Economia, com ênfase em Métodos Quantitativos em Economia. Coordenadora do Sistema de Pesquisa de Emprego e Desemprego

quarta-feira, 12 de agosto de 2020

ECONOMIA FEMINISTA E AÇÕES DE SOLIDARIEDADE - OFICINA DE SABÃO



ECONOMIA FEMINISTA E AÇÕES DE SOLIDARIEDADE - OFICINA DE SABÃO

No dia 1 de agosto de 2020 foi realizada oficina de sabão com mulheres de diferentes territórios urbanos da cidade de Porto Alegre e de Esteio. através da parceria entre a Marcha Mundial das Mulheres RS, Sabão da Terra, Quilombo do Sopapo, Ocupação Zumbi dos Palmares, Coletivo Ouça Mulher e Mães de Periferia.

Foi garantido o distanciamento social das participantes e fornecido equipamentos de segurança para manuseio de produtos químicos e para prevenção e combate ao Covid-19, como máscaras, álcool em gel e óculos.

A oficina foi pensada dentro das ações de solidariedade organizadas como enfrentamento a pandemia que expos ainda mais as injustiças sociais. As e os responsáveis pelo empreendimento Sabão da Terra compartilharam seus conhecimentos de como fabricar sabão artesanal a partir de óleo de cozinha, oportunizando as mulheres de diferentes territórios produzirem produtos para geração de renda, autonomia financeira, reciclagem, higienização, combate a transmissão do vírus e, desse modo, construindo uma outra economia baseada nos valores do feminismo e da solidariedade

Sobre as organizações envolvidas:
Marcha Mundial das Mulheres RS: núcleo estadual da MMM, movimento de mulheres internacional que desde 2000 atua para mudar o mundo e mudar a vida das mulheres em um só movimento.
Sabão da Terra: empreendimento solidário e ecológico de produção de sabão com óleo de cozinha reciclado e ervas.
Ponto de Cultura Quilombo do Sopapo: espaço comunitário que há 12 anos busca incentivar e desenvolver ações comunitárias que integrem arte, cultura, cidadania e economia solidária.
Ocupação Zumbi dos Palmares: localizada no bairro Humaitá em POA a ocupação foi iniciada, organizada e, até hoje, liderada por mulheres em luta por moradia e liberdade.
Mães de Periferia: coletivo de mulheres na cidade de Esteio, mães solo que trabalham em rede solidária, a partir dos princípios do movimento da Marcha Mundial das Mulheres, atuante no município desde 2010.
Coletivo Ouça Mulher: grupo de mulheres do Morro da Cruz - POA que nasceu em meio a pandemia, conectando mulheres na periferia e organizando ações de solidariedade.

O livro "Economia feminista e ecológica: resistências e retomadas de corpos e territórios" recém lançado pela Sempreviva Organização Feminista aborda a importância do diálogo entre essas duas economias, as críticas ao modelo hegemônico vigente que não considera o trabalho de cuidados como base da economia, entre outras discussões, a partir de histórias de parceria dos movimentos feministas e sociais. <https://www.sof.org.br/economia-feminista-e-ecologica-resistencias-e-retomadas-de-corpos-e-territorios/>










segunda-feira, 10 de agosto de 2020

Crítica feminista ao poder corporativo: acesse o livro e as animações

 

Neste mês de agosto, entram no ar o livro virtual e a série de vídeos Crítica feminista ao poder corporativo. O material é resultado do processo de elaboração feminista para a 5ª Ação Internacional da Marcha Mundial das Mulheres, que tem a denúncia das empresas transnacionais como um eixo central. “Resistimos para viver, marchamos para transformar” é o lema desta 5ª Ação, combinando a luta pela sustentabilidade da vida e a resistência nos territórios à proposta de alternativas e à urgência de uma transformação radical da sociedade. A organização e produção dos materiais contou com o aporte de companheiras da Marcha Mundial das Mulheres do Brasil, da SOF Sempreviva Organização Feminista e de integrantes do Comitê Internacional da MMM, além das contribuições organizadas em debate regional das Américas.

