segunda-feira, 8 de março de 2010

Dia Internacional da Mulher: Em busca da memória perdida




ESCRITO POR MALUSIL EM 4 MARÇO 2010

Neste ano de 2010 completam-se 100 anos da criação do Dia Internacional das Mulheres. São muitas as história que se contam a respeito das origens desse dia. E muitas vezes, as confusões, mitos e fantasias sobre suas origens deixaram oculto seu caráter profundamente vinculado à luta das mulheres socialistas.Um pouco da história do Dia Internacional da MulherO Dia Internacional da Mulher, comemorado desde o início do século XX, é uma data que remete a todo um período de lutas por melhores condições de trabalho, diminuição da jornada de trabalho, principalmente das trabalhadoras americanas, pelo direito à educação e ao voto feminino. As trabalhadoras socialistas americanas vinham comemorando um Dia da Mulher para marcar um calendário de lutas.O incêndio que é sempre citado em data errônea e chegou a ser considerado mítico ocorreu realmente, mas em 1911, em Nova York, dezoito dias depois do Dia da Mulher. Em 23 de março, houve um grande incêndio numa conhecida indústria têxtil, a Triangle Schirwaist Company, cujo patrão, como era comum fazer à época, trancou a porta de saída à chave, o que num andar alto e num ambiente sem ventilação e com materiais inflamáveis, tornou-se fatal. Quando os bombeiros chegaram 147 operárias já haviam morrido. Após essa tragédia a solidariedade entre as trabalhadoras estreitou-se e suas lutas deram origem às primeiras leis de proteção à vida e aos direitos das trabalhadoras.Mas, antes desse evento grave, já em 1910, Clara Zetkin, socialista alemã, propôs que o Dia da Mulher se tornasse “uma jornada especial, uma comemoração anual de mulheres, seguindo o exemplo das companheiras americanas”. Sugeria ainda que o tema principal fosse a conquista do direito ao voto. Surge, então, o Dia Internacional da Mulher. A partir daí, as operárias européias e russas assumiram essa data que, em 1914, foi comemorado no Dia 8 de Março. Consolidando essa data, em 1917, no dia 23/02 no calendário gregoriano (ou 8 de março) as operárias russas desencadearam uma greve geral, cujas manifestações precipitaram a Revolução Russa.Depois das grandes guerras, na década de 1960, os movimentos de libertação das mulheres em todo o mundo retomaram essas comemorações. No Brasil, em plena ditadura, a partir dos anos 1970 o movimento de mulheres ressurge colado às lutas pela democracia e em 1975, quando a ONU organizou uma Conferência Mundial de Mulheres, o movimento de mulheres retoma as lutas coletivas mais abertamente.Em reconhecimento dessas lutas, o dia 8 de março foi instituído pela ONU, em 1977, como Dia Internacional da Mulher o que reforça a oportunidade criada pelo movimento de mulheres de fazer um balanço dos progressos e conquistas a respeito do lugar ocupado pelas mulheres e dos obstáculos à sua cidadania e levar o conjunto da sociedade e dos governos a refletirem sobre as formas de enfrentar as desigualdades de gênero, ou seja, pela igualdade entre homens e mulheres, em diversas áreas, e pressionarem os governos a elaborarem políticas públicas anti-discriminatórias, além de promover ações para a conquista da cidadania plena das mulheres, melhorando a qualidade de vida de todas e todos e construindo uma sociedade mais justa.A Marcha Mundial de Mulheres Brasil no âmbito de sua 3ª Ação Internacional lança dia 13/03/10 um livro fundamental. Para marcar este um século de organização e mobilização das mulheres, a SOF juntamente com a editora Expressão Popular publicam o livro “As origens e a comemoração do Dia Internacional das Mulheres”, de Ana Isabel Álvarez González, traduzido do espanhol. Ver roteiro e calendário de ações formativas e culturais da Marcha na página da sof: www.sof.org.br/marcha.

Colaboração da Iara Aragonez
Publicada por Coletivo Desenvolvimento Sustentável SEMAPI em 10:30 0 comentários
http://sustentabilidadesemapi.blogspot.com/2010/03/dia-internacional-da-mulher-em-busca-da.html

Lançamento do Livro: As Origens e a Comemoração do Dia Internacional das Mulheres


Para marcar este um século de organização e mobilização das mulheres, a SOF juntamente com a editora Expressão Popular publicam o livro "As origens e a comemoração do Dia Internacional das Mulheres", de Ana Isabel Álvarez González, traduzido do espanhol. Leia abaixa sinopse do livro:

Diversas são as histórias que tentam contar a origem do Dia Internacional das Mulheres, comemorado no dia 8 de março ao redor do mundo.