O livro Crítica feminista ao poder corporativo reúne artigos de Nalu Faria, Marianna Fernandes, Tica Moreno, Natália Lobo e Taís Viudes. Os textos se debruçam sobre a atuação das empresas transnacionais na precarização e digitalização do trabalho, na intensificação da divisão internacional, sexual e racial do trabalho, na exploração da natureza e na mercantilização do feminismo (pela chamada “maquiagem lilás”). Lançamos o livro, inicialmente, em português e espanhol, disponível gratuitamente para baixar.

O livro é acompanhado pela série de três animações, disponibilizadas em português, 
espanhol, inglês e francês. Os vídeos introduzem, de forma bem explicativa, o funcionamento do poder corporativo a partir de três setores e colocam também as nossas propostas feministas alternativas. Em #1: O trabalho precário, mostramos a trajetória da produção de uma roupa, passando pelas cadeias globais de produção, pelo monocultivo do algodão, a produção industrial e as lojas de departamento. Em #2: A alimentação, o caminho feito por um tomate até se tornar ketchup é confrontado pelo caminho (mais saudável e justo) de um tomate agroecológico. E, em #3: A digitalização, os dados extraídos das nossas vidas e que saem dos telefones celulares fazem seus trajetos rumo aos destinatários, passando por cabos submarinos e por servidores dos Estados Unidos.

Enfrentar o poder das transnacionais é enfrentar o capitalismo racista e patriarcal. Esses materiais tem como objetivo fortalecer o feminismo anticapitalista e antirracista, construído pelas mulheres que, em movimento, resistem para viver, e marcham para transformar.



Crítica feminista ao poder corporativo - livro virtual e série de animações


 


Está no ar Crítica feminista ao poder corporativo | livro virtual e série de animações

O material faz parte do processo da 5ª Ação Internacional da Marcha Mundial das Mulheres, que tem a denúncia das empresas transnacionais como um eixo central. A organização e produção dos materiais contou com o aporte de companheiras da Marcha Mundial das Mulheres do Brasil, da SOF Sempreviva Organização Feminista e de integrantes do Comitê Internacional da MMM, além das contribuições organizadas em debate regional das Américas.

 O livro reúne artigos sobre a precarização e digitalização do trabalho, a exploração da natureza e a mercantilização do feminismo. Os artigos são de Nalu Faria, Marianna Fernandes, Tica Moreno, Natália Lobo e Taís Viudes. O livro está disponível para baixar em português e em espanhol.

As animações introduzem o funcionamento do poder corporativo a partir de três setores (a indústria têxtil, a alimentação e o digital), e colocam também as nossas propostas feministas alternativas. Estão disponíveis no Youtube em português, espanhol, inglês e francês.

 Esses materiais tem como objetivo fortalecer o feminismo anticapitalista e antirracista, construído pelas mulheres que, em movimento, resistem para viver, e marcham para transformar. Leia, assista, compartilhe!

Para saber mais, acesse também a notícia que elaboramos para divulgar o material.

 

sexta-feira, 7 de agosto de 2020

14 anos da Lei Maria da Penha! Onde estão os direitos das mulheres?



A situação de violência contra as mulheres no nosso país, se agravou ainda mais durante o período de isolamento social, quando muitas mulheres se vêem isoladas em casa com seus agressores.
 Diante disso,  O Projeto de Lei 95/2020 - de  autoria do Deputado Jeferson Fernandes do PT - que visa garantir abrigamento às vítimas de violência doméstica na pandemia, está fazendo três meses e não se consegue que seja  votado, pois está parado na CCJ ( Comissão de Constituição e Justiça) da Assembleia Legislativa.
Neste dia 07 de Agosto que a Lei Maria da Penha , completa 14 anos, queremos denunciar
 o Governo Eduardo Leite do PSDB, usa artimanhas misoginia, para não aprovar o projeto, total descaso com a proteção da vida das Mulheres gaúchas.
 Pedimos o seu apoio para o andamento deste PL URGENTEMENTE!  #votaPLdoabrigamentoALRS #votaPL95_2020ALRS
#PELAVIDADASMULHERES

Ariane Leitão-  Advogada e
Coordenadora da Força Tarefa no combate ao enfrentamento ao feminicídios

Leia também:
https://www.sul21.com.br/opiniaopublica/2020/08/14-anos-da-lei-maria-da-penha-porque-nossas-vidas-continuam-em-risco-por-ariane-leitao/

segunda-feira, 3 de agosto de 2020

Acesse o resultado da pesquisa sobre o trabalho e a vida das mulheres brasileiras na pandemia

 

Sem Parar: o trabalho e a vida das mulheres na pandemia mostra, em dados e relatos, impactos do contexto de isolamento social na crise da saúde para a vida das mulheres, considerando desigualdades de raça. Estudo foi realizado por Gênero e Número e SOF Sempreviva Organização Feminista.

O cuidado está no centro da sustentabilidade da vida. As tarefas de cuidado e trabalho se sobrepõem de forma mais intensa na pandemia. Não há a possibilidade de discutir o mundo pós-pandemia sem levar em consideração o quanto isso se tornou evidente no momento de crise global, que também nos fala sobre uma “crise do cuidado”. Para identificar e revelar os efeitos da pandemia sobre o trabalho, a renda das mulheres e a sustentação financeira da casa, a Gênero e Número e a SOF Sempreviva Organização Feminista realizaram uma pesquisa de percepção com mais de 2.600 mulheres brasileiras. As respostas foram coletadas, por formulário online, entre abril e maio. O resultado se encontra em um site exclusivo e um relatório, que organizam e debatem as informações coletadas.

As dinâmicas de vida e trabalho das mulheres se contrapõem ao discurso de que “a economia não pode parar”, mobilizado para se opor às recomendações de isolamento social. Os trabalhos necessários para a sustentabilidade da vida não pararam – não podem parar. Pelo contrário, foram intensificados na pandemia. A economia só funciona porque o trabalho das mulheres, quase sempre invisibilizado e precarizado, não pode parar. Por isso, entender a situação do cuidado durante a pandemia é fundamental para concretizar ações que sejam capazes de transformar essas dinâmicas de desigualdade que imbricam gênero, raça e classe.

Se os dados mostram que metade das mulheres brasileiras passaram a cuidar de alguém na pandemia, os recortes indicam como a realidade não é a mesma para todas: ao olhar apenas mulheres que estão em ambientes rurais, nada menos que 62% das respondentes afirmaram que passaram a ter esse tipo de responsabilidade. Além das diferenças, as desigualdades estão expostas no levantamento. Os dados mostram que as mulheres negras têm menos suporte nas tarefas de cuidado.

A pesquisa também coletou depoimentos, que mostram como é complexa a leitura da condição de vida e de trabalho neste momento. Mesmo as que seguem trabalhando, com renda, podem estar sob condições diferentes, mais precarizadas, em relação ao período anterior ao da quarentena. “Eu estou fazendo isolamento e trabalhando de casa, porém minha renda despencou”. “A empresa reduziu o pagamento a apenas 50% sem reduzir a jornada (minha situação é informal) e isso me força a reorganizar a vida financeira, porque acabo tendo ainda mais gastos com mercado, energia, etc”.

Uma pesquisa com várias vozes
Para o lançamento, pesquisadoras feministas foram convidadas a escrever artigos que jogam luz em questões centrais da pesquisa. “Mulheres rurais em meio à pandemia: desigualdades e práticas econômicas para a vida” é assinado por Miriam Nobre, da SOF. “Trabalho, solidariedade e estratégias das mulheres negras” é o texto da jornalista e também pesquisadora Bianca Santana. Marilane Teixeira, economista do CESIT/Unicamp e presidenta da SOF, escreve sobre “A pandemia do coronavírus e os seus efeitos sobre as mulheres trabalhadoras”. Tica Moreno, da equipe da SOF e pesquisadora de temas relacionados ao cuidado, assina o artigo “Cuidado e sustentabilidade da vida: mulheres que não podem parar”.

Também convidamos militantes feministas para uma série de entrevistas: Neneide Lima, da Rede Xique Xique, fala sobre a realidade das mulheres da economia solidária; Luiza Batista, da Federação Nacional de Trabalhadoras Domésticas, denuncia a ausência do direito ao isolamento social para a categoria; e Atiliana Brunetto, da Direção Nacional do MST, fala sobre as estratégias feministas e agroecológicas das mulheres camponesas.

Acesse
No site da pesquisa, estão disponíveis as análises de dados, os artigos, entrevistas, uma reportagem e um relatório completo, organizando os temas do trabalho, do cuidado e do enfrentamento à violência contra as mulheres sob uma perspectiva feminista.