Conhecer as motivações e desvendar os mitos e os fatos que deram origem ao 8 de março é o que nos traz o livro de Ana Isabel Álvarez González, agora traduzido para o português. A pesquisa realizada pela autora vai a fundo conhecer a história do movimento de mulheres socialistas do final do século 19 e início do século 20. Revela embates e contradições dentro do movimento socialista quanto ao reconhecimento da importância da igualdade entre os sexos e da libertação das mulheres.

A luta das mulheres reivindicava o direito ao voto, ao reconhecimento como portadoras de bens e direitos, o acesso ao trabalho e ao espaço público. A autora relata os acontecimentos do trágico e marcante incêndio em uma fábrica nos Estados Unidos, onde mais de cem operárias foram mortas. Tal evento foi de suma importância para o desenvolvimento do movimento operário estadunidense, no entanto, a autora desconstrói o mito que o vincula à criação do Dia Internacional das Mulheres.

Ao se completar um século desde que as mulheres socialistas reunidas em Copenhague aprovaram a proposta do Dia Internacional das Mulheres, a recuperação do significado dessa data é uma contribuição importante para a reflexão sobre os desafios, as formas de organização e as reivindicações que mobilizam a lutadas mulheres ainda hoje.

Acompanhe uma breve síntese sobre e surgimento do 8 de Março em http://www.sof.org.br/publica/Dia_Internacional_da_Mulher-SOF-Em_busca_da_memoria_perdida-ATUALIZACAO2010.pdf

Programação em Várzea Paulista

13 de março

12h - Marcha sai de Jundiaí e chega a Várzea Paulista às 12 horas, pela avenida Fernão Dias Paes Leme
Atividades: Feira Solidária, Casa da Beleza e Teste Rápido de HIV

16h - Lançamento do livro - 100 anos de 8 de março com grande debate e participação de mulheres: trabalhadoras rurais do Piauí, indígenas da Reserva Raposa Serra do Sol e Movimento Nacional de Quilombolas, entre outras

18h - Ato Político Cultural

19h30 - Show com Leci Brandão
Local: Avenida Projetada, ao lado da Prefeitura

14 de março

7h - Despedida de Várzea Paulista e saída da Marcha rumo ao Km 46,5 da Rodovia Anhanguera

domingo, 7 de março de 2010

8 de março


Isaura Isabel Conte
*

Com os festejos demasiados
Eu ficava desconfiada
Disso não fica nada?
De luta e de resistência!
Pra quê camuflar a ausência
Das guerreiras que foram mortas
Se elas abriram muitas portas
Aí é que está a essência!

Tombaram tantas na luta
Por conquistas de direitos
Quebrando com preconceito
De que mulher é inferior
A perseguição e horror
Que foi feito contra elas
Deixou profundas seqüelas
E, há marcas fortes de dor.

Se fala tanto em igualdade
Mas está longe de existir
É preciso superar e bulir
No tal do patriarcado
Que às mulheres tem condenado
A violência, a fome e a morte
Porque não é questão de falta de sorte
Apresentar tal resultado.

A natureza também sofre
As conseqüências da exploração
É muita concentração
Muito veneno espalhado
Tanto gen modificado
Com a maldita transgenia
Que acaba com a utopia
E a soberania de estado.

E a água vejam como está...
Grande parte contaminada
E a outra parte... engarrafada
Com valor a se pagar
Já foi o tempo de tomar
Pegando-a assim da cacimba
Se vê os rios morrendo á mingua
E as lagoas secas.

Perceberam que as florestas
Estão clamando por socorro,
A fumaça sai como choro
Enviando alerta ao céu
Enquanto que o fogaréu
Passa lambendo em seguida
E tudo que era vida
Sai de cena como um véu.

A data do 08 de março
Vai além do festejar
Há muito o que transformar
Por este planeta a fora
Nós vamos pra luta agora
Não dá mais pra esperar
Mulher, vem se somar
Vamos fazer como outrora!

*Pedagoga, graduada pela UFRGS, militante e dirigente do Movimento de Mulheres Camponesas RS e dirigente política da Fundep - Fundação de Desenvolvimento, Educação de Pesquisa da Região Celeiro.

No dia de luta das mulheres, rosa, só se for a Luxemburgo


Marcha de Campinas a São Paulo reunirá cerca de 2 mil mulheres por dez dias; ação faz parte de mobilização internacional

por Dafne Melo

A partir do dia 8 de março, centenas de mulheres começam a marchar de Campinas (99 km de SP) a capital paulista, em uma mobilização que pretende durar dez dias. Para muitas, porém, a caminhada já começou. “Já estamos em marcha, organizando as caravanas dos Estados e toda a infra-estrutura”, explica Sônia Coelho, da Sempreviva Organização Feminista (SOF). A mobilização faz parte da 3º Ação Internacional da Marcha Mundial de Mulheres, organização que aglutina movimentos feministas nos cinco continentes. No Brasil, diversos movimentos sociais e organizações se juntam à ação, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a União Nacional dos Estudantes (UNE), o Movimento de Mulheres Camponesas (MMC), a Articulação do Semi-Árido (ASA) e Consulta Popular, dentro outros. O evento tem caráter nacional e conta com a participação de mulheres de todos os Estados brasileiros.

Sônia explica que além de pautar as reivindicações das mulheres, a marcha pretende ser um momento de formação para as militantes. A caminhada acontecerá sempre pelas manhãs e pela tarde serão organizados debates e painéis com temas relativos às lutas mais urgentes do movimento feminista.

Pautas
Dar visibilidade social às pautas feministas e articular movimentos de mulheres de diferentes naturezas em torno de uma plataforma de luta comum são dois dos principais objetivos da marcha, além da criação de espaços de formação politica. A plataforma de luta está centrada em quatro grandes temas: autonomia econômica das mulheres, luta contra violência sexista, luta contra privatização da natureza e dos serviços públicos e paz e desmilitarização. De acordo com Tatau Godinho, militante da Marcha Mundial de Mulheres (MMM), os debates e articulações em torno dos temas serão ricos justamente por colocar em um mesmo espaço a perspectiva que mulheres de diferentes setores – estudantil, rural, sindical, do movimento negro, etc – têm sobre esses temas.

De acordo com Sônia Coelho, as discussões feitas ao longo dos 10 dias devem ser sistematizadas em um texto que deverá ser entregues para os governos federal, estaduais e municipais. “Queremos detalhar essas reivindicações no processo da marcha”, aponta Sônia.

A organização espera que pelo menos 2 mil mulheres marchem durante os 10 dias. Toda a estrutura, desde a montagem e desmontagem de barracas, cozinha, organização dos debates será elaborada somente por mulheres.

Auto-organização
Tatau Godinho, militante da MMM, explica que o espaço de formação não se dá apenas nos debates, mas também no próprio processo de auto-organização das mulheres na construção da marcha. “A existência de um movimento de mulheres forte depende de nossa capacidade de auto-organização, por isso a importância de realizar uma marcha dessa magnitude. Temos dito às companheiras que ainda não sabem se poderão marchar o quanto essa experiência é insubstituível”. Sônia Coelho, da SOF, agrega que o momento também é propício para gerar solidariedade entre as companheiras de diferentes movimentos.

A presença masculina não é proibida durante a marcha, mas a infra-estrutura – alimentação, banheiros, barracas, transporte de bagagem, etc – será oferecida somente às mulheres. “A presença dos companheiros é muito bem vinda nos atos de lançamento e de chegada que vamos organizar”, diz Sônia. “Mas precisamos nos fortalecer entre nós mesmas para enfrentar as desigualdades de gênero que existem na sociedade e que se reproduzem dentro das organizações de diversas formas”, finaliza.

África
A 3º Ação Internacional da MMM acontecerá durante todo o ano, mas se concentrará em dois meses: março e outubro. Nesse primeiro mês serão feitas mobilizações nacionais simultâneas. Em outubro, uma ação internacional reunirá militantes de diversos países na República Democrática do Congo, na região da província de Sud-Kivu, que se centrará na questão da paz e desmilitarização, denunciando a situação a que estão submetidas as mulheres nessa região, onde a violência contra as elas têm sido usada como arma de guerra. “Calcula-se que 70% das mulheres e adolescentes dessa região já tenham sofrido violência sexual”, protesta Sônia Coelho.

Em agosto, na Colômbia, um encontro contra a guerra e pela paz pretende reunir lutadoras de todo continente para discutir a militarização. Na Europa, o encontro ocorrerá em junho, na Turquia, e na Ásia o local escolhido foi Filipinas, onde os debates ficarão em torno da luta contra o livre comércio, instalação de bases militares e tráfico de mulheres.

http://www.brasildefato.com.br/v01/agencia/nacional/no-dia-de-luta-das-mulheres-rosa-so-se-for-a-luxemburgo/view

Manifesto das mulheres gauchas, do campo e da cidade. Na luta contra agronegocio e o agrotoxico -8 de março


O manifesto das gaúchas

Mulheres do campo e da cidade unidas na luta contra o agronegócio e pela soberania alimentar

Neste mês em que se comemoram os 100 anos do 8 de março como dia internacional de luta das mulheres, nós trabalhadoras do campo e da cidade do Rio Grande do Sul estamos novamente nas ruas. Este ano nossa mobilização tem como principal objetivo denunciar para a sociedade que a maior parte da comida que chega a mesa da população brasileira não é alimento, é veneno.

O Brasil é campeão mundial do uso de agrotóxicos, que são venenos muito perigosos usados na agricultura que provocam muitas doenças para produtoras/es e consumidoras/es e grandes impactos ambientais. Além disso, a maior parte dos produtos industriais que comemos é fabricada com soja transgênica que também causa muito mal à nossa saúde.

E quem come esta comida envenenada? Somos nós, pobres. São as mulheres e homens trabalhadores que recebem baixos salários ou estão desempregados e escolhem os alimentos pelo preço não pela qualidade. São as pessoas sem terra, sem teto, que se alimentam graças às cestas básicas. Os ricos têm opção de comer produtos orgânicos, cultivados sem venenos.

Os agrotóxicos e os transgênicos não servem para matar a fome do povo, e sim para matar a fome de lucro das empresas do agronegócio, a maioria delas multinacionais. Esses produtos envenenam as terras, as águas e principalmente as pessoas.

Leite materno só é fonte de vida quando as mães comem alimentos saudáveis

Nesta mobilização estamos amamentando esqueletos para denunciar a população em geral, e principalmente às mulheres, que quando comemos comida envenenada e damos o peito aos nossos filhos ao invés de alimentarmos a vida transmitimos a morte.

As doenças causadas por agrotóxicos são transmitidas de geração para geração, e um dos modos de transmissão é através do leite materno. No entanto, o mesmo governo que faz campanhas para incentivar as mulheres a amamentar, financia o agronegócio que produz a comida envenenada para o povo pobre, contaminando o leite da maioria das mães brasileiras.

A gente não quer só comida

Nós mulheres que passamos boa parte de nossas vidas envolvidas no cultivo e/ou no preparo da comida para garantir saúde à nossa família estamos nas ruas para gritar em alto e bom som que gente não quer só comida, a gente quer alimento saudável, a gente quer soberania alimentar!
Para o agronegócio o lucro está acima da vida. O agronegócio faz mal a saúde do povo e do meio ambiente! E os governos estadual e federal que financiam o agronegócio estão usando o dinheiro público para bancar o envenenamento da população pobre, a contaminação de nossas terras e águas.

Estamos em luta contra
Contra o agronegócio, um modelo de produção agrícola que se sustenta na superexploração do trabalho das pessoas, na contaminação dos alimentos, na destruição de nossas riquezas naturais. Lutamos contra o uso de recursos públicos para financiar a contaminação do povo e do meio ambiente; Estamos em luta contra todas as formas de violência contra mulheres, incluindo a imposição de um padrão alimentar que não respeita os costumes alimentares e causa muitos males à saúde.
Estamos em luta por
Soberania Alimentar - com reforma agrária, com geração de emprego e vida digna para as populações camponesas, com agricultura ecológica que respeita a diversidade de biomas e de hábitos alimentares. Os governos se dizem preocupados com a segurança alimentar, querem que as pessoas tenham várias refeições por dia. Mas tão importante quanto a quantidade da comida é a qualidade do que comemos. Por isso não basta segurança alimentar, precisamos construir a Soberania Alimentar.
Mulheres da Via Campesina, do MTD, da Intersindical e do coletivo de mulheres da UFRGS.

Porto Alegre, março de 2010.

quinta-feira, 4 de março de 2010

OFICINA DA MARCHA DIA 06 de março em PoA


Marcha Mundial das Mulheres RS

Pauta -> Ação 2010

Nossa pauta prioritária é a Ação Global e aprofundar os debates em torno dos 4 eixos (nosso blog www.mmm-rs.blogspot.com tem várias informações, estamos no twitter: http://twitter.com/MMMRS e temos o sitio principal da ação que é o www.sof.org.br/acao2010).

dia 06 de março (sab) - Oficina de formação da MMM nos 4 eixos da Ação
Hora: 15horas
- organização das marchantes
- ensaio da batucada na Praça da Matriz
Local: Sindicato dos Bancários - Rua Gen. Câmara, 424

vejam as fotos: http://picasaweb.google.com.br/anmalavolta/MMM0603PlenariaAcao2010?feat=email#

dia 07 de março (dom) - Ato no Bric da Redenção, com a batucada
Hora: a partir das 9:30
A partir das 12h organização da saída para os ônibus rumo a São Paulo

Vamos já pensando em hospedagem solidária para alojar as companheiras que não tiverem onde dormir do dia 06 para 07 em PoA.

Marcharemos até que TODAS sejamos Livres!!!!


Segue dica de video sobre ação internacional
http://www.youtube. com/user/ mulheresemmarcha #p/a/u/0/ q0hJNfNPMH4
Seguiremos em marcha...

segunda-feira, 1 de março de 2010

MULHERES NO FRONT

Mostra de Cinema marcará a passagem do Dia Internacional da Mulher

Mulheres no
Front terá
exibição de
sete filmes,
de 02 a 11
de março,
na Casa
dos
Bancários,
com
entrada
franca

Lemon Tree, Libertárias, Norma Era, Provoked e Silkwood integram a Mostra de Cinema Mulheres no Front. A mostra é uma iniciativa do SindBancários com o apoio da Federação dos Bancários RS, Apcef/RS e entidades feministas. O objetivo é dar ao 8 de Março deste ano, Dia Internacional da Mulher, um significado ainda mais especial.

A diretora da Feeb/RS, Denise Corrêa, observa que os filmes abordam as principais lutas das mulheres por direitos essenciais e também pelo seu espaço na sociedade. “Através da mostra queremos enfatizar a força e determinação das mulheres na construção de um novo mundo. Um mundo onde há direitos iguais para todos e todas, sem discriminação por sexo. Através da exibição destes filmes vamos gerar momentos de intensa reflexão e debate”, diz a dirigente.

Saiba mais sobre os filmes da Mostra

As lutas operárias e sindicalistas estão representadas nos filmes Norma Rae (1979) e Silkwood - O retrato de uma coragem (1983), com atuações antológicas de Sally Field e Meryl Streep.

Norma Rae é baseado na história real de Crystal Lee Sutton, que liderou uma campanha contra as condições de trabalho oferecidas pela empresa em que trabalhava. O filme recebeu diversas premiações, inclusive, tendo Sally Field premiada com o Oscar de melhor atriz.

Silkwood - O retrato de uma coragem também é baseado em uma história verídica. Karen Silkwood é funcionária de uma fábrica de componentes nucleares que denuncia publicamente casos de contaminação entre os operários. O filme, do premiado diretor Mike Nichols, é uma crítica não somente à empresa, mas ao governo.

O filme que intitula a mostra, Mulheres no Front (1965), (Le Soldatesse) é uma denúncia contra os abusos da Segunda Guerra e, principalmente, contra a política militarista de Mussolini. A guerra civil espanhola é tematizada em Libertárias (1996), filme de Vicente Aranda, é um verdadeiro canto épico sobre a guerra e o papel que a mulher desempenha em tal evento.

Lemon Tree (Etz Limon) (2008) aborda o eterno conflito entre israelenses e palestinos. Baseado em história real, conta a história de resistência de uma mulher árabe.

Os anos de chumbo são retratatos em Que bom te ver viva (1989), de Lucia Murat. Misto de documentário com ficção, o filme conta com a premiada atuação de Irene Ravache. O filme aborda a tortura durante o período de ditadura no Brasil, mostrando como suas vítimas sobreviveram e como encaram aqueles anos de violência duas décadas depois.

A mostra ainda promove o lançamento em Porto Alegre do filme inédito Provoked - Desejo de Liberdade (2006), co-produção entre a Inglaterra e a Índia, um vigoroso drama sobre violência doméstica, inspirado em fatos reais.

Confira os horários de exibição:

http://www.bancariospb.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=5580&Itemid=1